Tag: GOVERNO

  • Aprovados do Concurso Nacional Unificado participam de curso de formação

    Aprovados do Concurso Nacional Unificado participam de curso de formação

    Nesta terça-feira (1º/4), a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) recepcionou os primeiros candidatos e candidatas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) que vão passar por cursos de formação promovidos pela Escola. O evento de boas-vindas, realizado no auditório da Enap, em Brasília, marcou o início das aulas para as carreiras de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG) e Analista de Comércio Exterior (ACE). O curso de formação é uma etapa obrigatória, classificatória e eliminatória do CPNU.

    Após a recepção dos alunos, Iara Alves, Diretora de Educação Executiva da Enap, conduziu a apresentação e, durante a fala inicial, ressaltou a importância desta etapa, de capacitação, para o trabalho que será realizado pelos futuros servidores.

    “É importante lembrarmos do nosso papel como servidores do Estado. Estamos falando de garantia de direitos humanos, sociais; estamos falando de garantir a todas as pessoas, em todas as regiões, de diferentes gêneros e raças, os mesmos direitos”, destacou Iara

    Em seguida, Iara convidou ao palco parte da equipe pedagógica, representada pelas coordenadoras-gerais e coordenadoras à frente dos cursos de formação para EPPGG e ACE na Enap. Ainda no auditório principal, foi apresentado o regulamento do curso de formação. Ao término da exposição, que tratou de pontos importantes como faltas justificadas, horários de entrada e provas, os candidatos e candidatas puderam tirar dúvidas no local com a coordenação.

    Fechando a programação, o Diretor de Gestão Corporativa, Lincoln Moreira, cumprimentou as novas turmas e trouxe aos presentes as regras da Escola: horários de restaurante e lanchonete, estacionamento, uso das salas de aula, comunicação com secretaria escolar e falou sobre a importância do guia do aluno.

    Integração

    Após a apresentação de boas-vindas no auditório, as turmas foram divididas de acordo com as carreiras e seguiram para um momento de integração nas salas de aula. Durante as atividades realizadas em grupo, os candidatos puderam se apresentar, conhecendo um pouco mais sobre a vida profissional e pessoal dos colegas.

    Em uma das dinâmicas, eles relataram gostos pessoais e curiosidades. Para isso, anotaram em folhas suas características e compartilharam com os colegas para alinhar interesses.

    A escola

    A Enap é vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e é referência na formação e capacitação de servidores(as) públicos(as) federais.

    Conforme disposto em seu estatuto, a escola “tem por finalidade promover, elaborar e executar programas de capacitação de recursos humanos para a administração pública federal, com vistas ao desenvolvimento e à aplicação de tecnologias de gestão que aumentem a eficácia e a qualidade permanente dos serviços prestados pelo Estado aos cidadãos”.

    Entre suas atribuições principais, encontra-se a de elaborar e executar programas de formação inicial, de aperfeiçoamento, de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, de pós-graduação, de desenvolvimento profissional e de capacitação permanente de agentes públicos(as).

    Curso de formação inicial

    O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) é um modelo inovador de seleção de servidores públicos, criado pelo MGI com o objetivo de promover igualdade de oportunidades de acesso aos cargos públicos efetivos, priorizar as qualificações necessárias para o desempenho das atividades inerentes ao setor público e promover o fortalecimento institucional do Estado.

    O Curso de Formação Inicial tem caráter classificatório e eliminatório para algumas carreiras/cargos do CPNU, regido pelo Edital nº 01/204, de 10 de janeiro de 2024. É a 3ª etapa do concurso para os seguintes cargos, com as respectivas cargas horárias:

    – Analista de Comércio Exterior – ACE: 380h

    – Analista de Infraestrutura – AIE: 440h

    – Analista em Tecnologia de Informação – ATI: 440h

    – Analista Técnico de Políticas Sociais – ATPS: 440h

    – Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental – EPPGG: 580h

    O regulamento do curso de formação inicial, publicado por meio de portaria, rege a terceira etapa do CPNU. É essencial que todas as pessoas participantes desta etapa conheçam o regulamento, disponível no site da Enap e no ambiente moodle da turma.

  • Alerta para tentativa de golpe em nome da Anvisa

    Alerta para tentativa de golpe em nome da Anvisa

    A Anvisa alerta os usuários sobre tentativa de golpe em nome da Agência.

    A Agência recebeu a informação que estão enviando e-mail com falsa cobrança de débito sanitário. O e-mail possui em seu Assunto: Alerta de Débito Sanitário – Apólice e está assinado por Irene Ramos Da Silva.

    Como pode ser verificado na imagem abaixo, o remetente não pertence ao domínio da Anvisa.

    A Anvisa orienta o público em geral que, em caso de recebimento desse tipo de e-mail, não clique em nenhum link e não realize nenhum pagamento. Denúncias podem ser enviadas por meio de um dos nossos canais oficiais de atendimento .

