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  • Skatista brasileira dá show e conquista Mundial de Skate Street

    Skatista brasileira dá show e conquista Mundial de Skate Street

    Nem pulso machucado e a insegurança com a performance após a lesão desbanca Rayssa Leal. Aos 15 anos, a Fadinha do skate brasileiro garantiu o Mundial de Skate Street neste domingo (5).

    Ela garantiu o título após vencer a australiana Chloe Covell e a japonesa Momiji Nishiya. A disputa aconteceu em Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos.

    O medo de ficar de fora da disputa e o receio com a lesão no pulso fez Fadinha ser cautelosa em suas manobras. Nas voltas, ficou entre as três primeiras. Na sequência, fez um flip rockslide de front, que garantiu 84,04 pontos.

    Ela repetiu o feito na última chance e recebeu mais uma nota 87,22. No total, Rayssa garantiu 255,4 pontos, contra 253,51 e 253,30 das adversárias.

    Além do título, Fadinha garantiu 80 mil pontos na disputa por uma vaga nas olimpíadas de Paris em 2024. Ela deve ser a principal aposta do Brasil na competição.

    As brasileiras

    Além de Rayssa Leal, Pâmela Rosa e Gabi Mazzeto participaram da final do mundial neste domingo. Elas ficaram na 8ª e 6ª colocação, respectivamente.

    Pâmela teve dificuldade nas voltas, apresentando pequenos erros, mas que contaram na pontuação final. Ela chegou a se recuperar após explorar o gap da pista e conseguiu 83,14 pontos na soma. Mas outras três tentativas de manobras sem sucesso da brasileira fez com que ela terminasse a competição com 126,52 pontos.

    Já as manobras de Gabi foram destaque entre os jurados devido à qualidade técnica. Ela acertou duas explorações de hubba e garantiu 79,35 e 83,46 pontos. Entretanto, os erros nas voltas e duas tentativas de manobras falhadas derrubaram sua pontuação, que fechou a competição em 221,45, na sexta colocação geral.

    Confira a classificação final do mundial

    1. Rayssa Leal (Brasil) – 255,58
    2. Chloe Covell (Austrália) – 253,51
    3. Momiji Nishiya (Japão) – 253,30
    4. Rizu Akama (Japão) – 251,91
    5. Funa Nakayama (Japão) – 240,79
    6. Gabriela Mazetto (Brasil) – 221,45
    7. Paige Hayn (EUA) – 211,71
    8. Pâmela Rosa (Brasil) – 126,52
  • Casal abandona bebê em aeroporto por não querer pagar passagem extra em voo

    Casal abandona bebê em aeroporto por não querer pagar passagem extra em voo

    Um casal decidiu abandonar o próprio bebê em um aeroporto da cidade de Tel Aviv, em Israel, apenas para não ter que pagar uma passagem extra para a criança.

    De acordo com informações da imprensa israelense, os pais foram presos imediatamente após o episódio, mas liberados na sequência, enquanto a polícia local investiga o caso.

    Entenda o episódio

    Funcionários relataram que o homem e a mulher adentraram o aeroporto com a criança em um carrinho durante a tarde e se dirigiu ao portão de embarque da empresa Ryanair.

    O casal tinha passagens para um voo rumo a Bruxelas, na Bélgica, mas foi informado por uma funcionária de que precisaria adquirir, também, um bilhete para a criança.

    Bate-boca e confusão

    Inconformados, os pais se recusaram a realizar o pagamento da nova passagem, alegando que na maioria das companhias aéreas, bebês com menos de 2 anos não precisam de bilhetes.

    Uma discussão teve início. Os funcionários se mostraram irredutíveis e exigiram a passagem para a entrada da criança, mas o casal continuou se recusando.

    Desistência e abandono

    Os pais deixaram o portão de embarque. Mas, em vez de ir embora do aeroporto ou comprar uma nova passagem, caminhou rumo ao saguão de embarque, onde abandonou o bebê junto com o carrinho.

    Sem a criança e com dois bilhetes em mãos, o casal passou pelo portão de embarque e pelo controle de passaporte quando o episódio foi percebido por funcionários do aeroporto.

