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  • De cada 100 brasileiros, 87 usavam internet em 2022, aponta IBGE

    De cada 100 brasileiros, 87 usavam internet em 2022, aponta IBGE

    O uso da internet chegou a 87,2% da população brasileira em 2022, um aumento de 21,1 pontos percentuais em relação a 2016, usada por 66,1% da população. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação 2022 (Pnad), divulgada nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Houve aumento mesmo na comparação com 2021, quando o percentual de usuários da rede mundial era de 84,7%. O estudo considerou apenas pessoas com 10 anos ou mais de idade.

    O crescimento no acesso à internet foi ainda maior entre as pessoas com 60 anos ou mais. Em 2022, eram 62,1% de usuários, índice superior aos 57,5% de 2021 e cerca de 2,5 vezes maior que os 24,7% de 2016. Ou seja, a parcela de idosos com acesso à rede passou de um quarto para dois terços da população.

    “Tem havido uma expansão do uso da internet entre os idosos, ainda que seja o grupo etário com menor percentual de usuários”, disse o pesquisador do IBGE Gustavo Fontes, destacando que a faixa etária com maior uso é de 20 a 29 anos de idade (96,1%).

    Segundo o IBGE, esse aumento se deve a evolução nas facilidades para o uso dessa tecnologia e na sua disseminação no cotidiano da sociedade.

    O professor aposentado Celso Ribeiro, de 65 anos de idade, disse que a internet o permite ter o mundo em suas mãos. “A chegada do celular, com a sua multifuncionalidade e a sua tecnologia avançada, foi uma feliz coincidência com esse momento da minha vida, de aposentadoria. O celular me ajuda a superar o distanciamento físico decorrente das dificuldades de deslocamento no meio urbano. Tenho literalmente o mundo em minhas mãos e não me deixo virar um fóssil nas linguagens da juventude, porque o celular me coloca em contato com eles o tempo todo”.

    Os domicílios com utilização de internet subiram de 90% em 2021 para 91,5% em 2022. Desses 68,9 milhões de residências com acesso à rede no ano passado, 14,3% tinham algum dispositivo inteligente acessado à internet, como câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado e geladeiras.

    Os domicílios com banda larga móvel subiram de 79,2% para 81,2% de 2021 para 2022, enquanto aqueles com banda larga fixa passaram de 83,5% para 86,4%.

    Na área rural, o acesso à rede mundial cresceu de 74,7% para 78,1% no período. Já na área urbana, o percentual passou de 92,3% para 93,5%.

    Motivos

    Internet das coisas Por: Arte/Agência Brasil
    Internet das coisas Por: Arte/Agência Brasil

    As razões mais citadas para não ter acesso à rede foram que nenhum morador sabia usar a tecnologia, sendo 34,8% na área urbana e 26,4% na rural; não havia necessidade, 28,5% nas cidades e 19,6% no campo, e serviço de acesso ser caro, 28% e 30,6%, na área urbana e rural, respectivamente. Na zona rural, destaca-se também o fato de que não havia serviço disponível na área (15,2%).

    Os principais motivos para o uso da internet no Brasil são conversar por chamadas de voz ou vídeo (94,4%), enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens (92%) e assistir a vídeos (88,3%). Foram citados também o uso de redes sociais (83,6%), ouvir música, rádio e podcast (82,4%), ler jornais, notícias, revistas e livros (72,3%), acessar bancos e outras instituições financeiras (60,1%) e enviar ou receber e-mails (59,4%).

    Segundo a Pnad, 93,4% dos usuários usavam internet todos os dias e apenas 0,7% usavam menos do que uma vez por semana, ou seja, havia semanas em que não usavam a internet.

    A pesquisa também mostrou que havia disparidade entre estudantes de escolas particulares e de escolas públicas, em 2022. Enquanto os de escolas privadas, 98,4%, tinham acesso à internet, entre os estudantes da rede pública o percentual era 89,4%, ou seja, 9 pontos percentuais abaixo.

    Entre os estudantes de escolas públicas, 26,7% usavam conexão gratuita em instituições de ensino ou bibliotecas para acessar a internet.