    E-mail golpe - abril 2025
    E-mail golpe – abril 2025Print de e-mail com exemplo do golpe

  • Após reestruturação da malha aérea, Galeão bate recorde de turistas internacionais

    Após reestruturação da malha aérea, Galeão bate recorde de turistas internacionais

    Nos dois primeiros meses de 2025, o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), registrou o maior fluxo de turistas internacionais para o período desde 1977. Segundo dados da concessionária RIOGaleão, responsável pelo terminal, houve a chegada de mais de 473 mil visitantes estrangeiros em janeiro e fevereiro deste ano. O levantamento não inclui totalmente os números relativos à época de Carnaval, que ocorreu no mês de março.

    O Galeão vem recebendo vários novos voos desde 2023, após um processo de reestruturação da malha aérea que atende a cidade. O trabalho, que incluiu a redistribuição da quantidade de viagens operadas no Aeroporto Santos Dumont, também situado na capital fluminense, contou com a participação do Ministério do Turismo, da Prefeitura Municipal do Rio, entre outros órgãos do Governo Federal.

    O ministro do Turismo, Celso Sabino, celebra os resultados atingidos e aponta benefícios da união de esforços na área. “Os dados mostram, mais uma vez, o quanto é efetivo o amplo diálogo entre as diferentes esferas do poder público. O Galeão reafirma a sua condição de grande porta de entrada de turistas internacionais no Brasil e contribui para o alcance de resultados inéditos no setor”, observa Sabino.

    No primeiro bimestre de 2025, o Brasil contabilizou a maior entrada de turistas internacionais da sua história: houve 2.810.553 chegadas de pessoas provenientes de outros países aos destinos nacionais, o que representa um crescimento de 57% quando comparado ao mesmo período de 2024. Os dados são do Ministério do Turismo, a Embratur e a Polícia Federal.

    REFORÇO – O Ministério do Turismo desenvolve várias ações no sentido de incrementar a conectividade aérea do Brasil junto a outros países. Uma delas é o Programa de Aceleração do Turismo Interacional (PATI), uma parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos e a Embratur. No primeiro edital do PATI, no ano passado, houve um investimento de R$ 3,3 milhões e a captação de mais de 70 mil assentos em voos estrangeiros rumo ao Brasil.

    O MTur também tem firmado um Protocolo de Intenções com empresas aéreas nacionais, no âmbito do Programa “Conheça o Brasil: Voando”, para ampliar a oferta de “stopover”. A modalidade permite visitar uma cidade intermediária antes de chegar ao destino final, utilizando a mesma passagem. A cooperação envolve, ainda, campanhas conjuntas de marketing para promover destinos brasileiros e a plotagem de aeronaves com imagens de destinos locais, entre outras ações.

    VISIBILIDADE – A estratégia do Governo Federal de ampliar a visibilidade do Brasil no cenário turístico global ganhou um novo reforço neste mês de março, com o início das atividades do Escritório da ONU Turismo no Rio de Janeiro (RJ). A unidade, a primeira representação da entidade nas Américas e no Caribe, é fruto de uma grande articulação liderada pelo ministro do Turismo, Celso Sabino, e será essencial para atrair visitantes, eventos e investimentos à região.

  • IRPF 2025: declaração pré-preenchida completa pode ser utilizada a partir desta terça-feira (1º/4)

    IRPF 2025: declaração pré-preenchida completa pode ser utilizada a partir desta terça-feira (1º/4)

    A partir desta terça-feira (1º/4), as pessoas que têm conta GOV.BR de nível prata ou ouro poderão encontrar sua declaração de Imposto de Renda pré-preenchida no site ou aplicativo da plataforma. A expectativa é que a ferramenta seja usada para mais da metade das declarações enviadas em 2025, cerca de 57% do total de 46,2 milhões de declarações previstas.

    O uso da declaração pré-preenchida do IR vem crescendo muito nos últimos anos, passando de 7% das entregas em 2022 para 41% em 2024. O secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Rogério Mascarenhas, explica que a declaração pré-preenchida online está de acordo com os princípios de governo digital e com o objetivo de melhorar a experiência do usuário com os serviços públicos disponíveis no GOV.BR. “O login da plataforma e a integração de outros sistemas públicos a ela garante a segurança dos dados e facilita a vida das pessoas”, diz Rogério.

    Além disso, a declaração pré-preenchida muda o foco da coleta e preenchimento das informações pelas pessoas, que passam a fazer uma revisão dos dados que a Receita Federal já tem, o que evita erros e agiliza a entrega do IR. No entanto, o declarante ainda precisa complementar o que não estiver preenchido, atualizar informações e ter em sua posse os documentos para comprovar o que constar na entrega.

    Algumas das novidades da ferramenta neste ano são as informações sobre contas bancárias no exterior, tanto tradicionais quanto de fintechs, enviadas à Receita Federal pelos países estrangeiros; e o término da obrigatoriedade de preenchimento de alguns campos, como título de eleitor, por exemplo.

    A declaração pré-preenchida também ajuda o declarante a avançar na fila da restituição. Os principais critérios continuam sendo os casos previstos em lei e a data de entrega da declaração, mas a opção pelo preenchimento via GOV.BR e a opção por receber os valores via pix são critérios secundários que podem ajudar quem precisa.

