Tag: futebol feminino

  • Copa de 2027: Rio de Janeiro recebe delegação de inspeção da Fifa

    Copa de 2027: Rio de Janeiro recebe delegação de inspeção da Fifa

    A cidade do Rio de Janeiro recebeu nesta terça-feira (20) a visita de uma delegação da Fifa que está inspecionando o Brasil como parte do processo de candidatura do país para sediar a Copa do Mundo de futebol feminino de 2027. Nesta jornada inicial de trabalho a equipe da federação internacional de futebol conheceu o estádio do Maracanã, além de centros de treinamentos para equipes e árbitras, hotéis e centro de imprensa.

    No final do dia a delegação visitou o Museu da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e foi recebida pelo presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues: “É um orgulho receber a delegação da Fifa em nosso país. Nestes dias, vamos mostrar em detalhes o projeto brasileiro para receber a Copa do Mundo de 2027. Tenho certeza de que faremos o melhor Mundial feminino da história”.

    Após a parada na Cidade Maravilhosa, a comitiva liderada pela diretora-chefe de futebol feminino da FIFA, a neozelandesa Sarai Bareman, inspecionará, até a próxima sexta-feira (23), as cidades de Brasília, Salvador e Pernambuco.

    “A gente não precisa investir, a gente não precisa construir, a gente já tem um país praticamente pronto para receber uma Copa do Mundo. Temos equipes de trabalho prontas para executar a Copa do Mundo. E a gente tem uma população apaixonada por futebol, um monte de meninas que amam o futebol feminino e que gostariam de ter esse espaço, essa oportunidade”, declarou Valesca Araújo, a responsável pelo planejamento de infraestrutura e operações do evento.

    O Brasil disputa o privilégio de sediar o Mundial de 2027 com outras duas candidaturas conjuntas: Estados Unidos/México e Bélgica/Alemanha/Holanda. A sede da próxima Copa de futebol feminino será conhecida no dia 17 de maio.

    Edição: Fábio Lisboa

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  • Corinthians busca tricampeonato da Supercopa do Brasil feminina

    Corinthians busca tricampeonato da Supercopa do Brasil feminina

    O Corinthians terá no próximo domingo (18) a oportunidade de buscar o tricampeonato da Supercopa do Brasil de futebol feminino. Isto porque na última quinta-feira (15) as Brabas do Timão bateram a Ferroviária por 2 a 0 em sua arena em Itaquera com gols de Mariza e Gabi Zanotti.

    Agora o Corinthians terá a oportunidade de ampliar a sua hegemonia na competição, após vencer as duas edições anteriores da Supercopa do Brasil de futebol feminino: em 2022 venceu com uma vitória de 1 a 0 sobre o Grêmio e um ano depois bateu o Flamengo por 4 a 1 para levantar o caneco.

    As Brabas do Timão terão pela frente na grande decisão o Cruzeiro, que bateu o Avaí/Kindermann por 3 a 0 na última quarta-feira (14). A grande final será disputada a partir das 10h30 (horário de Brasília) do próximo domingo (18) em Itaquera.

    Edição: Fábio Lisboa

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  • Supercopa do Brasil feminina: CBF confirma datas e horários das semis

    Supercopa do Brasil feminina: CBF confirma datas e horários das semis

    A Diretoria de Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou as datas e horários das semifinais da edição 2024 da Supercopa do Brasil de futebol feminino. A próxima etapa da competição que abre a temporada do futebol feminino terá início na próxima quarta-feira (14).

    A partir das 19h (horário de Brasília) de quarta, o Avaí/Kindermann mede forças com o Cruzeiro no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Um dia depois, a partir das 16h15, o Corinthians recebe a Ferroviária em seu estádio em Itaquera.

    O Corinthians garantiu sua vaga ao derrotar o Internacional por 4 a 2 em pleno estádio do Beira-Rio, em Porto Alegre. Já a Ferroviária teve que superar o Flamengo por 6 a 5 nas disputas de pênaltis para permanecer viva na competição. O jogo disputado no estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador (Rio de Janeiro) foi para as penalidades máximas após um empate sem gols nos 90 minutos.

    Já o Cruzeiro se garantiu nas semifinais após superar o Real Brasília por 1 a 0 no último sábado (10), enquanto o Avaí avançou ao superar o Fluminense por 3 a 1 na sexta (9).