    Televisão e rádio

    A forma preferida de acesso à internet foi o celular (98,9%), seguida pela televisão (47,5%), computador (35,5%) e tablet (7,6%). O acesso por computador e tablet decaiu bastante em relação a 2016, quando os percentuais eram 63,2% e 16,4%, respectivamente.

    A proporção de domicílios com televisão caiu de 95,5% em 2021 para 94,9% em 2022. Em 2016, essa taxa era de 97,2%.

    “A pesquisa tem mostrado uma queda gradual, ainda que muito lenta. Isso pode refletir hábitos de consumo da população, hábitos de lazer, como as pessoas acessam vídeos. Isso pode refletir alguma mudança gradual de hábito”, explica Fontes. “Mas a pesquisa não investiga exatamente isso. A gente não pergunta por que não tem televisão”.

    Dos lares com o aparelho, 43,4% tinham assinatura de serviços de streaming. Já os domicílios com rádio eram apenas 56,5% e aqueles com telefone fixo somaram 12,3%, bem abaixo dos 32,6% de 2016.

     
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  • Artista Lorna Washington morre aos 61 anos, no Rio

    Artista Lorna Washington morre aos 61 anos, no Rio

    Lorna Washington, artista transformista, morreu nesta segunda-feira (30), aos 61 anos, no Rio de Janeiro. Conhecida drag queen, Lorna atuou e cantou em diversos palcos de boates cariocas.

    Lorna estava na casa do amigo Almir França, quando começou a passar mal, no fim da noite de domingo (29). Chegou ser levada para uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), mas morreu na madrugada desta segunda-feira.

    “Lorna vinha se recuperando de uma série de patologias desde o ano passado, quando teve uma parada cardiorrespiratória e ficou 45 dias na UTI [Unidade de Tratamento Intensivo]. Quando saiu, ficou nessa luta, tendo que fazer hemodiálise três vezes por semana, numa cadeira de rodas, com deficiência auditiva. Foi um ano inteiro de luta”, conta França.

    Ele explica que nos últimos dias estava sendo organizado um show para comemorar o aniversário de Lorna. “A perda auditiva a deprimia muito, porque ela cantava e, sem a audição, não tinha retorno”, explica França.

    Depressão

    Além de artista, Lorna foi uma ativista na defesa das pessoas que convivem com HIV/Aids. “Lorna Washington foi um grande ícone não só da noite carioca, como uma artista que cantava e interpretava, mas também como uma grande ativista do movimento LGBT. Uma pessoa que fez acolhimento de pessoas vivendo com HIV/Aids, na década de 80, quando ainda não existia medicação”, diz Rene Júnior, vice-presidente do Grupo Pela Vidda, organização não governamental que trabalha com pessoas que convivem com o vírus HIV.

    Sua vida foi contada no filme Lorna Washington: sobrevivendo a supostas pedras, lançado em 2016. Lorna também recebeu o título de benemérito do estado do Rio de Janeiro, concedido pela Assembleia Legislativa, em 2001.

    “A Lorna é, foi e continuará sendo uma personagem muito importante nesse universo artístico da nossa comunidade LGBTQIAPN+. A trajetória dela, iniciada lá na virada dos anos 70 para os anos 80, foi muito representativa para esse universo artístico das pessoas LGBT, que trabalham com a criação de personagens, que trabalham com o humor e com a música”, afirma Luiz Morando, pesquisador sobre memórias dos territórios e da sociabilidade LGBT.

    Fora dos palcos, a artista se identificava como Celso Paulino Maciel, seu nome de registro. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.

    Edição: Kleber Sampaio
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  • Bragantino derrota Fluminense e vê diferença para Botafogo diminuir

    Bragantino derrota Fluminense e vê diferença para Botafogo diminuir

    Diante de um Fluminense repleto de desfalques, o Bragantino venceu por 1 a 0, na noite desde domingo (22) no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, para assumir a vice-liderança do Campeonato Brasileiro. Agora o Massa Bruta tem 52 pontos, a sete do líder Botafogo, que na 28ª rodada ficou no 1 a 1 com o Athletico-PR.

