Tag: Geraldo Alckmin

  • Plataforma 99 anuncia investimentos de R$ 1 bilhão no Brasil

    Plataforma 99 anuncia investimentos de R$ 1 bilhão no Brasil

    A empresa de aplicativo de transporte individual 99 anunciou investimentos no país da ordem de R$ 1 bilhão, para a expansão de sua plataforma de serviços. O anúncio foi feito durante encontro do vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, com o diretor global da Didi´s Internacional Business Group, controladora da 99, Stephen Zhu, nesta quarta-feira (16).

    A expansão da plataforma vai abrigar também a futura 99Food, de entregas de comida. Assim, a 99 soma o novo serviço aos demais que a plataforma já promove, caso de transporte individual, entregas de encomendas e gerenciamento de finanças pessoais (99pay).

    “Este investimento reflete nosso compromisso de longo prazo com o Brasil”, disse Stephen Zhu.

    Para Alckmin, “o anúncio de investimentos da 99 no Brasil mostra que o compromisso do presidente Lula com um ambiente econômico estável, em um momento de incertezas no mundo, está gerando resultados positivos para o país”.

    A 99Food deve começar a funcionar para consumidores, restaurantes e entregadores em meados deste ano. A empresa atua em mais de 3,3 mil cidades no mundo, com 1,5 milhão de motoristas, motociclistas e entregadores credenciados. O crescimento da empresa foi de 125% no ano passado.

    Mototáxi

    A plataforma 99, assim como a Uber, estão travando uma batalha jurídica com a Prefeitura de São Paulo para prestar serviços de mototáxi na cidade. O prefeito Ricardo Nunes é contrário à iniciativa, argumentando a questão de segurança dos usuários, tanto que soltou o decreto nº 62.144/2023, suspendendo a atuação do serviço.

    A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as plataformas, discorda que os aplicativos sejam responsáveis por eventuais aumentos de acidentes de trânsito por motos.

    No mais recente capítulo da briga judicial, a 8ª Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo decidiu por invalidar o decreto municipal. Mas o serviço segue suspenso por uma liminar de janeiro deste ano, proferida em segunda instância no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

  • Papa Francisco deixa hospital após 38 dias

    Papa Francisco deixa hospital após 38 dias

    O papa Francisco recebeu alta neste domingo (23/3) e deixou o hospital onde ficou 38 dias internado. “Segundo a equipe médica, trata-se de uma ‘alta protegida’, o que significa que a recuperação exigirá fisioterapia respiratória e motora, além de suporte diário com oxigênio e acompanhamento médico. A voz do Pontífice deverá retornar gradualmente, conforme esperado nesses casos”, disse o Vaticano.

    Ao deixar o hospital, o pontífice apareceu na sacada do hospital e acenou para os fiéis: “Obrigado a todos”, disse aos fiéis e turistas que foram ao Hospital Gemelli onde ele estava internado desde o dia 14 de fevereiro para tratar uma pneumonia.

    Durante o trajeto rumo ao Vaticano, Francisco fez uma parada na Basílica de Santa Maria Maior para rezar diante do ícone da Salus Popoli Romani, agradecer por sua recuperação.

    O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, saudou em rede social a alta do papa. “O domingo se reveste de especial significado quando o papa Francisco faz sua primeira aparição pública, após sua internação. Renovamos nossa fé, fortalecemos nossas esperanças e celebramos o dom da vida”, postou.

    Alckmin assume a presidência interinamente durante a visita de Estado do presidente Lula ao Japão e ao Vietnã ao longo da semana.

     

  • Em visita à Toyota, Alckmin celebra investimentos de R$ 11,5 bi. ‘A indústria voltou no País’

    Em visita à Toyota, Alckmin celebra investimentos de R$ 11,5 bi. ‘A indústria voltou no País’

    O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, visitou nesta terça-feira (18/3) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a nova fábrica da empresa automotiva Toyota, em Sorocaba (SP). Na cerimônia, foram anunciados investimentos de R$ 11,5 bilhões na expansão da unidade, até 2030, para a produção de veículos modelos híbridos-flex.

    “O investimento de hoje vai gerar mais 2 mil empregos diretos, fora os empregos indiretos”, disse Alckmin, lembrando que a indústria brasileira vem apresentando recuperação, impulsionada por programas desenvolvidos pelo governo federal. “A indústria, que vinha encolhendo, nos últimos dez anos, perdendo emprego, diminuindo, com o presidente Lula voltou”, afirmou o vice-presidente lembrando que em 2024 a indústria de transformação cresceu 3,8% com a Nova Indústria Brasil (NIB).

