Tag: Glúten

  • Glúten do trigo: mitos e fatos sobre melhoramento genético e saúde

    Glúten do trigo: mitos e fatos sobre melhoramento genético e saúde

    O glúten, uma proteína presente no trigo, tem sido tema recorrente em debates sobre nutrição e saúde. Em meio a informações que sugerem que o melhoramento genético teria tornado o glúten prejudicial ou diminuído a qualidade nutricional do trigo, especialistas apontam para evidências que desmentem tais alegações.

    Formado pelas proteínas gluteninas e gliadinas, o glúten confere à farinha de trigo suas propriedades únicas, como elasticidade e capacidade de reter o gás carbônico na fermentação, fundamentais para o crescimento do pão. Essa funcionalidade decorre da interação entre aminoácidos específicos, como glutamina, prolina e cisteína, cuja composição varia conforme a diversidade genética do cereal.

    Desde 1990, com a privatização do mercado de trigo e a extinção da Comissão de Compra do Trigo Nacional (CTRIN) pela Lei Nº 8.096, o melhoramento genético no Brasil focou na qualidade tecnológica do grão. A partir disso, o trigo nacional passou a atender plenamente as exigências da indústria moageira, competindo em pé de igualdade com os produtos importados.

    Ricardo Lima de Castro, pesquisador da Embrapa especializado no melhoramento do trigo, destaca que o padrão de glúten observado nas cultivares modernas já existia na diversidade genética dos trigos antigos. O avanço tecnológico apenas permitiu combinar características como rendimento, resistência a doenças e adaptação a condições ambientais adversas, sem alterar a segurança do glúten para o consumo humano.

    Assim, não há evidências científicas que sustentem a ideia de que o melhoramento genético resultou em trigos prejudiciais à saúde. Pelo contrário, o trigo brasileiro não só atende às demandas industriais de panificação, biscoitos e massas como também mantém sua competitividade e qualidade nutricional.

    O debate sobre o glúten continua, mas as informações disponíveis reforçam a segurança e o valor do trigo nacional tanto para a indústria quanto para os consumidores.

  • Veja dicas de Ceia de Natal para quem tem alergia alimentar

    Veja dicas de Ceia de Natal para quem tem alergia alimentar

    Ceia de Natal, família reunida, cada um traz um prato, e aí é aquela comilança em volta da mesa, o que pode ser motivo de estresse para quem tem intolerâncias alimentares ou alguma restrição de saúde. E o que é para ser um momento de confraternização, vira uma confusão.

    Foi assim que aconteceu com a jornalista Silvia Borella, que descobriu a doença celíaca há nove anos. E ela logo correu para estudar sobre o assunto. Por exemplo, não bastava só alguém da família levar o prato, a contaminação cruzada era uma preocupação, lição que todo mundo de casa já aprendeu.

    “Então, se você usa para servir uma colher numa farofa que tem traços de glúten, por exemplo, e já coloca ela pra servir o arroz, naquela confusão mesmo, né, que todo mundo se serve ao mesmo tempo, pode contaminar. Com certeza vai contaminar o outro. Então, a gente vai criando estratégias. Eu tenho a estratégia das plaquinhas, quando tem alguma ceia ou alguma refeição grande que é dividida, ou colocar separado para mim num cantinho ou ser o primeiro a servir”.

    Alimentos frescos, frutas e proteínas magras

    Tem os intolerantes e tem também os que estão com problemas de saúde e não podem ter uma dieta livre, como os imunossuprimidos. A dica da presidente do Conselho Federal de Nutrição, Erika Carvalho, é manter a calma e pesquisar. Ela garante que dá, sim, para ter uma ceia farta, bonita e irresistível.

    “A ideia é usar alimentos frescos, como frutas, verduras e legumes, que são naturalmente livres de substâncias como glúten, lactose ou outros alérgenos que podem estar restritos na alimentação de algumas pessoas. E para os pratos principais da ceia, é importante a gente sempre escolher fontes de proteínas mais magras. Por mais que a gente não pense talvez assim: ‘Ah, eu não vou comer uma fruta’. Mas a hora que chega, aquela mesa super colorida, com aquela super salada, fica irresistível”.

    Inovar nas receitas

    E quem sabe, seguindo a dica dela, a sua família não acabe adotando uma receita adaptada, como a mais nova queridinha do Natal. Foi o que aconteceu com a Silvia Borella. Ela disse que todo ano o pessoal por lá fica ansioso, esperando a sobremesa.