    Com muitos desfalques no miolo de zaga, o técnico Fernando Diniz optou por improvisar o volante André na posição. Com isso o Tricolor das Laranjeiras apresentou muitas dificuldades para sair do seu campo de defesa, o que fez com que o Bragantino tivesse amplo domínio no confronto. Mesmo atuando melhor, o Massa Bruta marcou apenas em uma oportunidade, aos 16 minutos do primeiro tempo com Eduardo Sasha em cobrança de pênalti.

    Vitória no clássico

    Graças a um gol do volante Gerson, o Flamengo derrotou o Vasco por 1 a 0 no estádio do Maracanã e terminou a rodada na 3ª posição da classificação. Agora o Rubro-Negro tem 50 pontos.

    A equipe da Gávea e o Cruzmaltino protagonizaram um confronto muito movimentado, que foi definido apenas aos 30 minutos do segundo tempo, quando Gabriel Barbosa recebeu passe na ponta esquerda, avançou e cruzou para corte parcial de Léo. Gerson aproveitou a sobra de bola e bateu firme para superar o goleiro Léo Jardim. O resultado deixou o Vasco na 17ª posição com 30 pontos, dentro da zona do rebaixamento.

    Empate do líder

    Em uma partida que teve início no sábado (21), mas que foi encerrada apenas neste domingo, o Botafogo ficou no 1 a 1 com o Athletico-PR no Nilton Santos. Após o estádio do Alvinegro sofrer cinco quedas de luz, a última no início do segundo tempo, a partida foi paralisada e teve que ser encerrada um dia depois.

    Os gols do confronto saíram ainda no sábado, quando Tiquinho Soares abriu o placar em gol de cabeça, enquanto o Furacão deixou tudo igual com Pablo.

    Goleada em Porto Alegre

    Quem teve uma jornada para esquecer foi o Santos, que, jogando em Porto Alegre, perdeu de 7 a 1 para o Internacional, na maior goleada da atual edição do Brasileiro. O destaque do Colorado foi o equatoriano Valencia, com dois gols, enquanto Wanderson, Alan Patrick, Bustos, Luiz Adriano e Kevyson (contra) completaram o placar.

    O gol de honra do Peixe, que com o resultado permanece com 30 pontos, na 18ª posição dentro da zona do rebaixamento, foi marcado por Maxi Silvera.

    Outros Resultados:

    São Paulo 3 x 0 Grêmio
    Bahia 2 x 0 Fortaleza
    Cuiabá 1 x 1 Goiás
    Atlético-MG 0 x a 1 Cruzeiro
    Corinthians 1 x 1 América-MG
    Coritiba 0 x 2 Palmeiras

    Edição: Fábio Lisboa
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  • Brasil é prata na disputa por equipes na ginástica artística feminina

    Brasil é prata na disputa por equipes na ginástica artística feminina

    A equipe feminina de ginástica artística do Brasil garantiu a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos, que estão sendo disputados em Santiago (Chile). Na noite deste domingo (22), a equipe formada por Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares, Carolyne Pedro e Rebeca Andrade garantiu o pódio e igualou o melhor resultado do Brasil na história da prova, que havia sido alcançado nos Jogos do Rio de Janeiro, no ano de 2007.

    Ao contrário do que ocorreu no Mundial da modalidade, que acabou com a medalha de prata do Brasil há praticamente um mês na Bélgica, os Jogos Pan-Americanos utilizam as eliminatórias individuais por aparelhos para definir os campeões por equipes. Na estreia da multimedalhista olímpica e mundial em Jogos Pan-Americanos, Rebeca Andrade ficou de fora do aparelho do solo, preservando o joelho, e avançou às finais nos outros três aparelhos, com a melhor média no salto e em segundo nas barras assimétricas e na trave.

    Os grandes detalhes que acabaram deixando o Brasil com a prata foram as falhas de Jade Barbosa e de Carolyne Pedro na apresentação das barras assimétricas. Flávia Saraiva se garantiu em quatro finais individuais: solo, barras assimétricas, individual geral (que soma as notas dos quatro aparelhos) e trave. Jade Barbosa está na decisão do individual geral. Júlia Soares ainda conseguiu a vaga na final do solo.