    A polícia foi chamada e, antes que os pais embarcassem para a Bélgica, conseguiu deter os suspeitos.

    Comunicado da autoridade responsável pelo aeroporto:

    “UM CASAL COM UMA CRIANÇA COM PASSAPORTES BELGAS CHEGOU PARA UM VOO NO TERMINAL 1 SEM UMA PASSAGEM PARA O BEBÊ. O CASAL TAMBÉM CHEGOU ATRASADO PARA O VOO, UMA VEZ QUE O CHECK-IN JÁ HAVIA TERMINADO. O CASAL ABANDONOU A CRIANÇA E CORREU PARA O CHECK-IN, NA TENTATIVA DE EMBARCAR NO VOO.”

  • Gilmar Mendes abre inquérito contra Carla Zambelli

    Gilmar Mendes abre inquérito contra Carla Zambelli

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, determinou nessa sexta-feira (3) abertura de inquérito para investigar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por perseguição armada. A decisão tem como objetivo apurar a conduta da parlamentar pelo uso de arma e fogo nas vésperas do segundo turno das eleições presidenciais. O caso ocorreu em outubro de 2022, um dia antes do segundo turno das eleições. Na ocasião Zambelli sacou uma arma e perseguiu um homem nos Jardins, bairro de São Paulo. O crítico da parlamentar chegou a ser encurralado por apoiadores da deputada em uma lanchonete, mas foi liberado pouco depois. Carla Zambelli descumpriu resolução do Tribunal Superior Eleitoral que proibia o transporte de armas no fim de semana da eleição.

    PGR

    Na última semana a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou denúncia contra a deputada ao STF por porte ilegal de arma de fogo. O documento originou o inquérito aberto por Gilmar Mendes. Caso a denúncia seja aceita, Zambelli passará a condição de ré e irá responder ação penal. A parlamentar pode ser investigada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal mediante emprego de arma.

    Até o fechamento dessa reportagem, a Agência Brasil não conseguiu uma posição da deputada sobre a medida tomada por Gilmar Mendes;

     

    Edição: Nira Foster

  • Briga em avião causa tumulto e pancadaria

    Briga em avião causa tumulto e pancadaria

    Uma briga entre passageiros de um voo que saía de Salvador com destino a São Paulo viralizou nas redes sociais na quinta-feira (2). Segundo a companhia aérea Gol, a briga aconteceu antes da decolagem e as pessoas envolvidas foram retiradas da aeronave e não seguiram viagem.

    Nas imagens, é possível ver um grupo de mulheres gritando entre si, dando tapas e puxando o cabelo umas das outras. Em uma das cenas filmadas pelos outros passageiros, uma delas se atira na fileira traseira para puxar o cabelo de outra mulher.

    Os comissários de bordo do avião e outros passageiros tentam separá-las e pedem para que as envolvidas se acalmem, mas as mulheres continuam a confusão. Os nomes das envolvidas não foram divulgados e a Gol não informou o motivo da briga.

    Por causa da confusão, o voo G3 1659 atrasou cerca de uma hora. O avião deveria ter saído da capital baiana às 13h45, mas a decolagem aconteceu apenas por volta das 15h.

    Após a circulação dos vídeos na internet, a companhia aérea lamentou o ato de violência e reforçou que as ações tomadas pela equipe de tripulantes foram tomadas com foco na segurança.

  • Excesso de chuva tem dificultado plantio de algodão em Mato Grosso

    Excesso de chuva tem dificultado plantio de algodão em Mato Grosso

    Segundo a Abrapa, já foram semeados 91% da área prevista no estado de São Paulo. Em Goiás, 84%; Mato Grosso, 47%; Mato Grosso do Sul, 98%; Bahia, 82%; Minas Gerais, 85%; Piauí, 100%; Paraná, 100% e Maranhão, 73%. No geral, o Brasil já concluiu aproximadamente 57,31% do plantio em todo o país.

