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  • Aeronave com kits de ajuda humanitária e especialistas para auxílio a repatriados chega a Roma

    Aeronave com kits de ajuda humanitária e especialistas para auxílio a repatriados chega a Roma

    O avião KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB), que faz o sétimo voo de repatriação de brasileiros vindos de Israel na Operação Voltando em Paz, pousou às 9h39 (horário local, 4h39 de Brasília) desta terça-feira, 17 de outubro, em Roma, na Itália.

    Além de uma carga de purificadores de água e kits de medicamentos que serão descarregados em Roma, na Itália, a aeronave leva uma equipe de atendimento que dará apoio aos passageiros na volta ao Brasil.

    São duas psicólogas, um médico, uma enfermeira e uma técnica de enfermagem da Força Aérea Brasileira, que ficam à disposição dos repatriados no voo de retorno, para prestar um primeiro atendimento, especialmente na questão psicológica. Segundo a major Carla, que comanda a equipe, a missão é uma grande responsabilidade para os profissionais.

    “A gente está bastante grato de poder ir e ajudar nosso povo que quer retornar. Sabemos que a situação lá é delicada, mas a gente quer fazer o nosso melhor”, afirmou a major, que explicou que a equipe não teme atuar em um país em conflito. “Estamos um pouco ansiosos para chegar logo, fazer o nosso trabalho e voltar tendo cumprido a missão com louvor. Entendemos a importância da missão”.

    >> Leia também: Governo Federal realiza o sétimo voo de repatriação de brasileiros de Israel

    Saúde mental

    O atendimento psicológico aos repatriados fica por conta das tenentes Jahyne e Camargo, ambas do Instituto de Psicologia da Aeronáutica. Segundo elas, o suporte logo no início pode ajudar a identificar e atenuar outros problemas mais graves causados pelo trauma de vivenciar uma situação de guerra, como o transtorno de estresse pós-traumático e o transtorno de ansiedade, entre outros.

    “Toda a situação de guerra pode gerar impacto na saúde emocional. É uma situação de crise que pode vir a gerar adoecimentos. Nosso trabalho é oferecer suporte para que a repatriação possa minimizar efeitos disso. É possível que os efeitos sejam sentidos apenas no futuro, por isso é importante esse acompanhamento imediato, inclusive na volta para o Brasil, até para verificar se há necessidade de um acompanhamento posterior”, contou a tenente Jahyne.

    A tenente Camargo explicou também que o trabalho delas com os repatriados tem um caráter mais emergencial. “A ideia é fazer esse primeiro acolhimento para eles entenderem comportamentos que podem ser causados pelo estresse. Nós daremos um primeiro socorro e orientação. Trouxemos também alguns recursos mais lúdicos para as crianças poderem se sentir seguras na aeronave: lápis, massinhas para que se sintam acolhidas e entendam que esse momento é passageiro”, resumiu.

    Gaza

    O Escritório de Representação do Brasil na Palestina também contratou uma psicóloga para atender os brasileiros que estão na Faixa de Gaza aguardando para deixar a área do conflito, o que ocorrerá assim que for aberta a fronteira com o Egito. Devido às restrições de mobilidade, as consultas têm ocorrido de forma virtual, mesmo com a dificuldade de acesso à internet e à energia elétrica no local.

    A profissional, que é palestina, tem dado conselhos sobre como lidar com a ansiedade e a insônia, usando exercícios respiratórios, e também sobre como conversar com as crianças para confortá-las. As mensagens, escritas em árabe, são compartilhadas em um grupo de WhatsApp.

    “A guerra não se limita ao bombardeio e ao combate aberto, mas também inclui ataques de informação e psicológicos. Um grande número de pessoas sofre de fadiga. É muito difícil para o cérebro estar constantemente neste estado. É por isso que aciona a função de proteção”, escreveu a psicóloga em uma das mensagens. O apoio do governo brasileiro inclui ainda o aluguel de transporte, abrigo e a garantia de alimentação.