    No total da disputa por equipes, o Brasil garantiu a medalha de prata fechando a prova com 161,594 pontos. Os Estados Unidos, que se apresentaram antes, alcançaram a marca de 165,196 pontos. O Canadá garantiu o bronze com 154,230 pontos.

    Edição: Fábio Lisboa
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  • Corinthians conquista título da Libertadores de futebol feminino

    Corinthians conquista título da Libertadores de futebol feminino

    O Corinthians derrotou o Palmeiras por 1 a 0, na noite deste sábado (21) no Estádio Olímpico Pascual Guerrero, em Cali (Colômbia), para conquistar o título da Copa Libertadores de futebol feminino. Este é o quarto título continental das Brabas do Timão, que já venceram a competição em 2017 (em parceria com o Audax), em 2019 e em 2021.

    Esta foi a segunda final brasileira da história da Libertadores feminina, após o Corinthians conquistar o seu segundo título da competição continental em 2019 ao derrotar a Ferroviária por 2 a 0 na decisão disputada no Equador.

    As Brabas tiveram a oportunidade de abrir o placar aos 16 minutos do primeiro tempo, quando Vic Albuquerque cobrou pênalti, mas ela mandou na trave. Mas 13 minutos depois o Corinthians chegou ao gol da vitória, quando Gabi Portilho avançou pela esquerda e tocou para a entrada da área, onde Millene dominou puxou para o meio e bateu firme de esquerda.

    Na etapa final as Palestrinas lutaram muito em busca da virada, mas a goleira Lelê mostrou segurança para manter o placar sem mais alterações até o apito final.

    Edição: Fábio Lisboa
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  • Médico alerta sobre transmissão da sífilis de gestante para bebê

    Médico alerta sobre transmissão da sífilis de gestante para bebê

    O terceiro sábado do mês de outubro foi instituído como o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, data voltada para conscientizar a população sobre os riscos da doença, os métodos de prevenção, além de incentivar a participação de profissionais da saúde e administradores de sistemas de saúde em iniciativas que contribuam com essa educação. O destaque deste ano é a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da sífilis nas gestantes durante o período pré-natal, nas mulheres e homens.

    Causada pela bactéria Treponema pallidum, a doença pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios – sífilis primária, secundária, latente e terciária. Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem preservativo com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto.

    Na sífilis primária, o sinal é uma ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria que pode ser no pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele, que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias e é chamada de cancro duro. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. A ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento.

    Na sífilis secundária, os sintomas aparecem entre 6 semanas e 6 meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Podem surgir manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias. Pode ainda ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo. As manchas desaparecem em algumas semanas, independentemente de tratamento, trazendo a falsa impressão de cura.

    Na fase assintomática, os sinais e sintomas não aparecem e a doença está dividida entre latente recente (até 1 ano de infecção) e latente tardia (mais de 1 ano de infecção). A duração dessa fase é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

    Já a sífilis terciária pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção, apresentando principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

    Segundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a junho de 2022 o Brasil registrou 122 mil novos casos de sífilis. Nesse período, foram identificados 79,5 mil casos de sífilis adquirida, 31 mil casos em gestantes e 12 mil ocorrências de sífilis congênita, que é transmitida da mãe para o bebê.

    De 2016 a 2021, o aumento dos casos foi considerável. Enquanto em 2016 foram registrados 91.506 casos, com taxa de detecção de 44,6 para cada 1.000 habitantes. Em 2021 foram 167.523, com taxa de detecção de 78,5 para cada 1.000. O número de gestantes infectadas pulou de 38.305 para 74,095, com a taxa de detecção passando de 13,4 para 27,1. A sífilis congênita passou de 21.547 casos para 27.019, com a taxa de detecção aumentando de 7,5 para 9,9 para cada 1.000 habitantes.

    Sífilis congênita

    Segundo o vice-presidente da Comissão de Doenças Infectocontagiosas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Regis Kreitchmann, é preciso atenção, porque os sintomas são parecidos com os de outras patologias e assim passar despercebidos pelas mulheres.