    Contas prata e ouro

    Para usar a declaração pré-preenchida, é preciso ter uma conta Prata ou Ouro no GOV.BR. Uma conta de nível Prata é conseguida a partir do reconhecimento facial para conferência da foto com a da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Também é possível ter uma conta desse nível a partir da validação de seus dados em um dos 14 bancos credenciados pelo GOV.BR.

    Já para ter uma conta Ouro, que permite acesso a qualquer serviço público digital e garante ampla segurança para os cidadãos, é preciso fazer o reconhecimento facial com base nos dados da Justiça Eleitoral ou pelo QR Code da Carteira de Identidade Nacional (CIN) ou, ainda, a partir de um Certificado Digital compatível com a ICP-Brasil. Em caso de dúvidas sobre a sua conta GOV.BR, acesse www.gov.br/conta.

    Para quem não faz a própria declaração, ainda existe a alternativa de usar o site ou app Meu Imposto de Renda. Nele, é possível dar autorização de acesso à declaração pré-preenchida para qualquer CFP ou CNPJ, evitando assim o compartilhamento da senha GOV.BR.

  • Receita Federal já recebeu mais de 5 milhões de declarações do Imposto de Renda 2025

    Receita Federal já recebeu mais de 5 milhões de declarações do Imposto de Renda 2025

    Receita Federal informa que até às 17 horas desta segunda-feira (31/3) foram entregues 5.370.139 declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2025, ano-calendário 2024. O prazo de entrega da declaração começou no dia 17 de março, e terminará em 30 de maio.

    A expectativa é de que 46,2 milhões de declarações sejam entregues até o final do prazo.

    A declaração pré-preenchida começou sua implantação no dia 17 de março, com informações sobre rendimentos e pagamento, ficando totalmente completa no dia 1º de abril. A Receita Federal tem expectativa de alcançar, este ano, 57% das declarações por meio do sistema pré-preenchido (ante 41,2%, no ano passado).

    Limites

    A Receita explica que com a alteração na tabela progressiva mensal pela Lei nº 14.848/2024, ficam obrigados a declarar as pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 (ante R$ 30.639,90, nas regras do ano passado); assim como para quem obteve receita bruta da atividade rural acima de R$ 169.440,00 (antes, R$ 153.199,50). Estão, portanto, isentas da declaração as pessoas que receberam até dois salários mínimos mensais durante 2024, salvo se se enquadrarem em outro critério de obrigatoriedade.

    Restituição

    As restituições começarão a ser liberados em 30 de maio, em cronograma com cinco lotes, o último a ser creditado em 30 de setembro.

    Confira a ordem de prioridades nas restituições:

    Idade igual ou superior a 80 anos
    Idade igual ou superior a 60 anos, deficientes e portadores de moléstia grave
    Pessoa que tenha maior fonte de renda vinda do magistério
    Quem utilizou a declaração pré-preenchida e optou pela restituição no Pix
    Quem utilizou a declaração pré-preenchida ou optou pela restituição no Pix
    Demais contribuintes
    Para quem tiver imposto a pagar, o vencimento da primeira cota (ou cota única) será em 30 de maio. Eventuais demais cotas vencerão no último dia útil de cada mês subsequente, até a oitava cota, em 30 de dezembro.
    Todas as informações que o contribuinte precisa estão disponíveis na página Meu Imposto de Renda .

    Estimativas por Unidade Federativa :

    IR 2025 balanço.jpg

  • Haddad defende governança climática e multilateralismo em conferência em Paris

    Haddad defende governança climática e multilateralismo em conferência em Paris

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou, nesta segunda-feira (31/3), a necessidade de uma nova governança global para enfrentar os desafios climáticos. Ele foi o convidado da conferência “10 anos após o Acordo de Paris – Governar na Era Climática”, realizada na universidade Sciences Po (Instituto de Estudos Políticos), em Paris. O evento teve a moderação da diretora da Fundação Europeia para o Clima, Laurence Tubiana, e do filósofo Pierre Charbonnier, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica.

    Haddad ressaltou que a governança climática não segue um paradigma fixo, pois “choques políticos, econômicos e até militares podem interromper avanços institucionais”. Ele enfatizou o compromisso do governo brasileiro em consolidar a agenda climática dentro da gestão do Estado, uma tarefa que, segundo ele, não era óbvia para a área econômica até pouco tempo atrás.

    O ministro elencou as principais iniciativas do Brasil nessa área desde 2023, como o lançamento do ” Novo Brasil – Plano de Transformação Ecológica “, a aprovação da Lei do Mercado de Carbono , a elaboração da Taxonomia Sustentável e a criação de mecanismos financeiros inovadores para atrair investimentos estrangeiros. Esses avanços têm sido fundamentais para o cumprimento das metas da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil no Acordo de Paris – tratado internacional que visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e combater as alterações climáticas, adotado em 2015 e vigente desde 2016.