    Retorno

    O tenente-coronel aviador Marcos Olivieri já pode se considerar um veterano da Operação Voltando em Paz. O militar, que comandou o primeiro voo vindo de Israel, que chegou a Brasília na madrugada da última quarta-feira (14/10), está voltando ao Oriente Médio pela terceira vez para realizar o resgate de brasileiros, sempre pilotando o KC-30.

    “É o quinto voo dessas aeronaves. A gente espera bater o total de mil passageiros transportados. E é o meu terceiro voo na operação. A cada vez a gente sente uma sensação de orgulho de poder ajudar e repatriar as pessoas”, contou o piloto. Desde o início da operação, o Governo Federal já resgatou 916 pessoas e trouxe 24 animais de estimação em segurança.

    Kits para a Faixa de Gaza

    O voo que pousou em Roma transporte também 35 purificadores de água e dois kits de medicamentos e insumos de saúde, suficientes para atender até 3 mil pessoas ao longo de um mês.

    Os itens serão descarregados em Roma e se somam a outros cinco purificadores transportados pela aeronave VC-2 (Embraer 190) da Presidência da República, que está na capital italiana desde sexta-feira (13/10). O VC-2 está designado para atender os brasileiros que aguardam a abertura da fronteira em Gaza para retornar ao Brasil a partir do Egito.

    Em conjunto, os 40 purificadores têm capacidade de tratar mais de 220 mil litros por dia. Tanto os purificadores quanto os kits com medicamentos seguirão para o Egito. Conforme informações do Ministério da Saúde (MS), cada kit de assistência humanitária é composto por medicamentos e insumos, como anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, além de luvas e seringas. Ao todo, são 48 itens em cada kit, somando 267 quilos de materiais. Eles são preparados para atender a populações em situação de emergência em saúde pública.

    Os hospitais em Gaza, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), enfrentam escassez aguda de suprimentos médicos. Há interrupção do fornecimento de eletricidade e água à Faixa de Gaza e não são permitidas movimentações de alimentos, combustível, saúde e outros fornecimentos humanitários ou pacientes. Para a OMS, os danos causados às infraestruturas de água e saneamento e a superlotação nos assentamentos humanos aumentam o risco de surtos de doenças.

    Por: Planalto
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  • Valor econômico da água equivale a 60% do PIB global por ano, diz WWF

    Valor econômico da água equivale a 60% do PIB global por ano, diz WWF

    O meio ambiente fornece, pelo menos, US$ 58 trilhões anualmente apenas em água doce para as pessoas e ao planeta. O valor é uma estimativa, divulgada hoje (16) pela organização não governamental WWF, no relatório O Alto Custo da Água Barata: o Verdadeiro Valor da Água e dos Ecossistemas de Água Doce para as Pessoas e para o Planeta. O documento chama a atenção para os riscos e o alto custo que uma crise hídrica no planeta pode representar.

    De acordo com o documento, os benefícios econômicos diretos, como o fornecimento de água doce para o consumo nas residências, agricultura irrigada e indústrias, chegam a um valor mínimo de US$ 7,5 trilhões por ano. Já os benefícios invisíveis, que incluem a purificação da água, a melhoria do solo, o armazenamento de carbono e a proteção das comunidades contra inundações e secas extremas, são sete vezes maiores, com valor de aproximadamente US$ 50 trilhões por ano.

    No total, os US$ 58 trilhões equivalem a 60% do Produto Interno Bruto (PIB) global, considerando dados de 2021.

    “Embora seja impossível atribuir um valor monetário a todos os benefícios, a contabilização dos diferentes usos da água é importante para uma tomada de decisão eficaz. Este relatório visa quantificar os valores de uso direto e indireto derivados da água doce em todo o mundo para esclarecer os benefícios, que são cronicamente subvalorizados”, diz o texto do documento.

    Segundo o relatório, dos US$ 7,5 trilhões de benefícios diretos, US$ 5,1 trilhões são utilizados pela indústria mundial; residências usam US$ 1,5 trilhão; agricultura (US$ 380 bilhões); transporte terrestre, energia hidrelétrica e recreação (US$ 460 bilhões).

