Tag: fumaça

  • Chuva chega ao distrito de São Cristóvão, mas Lucas do Rio Verde segue com ventos fortes e fumaça

    Chuva chega ao distrito de São Cristóvão, mas Lucas do Rio Verde segue com ventos fortes e fumaça

    Após meses de estiagem, calor intenso e muita fumaça no ar, a tão esperada chuva chegou para aliviar parte da população de Lucas do Rio Verde. Na tarde desta quinta-feira (26), moradores da região do distrito de São Cristóvão, localizada a cerca de 30 km do centro de Lucas do Rio Verde, foram surpreendidos com uma chuva que trouxe alívio ao tempo seco.

    Enquanto isso, no centro de Lucas do Rio Verde, os moradores ainda aguardam pela precipitação. A cidade foi atingida apenas por ventos fortes, poeira e a fumaça que continua cobrindo o céu, dificultando a respiração e afetando a qualidade do ar.

    Na cidade vizinha de Sorriso, a situação foi diferente. Uma chuva que caiu na tarde de quinta-feira (26) ajudou a amenizar o clima, trazendo alívio aos moradores locais. Diamantino e Cuiabá também já registraram chuvas durante esta semana, elevando as esperanças dos luverdenses para que o tempo mude nos próximos dias.

    A expectativa pela chuva permanece alta em Lucas do Rio Verde, à medida que outras regiões de Mato Grosso começam a sentir os efeitos do início da temporada de precipitações.

  • Polícia Federal e Receita Federal realizam Operação Fumaça em Cáceres para combater o comércio ilegal de cigarros eletrônicos

    Polícia Federal e Receita Federal realizam Operação Fumaça em Cáceres para combater o comércio ilegal de cigarros eletrônicos

    A Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal, deflagrou ontem,  quinta-feira (19), em Cáceres/MT, a Operação Fumaça. A ação teve como objetivo reprimir a comercialização de cigarros eletrônicos e seus acessórios, cuja venda é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em estabelecimentos comerciais e uma residência anexa, com ordens expedidas pela 2ª Vara Federal Criminal de Cáceres. No decorrer das diligências, um indivíduo foi preso em flagrante por posse de cigarros eletrônicos destinados à venda, além de duas armas e grande quantidade de munições encontradas em situação irregular.

    Além disso, a Receita Federal apreendeu uma série de produtos de origem estrangeira sem comprovação de importação regular, como bebidas, celulares, smartwatches, fones de ouvido, relógios e caixas de som. Esses itens passarão por processos administrativos para aplicação das devidas penalidades fiscais.

    O autuado foi conduzido à Delegacia de Polícia Federal em Cáceres e permanece à disposição da Justiça. A comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil configura crime de contrabando, previsto no artigo 334-A do Código Penal, com penas que podem chegar a cinco anos de reclusão.

  • Especialista do Inca alerta para risco da fumaça das queimadas à saúde

    Especialista do Inca alerta para risco da fumaça das queimadas à saúde

    O Brasil precisa reduzir a exposição da população à fumaça gerada pelas queimadas para evitar um aumento do número de casos de câncer nas próximas décadas. O alerta é da epidemiologista Ubirani Otero, chefe da Área Técnica Ambiente, Trabalho e Câncer do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que define o cenário atual como “muito preocupante”.

    A pesquisadora conversou com a Agência Brasil nesta terça-feira (17) sobre os efeitos da fumaça na saúde humana.

    “Se a gente não prevenir essas questões hoje, a gente corre risco de ter um aumento dos tipos câncer relacionados ao sistema respiratório em um futuro próximo”, diz Ubirani Otero.

    O alerta da especialista aponta o caminho para evitar o surgimento de casos. “A melhor prevenção contra o câncer é a eliminação da exposição. Se cessar o quanto antes, a gente pode prevenir muitos casos no futuro.”

    A epidemiologista explica que a fumaça proveniente dos incêndios florestais é formada por inúmeros compostos químicos, o que a tornam cancerígena.

    “As queimadas geram muito material particulado. Estamos falando de liberação de monóxido de carbono, solventes, metais pesados, hidrocarbonetos aromáticos, fuligem, uma gama de material que fica suspenso no ar”.

