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  • Como cozinhar frango frito inteiro: pele crocante e carne macia

    Como cozinhar frango frito inteiro: pele crocante e carne macia

    Frango frito é um dos pratos mais populares, mas para cozinhá-lo, você precisa seguir a receita.

    Se você quiser fritar, ou melhor, assar o frango inteiro, você precisa fazê-lo, observando a receita. Então o frango ficará suculento, perfumado e insanamente delicioso.

    E se você adicionar ervas perfumadas, a carne simplesmente terá um sabor divino.

    Este é um modo simples de preparar, mas espetacular, que geralmente é apreciado por adultos e crianças. Alguns truques simples são suficientes para obter um frango frito perfeitamente cozido, o mesmo que você compra no supermercado: com pele crocante e carne macia.

    Frango frito

    Ingredientes:

    • 1 frango pesando cerca de 1200 g;
    • 2 dentes de alho;
    • alecrim, tomilho, sálvia, manjerona, azeite, sal.

    Veja como cozinhar o frango frito perfeito:

    tire o frango da geladeira e deixe-o à temperatura ambiente por cerca de meia hora. Depois que o pássaro descansar, coloque a carcaça em um recipiente de cozimento que possa acomodá-la com “conforto”. Preencha o vazio com dois dentes de alho levemente esmagados, alguns raminhos de alecrim e algumas folhas de sálvia. Prepare uma mistura de alecrim fresco, sálvia, tomilho e manjerona.

    Amarre as pernas de frango com um fio de cozinha para que mantenha sua forma durante o cozimento. Unte o frango com bastante óleo, depois “massagem” e polvilhe com ervas perfumadas picadas, uma pitada de sal e pimenta moída. Coloque-o em um forno pré-aquecido a 190° por cerca de uma hora. O tempo exato de cozimento dependerá do peso do seu frango: você deve contar cerca de 50 minutos por quilograma.

    Durante o cozimento, de vez em quando, pegue algumas colheres de sopa de líquido do suco de cozimento e regue o frango com ele. O frango será cozido perfeitamente se o sangue ou o líquido rosa não forem liberados ao enfiar um espeto ou palito de dente na coxa. Tire o frango frito do forno e sirva imediatamente.

    Purê de batatas é perfeito para um frango assim. E é muito fácil de cozinhar.

  • Brasil debate uso de tecnologias inovadoras na indústria alimentar durante Innofood 2023

    Brasil debate uso de tecnologias inovadoras na indústria alimentar durante Innofood 2023

    Representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária participaram, na segunda (9) e terça-feira (10) do Fórum Internacional de Tecnologias Inovadoras na Indústria Alimentar e na Agricultura (Innofood 2023). O evento, realizado em Sochi, na Rússia, teve como objetivo apresentar projetos, produtos e tecnologias que contribuem para a resolução de problemas enfrentados pela indústria alimentar.

    Entre os principais assuntos debatidos estiveram temas importantes para tecnologia de alimentos (Foodtech) e a tecnologia agrícola (Agritech). Foram discutidos, também, iniciativas tecnológicas, tendências de consumo, problemas de comercialização, formação de especialistas, indústria de biotecnologia e visão do alimento como medicamento, entre outros assuntos de igual relevância para o setor.

    Representando o Mapa, a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Renata Miranda, participou da sessão estratégica principal, cujo assunto foi: “Foodtech: Abordagens de alta tecnologia para enfrentar os desafios atuais da indústria alimentar”.

    Os especialistas presentes discutiram, ainda, as principais tendências globais e seu reflexo na agenda russa, e apresentaram projetos inovadores que podem resultar em soluções para mudanças positivas a nível mundial.

    Novas tecnologias para o setor de fertilizantes​

    A secretária da SDI/Mapa esteve reunida também com o vice primeiro-ministro da Rússia Denis Manturov para discutir as novas tecnologias para o setor de fertilizantes e reforçar o compromisso mútuo com a continuidade do comércio bilateral. No encontro foram apresentadas, ainda, as políticas do Mapa para desenvolvimento de bioinsumos e recuperação de pastagens degradadas, que vêm sendo implementadas, com sucesso, no país.