    Já dos US$ 50 trilhões dos benefícios indiretos, US$ 27 bilhões são advindos dos “serviços” feitos pelo meio ambiente, como a melhoria da qualidade da água e da saúde do solo, o fornecimento de sedimentos e nutrientes, e o armazenamento de carbono; a mitigação de eventos extremos, como secas e inundações usam US$ 12 trilhões; e a manutenção da biodiversidade em terra e em ambientes marinhos e de água doce, US$ 11 trilhões.

    “Precisamos lembrar que a água não vem de uma torneira, ela vem da natureza. A água para todos depende de ecossistemas de água doce saudáveis, que também são a base da segurança alimentar, pontos críticos de biodiversidade e o melhor amortecedor e seguro contra a intensificação dos impactos climáticos”, destacou a líder do WWF para Água Doce, Stuart Orr.

    O relatório completo, em inglês, pode ser acessado aqui.

    Edição: Denise Griesinger
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  • Braga pretende terminar esboço do relatório da reforma tributária hoje

    Braga pretende terminar esboço do relatório da reforma tributária hoje

    Relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM) pretende concluir ainda nesta segunda-feira (16) a primeira versão do parecer. O parlamentar reuniu-se nesta tarde com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para apresentar o esboço do texto a ser entregue à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

    “A gente espera que, ao longo desta semana, a gente tenha a versão 1.0, a versão 2.0, até chegar no texto que nós esperamos poder entregar à CCJ. Nós esperamos que, nas próximas horas, a gente possa ter a primeira versão, para termos a primeira visão crítica sobre a primeira versão”, afirmou Braga ao sair do encontro.

    Oficialmente, o parecer final sobre a reforma tributária será apresentado até o próximo dia 24. No entanto, Braga diz que pretende conversar com as bancadas e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, antes de apresentar a segunda versão do texto até sexta-feira (20).

    Um dos principais pontos discutido nesta tarde com o ministro da Fazenda, disse Braga, foi o Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), que pretende reduzir desigualdades regionais e sociais com recursos do Tesouro Nacional. A Câmara dos Deputados aprovou um aporte anual de R$ 8 bilhões em 2029, chegando a R$ 40 bilhões por ano a partir de 2033.

    “Falamos sobre pontos que estão avançando, como o Fundo de Desenvolvimento Regional, comitê gestor, regimes diferenciados. Todas essas questões estamos tratando para que se possa ter a primeira versão do parecer nas próximas horas”, declarou o relator.

    Segundo Braga, Haddad a princípio não concordou com uma eventual elevação do Fundo. O relator relembrou que o Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz) pediu aportes de R$ 75 bilhões. Na semana passada, governadores dos três estados da Região Sul propuseram, em uma carta, o aumento do valor para R$ 80 bilhões, além de um fundo constitucional exclusivo para a região.

    Lista de exceções

    Para o relator, a elevação do FDR poderia ser usada como instrumento de troca para convencer os parlamentares a diminuir o número de setores com regime diferenciado ou que terão desonerações e pagarão 60% a menos de Imposto sobre Valor Adicionado (IVA).

    “Acho que esse é um pleito que pode ser uma das respostas para essa questão de reivindicação de setores para ter regime diferenciado ou alíquotas diferenciadas, porque aí os governos estaduais terão mecanismos para poder incentivar setores da economia nos seus próprios estados”, sugeriu o relator.

    No início de agosto, a Receita Federal divulgou que as exceções incluídas pela Câmara dos Deputados à reforma tributária elevaram a alíquota-padrão do IVA de uma faixa entre 20,73% e 22,02% para um intervalo entre 25,45% e 27%. Isso porque, quanto maior a lista de setores com privilégios, maior o imposto para os demais setores para manter a arrecadação do governo.

    Edição: Aline Leal
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  • Mercado reduz previsão da inflação de 4,86% para 4,75% este ano

    Mercado reduz previsão da inflação de 4,86% para 4,75% este ano

    A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 4,86% para 4,75% neste ano.