    Excesso de chuva dificulta trabalho no MT

    A quantidade e o excesso de chuva tem dificultado os trabalhos em campo para o cultivo do algodão. O plantio está 19.1% mais lento em Mato Grosso, se comparado com a safra anterior.

    Tendência do Clima

    No decorrer desta segunda metade da semana uma frente fria vai espalhar instabilidades pelos três estados do Sul do País. No entanto, sobre o Rio Grande do Sul a chuva será muito espaçada e não deve atingir todas as áreas produtoras. No meio oeste gaúcho, onde a situação de estiagem é mais crítica, não há condições de chuvas significativas. Os maiores volumes de água devem se concentrar entre o norte de Santa Catarina e do Paraná, com acumulados entre 50 e 70 mm até o próximo final de semana.

    Mais uma vez, esse sistema deve reforçar as instabilidades sobre interior do Brasil e ao longo dos próximos dias tem previsão para chuvas volumosas entre São Paulo, sul e triângulo mineiro, interior de Mato Grosso do Sul e áreas mais ao sul de Goiás e de Mato Grosso. Nessas áreas, o excesso de chuva previsto para fevereiro deve impactar as atividades de colheita da soja e retardar o processo de plantio do milho segunda safra, assim como os trabalhos de plantio do algodão.

    São esperadas chuvas expressivas também no extremo norte do país e partes do Matopiba, especialmente no norte do Tocantins e no Maranhão. Já no interior da Bahia, assim como no norte de Minas Gerais, norte do Espírito Santo norte de Goiás, a expectativa é apenas de chuva bastante isolada e com baixo acumulado.

    Meta: Produtor de algodão quer vender para o Egito

    Os produtores brasileiros têm como objetivo responder por 20% da demanda do algodão importado pelo Egito nos próximos dois anos e se organizam para ir em busca dessa fatia ainda no primeiro semestre deste ano. A meta foi estipulada pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) após o mercado egípcio ter sido aberto para o algodão brasileiro.

    “O Egito é um importante produtor de algodão, mas o país cultiva especialmente o produto de fibra longa e extralonga, que é premium. Já o Brasil produz o algodão de fibra média” explica Alexandre Schenkel,  presidente da Abrapa.

    Schenkel acredita que a indústria egípcia utilizará o algodão brasileiro, de fibra média, para fazer blend com o seu algodão de fibras mais longas, e pensa que é possível até responder por mais que 20% das compras internacionais egípcias do algodão.

    “Vai depender de nós, de eles gostarem do nosso produto. Nós podemos atendê-los bem”, afirma o presidente.

    Vale lembrar que os períodos de colheita no hemisfério norte (onde estão Egito e Estados Unidos, que são produtores) e sul (onde está o Brasil) são diferentes.

    BR é o 2º maior exportador de algodão

    O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o quarto maior produtor mundial. Diferente de outros países, no entanto, o Brasil tem colheita para atender a demanda interna e ainda exportar. Em dezembro, por exemplo, o país exportou 175,7 mil toneladas de algodão. No acumulado do atual ano comercial para o setor, de agosto a dezembro, a exportação somou 952,1 mil toneladas e teve alta de 14,6% em relação ao mesmo período da temporada anterior.

    “O Brasil atingiu qualidade tão boa quanto dos seus concorrentes, como os Estados Unidos, e que o País tem a produção em regiões menos suscetíveis a crises hídricas e climáticas do que os norte-americanos”, completa Schenkel.

    O Brasil produz ao redor de 2,6 milhões de toneladas e tem demanda nacional de cerca de 700 mil toneladas.

     

  • Em mensagem enviada ao Congresso, Lula promete diálogo e trabalho harmônico com Legislativo

    Em mensagem enviada ao Congresso, Lula promete diálogo e trabalho harmônico com Legislativo

    Luciano Bivar leu a mensagem encaminhada pelo presidente da República

    “Reitero minha convicção de que o povo brasileiro rejeita a violência. Ele quer paz para estudar e o direito de sonhar um futuro melhor para si e para os que virão. É urgente enfrentar a fome e as desigualdades, olhando para todos, mas principalmente para os mais pobres, senão jamais conquistaremos verdadeiramente a real democracia”, afirmou Lula.