    Edição: Fábio Lisboa

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  • Corinthians e Ferroviária avançam para semi da Supercopa do Brasil

    Corinthians e Ferroviária avançam para semi da Supercopa do Brasil

    Os semifinalistas da Supercopa do Brasil de futebol feminino foram definidos neste domingo (11) após Corinthians e Ferroviária garantirem a classificação em suas respectivas partidas de quartas de final. Assim, as Guerreiras Grenás medirão forças com as Brabas do Timão, enquanto o Cruzeiro pegará o Avaí.

    O Corinthians garantiu sua vaga ao derrotar o Internacional por 4 a 2 em pleno estádio do Beira-Rio, em Porto Alegre. A vitória das Brabas do Timão foi construída com gols de Jaque Ribeiro, Jheniffer, Millene e Gabi Portilho, enquanto Priscila marcou duas vezes pelas Gurias Coloradas.

    Já a Ferroviária teve que superar o Flamengo por 6 a 5 nas disputas de pênaltis para permanecer viva na competição. O jogo disputado no estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador (Rio de Janeiro) foi para as penalidades máximas após um empate sem gols nos 90 minutos.

    Já o Cruzeiro se garantiu nas semifinais após superar o Real Brasília por 1 a 0 no último sábado (10), enquanto o Avaí avançou ao superar o Fluminense por 3 a 1 na sexta (9). A previsão é de que as semifinais tenham início na próxima quarta-feira (14), mas ainda falta a confirmação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

    Edição: Fábio Lisboa

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  • Cruzeiro se garante nas semifinais da Supercopa do Brasil feminina

    Cruzeiro se garante nas semifinais da Supercopa do Brasil feminina

    O Cruzeiro avançou para as semifinais da Supercopa do Brasil de futebol feminino após superar o Real Brasília por 1 a 0, na noite deste sábado (10) no estádio Bezerrão, no Distrito Federal. Agora as Cabulosas medirão forças com o Avaí/Kindermann, que bateu o Fluminense por 3 a 1 na noite da última sexta-feira (9), para buscarem a classificação para a decisão da competição que abre a temporada 2024 do futebol feminino no Brasil.

    A vitória do Cruzeiro foi alcançada graças a gol da atacante Fabiola Sandoval, que aproveitou sobra de bola dentro da área aos 28 minutos do primeiro tempo para finalizar alto e forte.

    A competição prossegue no domingo (11) com mais dois confrontos: Internacional contra Corinthians e o Flamengo enfrentando a Ferroviária.

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  • Avaí bate Fluminense na abertura da Supercopa do Brasil feminina

    Avaí bate Fluminense na abertura da Supercopa do Brasil feminina

    O Avaí/Kindermann derrotou o Fluminense por 3 a 1, na noite desta sexta-feira (9) no estádio Doutor Hercílio Luz, em Itajaí (Santa Catarina), na partida de abertura da Supercopa do Brasil de futebol feminino. Com este triunfo a equipe catarinense garantiu a classificação para as semifinais da competição, onde enfrentará o vencedor de Real Brasília e Cruzeiro, que medem forças no próximo sábado (10) no estádio Bezerrão, no Distrito Federal.

    A equipe catarinense abriu o placar aos 33 minutos do primeiro tempo, com uma finalização de fora da área da meio-campista Camila López. A lateral Débora Sorriso chegou a igualar o marcador aos 7 minutos da etapa final. Porém, aos 27 minutos do segundo tempo Lourdes González voltou a colocar o Avaí em vantagem. E um minuto depois Ramona Martínez deu números finais ao marcador.

    A competição prossegue no próximo sábado com Real Brasília e Cruzeiro e com mais dois confrontos no domingo (11): Internacional contra Corinthians e o Flamengo enfrentando a Ferroviária.

    Edição: Fábio Lisboa

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  • Rainha Marta é homenageada pela Fifa em coroação aos melhores do mundo

    Rainha Marta é homenageada pela Fifa em coroação aos melhores do mundo

    O prêmio Fifa The Best coroou a espanhola Aitana Bonmatí e o argentino Lionel Messi como os melhores jogadores do mundo no ano de 2023, em cerimônia realizada nesta segunda-feira (15) em Londres (Inglaterra). Mas o Brasil teve participação de destaque na premiação, com uma bonita homenagem à Rainha Marta, que dará nome a um novo troféu criado pela Fifa, o de gol mais bonito do mundo no futebol feminino.

    A meio-campista Aitana Bonmatí, do Barcelona (Espanha), conquistou o prêmio após fazer uma grande Copa do Mundo na vitoriosa campanha da seleção da Espanha. Já a premiação de Messi, que atualmente defende o Inter Miami (Estados Unidos), causou certa surpresa. O argentino, que teve como maiores desafios esportivos no ano de 2023 os jogos da seleção argentina pelas Eliminatórias Sul-Americanas, deixou para trás na disputa o norueguês Erling Haaland, que conquistou a tríplice coroa (Liga dos Campeões, Campeonato Inglês e Copa da Inglaterra) pelo Manchester City (Inglaterra), e o francês Kylian Mbappé, estrela em ascensão do PSG e da seleção de seu país.