    A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (16), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

    Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,88%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

    A estimativa para este ano está no limite do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

    Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%.

    A projeção do mercado para a inflação de 2024 está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

    Em setembro, o aumento de preços da gasolina pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,26%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual ficou acima da taxa de agosto, que teve alta de 0,23%.

    A inflação acumulada este ano atingiu 3,50%. Nos últimos 12 meses, ela está em 5,19%, ficando acima dos 4,61% dos 12 meses imediatamente anteriores.

    Juros básicos

    Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

    Ainda assim, em ata da última reunião, o Copom reforçou a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista para que se consolide a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025 e a ancoragem das expectativas. As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta preocupam o BC e são fatores que impactam a decisão sobre a taxa básica de juros.

    De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

    Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

    Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os dois anos.

    Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

    Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

    PIB e câmbio

    A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano ficou em 2,92%, a mesma as últimas três semanas.

    Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

    Por fim, a previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,05.

    Edição: Kleber Sampaio
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  • Miguel Hidalgo vence etapa de Brasília da Copa do Mundo de triatlo

    Miguel Hidalgo vence etapa de Brasília da Copa do Mundo de triatlo

    No retorno do Brasil ao circuito mundial de triatlo, o desfecho foi histórico. Neste domingo (15), Miguel Hidalgo, de 23 anos, venceu a etapa de Brasília da Copa do Mundo da modalidade, evento que marcou a volta do país como sede de uma competição deste porte depois de 19 anos. Foi a primeira vitória de Hidalgo em um torneio deste tipo. A competição vale pontos na classificação para a Olimpíada de Paris ano que vem. A contagem começou em 27 de maio de 2022 e vai até 27 de maio de 2024. Atualmente Hidalgo é 11º do mundo no ranking da temporada.

    Hidalgo teve dificuldades no início da prova, na parte da natação, que tem um percurso de 1.5 quilômetro. No entanto, conseguiu se recuperar e tomou a dianteira com bons desempenhos no ciclismo (40 km) e nos dez quilômetros de corrida, que finalizam a prova. O brasileiro fechou com o tempo de 1 hora, 48 minutos e 1 segundo. Atrás dele, completando o pódio, ficaram o espanhol Antonio Serrat (prata) e o canadense Charles Paquet.

    Após a competição, Miguel Hidalgo disse que teve problemas estomacais na reta final da prova, mas perseverou para trazer a vitória diante da torcida brasileira que acompanhou a competição debaixo de sol escaldante.

    “É uma sensação incrível, a torcida realmente me empurrou naquela última volta, porque eu estava com uns problemas estomacais na segunda parte da corrida. Não me senti tendo controle em nenhum momento, na última volta eu nem achava que ia para o pódio. Não consigo acreditar que consegui ainda. Agora só quero desfrutar do pódio”, disse o atleta em declaração à federação internacional.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues
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  • Vôlei de Praia: Duda e Ana Patrícia decidem à noite título do Mundial

    Vôlei de Praia: Duda e Ana Patrícia decidem à noite título do Mundial

    As brasileiras Duda e Ana Patrícia não deram chances à dupla australiana Mariafe e Clancy, no fim da noite deste sábado (14) e agora vão disputar o título do Mundial de vôlei de praia neste domingo (15), em Tlaxcala (México). A parceria entre as duas – atual campeã do mundo – fez 2 a 0 (21/17 e 21/14) e agora encara as americanas Hughes e Cheng na decisão, marcada para começar às 19h (horário de Brasília). De quebra, uma vitória na final garante ao Brasil uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris.

    A campanha de Duda e Ana Patrícia no México, até agora, tem sido perfeita. Em seis partidas, a dupla não perdeu um set sequer. Caso repita o desempenho na final, se tornará apenas a segunda parceria na história a ser campeã sem sair derrotada em nenhuma parcial. Além disso, também podem entrar para a história como a terceira dupla a vencer dois Mundiais de forma consecutiva. Duda e Ana Patrícia foram campeãs em Roma, em 2022. Os Mundiais costumam ser disputados de dois em dois anos, mas a pandemia acarretou no adiamento da edição de 2021 – basta ver que a próxima edição, em Adelaide (Austrália) será em 2025.