    Em seu discurso, o presidente Lula ressaltou a importância da relação entre Brasil e Japão, referindo-se à origem da montadora Toyota, e disse que conhece o “Toyotismo” desde os anos 1980, quando trabalhava como metalúrgico. “Eu saio daqui para o Japão. E posso dizer que a Toyota tem os trabalhadores brasileiros e japoneses que fabricam um carro de melhor qualidade que o mundo fabrica”, afirmou Lula, lembrando da visita oficial que fará ao Japão na próxima semana. “E nós queremos mais, mais investimento e mais desenvolvimento”, acrescentou o presidente.

    A fábrica de Sorocaba, construída há 67 anos, foi a primeira unidade da montadora fora do Japão. Prevista para começar a operar em 2026, a nova fábrica terá 160 mil m² e capacidade produtiva de 100 mil carros por ano, um aumento de 50% em relação ao atual parque fabril de Sorocaba.

    Os investimentos, que envolvem a promoção da descarbonização e novas tecnologias de eletrificação, estão em linha com a NIB e com o Programa de Mobilidade Verde (Mover), coordenados pelo Mdic. Lançado pelo governo federal em 2023, o Mover amplia as exigências de sustentabilidade da frota automotiva e estimula a produção de novas tecnologias nas áreas de mobilidade e logística.

    “Vale ressaltar que estamos alinhados com as diretrizes dos programas do Combustível do Futuro e do Mover, já que somos pioneiros no desenvolvimento e fabricação da tecnologia híbrida-flex. Reconhecemos também a importância dos programas Mover e Nova Indústria Brasil, que trazem diretrizes fundamentais para a reindustrialização verde de nosso país”, afirmou o presidente da Toyota, Evandro Maggio.

  • “Se fizer olho por olho, vai ficar todo mundo cego”, diz Alckmin

    “Se fizer olho por olho, vai ficar todo mundo cego”, diz Alckmin

    A sobretaxação em 25% do aço e do alumínio pelos Estados Unidos não foi decidida por causa do Brasil, mas prejudicará o país e o comércio global, disse nesta quinta-feira (13) o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Ele classificou de “equivocada” a decisão do governo de Donald Trump.

    “Entendemos que o caminho não é olho por olho. Se fizer olho por olho, vai ficar todo mundo cego. Comércio exterior é ganha, ganha. Ganha quem tem mais competitividade para exportar e ganha o conjunto da sociedade. O caminho é a reciprocidade e buscar diálogo”, declarou o vice-presidente após anunciar a confirmação da tarifa zero para nove tipos de alimentos.

    O vice-presidente reiterou que os Estados Unidos têm superávit comercial com o Brasil, com tarifa zerada para a maioria dos produtos. “A medida tomada de aumentar para 25% a tarifa de aço e de alumínio não foi contra o Brasil, foi uma medida geral. Não foi específica. Entendemos que a decisão é equivocada porque o Brasil não é problema comercial para os Estados Unidos. Eles têm superávit comercial com o Brasil”, destacou.

    Nos dois primeiros meses de 2025, o Brasil acumulou déficit comercial de US$ 342,9 milhões com os Estados Unidos, com a segunda maior economia do planeta exportando para o Brasil mais do que importa. “Contando bens e serviços, o superávit comercial dos Estados Unidos com o Brasil [déficit do Brasil com os Estados Unidos] chega a US$ 25 bilhões”, acrescentou Alckmin.

    Dos dez produtos que os Estados Unidos mais vendem para o Brasil, ressaltou Alckmin, oito têm tarifa zero porque estão na lista de ex-tarifários, que isenta de Imposto de Importação bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) e bens de telecomunicações. A tarifa comercial média aplicada pelo Brasil aos produtos norte-americanos está em 2,7%, com 72% do que os Estados Unidos exportam entrando no país com alíquota zero.

  • Segunda fase do Depreciação Acelerada terá R$ 3 bi para indústrias

    A segunda fase do programa Depreciação Acelerada, que acelera a devolução de imposto de Renda e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para as indústrias que renovam máquinas, terá R$ 3 bilhões em créditos tributários em 2025 e 2026, anunciou nesta sexta-feira (28) o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

    Desse total, R$ 1,5 bilhão será concedido em 2025 e R$ 1,5 bilhão em 2026. Inicialmente, estava previsto R$ 1,7 bilhão para este ano, mas R$ 200 milhões foram usados em 2024, reduzindo o montante disponível para R$ 1,5 bilhão em 2025.