    “O Brasil e a Rússia têm uma relação histórica de parceria no setor de fertilizantes. Estamos aqui buscando ampliar essa parceria, propondo novas oportunidades de cooperação para desenvolver produtos mais eficientes e sustentáveis, que posteriormente poderão ser compartilhados com outros países”, comentou Renata.

    O vice primeiro-ministro garantiu que a Rússia está aberta a cooperar com o Brasil no setor de fertilizantes. “Estamos prontos a trabalhar conjuntamente para desenvolver novos produtos especializados para cada tipo de solo brasileiro”, afirmou Manturov.

    Informações à Imprensa
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  • Eclipse anular do sol neste sábado poderá ser visto do Brasil

    Eclipse anular do sol neste sábado poderá ser visto do Brasil

    O eclipse anular do sol está previsto para este sábado (14) e poderá ser visto do Brasil. Na ocasião, a lua vai cobrir a maior parte do disco solar, deixando apenas um anel brilhante na borda. O Observatório Nacional, órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, vai transmitir o eclipse em evento virtual O Céu em sua Casa: Observação Remota, que é uma opção para que as pessoas acompanhem o fenômeno com segurança.

    A transmissão virtual terá início às 11h30 da manhã (horário de Brasília) quando o eclipse anular estiver começando na costa oeste dos Estados Unidos, e vai acompanhar todo seu percurso até que chegue ao seu final na costa leste do Brasil em torno das 17h30. Para saber onde o eclipse será visível, observatório indica uma página na internet.

    “O eclipse anular ocorre quando a Lua, como vista a partir da Terra, parece menor que o Sol [no céu]. Assim, a Lua não cobre o disco solar totalmente, restando um anel luminoso no contorno da lua, daí a razão do nome ‘eclipse anular’”, explicou o doutor em Astrofísica Leonardo Almeida, professor da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

    O fenômeno é diferente de um eclipse total, quando a lua cobre completamente o disco solar, deixando apenas a coroa solar visível. O Observatório Nacional aponta que o eclipse anular ocorre quando a lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra, e nesse momento a Lua aparece menor, o que permite que este anel seja visível no eclipse.

    Almeida aponta que essa diferença se deve ao fato de que a órbita da lua ao redor da Terra não é circular, o que faz com que a distância entre ambas varie ao longo do período de translação da Lua.

    Tipos de eclipse

    “Quando a Lua está mais próxima da Terra, temos um eclipse total; quando a Lua está mais distante, temos um eclipse anular. Nos dois casos, naturalmente, os discos lunar e solar têm de se sobrepor completamente, sem o que se tem um eclipse parcial”, disse o astrofísico. Há ainda o eclipse híbrido, que ocorre quando o eclipse anular muda para um eclipse total, ou vice-versa, ao longo do caminho do eclipse.

    O especialista ressalta que o eclipse no formato anular não poderá ser visto de todo o país. “Apenas em alguns estados das regiões Norte (Amazonas, Pará e Tocantins) e Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba) do Brasil o eclipse anular poderá ser visto. Nos demais estados do país, o eclipse será parcial. Isso ocorre porque a visibilidade de um eclipse depende da posição do observador em relação à linha do eclipse”, disse o astrofísico.

    O professor Tarciro Mendes, também da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) da UFRN e doutor em Física, explica que é necessário que o observador esteja exatamente sobre a linha “riscada” pela umbra, que é a região onde a sombra da Lua sobre a Terra é a mais intensa. “Contornando a umbra temos a penumbra, onde os observadores sob ela podem observar um eclipse parcial. Fora da penumbra e da umbra, não é possível observar eclipse algum”, disse.

    O físico explicou que, no Brasil, o eclipse começa a ser visto às 14h05 na cidade de Tefé (Amazonas) e acaba às 17h55 na cidade de João Pessoa (Paraíba), considerando o evento completo, tanto anular quanto parcial. “O Brasil é o país do mundo onde a anularidade – período de tempo em que a Lua permanece totalmente dentro do disco solar – terá a maior duração, 55 minutos e 30 segundos”, ressaltou.