    A final no México será um verdadeiro tira-teima entre Brasil e Estados Unidos. Esta é a 14ª edição do torneio e a sétima vez em que uma decisão se dará entre duplas dos dois países. Até agora, são três vitórias para cada. No confronto especificamente entre as duplas que estarão nas areias neste domingo, também há empate: em quatro duelos entre Duda/Ana Patrícia e Hughes/Cheng até agora, dois triunfos para cada parceria.

    O confronto decisivo tem peso dobrado porque vale vaga nos Jogos de Paris, no ano que vem. A dupla campeã em cada um dos gêneros garante uma classificação para o seu país em 2024. A partir daí, a federação local decide quem será a dupla que de fato representará o país nos Jogos. No vôlei de praia, 24 duplas disputam a Olimpíada em cada naipe. Cada país tem direito a ser representado por no máximo duas duplas. Por exemplo, se Duda e Ana Patrícia conquistarem uma vaga para o Brasil vencendo o Mundial de 2023, o país só vai ter direito a mais uma vaga entre as mulheres. Esta vaga pode ser alcançada de duas formas. A mais simples é estar entre as 17 parcerias mais bem posicionadas em um ranking olímpico que considera resultados entre janeiro de 2023 e junho de 2024. A outra é vencer um dos cinco torneios Pré-Olímpicos que definirão as vagas restantes.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues
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  • Obra de recuperação da Estrada do Moinho está 86,5% executada

    Obra de recuperação da Estrada do Moinho está 86,5% executada

    A recuperação da Avenida Archimedes Pereira Lima, a Estrada do Moinho, está 86,5% concluída. As obras são realizadas em uma extensão de 4,5 quilômetros, entre a rotatória do bairro Boa Esperança e o início da trincheira do Complexo Viário do Tijucal. O Estado investe R$ 17,2 milhões nesse projeto que vai garantir mais segurança para a população da região.

    Nesse momento, o trabalho está localizado na pista sentido Tijucal – Boa Esperança, no trecho entre a rotatória da Avenida Rui Barbosa e a Eletrobrás. Além deste trecho, resta finalizar parte da outra pista, próximo à ponte do Córrego do Moinho, e realizar algumas adequações nas rotatórias da avenida.

    Em toda a via, o trabalho é para reestruturar e implantar sistemas de drenagem, além de melhorias na base e sub-base, correção de defeitos e aplicação de um novo revestimento asfáltico. Em alguns trechos, são necessárias intervenções mais abrangentes.

    Os serviços são realizados sempre por trechos, para evitar bloqueios totais e maiores transtornos para a população e o comércio local.

    Durante a execução dos trabalhos, é importante que os motoristas fiquem atentos, uma vez que o trânsito funcionará com a pista dividida, em fluxo e contrafluxo, no local das obras.

    “Essa é uma obra que está sendo executada com cautela, com planejamento, mas principalmente com qualidade. Estamos na reta final para entregar esse projeto para a população cuiabana”, afirma o secretário adjunto de Obras Especiais da Sinfra-MT, Isaac Nascimento Filho.

    A duplicação da Avenida Archimedes Pereira Lima foi planejada no pacote de obras da Copa do Mundo de 2014. No entanto, não foi totalmente concluída e apresentou diversos problemas no pavimento. Em julho de 2021, após diversas tentativas de resolver a questão, a Sinfra-MT rescindiu unilateralmente o contrato com a antiga empresa executora da obra e realizou uma nova licitação.
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  • Conheça as mudanças da aposentadoria no magistério

    Conheça as mudanças da aposentadoria no magistério

    Em vigor desde novembro de 2019, a Emenda Constitucional 103 – mais conhecida como Reforma da Previdência – trouxe mudanças na aposentadoria do magistério, que passou a exigir idade mínima para pedir o benefício no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), assim como os demais trabalhadores da iniciativa privada.