    “A gente tem uma taça, uma espécie de bombom aberto, que a gente faz praticamente todo ano, que você pode fazer com leite condensado sem lactose, se a pessoa tiver problema com lactose, e tem umas camadas de creme branco feito com leite condensado, chocolate e frutas. Fica muito bonito, é a cara do Natal, todo mundo come todo ano”.

    E não custa lembrar que o Natal não é só sobre comida. É sobre socializar, cuidar, compartilhar. É tempo de se voltar o olhar para o próximo. Pensar num cardápio que agrade a todos e não exclua ninguém faz parte desse processo.

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  • Receita de pão sem glúten: A delícia que você pode ter em casa!

    Receita de pão sem glúten: A delícia que você pode ter em casa!

    Você já pensou em fazer sua própria receita de pão sem glúten? É mais fácil do que imagina! E o melhor de tudo: você tem total controle sobre os ingredientes e pode criar receitas deliciosas e saudáveis para toda a família.

    Mas por que a receita de pão sem glúten faz tanto sucesso?  O glúten, uma proteína presente no trigo, cevada e centeio, pode causar problemas de saúde em algumas pessoas. Por isso, a busca por alternativas sem glúten tem crescido cada vez mais.

    Sabia que a palavra “glúten” vem do latim “gluten”, que significa “cola”?  Isso porque o glúten age como uma espécie de cola, dando elasticidade e estrutura à massa do pão. Mas não se preocupe, existem diversas farinhas sem glúten que podem substituir o trigo e garantir um pão delicioso e macio.

    Quer aprender a fazer uma receita de pão sem glúten incrível? Separamos uma receita especial para você:

    Ingredientes da receita de pão sem glúten:

    • 2 xícaras de farinha de arroz
    • 1 xícara de fécula de batata
    • 1 colher de sopa de fermento em pó
    • 1 colher de chá de sal
    • 1 colher de sopa de açúcar
    • 1 ovo
    • 1 xícara de leite vegetal (pode ser de amêndoa, coco ou soja)
    • 2 colheres de sopa de óleo vegetal

    Como fazer pão sem glúten:

    1. Misture as farinhas secas, o fermento, o sal e o açúcar em uma tigela.
    2. Em outra tigela, bata o ovo com o leite e o óleo.
    3. Junte os ingredientes úmidos aos secos e misture até formar uma massa homogênea.
    4. Coloque a massa em uma forma untada e enfarinhada.
    5. Leve ao forno preaquecido a 180°C por cerca de 40 minutos, ou até dourar.

    Essa é apenas uma das infinitas possibilidades da receita de pão sem glúten! Você pode adicionar sementes, frutas secas, ervas e temperos para dar um toque especial ao seu pão.

    Dica: Para deixar seu pão sem glúten ainda mais saboroso, experimente utilizar diferentes tipos de farinhas, como a de quinoa, a de amêndoa ou a de coco.

    Fazer seu próprio pão sem glúten é uma experiência deliciosa e gratificante. Além de ser mais saudável, você terá a satisfação de saborear um pão feito com muito carinho e cuidado.

  • O que é a doença celíaca?

    O que é a doença celíaca?

    Você sabe o que é a doença celíaca? Uma pesquisa efetuada pela redação do CenárioMT constatou que a doença celíaca é uma condição autoimune crônica que afeta cerca de 1% da população mundial, embora muitos casos ainda permaneçam subdiagnosticados.  Caracteriza-se pela intolerância permanente ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, centeio e cevada.

    Quando indivíduos celíacos ingerem glúten, seu sistema imunológico responde atacando o revestimento do intestino delgado, levando a danos nas vilosidades intestinais e comprometendo a absorção de nutrientes.

    Embora complexa, pode ser gerida eficazmente com uma dieta sem glúten rigorosa. A conscientização sobre a condição é crucial para um diagnóstico precoce e uma melhor qualidade de vida. Com informação e apoio adequados, indivíduos celíacos podem viver de forma saudável e plena.

    O que é a doença celíaca? Sintomas e diagnóstico

    Atualmente, o único tratamento eficaz para a doença celíaca é a adesão estrita e permanente a uma dieta sem glúten.
    Atualmente, o único tratamento eficaz para a doença celíaca é a adesão estrita e permanente a uma dieta sem glúten.
    FOTO:PIXABAY

    Os sintomas da doença celíaca variam amplamente entre os indivíduos e podem incluir distúrbios gastrointestinais como diarreia crônica, constipação, dor abdominal e inchaço. Além disso, manifestações extraintestinais como anemia, fadiga, perda de peso, problemas dermatológicos e até mesmo distúrbios neurológicos podem ocorrer. Devido a essa variabilidade, a doença é frequentemente confundida com outras condições, o que dificulta seu diagnóstico.