    Acesse o discurso do ministro Haddad na Conferência na Sciences Po

    “Para construir um futuro sustentável, precisamos romper com as lógicas do passado e adotar uma nova visão de prosperidade, que integre tanto as questões sociais quanto ambientais”, Fernando Haddad

    Entre os resultados concretos, Haddad destacou a redução de mais de 60% no desmatamento da Amazônia, em apenas dois anos, e a meta ambiciosa de desmatamento zero até 2030. “O Plano de Transformação Ecológica fortaleceu as credenciais brasileiras para participar de maneira audaz nos debates globais e defender uma nova Governança na Era do Clima que chamamos de ‘re-globalização sustentável’ no G20”, afirmou.

    Outro destaque foi a parceria entre Brasil e França na defesa da tributação dos super-ricos como um passo essencial para combater a desigualdade e viabilizar o financiamento climático. O ministro citou o apoio de economistas franceses, como Gabriel Zucman e Esther Duflo, na construção da Declaração sobre Cooperação Tributária Internacional e do documento final da Cúpula do G20 no Rio, em novembro passado.

    Nova visão de prosperidade

    Com a aproximação da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, prevista para novembro, em Belém (PA), Haddad reforçou o compromisso do Brasil em repensar a relação entre o modo de vida moderno e os recursos limitados do planeta. “Para construir um futuro sustentável, precisamos romper com as lógicas do passado e adotar uma nova visão de prosperidade, que integre tanto as questões sociais quanto ambientais”, salientou.

    O ministro da Fazenda também concordou que o Brasil deve liderar pelo exemplo, promovendo uma agenda climática inclusiva e focada na implementação de soluções concretas, em prol de um multilateralismo reforçado. “Só assim a COP30 entrará na história como a COP da implementação”, disse. “Nosso objetivo é contribuir para o Roadmap Baku-Belém , garantindo a canalização de pelo menos US$ 1,3 trilhão para financiamento climático em países em desenvolvimento até 2035.”

    Fernando Haddad também apresentou duas iniciativas do Ministério da Fazenda voltadas à agenda climática. A primeira é a criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forest Forever Facility – TFFF), um modelo inovador que substitui o paradigma da doação pelo investimento com retorno, incentivando países desenvolvidos a financiarem a preservação das florestas tropicais. A estimativa é de que o TFFF beneficie um bilhão de hectares de florestas em 70 países, iniciando pelo Brasil.

    A segunda iniciativa busca fortalecer o financiamento sustentável por meio de um marco regulatório robusto. O Brasil está reunindo economistas para qualificar o debate do Clube do Carbono, liderado pela Alemanha, e propor soluções para a regulação das emissões internacionais, alinhadas às necessidades dos países emergentes.

    Reformulação das instituições internacionais

    Após o discurso, o ministro participou de uma conversa com os dois mediadores e abordou a necessidade de reformulação das instituições internacionais para lidar com desafios transnacionais como as mudanças climáticas. Segundo ele, as instituições criadas no pós Segunda Guerra Mundial não estavam preparadas para enfrentar problemas dessa magnitude.

    Além disso, Haddad alertou para a vulnerabilidade dos países mais pobres diante da crise climática. Ele argumentou que é necessário reavaliar as relações internacionais, incluindo o debate Norte-Sul e a cooperação entre países do Sul, para que as soluções sejam efetivas e duradouras.

    Por fim, o ministro brasileiro enfatizou que a crise climática não pode ser resolvida apenas por avanços tecnológicos. Para ele, é essencial revisar as relações sociais e econômicas entre os países, considerando questões como migração forçada devido às mudanças climáticas. “Precisamos aprender com os erros do passado e construir um futuro que inclua todos”, ponderou. “Ao olharmos para os problemas globais, temos de levar a sério e precisamos de um certo grau de altruísmo, de cooperação. Isto é necessário para que possamos, de fato, restabelecer o equilíbrio ambiental do planeta com ganhos sociais.”

    Fundo internacional para proteção ambiental

    Haddad citou estudos que mostram que três mil famílias concentram US$ 15 trilhões em ativos e argumentou que uma pequena parcela desse crescimento poderia ser destinada a um fundo internacional para proteção ambiental. Ele relatou a surpresa de autoridades estrangeiras ao tomarem conhecimento desses números e criticou a falta de iniciativa política para enfrentar o problema da desigualdade. Segundo ele, enquanto a população apoia medidas sustentáveis, a classe política global ainda resiste em adotar soluções concretas.

    Ao final, o ministro da Fazenda respondeu a perguntas de dois estudantes e destacou a importância de enfrentar os problemas ambientais e de sustentabilidade nas grandes cidades “porque são problemas reais, no dia a dia”. Depois, comentou que hoje há uma consciência por parte de certos bancos de desenvolvimento, até mesmo do Fundo Monetário Internacional (FMI), de que as finanças devem tornar-se “mais verdes” e que existem formas de garantir financiamento para um “projeto verde”, o que já acontece cada vez mais tanto nas finanças internacionais quanto nas nacionais.