    O tempo de contribuição, no entanto, é menor para professores. Para mulheres é preciso comprovar 25 anos de contribuição previdenciária, ou, no caso dos homens, 30 anos. Ambos têm que ter exercido exclusivamente funções de magistério em estabelecimentos de Educação Básica (educação infantil, ensino fundamental e médio) e ter idade mínima de 57 anos (mulheres) e 60 (homens). A carência mínima é de 180 meses de atividade.

    Para quem possui direito adquirido, ou seja, quem implementou as condições para aposentar até 13/11/2019, não há idade mínima, e sim tempo de contribuição. Já os segurados filiados ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) até esta data e que não tenham implementado as condições necessárias para se aposentar, poderão pleitear o enquadramento em uma das regras de transição trazidas pela EC 103, de 2019 .

    Para quem entrar nas regras de transição, as idades variam conforme o período a ser cumprido.

    Vale lembrar

    Além dos docentes de ensino infantil, fundamental e médio, das redes públicas e privadas, outras categorias também têm direito a se aposentar nesta modalidade, como: direção, coordenação, orientação pedagógica, quem exerce atividades administrativas, de planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, etc.

    Se enquadram nessa modalidade de aposentadoria todos os profissionais do magistério que lecionam na educação básica (infantil, ensino fundamental e ensino médio), nas redes públicas ou privadas de ensino.

    O atendimento deste requerimento de benefício será realizado à distância, não sendo necessário o comparecimento presencial nas unidades do INSS, a não ser quando solicitado para cumprimento de alguma exigência que não possa ser realizada via painel de serviços Meu INSS (de forma remota).

    Etapas para solicitar o benefício

    1. Acesse o aplicativo ou site Meu INSS e Faça login no sistema

    2. Em seguida, escolha a opção “Novo pedido” ou utilize o campo editável onde constam a pergunta “Do que você precisa?” e uma lupa.

    3. Neste local, digite a palavra “aposentadoria”

    4. Selecione o requerimento de aposentadoria por tempo de contribuição/idade

    5. É importante informar que possui tempo de contribuição na condição de professor para que o sistema direcione o requerimento ao tempo especial

    6. Anexe a documentação solicitada

    7. Conclua o pedido. Gere o PDF ou salve o número de protocolo para facilitar o acompanhamento

    8. Acompanhe o andamento pelo Meu INSS, na opção “Consultar Pedidos” ou pelo telefone 135

    Fique ligado (a)

    O segurado será comunicado nos casos em que for indispensável o atendimento presencial para comprovar alguma informação. Por isso, é importante manter o cadastro pessoal sempre atualizado – informando, inclusive, um endereço de e-mail e número de telefone para receber comunicados do INSS.

    Por: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
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  • Quinto voo de repatriação chega trazendo 215 brasileiros de Israel

    Quinto voo de repatriação chega trazendo 215 brasileiros de Israel

    Mais um avião da operação Voltando em Paz, do governo brasileiro, desta vez com 215 brasileiros e 16 animais de estimação, chegou ao Rio de Janeiro na madrugada deste domingo (15). Esse é o quinto voo de repatriação da Força Aérea Brasileira (FAB) proveniente de Israel, cujo objetivo é retirar brasileiros da zona de conflito.

    A aeronave, um KC-30 (Airbus A330 200) saiu de Tel Aviv, capital israelense, às 17h55 de sábado (14), no horário local (11h55 no horário de Brasília). Até o momento, cinco voos já repatriaram 916 brasileiros e 24 pets que estavam em Israel.

    Um avião VC-2 (Embraer 190) deverá trazer um grupo de cerca de 30 brasileiros que está em Gaza. Segundo as últimas informações da FAB, divulgadas na manhã de sábado, essa aeronave está em Roma aguardando o sinal verde do governo egípcio para que os brasileiros cruzem a fronteira em Rafah (que liga Gaza ao Egito) e possam embarcar no voo.