    Segundo o Observatório Nacional, a anularidade será visível, além do Brasil, nos Estados Unidos, México, Belize, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia. Em outras partes das Américas – do Alasca à Argentina – um eclipse parcial será visível.

    Mendes lembrou que o próximo eclipse anular ocorrerá em 2 de outubro de 2024, mas não poderá ser visto do Brasil, apenas no Chile e na Argentina. “No Brasil, apenas será observado um eclipse parcial nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e uma pequena parte do Nordeste, mais especificamente no sul da Bahia”, disse. Já o próximo eclipse anular a ser observado no Brasil ocorrerá em 26 de janeiro de 2028 e só poderá ser visto completamente nos estados do Amazonas, do Pará e do Amapá.

    O último eclipse anular do Sol ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível do Brasil, segundo informações do Observatório Nacional.

    Edição: Aline Leal
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  • Brasil tem mais uma aeronave em solo aguardando o embarque de 215 passageiros, em Israel

    Brasil tem mais uma aeronave em solo aguardando o embarque de 215 passageiros, em Israel

    A aeronave KC-30 (Airbus 330 200), empregada na Operação Voltando em Paz, promovida pelo Governo Federal, já se encontra em Tel Aviv, capital de Israel, aguardando o embarque de 215 passageiros. O voo tem previsão de chegada ao Rio de Janeiro (RJ) neste sábado (14/10).

    A Operação Voltando em Paz do Governo Federal já foi responsável pelo retorno seguro de 494 brasileiros. A primeira aeronave trouxe 211 passageiros (KC-30 – Airbus A330 200); a segunda trouxe 214 (também um KC-30); e a terceira aeronave a retornar ao Brasil (KC-390 Millennium) resgatou 69 passageiros.

    Pouso KC-390 em Guarulhos

    A aeronave KC-390 Millennium, com 64 brasileiros repatriados das áreas de conflitos em Israel, tem previsão de pouso na Base Aérea de São Paulo (BASP), em Guarulhos, às 11h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira (13/10). O avião decolou de Recife às 8h33 (horário local), onde deixou outros cinco passageiros.

    Pouso VC-2 em Roma, Itália

    Outro avião, um VC-2 (Embraer 190) com 40 lugares, aguarda autorização para se deslocar para o Egito. É na fronteira de lá com Gaza que está sendo preparada a logística para que cerca de 20 brasileiros possam cruzar a passagem de Rafah por via terrestre para, na sequência, serem embarcados no voo de volta ao Brasil.

    Confira a previsão de voos da Operação Voltando em Paz:

    Captura de tela 2023-10-13 110454.pngPor: Agência Gov
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  • Terceira aeronave da FAB, empregada na Operação Voltando em Paz, pousa em Guarulhos (SP)

    Terceira aeronave da FAB, empregada na Operação Voltando em Paz, pousa em Guarulhos (SP)

    A terceira aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) empregada na Operação Voltando em Paz do Governo Federal, um KC-390 Millennium, pousou, às 11h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira (13/10), na Base Aérea de São Paulo (BASP), em Guarulhos. Ao todo, 64 brasileiros desembarcaram, após terem sido transportados em segurança das áreas de conflitos em Israel.

    O avião decolou de Tel Aviv às 17h (horário local) de quinta-feira (12/10), transportando 69 repatriados de Israel. Às 6h07 (horário local) desta sexta-feira (13h), pousou na Base Aérea do Recife (PE), onde desembarcaram cinco brasileiros. A missão faz parte da Operação Voltando em Paz, do Governo Federal, que atua na retirada de brasileiros da área de conflito em Israel.

    A FAB informou que a quarta aeronave, um KC-30 (Airbus A330 200), decolou de Roma, na Itália, às 10h18 (horário local) desta sexta-feira (13), com destino a Tel Aviv, para o embarque de mais brasileiros que serão repatriados. A quinta aeronave, um KC-30 (Airbus A330 200), decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), às 17h55 (horário de Brasília) de quinta-feira (12/10).