    O presidente da República criticou a gestão do governo anterior, inserindo na mensagem o relatório resumido da equipe de transição que constatou o que ele considerou um desmonte das políticas públicas, com falta de recursos para saúde, educação e ciência e tecnologia, “além dos ataques aos povos indígenas e o ataque à proteção da biodiversidade”.

    Para Lula, “a gestão do Estado foi relegada, e a transparência deu lugar ao sigilo desproporcional”.

    Primeiras medidas
    Em relação às primeiras medidas de seu governo, o presidente destacou as novas regras para o controle de armas, a reativação do Fundo Amazônia e a revisão da destinação das multas ambientais. “Vamos tornar o Brasil uma potência ambiental, incorporando empreendimentos da sociobiodiversidade e da agricultura sustentável”, ponderou.

    Nas votações no Congresso, citou como prioridade das primeiras semanas a votação das medidas provisórias editadas por ele, como a de reestruturação dos ministérios (MP 1154/23) e a do complemento do Bolsa Família (MP 1155/23).

    No curto e médio prazos, priorizou o debate de outros temas estruturantes, como a revisão das regras do teto de gastos e a reforma tributária “para redistribuir a carga de impostos de maneira mais justa”.

    Na área de educação, disse que vai apresentar, ainda este ano, propostas para aumento de creches e de escolas em tempo integral, revisão dos orçamentos e aumento de vagas dos institutos federais de ensino, com destaque para o sistema de cotas.

  • Augusto Aras defende respeito ao voto popular e às diferenças

    Augusto Aras defende respeito ao voto popular e às diferenças

    O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse hoje (1º) que o “voto popular deve ser respeitado, especialmente por aqueles que não obtiveram a maioria”. A declaração foi feita ao participar da cerimônia de abertura do Ano Judiciário 2023, realizada no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

    “A polarização política, expressão legítima da diversidade da vida democrática, em um país plural e multicultural, exige também o respeito às diferenças”, afirmou, ao acrescentar que o “povo tem direito a mudar de opinião”.

    Em resposta aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, Aras disse, que até o momento, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou 525 denúncias, 14 pedidos de prisão e nove solicitações de busca e apreensão contra investigados pelos ataques.

    Aras ainda citou poema para reforçar o dever de todos em proteger a democracia. “Como o poeta dizia à sua amada, e deveria dizer todos os dias: eu te amo, eu te amo, eu te amo, para nunca esquecer de seu amor. Nós, cidadãos do Estado Democrático de Direito, precisamos dizer todos os dias: Democracia eu te amo, eu te amo, eu te amo. Essa democracia conquistada a duras penas, exigiu sangue, suor e lágrimas de muitos brasileiros.”

    Ele rebateu as críticas de que o MPF não agiu contra violência política nos últimos anos, Aras afirmou que a instituição atuou para manter a paz no país em 2021 e 2022. “O MPF esteve, nos anos anteriores, de forma discreta, estrategicamente discreta, evitando que extremistas, de toda natureza e ordem, se manifestassem contra o Estado Democrático de Direito.”

    Na sessão solene, a presidente do STF, Rosa Weber, destacou que os golpistas que vandalizaram os prédios da Corte, do Congresso Nacional e o Palácio Planalto serão punidos dentro do rigor da lei e que os ataques não abalaram a crença na democracia.

    Aras encerrou o discurso em tom de conciliação ao afirmar que a população expressou seu desejo nas urnas, em outubro passado, e agora é “hora de pacificar, reconciliar e voltar à normalidade das instituições e pessoas”.

    Edição: Juliana Andrade

  • Com retorno de Marta, Pia convoca Brasil para Torneio She Believes

    Com retorno de Marta, Pia convoca Brasil para Torneio She Believes

    A técnica Pia Sundhage convocou, nesta terça-feira (31), a seleção brasileira feminina para o Torneio She Believes, competição amistosa que será disputada entre 16 e 22 de fevereiro nos Estados Unidos. O destaque é o retorno de Marta. A meia-atacante está recuperada de uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo sofrida em março do ano passado.