    Rainha Marta

    Ao contrário de outras premiações da Fifa, nas quais a escolha de futebol masculino foi o ápice da festa, o ponto alto nesta segunda foi a homenagem especial à Marta. A jogadora de 37 anos de idade, que é a maior artilheira da história da Copa do Mundo entre homens e mulheres (com 17 gols em seis Mundiais), dará nome a um novo prêmio criado pela Fifa, o de gol mais bonito do mundo no futebol feminino.

    “É sempre difícil subir neste palco e não se emocionar. Tive a felicidade de receber o prêmio de melhor jogadora algumas vezes. Penso que é muito mais fácil falar se baseando no que foi feito no ano inteiro. Mas isso aqui é muito mais especial, o que faz ser difícil até encontrar palavras. Mas quero que, assim como estou enxergando nesta homenagem, todas as mulheres possam também enxergar um futuro promissor […]. Porque o que buscamos diariamente, através daquilo que Deus nos destinou a fazer, é fazer com que o mundo seja melhor para todos, sem distinção. É buscar igualdade, respeito”, declarou a atacante da seleção brasileira e do Orlando Pride (Estados Unidos).

    Combate ao racismo

    O Brasil também se destacou graças a ato da seleção masculina de apoio ao atacante Vinicius Júnior, que foi vítima de agressões racistas na Espanha. Em partida amistosa contra a Guiné disputada em junho de 2023, os jogadores da equipe canarinho disputaram uma partida pela primeira vez na história com o uniforme negro.

    Receberam o troféu jogadores históricos da seleção brasileira: Roque Júnior, Cafu, Roberto Carlos, Júlio Cesar, Ronaldo Fenômeno e Belletti.

    Gol mais bonito

    Outro momento marcante da premiação foi a entrega do Prêmio Puskas, de gol mais bonito da temporada. Ele foi conquistado por um brasileiro, Guilherme Madruga. Ainda jogando pelo Botafogo-SP, em partida válida pela Série B, o volante acertou uma bicicleta de fora da área para marcar um golaço contra o Novorizontino.

    “Este é um dia único na minha vida. Com certeza ficará marcado na minha história e também na memória de todos que me acompanham desde o começo da minha trajetória”, declarou o jogador.

    Melhor goleiro

    Quem também brilhou foi o goleiro da seleção brasileira Ederson. Ele garantiu o prêmio de melhor goleiro do mundo, após viver uma temporada inesquecível defendendo o Manchester City. “Primeiro, agradeço a Deus por todas as bênçãos na minha vida, por todas as conquistas. Agradecer à minha família, que está aqui hoje. Minha esposa e meus filhos, que são muito importantes no meu dia a dia e trazem muitas alegrias a mim. Agradecer ao meu time pelo ano maravilhoso que tivemos, pelo trabalho incrível. Em especial, agradecer ao grupo de goleiros, porque temos feito um trabalho incrível”.

    Outro destaque brasileiro foi o atacante Vinicius Junior, que foi escolhido para fazer parte da equipe do ano da Fifa.

    Outros vencedores:

    Melhor técnico de futebol masculino: Pep Guardiola (Manchester City)
    Melhor técnica de futebol feminino: Sarina Wiegman (Inglaterra)
    Melhor goleira do mundo: Mary Earps (Manchester United)
    Fifa Fan Award: Daniel “Toto” Iñiguez, torcedor do Colón de Santa Fé (Argentina)

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  • Millene leva Corinthians à vitória na Libertadores feminina

    Millene leva Corinthians à vitória na Libertadores feminina

    O Corinthians iniciou a sua participação na edição 2023 da Copa Libertadores de futebol feminino com uma vitória de 1 a 0 sobre o Colo-Colo (Chile), na noite desta sexta-feira (6) no Estádio Metropolitano de Techo, em Bogotá (Colômbia).

    O único gol da partida saiu dos pés da atacante Millene aos 27 minutos do segundo tempo em cobrança de pênalti. O resultado deixou as Brabas do Timão na segunda posição do Grupo C, atrás apenas do Libertad Limpeño (Paraguai), que bateu o Always Ready (Bolívia) por 3 a 1. As bolivianas serão as próximas adversárias das corinthianas, na próxima segunda-feira (9) a partir das 19h30 (horário de Brasília).