    A sexta aeronave, um VC-2 (Embraer 190), da Força Aérea Brasileira, utilizada pela Presidência da República e cedida para a Operação Voltando em Paz do Governo Federal, pousou em Roma, às 10h25 (horário de Roma) desta sexta-feira (13). A aeronave VC-2 aguarda autorização para pousar no Egito e repatriar brasileiros que estão em Gaza.

     
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  • Exportações do agronegócio em setembro foram de US$ 13,71 bilhões

    Exportações do agronegócio em setembro foram de US$ 13,71 bilhões

    As exportações brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 13,71 bilhões em setembro de 2023, uma cifra praticamente idêntica à exportada em setembro de 2022. O valor correspondeu a 48,2% das exportações totais do Brasil.

    Dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) indicam que o resultado de setembro foi fortemente influenciado pelo recuo do índice de preços dos produtos exportados. Por outro lado, a safra recorde de grãos de 2022/2023 possibilitou um aumento de volume exportado pelo Brasil.

    Soja em grãos, milho e açúcar são, para os analistas da SCRI, os produtos que merecem destaque no mês.

    As exportações de soja em grãos atingiram volume recorde para os meses de setembro, com 6,4 milhões de toneladas. Esta quantidade embarcada é quase 60% superior ao exportado no mesmo mês de setembro do ano passado. A participação da China nas aquisições da soja em grãos exportada pelo Brasil subiu para praticamente 80% do volume exportado no mesmo período do ano passado.

    As vendas externas de soja em grãos alcançaram US$ 3,30 bilhões em setembro de 2023, com alta de 31,8%.

    O outro destaque é o milho. As vendas externas de milho foram de US$ 1,98 bilhão ou mais de 95% do valor total exportado pelo setor. Este valor representou expansão de 10,2% na comparação com os US$ 1,79 bilhão exportados em setembro de 2022. Assim como para a soja, a China se tornou o principal mercado importador do milho brasileiro.

    O terceiro produto com desempenho favorável em setembro foi o açúcar. Os preços internacionais do açúcar continuaram elevados em setembro, devido ao déficit hídrico registrado nas lavouras asiáticas e preocupações com uma possível quebra de safra.

    As exportações de açúcar brasileiro subiram de US$ 1,23 bilhão (setembro/2022) para US$ 1,60 bilhão (setembro/2023), alta de quase 30%.

    O incremento dos preços médios de exportação em 21,7% é o principal fator responsável pelo aumento do valor embarcado, embora também tenha havido expansão do volume exportado em 6,3%. Os maiores importadores do produto é China (US$ 309,85 milhões; +12,3%); Egito (US$ 144,69 milhões; +240,7%); Índia (US$ 128,71 milhões; +561,5%); Indonésia (US$ 120,18 milhões; +73,3%).

    Acumulado do ano (janeiro a setembro)

    Entre janeiro e setembro de 2023, as vendas externas do agronegócio brasileiro somaram US$ 126,22 bilhões, recorde histórico, que representa um crescimento de 3,6% na comparação com o mesmo período em 2022 (US$ 121,87 bilhões). As vendas de soja em grãos e milho foram os produtos que mais contribuíram para o desempenho favorável no acumulado do ano.

    >> Nota à Imprensa
    AgronegcioResumida.xlsx” data-tippreview-title=”” data-tippreview-enabled=”false” rel=”nofollow”>>> Resumo da Balança Comercial

    Informações à Imprensa
    Danilly Nascimento
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  • Apesar de lei, direito de brincar não é plenamente garantido no país

    Apesar de lei, direito de brincar não é plenamente garantido no país

    Desde o fim do mês passado, a nova sede da Central Única das Favelas (Cufa) no Complexo da Penha – região que reúne 13 favelas na zona norte do Rio de Janeiro – é uma alternativa para atividades de lazer para a população, incluindo as crianças, que encontram lá um espaço para brincadeiras.

    No entanto, no começo desta semana, frequentar o local não era mais uma coisa trivial. O motivo é que, na segunda-feira (9), começou uma megaoperação da polícia à procura de criminosos, o que desencoraja pais e responsáveis de sair de casa com os filhos. Assim, o dia da brincadeira ficou para outra ocasião.