    “A Marta está pronta na parte física. Fez todos os testes. Ela é bem competitiva, como todos sabem. Sobre o [ritmo de] jogo, nem tanto, então vamos tomar cuidado para nos certificar que ela sinta o jogo e tenha chance de jogar novamente em seu nível mais alto. Estou muito feliz, porque ela é um modelo de comportamento, técnica e leitura de jogo. Precisamos ser inteligentes. Ela não atua há alguns meses”, disse Pia em entrevista coletiva.

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    Marta não joga desde que sofreu a lesão no joelho, em 26 de março do ano passado, na derrota do Orlando Pride, time que defende nos EUA, para o North Carolina Courage, por 1 a 0. A camisa 10 esteve em campo por apenas 31 minutos. A contusão a levou a ser cortada dos amistosos que o Brasil fez na Espanha, em abril, contra as donas da casa e a Hungria. A atacante Gabi Portilho, do Corinthians, foi então chamada para o lugar da craque de 36 anos.

    O Timão, aliás, é a equipe com mais representantes na lista divulgada por Pia: quatro. Foram convocadas a goleira Lelê, a zagueira Tarciane e as laterais Yasmin e Tamires. Destaque também para a presença de seis jogadoras que, além de Marta, atuam na liga norte-americana: a lateral Bruninha (NY/NJ Gotham), as meias Ary Borges (Racing Louisville), Júlia Bianchi (Chicago Red Stars) e Kerolin (North Carolina Courage) e as atacantes Debinha (Kansas FC) e Adriana (Orlando Pride).

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    Além do Brasil e dos EUA, o She Believes terá a participação de Canadá e Japão. Os quatro participantes estão classificados para a Copa do Mundo da modalidade, que será disputada entre julho e agosto deste ano na Austrália e na Nova Zelândia.

    A estreia das brasileiras no torneio amistoso será no dia 16 de fevereiro, a partir das 18h (horário de Brasília), contra as japonesas no Exploria Stadium, em Orlando. Três dias depois, no Geodis Park, em Nashville, às 20h30, as adversárias serão as canadenses, medalhistas de ouro na Olimpíada de Tóquio (Japão). A participação terminará no dia 22, novamente às 20h30, diante das anfitriãs, atuais campeãs mundiais, no Toyota Stadium, em Frisco.

    As convocadas

    Goleiras: Lelê (Corinthians), Lorena (Grêmio) e Luciana (Ferroviária)

    Defensoras: Bruninha (NJ/NY Gotham-EUA), Tainara (Bayern de Munique-ALE), Rafaelle (Arsenal-ING), Kathellen (Real Madrid-ESP), Lauren (Madrid CFF-ESP), Tarciane (Corinthians), Yasmin (Corinthians) e Tamires (Corinthians).

    Meias e atacantes: Adriana (Orlando Pride-EUA), Marta (Orlando Pride-EUA), Ary Borges (Racing Louisville-EUA), Ana Vitória (Benfica-POR), Nycole Raysla (Benfica-POR), Júlia Bianchi (Chicago Red Stars-EUA), Kerolin (North Carolina Courage-EUA), Bia Zaneratto (Palmeiras), Geyse (Barcelona-ESP), Gabi Nunes (Madrid CFF-ESP), Debinha (Kansas FC-EUA) e Ludmila (Atlético de Madrid-ESP).

    Edição: Fábio Lisboa

  • Maioria do ouro vendido no país em 2021 tinha indício de ilegalidade

    Maioria do ouro vendido no país em 2021 tinha indício de ilegalidade

    Nas últimas semanas, as fortes imagens de indígenas yanomami desnutridos e de grandes áreas de florestas devastadas pelo garimpo suscitaram a pergunta: para onde vai o ouro retirado das terras indígenas (TIs)? O Instituto Escolhas, que sistematiza estudos sobre mineração e uso da terra, aponta que, em 2021, 52,8 toneladas de ouro comercializadas no Brasil tinham graves indícios de ilegalidade, o que corresponde a mais da metade (54%) da produção nacional.