    A medida impulsiona a compra de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos, beneficiando 25 atividades econômicas do setor industrial. O programa começou com 23 participantes, mas a segunda fase contemplará o setor automotivo e uma parcela da indústria química que não estava habilitada.

    Em entrevista coletiva, Alckmin explicou que a depreciação acelerada resulta em economia média de 4% para as indústrias que renovam o parque fabril, ajudando a compensar os efeitos da alta da Taxa Selic (juros básicos da economia).

    “A Abimaq [Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos] tem feito uns estudos. A economia varia um pouco, mas pode reduzir em 4% o valor da máquina. Varia de 3% a 5%, mas isso ajuda a compensar o aumento da Selic”, disse o presidente em exercício.

    O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, anunciou nesta sexta-feira (28/02) a segunda fase do programa Depreciação Acelerada
    O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, anunciou nesta sexta-feira (28/) a segunda fase do programa Depreciação Acelerada – Foto: Júlio César Silva/MDIC

    Círculo virtuoso

    Para o ministro, a medida inicia um círculo virtuoso para o investimento da indústria nacional. “Isso estimula o parque industrial a se renovar. Você estimula as indústrias a trocar máquinas e equipamentos por máquinas mais eficientes. Mais produtividade, eficiência energética e descarbonização”, ressaltou.

    Por meio da depreciação acelerada, as indústrias reduzem, de 15 para 2 anos, o abatimento de Imposto de Renda e da CSLL decorrente da depreciação (desgate) de máquinas compradas. A empresa deduz 50% do desgaste no primeiro ano e 50% no segundo ano.

    O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Mdic, Uallace Moreira, explicou que o governo remanejou para a segunda fase o crédito financeiro não usado na primeira fase do programa.

    No ano passado, o programa Depreciação Acelerada beneficiou 374 projetos industriais, que acessaram cerca de R$ 200 milhões em crédito tributário para a compra de novos equipamentos. Os destaques foram os setores de produtos de borracha, biocombustíveis, celulose e máquinas e equipamentos.

    “A depreciação só é feita quando se apresenta a nota fiscal da compra da máquina e equipamento. Isso é a comprovação para novas máquinas e equipamentos. Tanto é que a depreciação não contempla máquinas e equipamentos usados”, explicou Moreira.

    Autocertificação

    A partir deste sábado (1º), as empresas brasileiras que exportam para a Argentina, o Paraguai e o Uruguai passarão a auto certificar a Declaração de Origem. Segundo Alckmin, a medida reduz a burocracia e resultará em economia aos exportadores nacionais.

    De acordo com o presidente em exercício, essa medida reduz custo e tempo de emissão da prova de origem e com isso as exportações brasileiras ficam menos onerosas.

    “A autocertificação fortalece a competitividade das empresas e facilita a integração regional, garantindo maior eficiência nas trocas comerciais entre os países do Mercosul.”

    Prevista por uma portaria de dezembro do ano passado da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic, a autocertificação passa a ser considerada uma prova de origem válida para os acordos comerciais que permitem essa modalidade. A certificação de origem garante acesso a benefícios tarifários nos países de destino das mercadorias.

    Por ano, são emitidos cerca de 600 mil certificados de origem, dos quais 35% para exportadoras ao Mercosul. Até agora, o exportador tinha de pagar a certificação de origem às federações estaduais das indústrias, às associações comerciais e às câmaras de comércio. A portaria do Mdic estabelece mecanismos internos de controle em casos de suspeita de fraude de origem, para reforçar a verificação e o controle previstos nos acordos comerciais.

  • Indústria de defesa tem R$ 112,9 bilhões em investimentos

    Indústria de defesa tem R$ 112,9 bilhões em investimentos

    O governo federal apresentou nesta quarta-feira (12) os investimentos que estão sendo feitos para impulsionar o desenvolvimento de tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais, como lançadores de foguetes, radares e satélites. Os recursos somam R$ 112,9 bilhões, sendo R$ 79,8 bilhões de recursos públicos e R$ 33,1 bilhões do setor privado.