    Em outra parte da cidade, também na zona norte, o motorista Anderson Vargas encontra dificuldades para levar os filhos, de 2 e 7 anos, para brincar. Ele conta que em uma das pracinhas perto de casa, “os brinquedos são precários, muita das vezes quebrados”. Em outra, “cachorros estão sempre na praça, roubando espaço de brincadeira das crianças”.

    Crianças brincam no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda.
    Crianças brincam no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda. Estatuto diz que criança têm direito de “brincar”. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

    Declaração

    Os dois exemplos, mais do que uma falta de oportunidade, são uma violação de um direito garantido a todas as crianças, o de brincar. O Artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990, diz que a criança e o adolescente têm direito de “brincar, praticar esportes e divertir-se”.

    Indo além, a Constituição de 1988, em seu Artigo 227, impõe que “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer”.

    A garantia do direito de a criança brincar está expressa também na Declaração Universal dos Direitos da Criança, da Organização das Nações Unidas (ONU), de 1959. O Princípio 7º determina que “a criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se”.

    Saúde e desenvolvimento

    Não é à toa que esse direito está cravado na legislação. Neste Dia das Crianças (12), a médica Evelyn Eisenstein, coordenadora do grupo de trabalho em Saúde Digital da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que “brincadeira é um direito de saúde”.

    “A criança desenvolve as suas habilidades, não só de coordenação e autonomia, mas as habilidades do desenvolvimento neuropsicomotor. Ela vai se tornando independente à medida que aprende a correr, pular, saltar, brincar de roda, brincar em uma equipe, com os amigos, aprende a ganhar a perder, explicou à Agência Brasil.

    “Ela ativa os mecanismos hormonais. A brincadeira é um elemento saudável, inclusive da saúde mental das crianças e adolescentes.”

    Brincadeira de criança
    Adultos precisam entender a importância do brincar. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

    A coordenadora da secretaria executiva da ONG Aliança pela Infância, Leticia Zero, complementa que, ao brincar, a criança aprende a lidar com frustações, tolerância e diversidade. “O brincar é a expressão mais genuína”, diz.

    A Aliança pela infância foi criada para fazer esse direito se espalhar por várias partes do país e classes sociais.

    Uma das iniciativas é a difusão da Semana da Infância e Cultura de Paz, iniciada na segunda-feira (9) e que vai até o domingo (15).

    Barreiras do brincar

    Apesar de tanto incentivar o livre brincar, Leticia conhece bem as barreiras que as crianças brasileiras enfrentam para fazer valer essa necessidade. O primeiro obstáculo a ser citado é o vivenciado pelos moradores do Complexo da Penha, grandes cidades e áreas de periferia: a violência urbana. “Muitas vezes os espaços não são seguros para que a criança vá brincar.”

    Leticia acrescenta outros fatores à lista, como a zeladoria e conservação de equipamentos públicos. Ela dá o exemplo de praças com mato alto, brinquedos quebrados e calçamentos irregulares que expõem ao risco de acidentes. Ou simplesmente a inexistência de pracinhas em algumas regiões.

    A coordenadora da ONG destaca problemas como acessibilidade, tanto ao tornar o local inadequado para crianças com deficiência, quanto o deslocamento dos pais ao local em si. “Muitas vezes você tem jornadas de transporte que demoram muito tempo e custam dinheiro para chegar em um espaço onde a criança pode brincar.”

    Uma pesquisa divulgada terça-feira (10) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) aponta que 60% das crianças e adolescentes brasileiros tinham alguma privação de direitos, como moradia, saneamento, educação e renda. Isso representa quase 32 milhões de pessoas.

    Consequências

    “Criança que não brinca é uma criança doente”, compara Evelyn Eisenstein, da Sociedade de Pediatria. “Ela fica deprimida, isolada, vai ficando sedentária.” Prova de que a necessidade de brincar é tão essencial é que nos hospitais há espaço para brinquedotecas, cita a médica. O mesmo vale para as escolas. Ao mesmo tempo em que dão o ensino obrigatório, oferecem o tempo que, para muitas crianças, é a melhor coisa do dia de aula: a hora do recreio.