    Entre 2015 e 2020, o total de ouro com indícios de ilegalidade comercializado no Brasil foi de 229 toneladas.

    O instituto destaca, ainda, que quase dois terços do ouro (61%) são extraídos da Amazônia. A suspeita é de que 32 toneladas do metal recolhido na região, em 2021, eram irregulares. Em relatório, a entidade também cita quais os estados de onde saiu o ouro, no ano analisado. Mato Grosso é o principal local de origem (16 toneladas), seguido pelo Pará (13,6 toneladas), Rondônia, Tocantins, Amapá e Amazonas.

    Embora se possa identificar a origem do ouro, saber o destino das pepitas é um desafio, conforme ressalta a gerente de Portfólio do Instituto Escolhas, Larissa Rodrigues, que coordenou o estudo. Por isso, o instituto apresentou, junto com o diagnóstico, uma proposta de rastreio do ouro.

    A medida envolveria diversos agentes públicos, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Banco Central, que é quem fornece informações sobre as instituições financeiras autorizadas a operar com ouro, atualiza e valida essas informações, além de fiscalizar as operações.

    A proposta privilegia a tecnologia blockchain, que é uma sequência de registros digitais (blocks) conectados uns aos outros, formando uma corrente (chain). Tal recurso asseguraria que cada registro recebesse uma identificação única, que não pudesse ser alterada, o que garantiria a segurança das informações e, portanto, o rastreio do ouro.

    Na avaliação de Larissa, a proposta é inovadora para o setor de ouro, em particular, mas não é exatamente uma novidade, de modo geral, pois mercados de outros produtos já adotam um modelo semelhante. Ademais, sublinha, a digitalização já é algo adotado pela ANM em seus processos.

    “Um sistema como esse, digital, de coordenação de órgãos, já existe para a madeira, para a carne, em certa medida. Ou seja, são coisas já aplicadas em outras cadeias, não é algo que seria um esforço que o governo jamais fez. O governo brasileiro já fez esse tipo de sistema para outros produtos. E por quê? Muito pelo que a gente está começando a ver no ouro agora: por pressão de importadores, dos consumidores. Porque esses produtos, antigamente, também tinham muita ilegalidade e, aí, por pressão dos mercados, o governo começou a controlar como não se controlava antes”, diz. “O que a gente tem para o ouro é mais ou menos o que a gente tinha na cadeira do couro, da cana, 20 anos atrás”, acrescenta.

    A gerente comenta que, no Brasil, dois dos instrumentos que ajudam a confundir a percepção sobre o setor são o princípio da boa-fé nas negociações e aumento do rigor sobre o registro de transporte do ouro. Quanto à boa-fé, o que ocorre é a facilitação da “lavagem de ouro”, porque é por meio dela que os garimpeiros ou qualquer agente envolvido possa vendê-lo para as distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs), apenas preenchendo um formulário de papel, em que indicam a origem do metal. Isto é, não é feita nenhuma verificação das informações prestadas, o que permite que vendam o ouro ilegal como se fosse proveniente de área regular. Há também conflito de interesses, uma vez que os donos das DTVMs, seus familiares ou sócios podem ter lavras garimpeiras e serem eles mesmos os vendedores do ouro.

    Larissa pontuou à Agência Brasil que, durante o levantamento dos milhares de registros, conseguiu rastrear apenas um dos lotes até o fim. O que geralmente ocorre é que se pode achar, no máximo, o estado ou o país onde o ouro é entregue, de modo que somente com um esforço, como o de jornalistas investigativos, é que se prossegue nas buscas, identificando-se, por exemplo, as joalherias, bancos ou tradings que compram o ouro ilegal. Nesse caso, a equipe do instituto descobriu que o ouro foi levado para a Índia.

    “É uma situação de crime perfeito”, afirma Larissa sobre as brechas da mineração de ouro.

    Poder público

    Perguntada sobre a obtenção de apoio de parlamentares junto à causa, Larissa responde que o Brasil passa por uma “janela de pressão” em torno do tema. O que pode propiciar a aprovação de leis ou mesmo de uma medida provisória para endurecer as regras.