    Nas gestantes, a doença passa para o bebê porque a Treponema pallidum atravessa a placenta podendo resultar em perdas ou lesões fetais irreversíveis. Os impactos no feto podem ser a possibilidade de aborto ou a morte. Sem tratamento, o bebê pode nascer com sífilis congênita, exigindo internação para exames e administração de antibióticos como parte do tratamento da doença.

    “A sífilis não tratada pode causar abortos de repetição, além da ocorrência de perdas fetais e neonatais repetidas. Essas perdas possuem enormes impactos sociais, econômicos e psicológicos para a mulher e a sociedade. A sífilis congênita pode ser eliminada se a mulher for diagnosticada e tratada corretamente”, alerta.

    Mariana (nome fictício para preservar sua imagem) tem 23 anos de idade e descobriu que tinha sífilis na maternidade ao dar à luz a uma menina. Poucos dias depois do nascimento de sua filha, os exames detectaram que ela e a bebê estavam com a doença. O tratamento foi iniciado e, segundo Mariana, depois de 12 dias no hospital, o tratamento não é fácil e é doloroso, principalmente para a criança.

    “Ela recebe o medicamento injetável por 10 dias. É doloroso para mim ver o sofrimento da minha filha. É incômodo, ela chora. Não é fácil, não foi fácil para mim. Passei muitas noites em claro por causa disso, fora o peso das noites em claro”, lamentou.

    O conselho de Mariana para as futuras mães é que se cuidem e façam o pré-natal regularmente. “Tem que fazer todos os exames, mas muitas não acreditam e não pensam assim. Acham que fazer mais um exame de sangue é um gasto, então não fazem porque não estão sentindo nada diferente. Eu estava bem, não sentia nada, minha bebê nasceu saudável e quando fizemos o exame tivemos a surpresa do resultado positivo”, disse.

    Segundo a especialista em saúde da mulher, enfermagem e obstetrícia e professora de Saúde da Mulher da Faculdade Anhanguera Karina Lopes Capi, o aumento dos casos em 2022 pode estar ligado à diminuição da notificação devido ao período da pandemia da covid-19, “mas não é possível falar em epidemia porque os dados abrangem apenas os 6 primeiros meses do ano”.

    Karina reforça que para prevenir a doença basta usar o preservativo durante as relações sexuais. Para detectar a infecção já existem os testes rápidos disponíveis nas unidades básicas de Saúde (UBS) e caso o teste seja positivo, o tratamento é feito com a penicilina, a depender do estágio. Durante a gestação, o tratamento da mãe e do bebê envolve o uso do medicamento por via intramuscular, com o número de injeções dependendo do tempo desde o contágio, variando de uma a três doses. Além disso, o parceiro também deve ser tratado com o mesmo regime de tratamento ou, se preferir, pode optar por um antibiótico oral. É fundamental seguir o tratamento prescrito e realizar exames de sangue para confirmar a eficácia da terapia.

    “É importante ressaltar que nem sempre a criança apresenta os sintomas quando nasce. Mas a partir do momento que a gente tem uma mãe que foi diagnosticada com sífilis, essa criança precisa ser muito bem acompanhada, porque os sintomas e as manifestações clínicas em geral podem surgir aí nos 3 meses. E precisamos acompanhar de perto até pelo menos os 2 anos de vida”, explicou.

    Edição: Fernando Fraga
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  • Ministro Alexandre Padilha visita região afetada por chuvas em SC

    Ministro Alexandre Padilha visita região afetada por chuvas em SC

    O ministro das Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, se reuniu neste sábado (21) em Blumenau com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, prefeitos e coordenadores das defesas civis de 53 cidades do estado. Essas cidades compõem a Associação dos Municípios do Vale Europeu (AMVE), a Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (AMFRI) e a Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (AMAVI). Também participaram da reunião líderes da sociedade civil, moradores das regiões atingidas pelas fortes chuvas das últimas semanas, que provocaram enchentes em diversas localidades.

    De acordo com publicação do ministro na rede social X, a viagem serviu para alinhar as ações do governo federal.

    “Vamos fazer uma força-tarefa para agilizar a reconstrução das cidades e garantir os recursos federais para o estado. Foi um dia para ouvirmos todas as demandas e articular essa ajuda com os ministérios e o Congresso Nacional”, disse Padilha.