    “Quando a criança tem o acesso ao brincar prejudicado ou negado, ela deixa de se desenvolver”, acrescenta Leticia Zero.

    Anderson percebe claramente as mudanças no comportamento dos filhos quando não brincam como deveriam. Ele nota que os filhos estranham a interação com outras crianças, ficam agitadas e dormem mal.

    “Seria ótimo se tivesse um lugar onde eles pudessem gastar energia e fazer atividades com outras crianças. Quando eles fazem isso, eles dormem melhor, ficam realizados, com as carinhas de muito felizes”, afirma o pai.

    Busca de soluções

    Para a coordenadora Letícia, a forma de fazer com que as brincadeiras sejam cada vez mais acessíveis às crianças passam por iniciativas do poder público, da sociedade e dos próprios pais ou responsáveis.

    Um exemplo que a gestora da ONG cita é a regulamentação de leis, como a da existência de brinquedotecas em hospitais. Ela considera que algumas são decadentes e não cumprem o propósito.

    Aa garantia de brincar, segundo a coordenadora, não deve ser tratada como política específica, direcionada para crianças apenas. Um exemplo que ela sugere seria “uma política pública que favoreça o transporte urbano em grandes cidades, de forma que os pais não fiquem duas horas para ir e voltar do emprego e possam ter um tempo de qualidade com a criança em casa”.

    Além de mais zeladoria para equipamentos públicos e integração desses locais com a natureza, ela propõe a visão de que, mesmo lugares que não são específicos exclusivamente para crianças precisam ter um espaço para brincadeiras, por exemplo, em salas de espera de unidades básicas de saúde e serviços públicos de atendimento à população.

    Pequenas e simples atividades cotidianas também devem ser vistas pelos pais e responsáveis como oportunidades de brincadeiras para as crianças, segundo a representante da ONG. “Entender que brincar não é uma atividade que só que vai acontecer em um período curto, específico”, ressalta.

    “Qualquer atividade que a gente faça, seja levando a criança para caminhar, para ir na padaria, ela vai querer subir e descer das rampinhas, pular degraus”, exemplifica. É preciso, de acordo com Leticia, entender que criança não se comporta como adulto. “A criança precisa poder se expressar livremente o tempo todo”, diz. “Os adultos precisam entender essa importância do brincar. É preciso reencantar o olhar do adulto para a criança.”

    Recomendações

    Apesar da importância do ato de brincar, pais e responsáveis precisam saber impor limites quando se trata de entretenimento por meio de telas, adverte a pediatra Evelyn Eisenstein.

    “Uso excessivo precoce e prolongado dos videogames, televisão e qualquer tipo de tela é prejudicial à saúde das crianças e adolescentes. Ela fica fazendo uma distração passiva”, alerta.

    Crianças assistem vídeos em celulares conectados no programa “Wi-fi na Praça”
    Crianças assistem vídeos em celulares – Isac Nobrega/ PR

    Essa “epidemia” das telas começa a ser tratada por políticas públicas.

    Na terça-feira (10), o governo federal lançou uma consulta pública para a elaboração de um guia com orientações para o uso de telas e dispositivos digitais por crianças e adolescentes. A consulta é aberta a toda a sociedade e ficará disponível por 45 dias na plataforma Participa + Brasil.

    Outro cuidado que a médica da SBP orienta é em relação a classificação etária e indicativa de brinquedos e fontes de entretenimento como filmes e vídeos. “As brincadeiras devem ser de acordo com a maturidade de cada criança”, orienta.

    A adequação dos brinquedos em pracinhas públicas é mais um ponto que deve ser mais adequado, de acordo com Leticia Zero. “Parques estão acessíveis para crianças a partir de três, quatro anos. Onde ficam os bebês, onde brincam as crianças com menos de três anos?”, pergunta. “Qualificar os espaços para as crianças pequenas e para os bebês também é muito importante”.