    Ao lado de parlamentares, pode haver outras vias de auxílio, na redução dos problemas. Os yanomami estão presentes nos estados do Amazonas e Roraima e na Venezuela. Seu território é imenso, o que pressupõe complexidade em relação às operações de segurança pública e atendimento de saúde.

    Da logística dos garimpos ilegais na TI Yanomami fazem parte, entre outros pontos, esquemas de desvio de combustível de aviação e centenas de pistas de pouso clandestinas. Outro elemento imprescindível é a comunicação, o que faz com que garimpeiros precisem arranjar rádios e também ter acesso à internet.

    Ciente de tal organização, no início de junho de 2022, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso exigiu que a União apresentasse um plano detalhado de ações de desmantelamento dos acampamentos dos garimpeiros presentes na TI. Barroso pediu explicações à Polícia Federal e também à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre as empresas que fornecem internet aos garimpos ou como esse acesso está ocorrendo. A Agência Nacional de Petróleo (ANP), por sua vez, foi chamada pela Corte para listar quais distribuidoras e revendedoras de combustível de aviação que atendem a região.

    O presidente da Urihi Associação Yanomami, Júnior Hekurari Yanomami, entende que um aliado fundamental na defesa dos direitos de seu povo tem sido o Ministério Público Federal (MPF). Ele conta que garimpeiros circulam sem esboçar nenhum temor, com armas como submetralhadoras.

    “A gente vive nas nossas comunidades, nas nossas casas, com medo, porque os garimpeiros ameaçam as lideranças, dizendo que essa terra tem dono, que quem manda aqui é [Jair] Bolsonaro”, relata.

    No último dia 21, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, antecipou, em sua conta no Twitter, que oficiaria a Polícia Federal para apurar os “fortes indícios de genocídio e de outros crimes” relacionados “aos sofrimentos criminosos impostos aos yanomami”. Quatro dia depois, a corporação instaurou inquérito para apurar a possível prática de genocídio, omissão de socorro, crimes ambientais, além de outros atos ilícitos contra o povo yanomami.

    Edição: Juliana Andrade

  • Mais de 16 milhões de hectares foram queimados no Brasil em 2022

    Mais de 16 milhões de hectares foram queimados no Brasil em 2022

    Mais de 16,3 milhões de hectares foram queimados no Brasil entre janeiro e dezembro de 2022, conforme dados do Monitor do Fogo, divulgados nesta terça-feira (31) pelo MapBiomas, rede de organizações que fazem o monitoramento áreas queimadas no país. Do total, 2,8 milhões de hectares queimados foram de florestas.

    A maior parte das queimadas atingiu vegetação nativa, sendo 25,9% de formações savânicas e 17,1% de florestas.

    A Amazônia foi a mais afetada no ano passado. Quase metade do total de área queimada no país estava no bioma, equivalente a 7,9 milhões de hectares. Da área total queimada no bioma, 70% ocorreram nos meses de agosto, setembro e outubro.

    Em dezembro de 2022, quando não é comum ocorrerem queimadas na Amazônia, o bioma registrou a maior área queimada no país, com 234,7 mil hectares, crescimento de 101% em relação ao mês anterior.

    De acordo com MapBiomas, metade das queimadas na Amazônia ocorreram em pastagens. O fogo é a forma mais rápida e barata para limpar uma área desmatada. A relação é direta, quanto maior a taxa de desmatamento, maior o uso do fogo na região, conforme o MapBiomas.

    O Cerrado aparece como o segundo bioma mais impactado, perdendo apenas para a Amazônia. De toda a área queimada no país, 45% estavam no Cerrado (7,4 milhões de hectares). O montante equivale a um aumento de 18% em relação ao ano anterior.

    Já o Pantanal teve a menor área queimada dos últimos quatros anos: 194 mil hectares. Em 2022, o mês com o maior registro foi setembro, com 64 mil hectares consumidos pelo fogo. A diminuição está relacionada, conforme o MapBiomas, às chuvas que amenizaram a seca no bioma, apesar de a última cheia ter sido registrada em 2018.

    Edição: Maria Claudia