    Triunfo das Gurias

    Outra equipe brasileira a triunfar com vitória na competição nesta sexta foi o Internacional, que bateu o Nacional (Uruguai) por 3 a 0 com gols de Priscila, Letícia Monteiro e Sol no estádio Pascual Guerrero, em Santiago de Cali.

    Este triunfo deixou as Gurias Coloradas na liderança do Grupo D. Agora, a equipe de Porto Alegre mede forças com o América de Cali (Colômbia) na próxima segunda.

    Edição: Fábio Lisboa
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  • Migrações concentram futuro do futebol feminino no Sul e Sudeste

    Migrações concentram futuro do futebol feminino no Sul e Sudeste

    O futuro do futebol feminino brasileiro está concentrado, atualmente, em apenas duas regiões. Segundo o levantamento Diagnóstico do Ministério do Esporte sobre o cenário da modalidade no país, 84% das atletas em categorias de base jogam em times do Sul ou do Sudeste (50%em cada).

    Deste total,73% das meninas nasceram em estados das duas regiões, e o restante é formado por jogadoras emigrantes.O Nordeste, por exemplo, é a terra natal de 14% destas atletas, mas 10% delas permanecemem times locais. O recorte do Norte chama atenção: enquanto 2% das atletas são nascidas por lá, o percentual de meninas na categoria de base ézero.

    Um exemplo deste cenário é a lateral Sara Pedot, convocada para a seleção feminina sub-15, em julho. Ela é nascida em Ji-Paraná, no interior de Rondônia, onde atuava com meninos. Entre 2019 e 2021, a jovem viajava 2,6 mil quilômetros até a capital paulista, uma vez por mês, para treinar com outras meninas na base do Centro Olímpico. No ano passado, Sara se mudou de vez. Hoje, defende a equipe sub-15 do São Paulo.

    Gurias Coloradas / Internacional x Santos - Final Brasileirão Sub-17 - 01/05/22 Internacional eSantos fizeram a final do Campeonato Brasileiro Feminino Sub 17 do ano passado, em jogos de ida e volta. As Gurias Coloradas foram campeãs no placar agregado (3 a 1) – Ricardo Duarte/Internacional/Direitos Reservados

    O cenário migratório não difere muito quando o recorte é das jogadoras adultas. Dezesseis equipes participam da Série A1 do Campeonato Brasileiro feminino profissional, a principal competição da modalidade no país. Doze (75%) pertencem ao Sul e Sudeste. Coincidentemente, o percentual de atletas que atuam em clubes destas regiões, independentemente da divisão, é o mesmo. As demais futebolistas se dividem por Centro-Oeste (14%), Nordeste (7%) e Norte (4%).

    A sondagem realizada pelo Ministério reuniu 1.090 respostas de pessoas ligadas à modalidade, entre atletas (adulto e base) e profissionais em cargos de liderança, representando cerca de 40% do cenário de alto rendimento do país. O levantamento integra a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, cujo decreto foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março. O intuito é nortear a criação de ações referentes à prática, proibida a mulheres no Brasil entre 1941 e 1983.

    “Esses processos migratórios mostram a falta de estrutura da modalidade no país. As federações estaduais não são corresponsabilizadas a fomentar campeonatos regionais. Então, as meninas e mulheres não têm onde jogar e acabam saindo dos locais de origem para onde o futebol acontece – que é nas regiões Sudeste e Sul, basicamente”, analisou Silvana Goellner, professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pesquisadora e ativista do futebol de mulheres.

    O futebol de meninas em âmbito nacional é recente. Os primeiros campeonatos sub-16 e sub-18 (atualmente sub-17 e sub-20, respectivamente), organizados pela Confederação Brasileira da modalidade (CBF), surgiram somente em 2019. Naquele mesmo ano, entrou em vigência a obrigatoriedade para que clubes da Série A do Brasileirão masculino mantivessem equipes femininas adultas e de base.

    A representatividade de Norte, Nordeste e Centro-Oeste nos torneios de base é escassa. No atual Brasileiro Feminino sub-20, as três regiões, juntas, possuem sete times entre os 20 participantes, contra nove do Sudeste e quatro do Sul. No sub-17, Cresspom, Minas Brasília (ambos Distrito Federal) e Esmac, do Pará, foram exceções em 2022, em meio a cinco equipes paulistas, duas gaúchas, uma mineira e uma do Rio de Janeiro.