    O diagnóstico da doença celíaca é feito por meio de exames de sangue que detectam anticorpos específicos e, frequentemente, confirmado por uma biópsia do intestino delgado. É importante que os testes sejam realizados antes do início de uma dieta sem glúten para evitar resultados falsos negativos.

    Atualmente, o único tratamento eficaz para a doença celíaca é a adesão estrita e permanente a uma dieta sem glúten. Isso envolve evitar todos os alimentos e produtos que contenham trigo, centeio e cevada. Embora possa parecer simples, essa dieta requer atenção constante, pois o glúten pode estar presente em alimentos processados, medicamentos e até produtos de cuidados pessoais.

    Dicas para a vida sem glúten

    Cozinhar em casa garante maior controle sobre os ingredientes e evita a contaminação cruzada
    Cozinhar em casa garante maior controle sobre os ingredientes e evita a contaminação cruzada
    FOTO:PIXABAY
    1. Leitura de Rótulos: Desenvolver o hábito de ler os rótulos dos alimentos é essencial. Ingredientes como “amido modificado” e “aromas naturais” podem conter glúten.
    2. Educação e Informação: Manter-se informado sobre a doença e participar de grupos de apoio pode ajudar a lidar com os desafios diários.
    3. Preparação de Alimentos em Casa: Cozinhar em casa garante maior controle sobre os ingredientes e evita a contaminação cruzada.
    4. Consultoria Nutricional: Trabalhar com um nutricionista pode ajudar a garantir uma dieta equilibrada, compensando a ausência de alimentos que contêm glúten.

    Embora a adaptação a uma vida sem glúten possa ser desafiadora, muitas pessoas celíacas relatam uma significativa melhora na qualidade de vida após a implementação da dieta. Os sintomas geralmente diminuem, e a saúde intestinal se recupera, permitindo uma absorção adequada de nutrientes.

  • Receita de pão sem glúten fofinho e saudável

    Receita de pão sem glúten fofinho e saudável

    Hoje vamos ensinar como fazer uma receita de pão sem glúten fácil e saborosa. O pão é feito com uma mistura de farinhas sem glúten, fermento biológico, água, óleo e outros ingredientes. O resultado é um pão macio, leve e saboroso, que é perfeito para o café da manhã, o lanche ou a refeição.

    Receita de pão sem glúten
    Receita de pão sem glúten – Foto: Canva

    O glúten é uma proteína presente em grãos como trigo, cevada e centeio. Pessoas com doença celíaca ou sensibilidade ao glúten precisam evitar o consumo desses grãos, pois o glúten pode causar danos ao intestino.

    Para essas pessoas, é importante encontrar alternativas para alimentos que geralmente são feitos com farinha de trigo, como o pão. Felizmente, existem muitas receitas de pão sem glúten disponíveis, que podem ser tão saborosas quanto o pão tradicional.

    Ingredientes

    • 2 ovos
    • 400 ml de água morna
    • 100 ml de óleo vegetal
    • 380 gramas de mix de farinhas sem glúten (receita abaixo)
    • 5 gramas de sal
    • 20 gramas de açúcar
    • 10 gramas de fermento biológico seco
    • Gergelim (opcional)

    Modo de preparo

    Receita de pão sem glúten
    Receita de pão sem glúten – Foto: Canva
    1. Em uma tigela grande, misture os ovos, a água morna, o óleo vegetal, o sal, o açúcar e o fermento biológico. Misture bem até que todos os ingredientes estejam bem incorporados.
    2. Adicione a mistura de farinhas sem glúten e misture até formar uma massa homogênea. A massa deve ficar um pouco pegajosa.
    3. Unte uma forma de pão com óleo e transfira a massa para a forma.
    4. Polvilhe gergelim sobre a massa (opcional).
    5. Deixe a massa descansar em um lugar quente por 30 minutos, ou até dobrar de tamanho.
    6. Pré-aqueça o forno a 180 graus Celsius.
    7. Asse o pão por 30 a 35 minutos, ou até dourar.
    8. Retire o pão do forno e deixe esfriar antes de servir.