    No último dia 7, partindo de Gaza, homens do Hamas invadiram o território israelense e matou cerca de 1.300 pessoas, entre civis e militares, segundo informações das Forças de Defesa de Israel (IDF). Em resposta, militares israelenses iniciaram um bombardeio a Gaza, território controlado pelo Hamas, matando mais de 2.300 palestinos, entre civis e militares, segundo agências de notícia internacionais.

    Ações militares israelenses também na Cisjordânia, território controlado pela Autoridade Nacional Palestina, resultaram em mais de 50 mortes, também segundo agências de notícia internacionais.

    Edição: Sabrina Craide
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  • Professores enfrentam desafios para lidar com ataques virtuais

    Professores enfrentam desafios para lidar com ataques virtuais

    Quando a pandemia da Covid-19 começou e o ensino remoto se tornou a única alternativa pedagógica, não faltaram análises otimistas sobre o uso dos recursos digitais. Além de potencializar o aprendizado, esperava-se que a comunicação entre estudantes e professores fosse mais próxima e horizontal. Mas o que têm sido identificado por especialistas em educação e entidades sindicais é que os ambientes virtuais registram cada vez mais casos de violência e hostilidade. Também são lugares favoráveis para disseminação de discursos de ódio, que podem resultar em agressões presenciais. Nos dois casos, professores são alvos comuns e precisam lidar com as consequências na saúde física e mental.

    Queixas do tipo aumentaram no Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe). A coordenadora Helenita Beserra diz que estudantes e responsáveis têm utilizado as redes sociais dos professores ou contatos diretos via whatsapp para os desrespeitar e os atacar.

    “Temos aqui um grupo grande de profissionais que está se sentindo perseguido. Entram nas redes sociais deles para fazer patrulhamento da posição política e contestam de forma agressiva as publicações ali. Esses casos estão se tornando corriqueiros e os profissionais estão sofrendo com essa pressão psicológica e o estresse”, diz Helenita.

    Há algumas semanas, profissionais do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, denunciaram que uma professora de inglês levou tapas de um aluno por causa de um desafio publicado na rede social Tik Tok. Outros casos comuns de violência envolvem linchamentos virtuais, cyberbullying e gravações não autorizadas com o objetivo de humilhar os profissionais.

    Quando o professor é vítima dessas agressões, a orientação sindical é procurar as autoridades competentes para que agressor ou pais sejam responsabilizados.

    “Em casos mais graves contra os profissionais, colocamos o departamento jurídico à disposição para ajudá-los a fazer esse enfrentamento. Quando a situação é ainda mais delicada, o correto é procurar uma delegacia para fazer o registro policial. De preferência alguma especializada em crimes cibernéticos”, orienta Helenita.

    Motivações

    Violências contra professores têm diferentes motivações. Quando se trata especificamente do ambiente virtual, o pesquisador Antônio Álvaro Soares Zuin tem uma tese para explicar uma das dimensões que explicam a hostilidade de estudantes contra professores.

    No livro “Cyberbullying contra professores”, lançado em 2017, o professor do departamento de educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) argumenta que vivemos em uma “era da concentração dispersa” impulsionada pelas tecnologias de comunicação. Nesse contexto, os alunos projetam uma espécie de rivalidade entre dispositivos digitais e os professores.

    “Desde os primórdios das relações ensino-aprendizagem, os professores foram responsáveis pela manutenção do foco de atenção dos alunos em relação aos conteúdos. Várias metodologias foram desenvolvidas para garantir isso. Desde a via dialógica até a aplicação de punições físicas e psicológicas. Hoje em dia, é preciso um esforço muito grande para manter a atenção e ler qualquer conteúdo em profundidade, uma vez que queremos ficar conectados aos celulares o tempo todo” argumenta Zuin.

    “Para os alunos, vai ficando absolutamente insuportável focar durante horas numa figura como o professor. E aí, eles acabam, de certa maneira, se vingando contra essa figura que historicamente foi responsável pela manutenção da atenção deles”, completa.

    Quando a escola não favorece o diálogo, silencia estudantes e o professor se coloca como uma figura autoritária, casos de violência podem ser potencializados. A análise é de Telma Brito Rocha, doutora em educação e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ela é autora do livro “Cyberbullying: ódio, violência virtual e profissão docente”, de 2012.