    Não à toa, nas quatro edições do Brasileiro sub-20, somente uma vez um dos semifinalistas não foi um time do Sul ou do Sudeste (Iranduba, do Amazonas, em 2019). No sub-17, foram duas ocasiões, em 2020 (vice-campeão) e 2021 (quarto colocado), ambas com o mesmo time (Minas Brasília).

    “Tenho insistido muito que a CBF crie um departamento que pense o futebol de mulheres com essa interação com políticas públicas, a obrigação de as federações fomentarem escolinhas esportivas. Há muitos projetos que dão certo, as meninas estão jogando, mas temos que explodir essa lógica clubistae olhar um outro futebol possível. A base está vindo forte, mas não nos clubes e sim nas comunidades periféricas”, destacou Silvana.

    “O futebol não é somente a seleção brasileira, nem Séries A, B ou C. Há futebol nas comunidades quilombolas, nos povos originários, comunidades ribeirinhas. Em São Paulo, tivemos uma liga de várzea que reuniu 80 equipes de mulheres jogando futebol de campo em um sábado. Há esse futebol. Precisamos olhar e pensar como desenvolvê-lo”, concluiu a professora.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

  • Futebol feminino ainda é predominantemente amador no Brasil

    Futebol feminino ainda é predominantemente amador no Brasil

    O futebol feminino ainda é uma modalidade predominantemente amadora no Brasil. Esta é uma das conclusões às quais se pode chegar a partir do Diagnóstico do Futebol Feminino do Brasil, que faz parte do planejamento construído para elaboração da Estratégia Nacional para o Futebol Feminino do Ministério do Esporte e ao qual a Agência Brasil teve acesso neste domingo (20).

    Segundo a sondagem (que pode ser considerada um passo inicial do programa do Governo Federal cujo decreto de criação foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de março), apenas 19,2% das atletas possuem vínculo profissional, enquanto 4,9% possuem contrato de trabalho temporário e 1,2% têm contrato de formação.

    Outros fatores que indicam a necessidade de se buscar ampliar a profissionalização da modalidade no território brasileiro são, primeiro, o alto percentual de jogadoras que não recebem qualquer valor a título de salário ou ajuda de custo. A análise indica que 47,9% de atletas da categoria adulta estão nesta situação. Em segundo lugar chama atenção o fato de que cerca de 70% das profissionais que atuam no futebol feminino fazem dupla jornada, se dedicando também a outras atividades para complementarem seus vencimentos.

    “O Governo Federal prioriza o desenvolvimento amplo do futebol feminino no Brasil. Para isso, é preciso estabelecer um retrato real da condição e tamanho da modalidade no nosso país. O diagnóstico realizado pelo Ministério do Esporte mostra resultados importantes para orientar as políticas públicas, estratégias e ações necessárias a serem implementadas nos próximos anos. Demonstra também os principais gargalos e demandas regionais prioritárias”, declarou a ministra do Esporte, Ana Moser, sobre o Diagnóstico do Futebol Feminino do Brasil.

    Programa do Ministério do Esporte

    A Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, sob responsabilidade do Ministério do Esporte, prevê medidas de promoção do desenvolvimento do futebol profissional e amador no país, ampliação dos investimentos e formação técnica para meninas e mulheres no mercado da bola.

    “A estratégia é uma iniciativa transversal, que aborda princípios da agenda social deste Governo: a equidade de gênero, o combate ao racismo e a redução das desigualdades. Essa abrangente agenda encontra no esporte, e em particular neste Ministério do Esporte, uma ferramenta importante. No caso do futebol feminino, a gente conta sempre com a parceria da Confederação Brasileira de Futebol [CBF] e das federações estaduais”, afirmou Ana Moser na oportunidade na qual foi assinado o decreto de criação do programa.

    Entre as ações, o programa pretende fomentar a participação das mulheres em posições de gestão, na arbitragem e na direção técnica de equipes, além da instalação de centros de treinamento específico para as mulheres, com metodologias próprias e diretrizes pedagógicas adaptadas às necessidades femininas.

    Copa do Mundo

    A divulgação desse diagnóstico é feita no mesmo dia da disputa da final da Copa do Mundo de futebol feminino entre duas seleções europeias cujo sucesso na competição pode ser atribuído, entre outros fatores, ao grande desenvolvimento que seus campeonatos nacionais têm vivido nos últimos anos.

    O desenvolvimento do futebol feminino também é uma bandeira da CBF. “Receber a Copa do Mundo faz parte do nosso projeto de desenvolver cada vez mais o futebol feminino pelo país”, declarou o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, na oportunidade na qual oficializou junto à Federação Internacional de Futebol (Fifa) a candidatura do Brasil para sediar a Copa do Mundo de futebol feminino de 2027.