    Leticia defende que o tempo da infância seja respeitado. “A criança vai ser criança por 12 anos. É um tempo muito curto e ele é fundamental. Os processos de desenvolvimento que acontecem durante esse período são fundamentais para dignidade dessa pessoa.”

    Para ela, uma lição deve ser aprendida com as comunidades indígenas. “Um indígena nunca pergunta o que a criança vai ser quando crescer, porque ele sabe que a criança já é tudo que ela precisa ser agora. Então a gente precisa garantir os direitos da criança. Ela precisa poder exercer a sua infância agora.”

    Edição: Maria Claudia
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  • Giuliano Ribas será o técnico do vôlei masculino no Pan-Americano

    Giuliano Ribas será o técnico do vôlei masculino no Pan-Americano

    A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) anunciou Giuliano Ribas, também conhecido como Juba, como técnico da seleção masculina nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, que começam no próximo dia 20 de outubro. Juba substituirá o ex-treinador Renan Dal Zotto, que pediu demissão no último domingo (8), após conquistar a vaga olímpica para os Jogos de Paris no ano que vem. Dal Zotto alegou questões médicas e familiares para se afastar da seleção.

    Juba fazia parte da comissão do ex-treinador Dal Zotto, como auxiliar técnico. Graduado em Educação Física, ele acumula 30 anos de experiência no vôlei. Trabalhou ainda como assistente técnico, analista de desempenho e supervisor.

    “Fico muito honrado com esse convite da CBV para representar o Brasil com essa equipe nos Jogos Pan-Americanos. Estamos levando um time que mescla atletas jovens e experientes. Alguns já estiveram no grupo em outras competições desta temporada e também temos destaques das seleções de base. A seleção masculina vai dar o seu melhor para ajudar o Brasil a ter um bom desempenho nessa competição tão importante”, afirmou Juba.

    Em 2004, Juba integrava a equipe técnica da dupla de vôlei de praia formada por Ricardo e Emanuel, que conquistou a medalha de ouro na Olimpíada de Atenas. Seis anos depois, voltou para o vôlei de quadra. Na Rio 2016, participou da equipe de Bernardinho como auxiliar técnico e também foi campeão olímpico.

    “Foram dois Jogos Olímpicos bastante significativos. Em 2004, por ser a minha primeira experiência olímpica e por ter a equipe que a gente teve. Em 2016, tivemos uma caminhada difícil, jogando em casa, mas isso ajudou a conseguir o objetivo. Mas nos dois o processo foi o mesmo. Chegar e sentir que você merece estar ali, que está bem-preparado, que trabalhou e deu seu melhor ao longo dos anos de preparação. Isso faz com que você se sinta seguro, pela capacidade que adquiriu. Faz com que tenha condição de brigar sempre”, concluiu o técnico-interino.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues
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  • Mesa-tenista Lhays Stolarski busca título inédito nos JUBs

    Mesa-tenista Lhays Stolarski busca título inédito nos JUBs

    Lhays Stolarski, atleta de tênis de mesa, está em casa na atual edição dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBS). Natural de Joinville, a estudante de Educação Física de 21 anos busca o título inédito do torneio. No último ano ela terminou a competição na segunda posição. “Com certeza será um torneio de nível bem legal. Estão vindo outras meninas que já fizeram parte da seleção. Tanto no masculino quanto no feminino, os JUBS prometem partidas muito boas. Estou treinando firme desde o início do ano e estou muito confiante”, afirmou a estudante da Aupex Uniasselvi.

    “Desde que começou, aos 13 anos, um pouco tarde para atletas de alto rendimento, Lhays sempre demonstrou muito comprometimento e disciplina. Assim conseguiu alçar voos que talvez nem ela acreditasse. Chegou à seleção brasileira de base, conquistou o título nacional, ganhou a prata e o bronze no sul-americano da categoria em 2020 e ficou com o bronze no Pan da modalidade em 2021. E agora chega aos JUBs de nossa cidade como uma das favoritas ao título”, comentou o técnico Bruno Costa.