    O governador Jorginho Mello agradeceu a presença do ministro e disse que todos estão trabalhando juntos para ajudar as vítimas das enchentes.

    “Queremos deixar tudo claro para que os gestores possam desenvolver os planos de ação de forma correta e receber os recursos rapidamente. Somos um povo que não se entrega e tenho certeza que, em breve, vamos ter nossas cidades restabelecidas”, afirmou o governador.

    O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, reforçou a necessidade de uma resposta mais efetiva dos governos. “Estamos buscando soluções para minimizar a burocracia e agilizar os recursos. E, também abordando assuntos, como obras que possam evitar novas cheias. São necessárias obras estruturantes, e estamos trabalhando para isso”.

    O ministro das Relações Institucionais foi o terceiro a visitar Santa Catarina em meio à situação de emergência em decorrência das chuvas.

    De acordo com relatório da Defesa Civil do estado, ao todo 152 municípios decretaram situação de emergência.

    *Com informações da Agência Catarinense de Notícias, do governo de Santa Catarina

    Edição: Graça Adjuto
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  • Lula veta tese do marco temporal em lei aprovada pelo Congresso

    Lula veta tese do marco temporal em lei aprovada pelo Congresso

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu vetar parcialmente o projeto de lei (PL) que estabelece que os povos indígenas só têm direito às terras que ocupavam ou reivindicavam até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da atual Constituição Federal. Essa tese é conhecida como marco temporal. O anúncio foi feito em coletiva à imprensa pelos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Jorge Messias (Advocacia Geral da União), no fim da tarde desta sexta-feira (20), no Palácio da Alvorada, residência oficial.

    A sanção com vetos será publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) porque esta sexta-feira é o último dia do prazo que o presidente da República tinha para se manifestar.

    O Projeto de Lei (PL) 2.903/2023 foi aprovado pelo Congresso Nacional no dia 27 de setembro. Uma semana antes da aprovação no Legislativo, o Supremo Tribunal Federal (STF) tinha invalidado a tese do marco temporal. Os ministros da Corte, entretanto, definiram indenização para ocupantes de boa-fé. Na ocasião, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), negou que a aprovação do projeto foi para afrontar o STF.

    “O presidente Lula, hoje [20], data de sanção do PL que trata do marco temporal, decidiu por vetar o marco temporal, respeitando integralmente a Constituição brasileira, inclusive as decisões recentes do STF sobre constitucionalidade sobre esse tema”, afirmou Padilha.

    Vetei hoje vários artigos do Projeto de Lei 2903/2023, ao lado da ministra @GuajajaraSonia e dos ministros @padilhando e @jorgemessiasagu, de acordo com a decisão do Supremo sobre o tema. Vamos dialogar e seguir trabalhando para que tenhamos, como temos hoje, segurança jurídica e… pic.twitter.com/iZqrKUytcT

    — Lula (@LulaOficial) October 20, 2023

    Questionada sobre a expectativa do movimento indígena, que cobrava um veto total ao PL, a ministra Sônia Guajajara disse que os pontos não vetados não prejudicam a política indigenista. “O que ficou ali é o que está em algum dispositivo legal, que não vai alterar em nada ao que já temos garantido na Constituição Federal, e agora na última decisão do STF. Estamos totalmente abertos ao diálogo com o movimento indígena, para esclarecer e construir, como também com o próprio Congresso Nacional”.

    Entre os artigos mantidos no texto, estão os que, segundo Alexandre Padilha, “reforçam a transparência de todo o processo de estudo, de declaração, de demarcação, que reforçam a participação efetiva de estados e municípios ao longo de todo o processo, que regulamentam o acesso à área indígena, de servidores que estão prestando serviços importantes para essa população. E o início do artigo que valida a importância de atividades econômicas e produtivas nessa Terra Indígena, desenvolvidas pela comunidade indígena”, afirmou.

    As razões e justificativas dos vetos serão informadas no texto a ser publicado no DOU, o que deve ocorrer ainda nesta sexta.