    Acompanhe a conferência “10 anos após o Acordo de Paris – Governar na Era Climática”

  • Saúde reforça estratégias com laboratórios oficiais para fortalecer produção nacional

    Saúde reforça estratégias com laboratórios oficiais para fortalecer produção nacional

    Para reduzir vulnerabilidades no Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliar o atendimento à população, o Ministério da Saúde reuniu laboratórios oficiais, ou seja, aqueles órgãos públicos, fundações e empresas que fornecem produtos para a saúde do SUS, para apresentar metas e critérios de governança na produção de medicamentos e dispositivos médicos.

    O encontro foi promovido por meio da 2ª Oficina de Governança com os Laboratórios Oficiais , realizada em Brasília neste mês, e serviu para pactuar processos da nova fase de implementação do Programa de Aprimoramento da Governança, Integridade e Gestão Produtiva dos Laboratórios (ProLab-SUS).

    A organização está alinhada à Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis) e reuniu representantes de 23 laboratórios que fazem parte da Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil (Alfob) e autoridades da pasta.

    Governança e fortalecimento da produção nacional

    Leandro Pinheiro Safatle, secretário adjunto da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics) , destacou a importância do segundo encontro, como mais um desdobramento de todo processo de reconstrução institucional e articulação política que deram sustentação às ações de fortalecimento do Ceis. “Essa segunda oficina de governança segue esse caminho de trabalho constante para o aprimoramento da governança, que é algo que a gente pode sempre estar melhorando, sempre avançando porque a gente está num processo de continuidade do caminho que foi reconstruído até aqui”, lembrou.

    O presidente da Alfob, Jorge Mendonça, ressaltou que o fortalecimento da governança é essencial para a política industrial do setor. “Nenhuma política industrial se constrói do dia para a noite. A governança dos laboratórios e a implementação de práticas de integridade são passos fundamentais. Cada laboratório precisa desenvolver suas próprias ações a partir desse diagnóstico, promovendo boas práticas desde a produção até a gestão, incluindo a preocupação ambiental”, disse Mendonça.

    Já o especialista em estratégia e governança, Fábio Lazzarini, responsável por conduzir as discussões da oficina, destacou a importância do encontro para estruturar ações concretas nos laboratórios oficiais. “Discutimos desafios do dia a dia, anseios para o futuro e ações de melhoria. O próximo passo é consolidar essas informações e elaborar um plano de ação para apoiar os laboratórios na governança, tecnologia e gestão de pessoas”, afirmou.

    Investimentos no Complexo Econômico-Industrial da Saúde

    A diretora do Departamento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde e de Inovação para o SUS (Deceiis) , Gabriela Maretto, destacou a importância do Programa para Ampliação e Modernização de Infraestrutura do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (PDCEIS) para fortalecer a capacidade produtiva do SUS.

    “O PDCEIS é uma iniciativa para garantir segurança jurídica e fortalecer o setor no médio e longo prazo. Já aprovamos 42 projetos, totalizando R$ 4,2 bilhões, e estamos abrindo uma nova chamada para mais R$ 1,8 bilhão, chegando ao total de R$ 6 bilhões previstos. Além disso, estamos avançando na formalização dos instrumentos necessários para a execução desses projetos”, afirmou Gabriela Maretto.

    Sobre o PDCEIS

    O Ministério da Saúde lançou o PDCEIS para fortalecer a infraestrutura de produção de medicamentos, vacinas e insumos essenciais para o SUS, reduzindo a dependência de importações. O programa faz parte da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Ceis, que busca garantir maior autonomia ao Brasil na produção de insumos estratégicos para a saúde.

    O financiamento do PDCEIS vem do ministério, com recursos do PAC e do orçamento da área de Ciência, Tecnologia e Inovação. Além disso, o governo pode firmar parcerias nacionais e internacionais para fortalecer a execução dos projetos.

    Principais ações do programa:

    • Apoio à inovação e tecnologia – investimentos para modernizar a produção de insumos para a saúde;
    • Fortalecimento da indústria nacional – ampliação da capacidade produtiva de instituições públicas e privadas sem fins lucrativos;
    • Parcerias estratégicas – recursos destinados a projetos alinhados às prioridades do SUS;
    • Seleção rigorosa – projetos devem atender às necessidades do SUS, ter impacto comprovado e seguir critérios técnicos;
    • Monitoramento e transparência – instituições parceiras precisarão prestar contas e demonstrar avanços.
  • Governança nacional e global tem de inovar para enfrentar maré de desinformação, diz Haddad

    Governança nacional e global tem de inovar para enfrentar maré de desinformação, diz Haddad

    A campanha permanente pela inovação na governança no plano nacional e internacional é a melhor forma de enfrentar a maré da desinformação que polui o debate público em todo o mundo. A afirmação é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante participação em conferência no Instituto de Estudos Políticos de Paris, da Sciences Po. Haddad defendeu que essa inovação na governança exige uma aliança política entre ciência e sociedade em nível global.

    Desse modo, o ministro “convocou” a comunidade científica, econômica e política presente à conferência a se engajar nessa aliança. O tema da conferência foi “Dez anos após o Acordo de Paris: governar na era climática”.