    Os projetos estão ligados à Missão 6 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que completou um ano em janeiro e foi celebrado hoje em evento no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que coordena o NIB, destacou a ampliação da exportação e crescimento da indústria em 2024. “Nós crescemos o ano passado, a indústria em geral 3,1%, a indústria de transformação, 3,7%, o dobro da média mundial. O dobro da média do mundo foi o crescimento da indústria brasileira o ano passado. Exportações da indústria de transformação somaram US$ 189 bilhões, que também foi recorde. E recorde também na criação de emprego e de renda para nossa população”, comemorou.

    Só na área de defesa, segundo Alckmin, estratégica para a indústria nacional, o Brasil exportou, em 2024, US$ 1,8 bilhão, aumento de 22% em relação a 2023. No ano anterior, as exportações haviam somado US$ 1,5 bilhão, um crescimento expressivo de 123% em comparação a 2022.

    A NIB é uma política industrial com seis missões relacionadas à ampliação da autonomia, transição ecológica e modernização do parque industrial. O programa foca nos setores da agroindústria, saúde, infraestrutura urbana, tecnologia da informação, bioeconomia e defesa e visa impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033 com instrumentos como subsídios, empréstimos com juros reduzidos e ampliação de investimentos.

    No total, a indústria brasileira já conta com R$ 3,4 trilhões em investimentos públicos e privados anunciados. O investimento público é de R$ 1,2 trilhão, incluindo recursos do Plano Mais Produção (P+P), braço de financiamento da NIB, e de programas relacionados, como o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Plano de Transformação Ecológica. Já o setor produtivo anunciou R$ 2,2 trilhões em investimentos da produção nacional nos próximos anos.

    Soberania e defesa

    Apenas para a Missão 6, apresentada hoje, dos R$ 79,8 bilhões em recursos públicos, R$ 42,1 bilhões já foram alocados em 2023 e 2024 e R$ 37,7 bilhões estão disponíveis até 2026. Os investimentos incluem o PAC Defesa, com R$ 31,4 bilhões para projetos como o caça Gripen, o cargueiro KC-390, viaturas blindadas, fragatas e submarinos.

    Já o investimento privado de R$ 33,1 bilhões será dividido entre os setores aeroespacial e defesa (R$ 23,7 bilhões), nuclear (R$ 8,6 bilhões) e segurança e outros (R$ 787 milhões). Durante o evento, a Embraer assinou cartas de financiamentos de R$ 331 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de R$ 2,1 bilhões com a Finep – empresa pública de financiamento de projetos ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Este último é para a aquisição de até 16 aeronaves da Embraer por uma companhia aérea dos Estados Unidos.

    A Finep também investe em projetos estratégicos, como o reator multipropósito brasileiro e o foguete de decolagem para veículos hipersônicos, com R$ 4,2 bilhões já investidos e previsão de mais R$ 331 milhões.

    A Missão 6 visa fortalecer as cadeias produtivas de satélites, veículos lançadores e radares, definidas como prioritárias com base na existência de capacidades locais construídas, potencial de geração de exportações de alta intensidade tecnológica e de geração de empregos qualificados.

    A meta é alcançar 55% de domínio das tecnologias críticas para a defesa até 2026, e 75% até 2033. Atualmente, o Brasil domina 42,7% das tecnologias críticas, definidas a partir de lista de 39 projetos estratégicos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

  • Alckmin defende cotas de importação de aço pelos Estados Unidos

    Alckmin defende cotas de importação de aço pelos Estados Unidos

    O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu, nesta quarta-feira (12), o estabelecimento de cotas de isenção para o aço e alumínio enviados para os Estados Unidos. Dessa forma, o Brasil poderia exportar determinada quantidade de aço e alumínio sem pagar a íntegra da taxação.

    Alckmin disse ainda que vai procurar as autoridades norte-americanas para negociar os termos da taxação de 25% sobre as importações impostas pelo presidente Donald Trump.

    “Sempre é um bom caminho a gente buscar o ganha-ganha”, defendeu Alckmin após evento no Palácio do Planalto.

    O vice-presidente lembrou que os Estados Unidos têm um superávit de US$ 7,2 bilhões com o Brasil, ou seja, vendem mais bens e serviços do que compram. Além disso, segundo ele, a taxa de importação final do Brasil para produtos norte-americanos é baixíssima, de 2,7%, já que muitos produtos importados têm alíquota zero, como máquinas e equipamentos.