    Além do marco temporal, já considerado inconstitucional pelo STF, a possibilidade do pagamento de indenização prévia às demarcações foi vetada, segundo explicou o advogado-geral da União, Jorge Messias. A possibilidade de revisão de demarcações já realizadas, cultivo de transgênicos, garimpo e construção de rodovias em terras indígenas sem autorização das comunidades indígenas foram outros pontos vetados, segundo informaram os ministros. Messias disse que a sanção parcial respeitou a separação dos Três Poderes e defendeu a decisão tomada.

    “O presidente Lula muito claramente atendeu aquilo que foi decidido pelo STF e vetou outros dois blocos de artigo que contrariavam a política indigenista, e um outro bloco que gerava insegurança jurídica para a aplicação do processo demarcatório”, destacou.

    Análise de vetos

    Com a sanção parcial do projeto pelo presidente Lula, os vetos voltam para ser analisados pelos parlamentares em sessão do Congresso Nacional, que ocorre com a participação de deputados e senadores.

    O veto é a discordância do Presidente da República com determinado projeto de lei aprovado pelas Casas Legislativas do Congresso Nacional. A Constituição determina que ele seja apreciado pelos parlamentares em sessão conjunta, sendo necessária a maioria absoluta dos votos de deputados federais (pelo menos 257) e de senadores (pelo menos 41) para a sua rejeição.

    Edição: Marcelo Brandão
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  • Bolsa Família contribui com emancipação de beneficiários há 20 anos

    Bolsa Família contribui com emancipação de beneficiários há 20 anos

    Amélia, Rosimar e Ivânia são três mulheres com histórias e vidas muito diferentes, mas que se encontram em um ponto: todas, em algum momento, precisaram, e puderam contar, com o Bolsa Família.

    O programa de transferência de renda completa 20 anos nesta sexta-feira. Ao todo, 21 milhões de famílias brasileiras recebem o auxílio. São 56 milhões de pessoas, e a maioria faz com que o programa cumprisse com um dos principais desafios dele: permitir uma melhora estrutural, de ascensão e emancipação dos beneficiários.

    Entre as primeiras crianças e adolescentes beneficiadas pelo programa, os chamados “filhos do Bolsa Família”, 64% não utilizam mais o auxílio. É o caso da Amélia Moreira, primeira da família a entrar na universidade. Hoje é professora, pesquisadora e faz pós-doutorado em Portugal.

    “Minha mãe trabalhava como empregada doméstica, então, ter esse beneficio permitiu que a gente tivesse assegurada alimentação, tivesse assegurada escoa e tivesse assegurado o não contágio dessas doenças básicas, que são prevenidas com vacinação”, conta Amélia.

    Já a Rosimar Alves de Jesus é mãe solo e divide o tempo entre os cuidados com a casa, com os filhos, e a rotina de camareira de hotel. Ela recebe o bolsa família há 20 anos. O programa ajudou a garantir alimentação para os sete filhos nos períodos mais difíceis. Os mais velhos já concluíram o ensino médio e os mais novos ainda precisam do benefício. “Você compra seu alimento, você pode até comprar um aparelho doméstico, para sua casa, que você não tem. Então te ajuda bastante”.

    Para Ivânia Santos, que está desempregada, o bolsa-família serviu como um suporte em diferentes momentos da vida. Ela começou a receber o benefício em 2006, e depois de um alguns anos sem o auxílio, voltou a precisar neste ano, por causa de um câncer de mama. “Com aquele dinheiro você pode comprar uma roupa melhor também e ir atrás de um emprego melhor, para que com aquele Bolsa Família você possa futuramente dispensar. Foi o que eu fiz, quando eu estava com a saúde melhor, eu corri atrás de emprego, vendi acarajé e tudo”

    O programa também virou referência e inspiração internacional no combate à pobreza. Entre os prêmios recebidos, o da Associação Internacional de Seguridade Social foi dado em 2013, quando completou 10 anos. Para o professor da Universidade de Brasília, Vicente Faleiros, o ideal é que um dia programas de transferência de renda não sejam mais necessários. Até lá, ele segue importante para diminuir o principal problema do país: a desigualdade social.