    Incêndios

    O Brasil vivencia um panorama grave de queimadas e incêndios florestais em 2024. De janeiro a agosto, os incêndios atingiram 11,39 milhões de hectares, segundo dados do Monitor do Fogo Mapbiomas, divulgados no último dia 12. De acordo com o levantamento, 5,65 milhões de hectares – área equivalente ao estado da Paraíba – foram consumidos pelo fogo apenas no mês de agosto, o que equivale a 49% do total do ano.

    Na tarde desta terça-feira, está marcada uma reunião dos chefes dos Três Poderes da República para tratar da questão. O encontro foi proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passou o início da semana em reunião com ministros do governo. Em junho, o governo criou uma sala de situação preventiva para tratar sobre a seca e o combate a incêndios, especialmente no Pantanal e na Amazônia.

    Brasília (DF), 16/09/2024 - Grandes focos de incêndio atingem áreas do Parque Nacional de Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Nuvens de fumaça se espalham pelo país, alterando paisagens.

    A Polícia Federal abriu investigação para apurar se as queimadas têm origem criminosa. Há indícios de ações coordenadas.

    Incêndios também surgiram em outras regiões, como o Sudeste. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, também foram criados gabinetes de crise pelos governos locais. Na região serrana do Rio de Janeiro, o chefe do Parque Nacional da Serra dos Órgãos afirma que o fogo consome áreas raramente atingidas por incêndios.

    Riscos

    O tipo de câncer mais diretamente ligado à exposição prolongada à fumaça e poluição do ar é o de pulmão e outras partes do sistema respiratório. Ubirani Otero aponta que, diferentemente de outras doenças agudas causadas pela exposição prolongada, como síndromes respiratórias, os cânceres podem levar de 20 a 30 anos para serem identificados.

    “O período de latência é grande, então os efeitos dessa poluição de hoje para câncer a gente só vai ver depois de 20, 30 anos”, alerta a epidemiologista

    A especialista do Inca direciona a preocupação de saúde, incluindo doenças respiratórias, principalmente para crianças, idosos e trabalhadores que atuam em áreas abertas, com destaque para os bombeiros que combatem diretamente as chamas.

    “Eles precisam estar totalmente equipados, bem protegidos, com as máscaras e devidos equipamentos de proteção individual, para que eles não sofram efeitos dessa fumaça”, orienta ela, acrescentando que é preciso cuidado também com a lavagem das roupas usadas por eles em serviço. “Está cheia de fuligem. Todo cuidado tem que ser tomado.”

    Ela defende medidas como a suspensão de aulas em locais e período críticos, para diminuir a exposição prolongada de crianças à fumaça.

    “As crianças têm uma atividade física maior, elas acabam aspirando mais essa fumaça que os adultos. Os efeitos para elas são maiores, principalmente respiratórios”, explica.

    A epidemiologista aponta que a fumaça das queimadas é tão maléfica quanto a do tabaco. Ao evidenciar que o câncer é uma doença multifatorial, ela chama atenção para o perigo de se acumular fatores de risco, por exemplo, o fato de ser fumante.

    “De um risco que seria dez vezes maior em relação à população geral, passa a 20 vezes maior ou até mais [entre fumantes]”, afirma.

    Recomendações

    A chefe da Área Técnica Ambiente, Trabalho e Câncer do Inca orienta que pessoas em áreas afetadas pela fumaça das queimadas tomem precauções, como evitar sair de casa, para diminuir a exposição, usar máscara de proteção, beber bastante água e fazer lavagem das narinas.

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  • Fumaça intensa força avião da Azul que pousaria em Sinop a retornar para São Paulo

    Fumaça intensa força avião da Azul que pousaria em Sinop a retornar para São Paulo

    Um avião da Azul Linhas Aéreas que decolou de Campinas (SP) com destino a Sinop (MT) na quarta-feira (11) precisou retornar à origem devido à intensa fumaça que prejudicou a visibilidade na região. A medida, tomada para garantir a segurança dos passageiros, causou transtornos e o cancelamento de outros voos.