    “Então, nós vamos dialogar para buscar um bom entendimento. Não tem guerra tributária, tem entendimento baseado no interesse público”, reafirmou.

    “[A taxação] não foi contra o Brasil. A alíquota que foi imposta foi para o mundo inteiro. Então, ela não foi discriminatória. Estados Unidos são um importante parceiro comercial do Brasil, não é o maior, o maior é a China, mas é para ele que nós exportamos [equipamentos com] valor agregado, avião, equipamentos, e de outro lado, é o maior investidor no Brasil”, ponderou Alckmin.

    Durante o seu primeiro mandato, Donald Trump impôs tarifas sobre o aço e o alumínio, mas depois concedeu cotas de isenção para parceiros, incluindo Canadá, México e Brasil, que são os principais fornecedores desses produtos para os Estados Unidos.

    Segundo o vice-presidente, a intenção é tentar manter as cotas como o Brasil tem hoje.

    “Isso é do cotidiano. Todo dia você tem essas questões de alteração tarifária. O caminho é o diálogo e nós vamos procurar o governo norte-americano para buscar a melhor solução”, afirmou Alckmin.

    Reciprocidade

    Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na semana passada, que o Brasil pode aplicar a lei da reciprocidade, aumentando as taxas de produtos estadunidenses consumidos pelo Brasil. “O mínimo de decência que merece um governo é utilizar a lei da reciprocidade”, disse em entrevista a rádios de Minas Gerais.

    Segundo dados da Administração de Comércio Internacional do governo dos EUA, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para o país em 2024, perdendo apenas para o Canadá. Já um levantamento do Instituto do Aço Brasil, com base em dados oficiais do governo brasileiro, mostra que os EUA foram o principal destino do aço do país, representando 49% de todo o aço exportado pelo país em 2023.

  • Alckmin: ‘Brasil continua sendo um modelo de eficiência no uso da energia limpa’

    Alckmin: ‘Brasil continua sendo um modelo de eficiência no uso da energia limpa’

    Investimentos na bioeconomia, transição energética e descarbonização. Essas são algumas das prioridades da Missão 5 da Nova Indústria Brasil (NIB), apresentada nesta quinta-feira, 12 de dezembro, pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, durante a 4ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o Conselhão.

    Isso significa promover a indústria verde e, entre outras metas, reduzir a intensidade das emissões de gases de efeito estufa por unidade de produto. O vice-presidente reforçou que um dos objetivos para 2026 é ampliar em 27% – e em 2033 para 59% -, o uso de biocombustíveis e elétricos na matriz energética de transporte. Além disso, a NIB irá ampliar o uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em mais de 10%, em 2026, e 30%, em 2033.

    “O Brasil continua sendo um modelo de eficiência no uso da energia limpa e o governo seguirá trabalhando para ser referência para o mundo neste tema.Qual país do mundo tem 27% de etanol na gasolina? Ninguém tem.E nós podemos subir para 30% de etanol na gasolina e depois ampliar ainda mais”, ressaltou Alckmin. “E 85% da nossa frota é flex, pode ser gasolina ou etanol. Biodiesel, biogás, hidrogênio de baixo carbono, diesel verde. São inúmeras as oportunidades na indústria mais verde. Vamos descarbonizar.”

    NOVAS METAS – Na reunião, o vice-presidente ainda apresentou as outras novas metas da Missão 5 para 2026 e 2033. Além da promoção da indústria verde, ele anunciou as cadeias prioritárias, aprovadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).

    Nesta fase da Nova Indústria Brasil, o CNDI definiu seis cadeias prioritárias para o desenvolvimento industrial da Missão 5: diesel verde e combustível sustentável da aviação (SAF); hidrogênio de baixa emissão de carbono; biometano; aço e cimento verde; aerogeradores; e painéis solares.

    A escolha levou em conta os objetivos específicos das missões, a existência de capacidades locais construídas, o potencial de geração de exportações de alta intensidade tecnológica, o impacto para a cadeia produtiva e para a geração de empregos qualificados.

    INVESTIMENTOS – Ao todo, foram anunciados durante o Conselhão R$ 468,38 bilhões de investimentos privados e públicos para a Missão 5 da Nova Indústria Brasil, com a proposta de otimizar a eficiência energética. Deste total, R$ 88,3 bi são recursos públicos de linhas de crédito para projetos que envolvam atividades como inovação, exportação, produtividade,sendo que R$ 74,1 bilhões já foram contratados entre 2023 e 2024. Outros R$ 14,2 bilhões estarão disponíveis para 2025 e 2026.