    “ É uma correção das injustiças, mas é uma correção ainda que permite só o mínimo e não uma distribuição igualitária da riqueza produzida socialmente, Tem a condicionalidade de colocar os filhos na escola, cuidar da vacinação, o que permite uma ruptura com o ciclo da pobreza, com a inserção das crianças na escola”

    Edição: Aline Leal
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  • Botafogo pode abrir 12 pontos na liderança do Brasileirão

    Botafogo pode abrir 12 pontos na liderança do Brasileirão

    • Botafogo busca vitória para se isolar na liderança do Brasileirão, veja abaixo onde assistir Botafogo x Athletico neste sábado.

    Líder isolado do Campeonato Brasileiro a 11 rodadas do fim, o Botafogo recebe o Athletico-PR na noite deste sábado (21) com chance de ampliar ainda mais a vantagem no topo da tabela no caso de vitória. Com 58 pontos, nove a mais que o vice-líder Brangantino, o Glorioso chega ao confronto após dois triunfos como visitante. Do outro lado do campo, estará o Furacão que retornou ao sexto lugar do torneio na última quarta (18), ao ganhar de virada do Grêmio, por 2 a 1, em Porto Alegre.

    Onde assistir

    O embate Botafogo x Athletico, a partir das 21h (horário de Brasília) no Estádio Nilton Santos, será transmitido ao vivo na SporTV e na Premiere.

    O Alvinegro reencontrou sua melhor forma após a demissão do técnico português Bruno Lage no início do mês. De lá para cá, sob comando do ex-meia Lúcio Flávio como técnico, o Botafogo superou o Fluminense por 2 a 0 no Maracanã, e na quarta (18) levou a melhor sobre o América-MG por 2 a 1 fora de casa. Uma peça importante no elenco alvinegro é o atacante Júnior Santos, autor dos gols na vitória sobre o Coelho e outro no triunfo sobre o Flu. Além da parte ofensiva, o jogador também vem se destacando na marcação.

    Para o jogo desta noite, o técnico Lúcio Flávio poderá escalar novamente o volante Tchê Tchê e o lateral-esquerdo Marçal – ambos cumpriram suspensão na última partida. A expectativa é de que o Glorioso entre em campo com Lucas Perri, Di Plácido, Adryelson, Cuesta e Marçal; Tchê Tchê, Marlon Freitas, Júnior Santos, Eduardo e Victor Sá; Tiquinho Soares.

    Com 44 pontos na tabela, o Athletico aproximar ainda mais do G4, que garante a classificação para a Copa Libertadores no ano que vem. No restrospecto da temporada, o Furacão soma duas vitórias sobre o Alvinegro. A primeira delas em maio, no jogo de ida das oitavas da Copa do Brasil (3 a 2) – na partida da volta os curitibanos eliminaram os cariocas nos pênaltis – e a outra em junho, por 1 a 0, no primeiro tuno do Brasileirão..
    Entre as baixas do Athletico para o jogo desta noite está o atacante uruguaio Agustín Canobbio que cumprirá suspensão por ter levado o terceiro cartão amarelo na última rodada. O time comandado pelo técnico Wesley Carvalho deve começar jogando com Bento, Cacá, Thiago Heleno e Kaique Rocha; Cuello, Erick, Fernandinho e Esquivel; Vitor Bueno, Zapelli e Pablo.

    FICHA TÉCNICA
    BOTAFOGO-RJ X ATHLETICO-PR

    Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
    Data: 21 de setembro de 2023 (Sábado)
    Horário: 21h (de Brasília)
    Árbitro: Matheus Delgado Candançan (SP)
    Assistentes: Alex Ang Ribeiro (Fifa-SP) e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP)
    VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (Fifa-SP)

    Provável escalação

    BOTAFOGO: Lucas Perri, Di Placido, Victor Cuesta, Adryelson e Marçal; Tchê Tchê, Marlon Freitas e Eduardo; Júnior Santos, Tiquinho Soares e Víctor Sá
    Técnico: Lucio Flavio

    ATHLETICO: Bento, Cacá, Thiago Heleno e Lucas Esquivel; Erick, Fernandinho, Vitor Bueno, Bruno Zapelli e Esteban Cuello; Rômulo e Pablo
    Técnico: Wesley Carvalho

     
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