    No evento, Fernando Haddad expôs a posição da área econômica brasileira, que abriu o atual mandato federal com a apresentação, pelo Ministério da Fazenda, de um Plano de Transformação Ecológica. Ou seja, reiterando ser imprescindível às economias do planeta “enraizar” a agenda do clima em toda a gestão do Estado.

    “Embora o Brasil tenha desempenhado um papel histórico nas agendas ambientais, até pouco tempo atrás os ministérios da área econômica estavam alheios a esse debate. Já no primeiro ano, lançamos o Plano de Transformação Ecológica – o Novo Brasil”, disse. O ministro da Fazenda destacou a implementação de dezenas de políticas e ferramentas estruturantes. “Aprovamos a lei do Mercado de Carbono e da Taxonomia Sustentável, desenvolvemos e introduzimos novos mecanismos financeiros, e lançamos uma plataforma de investimentos para mobilizar recursos estrangeiros”, observou.

    Da doação ao investimento com retorno

    O potencial do Brasil de liderar pelo exemplo, promovendo uma agenda climática inclusiva e focada na implementação de soluções concretas, e reconhecido no mundo, também, foi citado. “Só assim a COP 30 entrará na história como a COP da implementação”, informando que o Ministério da Fazenda está empenhado em responder a apelos para que a Conferência do Clima de Bel´me, em novembro, “resgate a centralidade do multilateralismo” e posicione o Brasil “como líder pelo exemplo e pela cooperação em prol de um multilateralismo reforçado”.

    Ou seja, reiterou que num mundo hoje assolado pelo anti-multilateralismo praticado por algumas nações: “A melhor resposta à crise do multilateralismo é ousarmos ainda mais no multilateralismo. No espírito do ‘mutirão’ — termo indígena destacado pelo Presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago —, pedimos a mobilização de todos”.

    Nessa linha, dirigindo seu pronunciamento aos anfitriões Pierre Charbonnier, coordenador do Centro Nacional de Pesquisa Científica, e Laurence Tubiana, diretora da Fundação Europeia para o Clima, Fernando Haddad citou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). Cujo conceito supera o “paradigma da doação” para o de “investimento com retorno”. Isto é, as políticas e recursos voltados para a proteção de florestas tendem também a responder com lucros sustentáveis.

    “Uma vez constituído, o TFFF tem o potencial de impactar um bilhão de hectares de florestas, o equivalente a 18 vezes o território da França, em 70 países em desenvolvimento, começando pelo Brasil”, resumiu.

    Fernando Haddad felicitou Charbonnier pela crítica ao “mito do progresso infinito”: “Lembra-nos que, para construir um futuro sustentável, precisamos romper com as lógicas do passado e adotar uma nova visão de prosperidade, que integre tanto as questões sociais quanto ambientais.”

    E fez também um alerta para a defesa das democracias como ponto de apoio para a construção de um mundo mais justo e sustentável: “Sabemos que não há um paradigma fixo para a Governança na Era do Clima. Choques políticos, econômicos e até militares podem derrubar, da noite para o dia, experiências institucionais promissoras e interromper a dinâmica de aprendizado e de progresso da sociedade”.

    Íntegra do pronunciamento de Fernando Haddad na Sciences Po

    Senhoras e senhores,

    É um privilégio estar aqui hoje, cercado por pessoas que me fazem sentir acolhido. Em 2015, como Prefeito de São Paulo, tive a honra de inaugurar, ao lado da prefeita e amiga Anne Hidalgo, a Escola de Urbanismo da Sciences Po. E espero que a conferência de hoje marque uma etapa no avanço da Escola do Clima, um projeto de grande importância.

    Em um momento em que as universidades enfrentam pressões mesmo em democracias consolidadas, todos nós depositamos nossa confiança na Sciences Po para liderar o debate sobre as mudanças climáticas, a crise que conecta e agrava todas as outras crises.

    Sabemos que não há um paradigma fixo para a Governança na Era do Clima. Choques políticos, econômicos e até militares podem derrubar, da noite para o dia, experiências institucionais promissoras e interromper a dinâmica de aprendizado e de progresso da sociedade.

    Nosso objetivo, desde que chegamos ao governo em 2023, tem sido enraizar a agenda do clima na forma como administramos o Estado. Não era óbvio começar pelas finanças. Embora o Brasil tenha desempenhado um papel histórico nas agendas ambientais, até pouco tempo atrás os ministérios da área econômica estavam alheios a esse debate. Já no primeiro ano, lançamos o Plano de Transformação Ecológica – o “Novo Brasil”.

    Em um cenário de adversidade, com o governo em minoria no Congresso e uma demanda legítima e urgente por ações sociais de impacto imediato, conseguimos implementar dezenas de políticas e ferramentas estruturantes. Aprovamos a lei do Mercado de Carbono e da Taxonomia Sustentável, desenvolvemos e introduzimos novos mecanismos financeiros, e lançamos uma plataforma de investimentos para mobilizar recursos estrangeiros.

    O plano tem um papel crucial no cumprimento da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil no Acordo de Paris, que contém uma meta ambiciosa de redução de emissões. O Plano também apoiará políticas que sustentarão a queda em mais de 60% no desmatamento na Amazônia, que alcançamos em apenas dois anos, e o cumprimento da meta de desmatamento zero até 2030.