    O vice-presidente também informou que o setor privado irá investir R$ 380,1 bilhões em projetos até 2029 relacionados à Missão 5. A previsão é de uma injeção em diversos setores, o que gera mais empregos, além de promover uma indústria mais competitiva e sustentável.

    Durante a reunião, a Finep e o BNDES lançaram chamada pública, no valor de R$ 6 bilhões, para o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis de aviação e navegação, duas janelas de oportunidade para a indústria nacional. E o Plano Mais Produção (P+P), braço de financiamento da NIB, tem R$ 507 bilhões em linhas de crédito para financiamento das ações de desenvolvimento industrial entre 2023 e 2026.

    Na linha do Mais Inovação, a Finep irá aprovar projetos que vão impulsionar a bioeconomia, energias renováveis e saneamento, resíduos e moradia. São iniciativas realizadas por empresas em parceria com Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs).

    ESPAÇO DE DEBATES – A 4ª Plenária do Conselhão durou todo o dia e debateu uma série de temas. : “Queria relembrar a todos uma característica deste Conselho, que não é apenas um espaço de palavras, de diálogo, de discurso, mas de ação e de produção para o governo”, afirmou o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha, na abertura do evento.

    Durante as reuniões, houve um balanço de dois anos do Conselhão, incluindo uma análise dos indicadores de redução da desigualdade, além da atuação empresarial e do reposicionamento do Brasil na agenda econômica internacional.

    No segundo bloco, foram apresentados os contratos e editais já entregues pelo Governo Federal, “como a assinatura pelo presidente Lula de um decreto que recompõe o Comitê de Transformação Digital, que foi uma demanda trazida aqui pelos grupos, um dos grupos de trabalho das Câmaras Técnicas do Conselho”, citou Padilha.

    “Também temos a honra de, aqui, comemorarmos a sanção integral do novo marco regulatório de crédito de carbono no nosso país. Foi um debate que teve um envolvimento direto dos conselheiros e conselheiras”, acrescentou.

    CONSELHÃO – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável é um colegiado composto por representantes da sociedade civil e considerado um importante espaço de fortalecimento das instituições e da democracia brasileira, pois possibilita exercer a escuta ativa de representações da sociedade brasileira, considerando sua complexidade e heterogeneidade.

    É tido como um dos mais importantes instrumentos de participação social do país, sendo um órgão de assessoramento direto ao presidente da República para a formulação de políticas e de diretrizes voltadas ao desenvolvimento econômico, social e sustentável do país.

    “Este Conselho está aqui para incentivar e empurrar o governo para a formulação de políticas. Este governo foi eleito para enfrentar os problemas das desigualdades históricas neste país e nós estamos aqui para lembrar isso. Temos feito nosso trabalho e esperamos que o governo possa ouvir e colocar em prática as formulações que este Conselho tem apresentado”, reforçou o conselheiro Douglas Belchior, membro do Comitê Gestor do Conselhão e representante da Câmara Técnica de Combate à Desigualdade.

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  • Indústria expande para 83,4% o uso de sua capacidade e investe em maquinário

    Indústria expande para 83,4% o uso de sua capacidade e investe em maquinário

    O uso da capacidade instalada na indústria chegou a 83,4%, deixando para trás a média de 79,7% registrada nos últimos 11 anos e retomando índices observados entre 2010 e 2014. Os números, coletados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), foram apontados pelo ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin como indicadores de que a indústria “vai fazer a diferença”.

    “A indústria está crescendo. Vai fazer diferença este ano. Há um esforço grande de recuperar o setor”, afirmou Alckmin, citando dados da Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE: a produção industrial cresceu 4,1% em junho, em comparação a maio, e 3,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, superando as expectativas do mercado. “A indústria vai ajudar o PIB a melhorar”, disse Alckmin, durante encontro de lideranças empresariais na última segunda-feira (12).

    No acumulado de 18 meses do atual governo, segundo o ministério, a produção industrial cresceu 5,1%, contra míseros 0,1% dos 18 meses imediatamente anteriores.

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    Fonte: MDIC

    O vice-presidente também destacou a expansão do uso da capacidade instalada do parque industrial brasileiro. O Governo Federal sabe que este indicador, se marca a retomada do setor, também exige mais investimentos, para evitar pressão da demanda de consumo.