    Em relação ao futuro, Lhays demonstra modéstia, mas sempre evidencia seu amor pelo esporte: “Estou treinando muito para alcançar a seleção adulta. Esse é o meu grande objetivo. E bem lá na frente, quando não aguentar mais jogar, quero ser técnica de tênis de mesa”.

    Independente do resultado esportivo, essa edição dos JUBs em Joinville já foi especial para a atleta. Durante a cerimônia de inauguração dos Jogos, na noite da última segunda-feira (9), ela foi a responsável pelo desfile do fogo simbólico e pelo acendimento da pira no Centreventos Cau Hansen.

    “Foi uma sensação indescritível. Um momento único. Todos os atletas que vão competir estavam lá. Muita gente de vários lugares do Brasil e até de fora do país acompanharam. Muito especial mesmo”, declarou a jovem integrante da delegação brasileira no Mundial Universitário disputado em Chengdu (China).

    70ª edição dos JUBs

    Os JUBs são o maior evento de esporte universitário da América Latina e chegam nesse ano à 70ª edição. O evento, que reúne mais de 5 mil atletas de 320 instituições de ensino superior representando as 27 federações universitárias do país, segue até o dia 21 de outubro. Durante os 14 dias de competição, os atletas estarão envolvidos em disputas de judô, karatê, luta olímpica, tênis, tênis de mesa, tênis de mesa paradesportivo, xadrez, acadêmico, breaking, cheerleading, basquete, futsal, handebol, vôlei e esportes eletrônicos (League of Legends, Futebol Eletrônico, Clash Royale, Valorant, CS Go e Free Fire).

    As competições serão realizadas em diferentes locais da cidade: na Expoville (o principal local de competições), no Centreventos Cau Hansen, no Centro de Treinamento Ivo Varella, no Ginásio Municipal de Esportes Mário Timm, no Ginásio Abel Schulz, na Univille, na Associação Atlética Tupy e no Joinville Tênis Clube.

    Edição: Fábio Lisboa
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  • Operação apreende mais de 10 mil produtos de uso veterinário irregulares para aves

    Operação apreende mais de 10 mil produtos de uso veterinário irregulares para aves

    Após a detecção de resíduos de diflubenzuron em ovos acima do limite máximo definido no âmbito do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) e investigação na granja de aves de postura envolvida, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, nesta segunda-feira (9), uma operação em estabelecimento fabricante de produtos de uso veterinário, que produzia o medicamento com indicação irregular para uso em aves.

    A ação resultou na apreensão de 1.543 unidades do produto irregular identificado na investigação e 9.258 unidades de outro produto com a mesma irregularidade. Também foram realizadas a suspensão da linha de produção desses produtos até sua regularização, além da determinação de recall.

    No local, também foram apreendidos 212.107 embalagens, 43.064 rótulos e 19.500 bulas em situação irregular.

    “Em função dos riscos para a saúde pública e dos impactos negativos para o mercado internacional, o Mapa está intensificando as ações de investigação de violações aos limites de resíduos em alimentos, adotando medidas coercitivas contra essas atividades ilícitas, nas quais os infratores além das medidas cautelares e multas a que estarão sujeitos, poderão responder por crimes contra as relações de consumo e contra a saúde pública”, detalha o coordenador das operações do programa Vigifronteira, Marcos Eielson.

    Investigação

    Após tomar conhecimento da detecção de resíduos de diflubenzuron em ovos, o Mapa realizou ação em uma granja produtora de ovos com o objetivo de investigar a violação. No local, foram encontradas duas embalagens vazias do produto suspeito, cujo princípio ativo é à base de diflubenzuron, tendo sido relatado pelo produtor que fazia a sua utilização, diariamente, na ração das aves.

    A investigação administrativa revelou que o produto registrado não possuía indicação aprovada pelo Mapa para uso em aves, embora tenha sido identificada a recomendação expressa de forma irregular na rotulagem aposta pelo fabricante.

    A ação contou com a detecção dos resíduos pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-GO), a investigação na granja pelo Serviço de Fiscalização de Insumos e Saúde Animal (SISA-SP) e a operação pelo Serviço de Fiscalização e Coerção ao Trânsito e Comércio Irregular (SECOT).

     
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