    Dicas para fazer a receita de pão sem glúten

    • Use uma mistura de farinhas sem glúten de boa qualidade. Existem muitas marcas disponíveis no mercado, por isso é importante experimentar algumas para encontrar a que você mais gosta.
    • Não tenha medo de experimentar diferentes ingredientes. Você pode adicionar sementes, frutas secas ou outros ingredientes à massa para dar um sabor extra ao pão.
    • Se a massa estiver muito seca, adicione um pouco mais de água. Se a massa estiver muito pegajosa, adicione um pouco mais de farinha.
    • Deixe a massa descansar por tempo suficiente. Isso permitirá que o fermento biológico cresça e o pão fique mais leve.

    Essa receita de pão sem glúten é fácil de fazer e fica deliciosa. É uma ótima opção para pessoas com doença celíaca ou sensibilidade ao glúten. Você pode servir o pão com manteiga, geleia, queijo ou outros ingredientes. Experimente essa receita e aproveite um pão saboroso e saudável!

    O que é glúten?

    Receita de pão sem glúten
    Receita de pão sem glúten – Foto: Canva

    O glúten é uma proteína complexa encontrada em cereais como trigo, cevada, centeio e, em menor quantidade, na aveia (geralmente devido à contaminação cruzada durante o processamento). É formado por duas proteínas principais: gliadina e glutenina. Essas proteínas combinam-se quando a farinha é misturada com água, formando uma rede elástica que confere elasticidade à massa.

    O papel fundamental do glúten é proporcionar estrutura e elasticidade aos produtos assados, como pães, bolos e massas. Essa elasticidade permite que a massa se expanda e capture gases durante o processo de fermentação, resultando em produtos de panificação com textura macia e arejada.

    É importante destacar que, para a maioria das pessoas, o glúten é seguro e uma fonte nutritiva de proteínas. No entanto, compreender a natureza do glúten é crucial para aqueles que têm condições de sensibilidade ou intolerância, garantindo que possam fazer escolhas alimentares que se adequem às suas necessidades.

  • Cuidado com os riscos de tirar totalmente o glúten de sua dieta

    Cuidado com os riscos de tirar totalmente o glúten de sua dieta

    Já não é mais nem novidade a dieta sem glúten. A promessa de mandar embora os quilinhos extras faz com que muitas pessoas eliminem da dieta a proteína do trigo. O glúten, presente no pãozinho de cada dia, na macarrona do domingo e nos bolos do café da tarde ganhou os holofotes e virou o grande inimigo de quem quer manter o peso em dia. Mas será que essa fama de mal é justa? Será que é realmente preciso cortar para sempre essa proteína do cardápio, apenas para enxugar alguns quilinhos?

    Nos últimos anos, muito tem se ouvido falar a respeito dos efeitos negativos do glúten no organismo. Junto ao carboidrato, a substância se tornou uma verdadeira vilã da alimentação. Porém, tirar itens como pão e macarrão por completo da dieta tem consequências, como gerar efeitos contrários ao imaginado.

    Os estudos nesta área são, normalmente, realizados com indivíduos que possuem doença celíaca e nessas pessoas foi observado que a dieta sem glúten aumentou o peso em pessoas que já eram sobrepeso. Não há evidências científicas, no entanto, de que consumir produtos livres de glúten trariam algum benefício à saúde, inclusive na redução do peso, para pessoas que não possuem doença celíaca. “Além disso, nem sempre dieta sem glúten oferece menos calorias. Alguns produtos possuem valor calórico até maior que os mesmos produtos em sua versão original”, acrescenta a nutricionista.

    Tirar ou não tirar da dieta?

    “Depende”, pondera a nutricionista do HCor. “Do ponto de vista da fisiologia, tirar o glúten da dieta não faz mal, mas é preciso substituí-lo por alimentos variados, com um bom valor nutricional, afim de evitar o desfalque de nutrientes importantes para a saúde”. Neste caso, vale investir no consumo de tapioca, farinha de arroz, polvilhos doce e azedo, milho, mandioca e trigo-sarraceno.

    Você pode gostar de ler: Receita de pão sem gluten deliciosa

    Antes de se aventurar em um esquema alimentar não usual, o ideal é procurar ajuda de um nutricionista para obter orientações realmente seguras e eficazes. “É importante salientar que esta dieta é pobre em cereais integrais, e já foi comprovado que o consumo de cereais integrais está associado com redução do peso, colesterol e prevenção do câncer de intestino”, orienta Camila.