    “Sabemos que o professor sofre com uma série de violências cotidianas. Mas também é preciso entender como as agressões dos estudantes podem ser ressonâncias de práticas escolares”, diz Telma. “Essa violência vem muitas vezes do professor, que imprime uma perseguição por causa de determinados comportamentos dos alunos em sala de aula. Existe a repressão em relação a como o aluno se senta, como fala, como se veste, como deve se portar e estar no ambiente. Isso tudo acaba por gerar revoltas, que por sua vez podem gerar outras violências”.

    Caminhos alternativos

    Os dois pesquisadores entendem que para combater as agressões contra professores, sejam nos ambientes presenciais ou virtuais, é preciso transformar a escola em lugar permanente de diálogo e resolução de conflitos. Em outras palavras, dar mais espaço para que os alunos expressem sejam ouvidos e expressem insatisfações.

    “O espaço educacional é um espaço de conflito e cooperação. Não é um lugar sempre tranquilo, onde as pessoas vão sorrir o tempo todo. A gente tem que buscar a via pedagógica para resolver os problemas. Não é eliminar o aluno que agrediu, enviar para outro colégio e transferir o problema. Precisamos que o poder público, as secretarias de educação, invistam em equipes multidisciplinares. O problema exige cada vez mais estratégias que possam dar conta dessa complexidade e envolver diferentes áreas do conhecimento”, diz Telma Brito Rocha.

    “O professor tem que redimensionar o significado da autoridade educacional. Principalmente no sentido de realizar uma espécie de autocrítica, de não querer persuadir o aluno que ele é o dono da verdade. Além disso, a escola deveria promover espaços e situações em que professores, alunos e pais possam se reunir e tentar entender o porquê de estar acontecendo alguma violência, para tentar estabelecer determinadas ações conjuntas. Se houver um espaço propício para esses contratos sociais pedagógicos, a prática de cyberbullying tende a cair”, diz Antônio Zuin.

    Educação digital na infância

    Projetos que desenvolvem uma educação digital direcionada para crianças e jovens também podem ser caminhos de prevenção e combate à violência na internet. É o caso do programa criado pela professora Maria Sylvia Spínola, chamado de “Educação midiática na prática”. Ele é voltado para crianças do 5º ano, que tem em média 10 ou 11 anos de idade, nas salas de aula da rede pública onde ela leciona. Mestre em ensino e educação na área de tecnologias digitais, Maria Sylvia trabalha principalmente a formação do senso crítico e da responsabilidade nos ambientes virtuais.

    Os aprendizados incluem o uso dos mecanismos de busca, checagem de fatos, diferenciar opinião de informação, e como se comportar de forma crítica e ética nas redes sociais.

    “Quando a gente trabalha questões de bullying, golpe, assédio ou violências que acontecem na internet, as crianças muitas vezes conseguem perceber quando elas são vítimas. Mas elas não conseguem perceber quando elas estão sendo agressivas ou usando linguagens impróprias. Eu trabalho em cima dessa perspectiva também”, explica a professora. “Considerando que a educação midiática tem como base a formação da cidadania, que ajuda no bom uso das ferramentas e em como se expressar de maneira responsável, acredito que estamos contribuindo na construção de um cidadão ético”.

    A professora reforça, no entanto, que as instituições de ensino não são as únicas responsáveis por prevenir violências e comportamento inadequados dos estudantes nas redes. É preciso engajar toda a sociedade nesse processo.

    “A gente precisa considerar todas as questões sociais, emocionais, e os ambientes familiares. Muitas crianças não têm orientação parental sobre o bom uso da internet, não estão envolvidas em práticas seguras”, reforça Maria Sylvia. “A escola é muito cobrada como parte responsável por educar a sociedade, e a gente esquece a importância de envolvimento da família e do poder público. É aquela máxima, não se educa uma criança sem o movimento de uma aldeia inteira”.

    Edição: Marcelo Brandão
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