    O Plano de Transformação Ecológica fortaleceu as credenciais brasileiras para participar de maneira audaz nos debates globais e defender uma nova Governança na Era do Clima que chamamos de “re-globalização sustentável” no G20. Na defesa da tributação dos super-ricos, um imperativo moral diante do avanço das oligarquias dentro das democracias, França e o Brasil mostraram o caminho da coordenação Norte-Sul que pode ajudar o sistema internacional a sair do impasse.

    Sem o apoio de intelectuais como Gabriel Zucman e Esther Duflo, o primeiro passo para uma tributação coordenada dos super-ricos não teria sido alcançado com a Declaração sobre Cooperação Tributária Internacional e o documento final da Cúpula do G20 no Rio, em novembro passado. Esperamos poder reeditar essa parceria franco-brasileira na COP com outras bandeiras.

    Caro Luis, caro Pierre, cara Laurence,

    O timing do convite de hoje não poderia ser melhor. O mundo mudou muito desde a Cúpula do G20. Estamos passando por um momento de inflexão sobre o papel e o posicionamento global da América Latina e da Europa. É nesse contexto que o Brasil se prepara para a COP 30.

    Pierre, você critica o “mito do progresso infinito”, convidando-nos a repensar a relação entre nosso modo de vida e os recursos limitados do planeta. Lembra-nos que, para construir um futuro sustentável, precisamos romper com as lógicas do passado e adotar uma nova visão de prosperidade, que integre tanto as questões sociais quanto ambientais.

    Laurence, você que conhece tão intimamente o Acordo de Paris, sabe a importância de trazer as finanças para o coração do debate sobre o clima. Você destacou que o Brasil tem o potencial de liderar pelo exemplo, promovendo uma agenda climática inclusiva e focada na implementação de soluções concretas. Só assim a COP 30 entrará na história como a COP da implementação.

    Sob a liderança do Presidente Lula, o Ministério da Fazenda está empenhado em responder a apelos por uma COP 30 bem-sucedida, que resgate a centralidade do multilateralismo. Na esteira do Plano de Transformação Ecológica e da presidência brasileira do G20, vamos trabalhar para posicionar o Brasil como líder pelo exemplo e pela cooperação em prol de um multilateralismo reforçado.

    Com essa ambição, pretendemos contribuir para o Roadmap Baku-Belém em torno do objetivo de canalizar pelo menos 1,3 trilhão de dólares para o financiamento climático dos países em desenvolvimento até 2035.

    Sem querer me estender, gostaria de mencionar duas outras contribuições que estão sendo desenvolvidas no seio do nosso Ministério para a agenda internacional do clima. A primeira, o Tropical Forest Forever Facility (TFFF), é construída a partir de um conceito promissor: a passagem do paradigma da doação para o de investimento com retorno, de modo a incentivar os países desenvolvidos a se envolverem com a proteção das florestas mesmo em um momento de restrições fiscais.

    Uma vez constituído, o TFFF tem o potencial de impactar um bilhão de hectares de florestas, o equivalente a 18 vezes o território da França, em 70 países em desenvolvimento, começando pelo Brasil.

    O segundo projeto parte da compreensão de que o financiamento sustentável precisa de um marco regulatório robusto. Estamos reunindo os melhores economistas para qualificar o debate iniciado pela Alemanha com o Clube do Carbono e propor novas formas de coordenação para regulação das emissões internacionais que atenda às necessidades dos países emergentes.

    Ambos projetos estão unidos pelo mesmo princípio: a melhor resposta à crise do multilateralismo é ousarmos ainda mais no multilateralismo. No espírito do “mutirão” — termo indígena destacado pelo Presidente da COP 30, Embaixador André Corrêa do Lago —, pedimos a mobilização de todos.

    A campanha permanente pela inovação na governança no plano nacional e internacional é a melhor forma de enfrentar a maré da desinformação que polui o debate público. Ela depende de uma aliança da política com a ciência e a sociedade não apenas nacional, mas transnacional, alinhada ao que estamos construindo. Laurence, Pierre, e toda a comunidade da Sciences Po: vocês estão todos convocados.

    Gostaria de finalizar com uma mensagem para os estudantes brasileiros da Sciences Po. O recém-premiado filme Ainda Estou Aqui também narra a história de brasileiros que se exilaram na França durante a ditadura militar e retornaram para ajudar na construção de nossa democracia. Paris acolheu um sem-número de intelectuais, políticos e artistas que, juntos, construíram uma visão do Brasil que se consolidou como plataforma política sob a liderança do Presidente Lula.

    A Sciences Po celebrou esses feitos em 2011, quando o Presidente Lula recebeu o seu título de Honoris Causa, e hoje nos reunimos novamente para falar do nosso futuro. Essa conexão entre o que é discutido nestes anfiteatros e como a política transforma a vida das pessoas no Brasil é algo que vocês, estudantes brasileiros aqui presentes, devem reivindicar para sempre.