    Por isso, Alckmin lembrou que há decisões de investimentos já tomadas e em curso, na esteira da Nova Indústria Brasil, política industrial lançada pelo presidente Lula em janeiro deste ano. “Indústria de automóveis anunciou R$ 130 bilhões; indústria de alimentos, R$ 120 bilhões; indústria siderúrgica, R$ 100 bilhões. Quando se tem confiança, você vai ter investimento”, disse o ministro.

    Outro índice reforça a expectativa. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), índice de investimento na compra de máquinas e equipamentos produtivos, subiu 11,1% ao longo dos dezoito meses do atual Governo.

    Alckmin citou que os resultados advêm de um conjunto de políticas adotadas pelo atual Governo, dando sustentação a aumento real de salários, da renda média do trabalho, das taxas de ocupação e também da confiança dos investidores. A concessão de crédito e garantias estatais também evoluem. Alckmin destacou ainda a importância da reforma tributária, essencial para aumentar a competitividade da indústria brasileira.

    A indústria ajuda a puxar os índices de ocupação no mercado de trabalho e também a renda média. A última mostra da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE, mostrou que entre abril e junho deste ano a média salarial no setor aumentou 8,2%, ante o mesmo período do ano anterior, com acréscimo de R$ 236.

    Outro argumento que o MDIC tem apresentado em encontros e debates pelo país é o de que quando a confiança do empresariado sobe, os investimentos produtivos acompanham. Para ilustrar o argumento, há uma comparação entre os índices que mostra que a relação entre um e outro, neste momento, é de 86%:

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  • Alckmin: “Não tem razão Brasil ter a 2ª maior taxa de juro mundial”

    Alckmin: “Não tem razão Brasil ter a 2ª maior taxa de juro mundial”

    O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (5) que não faz sentido o Brasil ainda ter uma das maiores taxas de juro real do mundo, mesmo dispondo de fundamentos sólidos na economia.

    “Não tem justificativa. Temos a segunda maior taxa de juro real do mundo e só perde para a Rússia, que está em guerra”, disse, na abertura do Congresso Aço Brasil.

    Entre os fundamentos sólidos, Alckmin citou reservas cambiais de US$ 370 bilhões, segurança jurídica, enorme mercado consumidor e recorde de exportações.

    Alckmin destacou a importância do ajuste fiscal e disse que o governo vai cumprir o arcabouço fiscal. A expectativa é que, ainda neste semestre, ocorra uma redução das taxas de juros norte-americana e a brasileira, o que irá favorecer o crescimento da economia nacional.

    “O mercado internacional enfrenta um grande estresse que deve ser passageiro. O Brasil tem a 6ª maior população do mundo, um mercado interno forte, amanhã sai o balanço das exportações de janeiro a julho com recorde. Temos reservas cambiais, e vejo com otimismo que a política fiscal será cumprida. Por isso, não tem razão o Brasil ter a segunda maior taxa de juro real do mundo. Isso atrapalha muito”, afirmou.

    No mês passado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic, os juros básicos da economia, em 10,5% ao ano.

    Indústria do aço

    Em discurso, ele destacou que a indústria de aço é “a indústria das indústrias”, que sempre esteve na vanguarda da inovação. Com a política instituída pelo governo Lula, a Nova Indústria Brasil significa um avanço para o desenvolvimento econômico e social.

    “Não há desenvolvimento econômico e social sem as indústrias”, afirmou o presidente em exercício, enfatizando que nos próximos dias estará disponível no mercado as Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCD), que vão baratear o custo do crédito para as indústrias.

    Essas letras são como as já existentes, do setor imobiliário e do setor agrícola (LCI e LCA, respectivamente), onde as pessoas físicas estão isentas de pagar imposto de renda quando aplicam nesse título.

    Alckmin destacou que, até 2028, o Brasil receberá investimentos de R$ 100 bilhões no âmbito do Programa Mover, de descarbonização da indústria, e destacou que o país emite 55% de gás carbônico, um percentual bem abaixo do que em outros países, graças ao potencial energético.

    De acordo com Instituto Aço Brasil, a produção brasileira de aço bruto atingiu 16,4 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2024, um crescimento de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a dezembro de 2023, a produção foi de 31,9 milhões de toneladas, quando houve uma queda de 6,5% em relação a 2022.

    Edição: Carolina Pimentel

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