     

     

  • Após acordo de leniência, empresa indenizará União e Petrobras em R$ 435 milhões

    Após acordo de leniência, empresa indenizará União e Petrobras em R$ 435 milhões

    A Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) assinaram, na sexta-feira (28/03), um acordo de leniência com a empresa Trafigura Beheer B.V. (Trafigura), com base na Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013). O acordo envolve o pagamento de R$ 435.410.672,26 em multa e ressarcimento à União e à Petrobras.

    A empresa, especializada na comercialização de commodities, incluindo petróleo e seus derivados, esteve envolvida em atos de corrupção entre os anos de 2003 e 2014. Durante esse período, foram realizados pagamentos indevidos a agentes públicos, por meio de intermediários, para obtenção de informações privilegiadas sobre operações de compra e venda com a Petrobras.

    No curso das negociações do acordo, a CGU e a AGU avaliaram o programa de integridade da Trafigura, que inclui um Código de Ética e Conduta, políticas de compliance e procedimentos internos de controle. Como parte do acordo, além do pagamento da multa e do ressarcimento, a empresa se comprometeu a aprimorar as políticas de governança e compliance, tanto em suas atividades comerciais quanto nas operações de suas subsidiárias no Brasil.

    O acordo de leniência assinado por AGU e CGU foi negociado de forma coordenada com o Procurador da República do Ministério Público Federal competente para análise do caso, que assinou na mesma data acordo de teor semelhante com a empresa, que será submetido para juízo de homologação perante a 5ª CCR/MPF.

    A AGU e a CGU também reconheceram a colaboração das autoridades norte-americanas na investigação do caso. Os órgãos estrangeiros firmaram um acordo semelhante com a Trafigura, num esforço de ambos os países em estabelecer um ambiente coordenado e cooperativo de repressão à corrupção transnacional.

    Balanço

    Desde 2017, a CGU já assinou 32 acordos de leniência com empresas investigadas por práticas ilícitas previstas na Lei Anticorrupção (nº 12.846/2013), na Lei de Improbidade Administrativa (nº 8.429/1992) e na Lei de Licitações (nº 8.666/1993). Até o momento, esses acordos resultaram no retorno de mais de R$ 19,3 bilhões aos cofres públicos, com R$ 9,5 bilhões já pagos.

  • Pagamento do Pé-de-Meia começa nesta segunda, 31. Confira calendário

    Pagamento do Pé-de-Meia começa nesta segunda, 31. Confira calendário

    Começa nesta segunda-feira (31/3), o pagamento do Incentivo Matrícula para estudantes beneficiários do Pé-de-Meia que efetivaram sua matrícula para o ano letivo de 2025. Destinado a estudantes do ensino médio público, o depósito é feito de acordo com o mês de nascimento do estudante de forma escalonada até 7 de abril.

    De acordo com a Caixa Econômica Federal, neste mês serão disponibilizadas cerca de 3,9 milhões de parcelas, sendo 1,3 milhão para novos estudantes. Também serão pagas as parcelas remanescentes de 2024 dos Incentivos Conclusão e Enem, além do Incentivo Frequência. Confira o calendário:

    CALENDÁRIO DE PAGAMENTO Mês de nascimento Dia de pagamento Janeiro e Fevereiro 31 de março Março e Abril 1º de abril Maio e Junho 2 de abril Julho e Agosto 3 de abril Setembro e Outubro 4 de abril Novembro e Dezembro 7 de abril

    Fonte: Ministério da Educação (MEC)

    MOVIMENTAÇÃO — A parcela, no valor de R$200, será creditada em conta Poupança Caixa Tem, aberta automaticamente em nome dos estudantes e os valores podem ser movimentados pelo aplicativo Caixa Tem. Caso o adolescente seja menor de idade — para movimentar a conta, sacar o dinheiro ou usar o aplicativo Caixa Tem — é necessário que o responsável legal realize o consentimento e autorize o uso. Esse consentimento pode ser feito pelo aplicativo ou em uma agência bancária da Caixa. Se o estudante tiver 18 anos ou mais, a conta já estará desbloqueada para uso do valor recebido.

    INFORMAÇÕES — O estudante poderá consultar informações escolares, regras do programa e status de pagamentos (rejeitados ou aprovados) por meio do aplicativo Jornada do Estudante, do Ministério da Educação (MEC). Informações relativas ao pagamento do benefício podem ser consultadas no aplicativo Caixa Tem.

    Para participar do Pé-de-Meia o aluno deve ser integrante de uma família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e ter renda por pessoa de até meio salário mínimo. O estudante deve ter frequência mínima de 80% para se manter do Pé-de-Meia. Caso a frequência diminua em algum mês, o aluno não receberá o benefício referente a esse período.

    PÉ-DE-MEIA – O Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional, na modalidade de poupança, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de pessoas matriculadas no ensino médio público. Instituído pela Lei nº 14.818/2024 , o objetivo é  democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, promovendo mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social.

    Além do incentivo por frequência de R$200, o aluno recebe depósitos de R$1 mil ao final de cada ano concluído com aprovação, que ficarão como uma poupança e poderão ser sacados após a formatura do ensino médio.