    Segundo a companhia aérea, o voo AD 4554 chegou a sobrevoar Sinop, mas as condições climáticas adversas, causadas pela alta concentração de fumaça, impediram o pouso. Como consequência, o voo AS4076, que partiria de Sinop com destino a Campinas, também precisou ser cancelado.

    A Azul informou que os passageiros afetados receberam toda a assistência necessária, conforme prevê a Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e foram reacomodados em outros voos. A companhia lamentou os transtornos causados e reforçou que a segurança é a prioridade em suas operações. 

    A intensa fumaça em Sinop é resultado das queimadas que ocorrem na região. A baixa visibilidade causada pela fumaça representa um risco para a segurança das operações aéreas e pode causar problemas respiratórios para a população.

  • Qualidade do ar em cidades do oeste de Mato Grosso atinge níveis críticos e ameaça saúde da população

    Qualidade do ar em cidades do oeste de Mato Grosso atinge níveis críticos e ameaça saúde da população

    Um alerta vermelho acende para a população do oeste de Mato Grosso. A qualidade do ar em diversas cidades da região atingiu níveis insalubres, colocando em risco a saúde de milhares de pessoas. Os dados da plataforma AccuWeather apontam que a baixa umidade do ar, aliada à poluição, tem contribuído para essa grave situação.

    De acordo com a plataforma, a qualidade do ar é avaliada em uma escala que varia de 0 a 250, sendo classificada em seis categorias, que vão de excelente a perigoso. Atualmente, grande parte do território mato-grossense se encontra na categoria “insalubre”, com índices que variam entre 100 e 149, o que significa que a poluição do ar pode ser prejudicial à saúde, especialmente para grupos vulneráveis como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.

    Cidades como Vila Bela da Santíssima Trindade, Brasnorte e Juína estão entre as mais afetadas por essa onda de poluição. A persistência da baixa umidade do ar, prevista até o final da semana, agrava ainda mais a situação, aumentando o risco de problemas respiratórios e outras complicações de saúde.

    A exposição prolongada a um ar poluído pode causar uma série de problemas de saúde, como:

    • Dificuldades respiratórias
    • Irritação nos olhos, nariz e garganta
    • Doenças cardiovasculares
    • Doenças respiratórias crônicas
    • Câncer de pulmão

    Quais os principais causadores da poluição do ar em Mato Grosso?

    Atualmente, grande parte do território mato-grossense se encontra na categoria "insalubre"
     

    As causas da poluição do ar são diversas, mas os principais fatores que contribuem para a piora da qualidade do ar no oeste de Mato Grosso são:

    • Queimadas: A prática de queimadas, comum na região, libera grande quantidade de partículas poluentes na atmosfera.
    • Poluição industrial: As atividades industriais também contribuem para a emissão de gases poluentes.
    • Poluição veicular: O aumento do número de veículos nas cidades também agrava o problema.
    • Poeira: A baixa umidade do ar favorece a suspensão de partículas de poeira na atmosfera.

    O que fazer para se proteger?

    Diante desse cenário, é fundamental que a população adote algumas medidas para se proteger dos efeitos da poluição do ar:

    • Evitar atividades ao ar livre: Principalmente durante os períodos em que a concentração de poluentes é maior.
    • Utilizar máscaras: As máscaras de proteção podem ajudar a filtrar as partículas poluentes.
    • Manter as janelas e portas fechadas: Isso ajuda a reduzir a entrada de ar poluído em ambientes internos.
    • Beber bastante água: A hidratação é importante para ajudar a limpar as vias respiratórias.
  • Entenda o que é a “chuva preta”

    Entenda o que é a “chuva preta”

    Uma névoa escura e densa paira sobre o céu de diversas cidades do Sul do Brasil. A chamada “chuva preta” tem assustado a população. A explicação para esse fenômeno, segundo o Climatempo, está na quantidade excessiva de fumaça presente no ar nesse momento.

    A chuva que cai das nuvens atravessa a atmosfera carregando o material suspenso e, quando chega ao chão, é uma mistura escura de água e fuligem.

    Como há o avanço de uma frente fria no sul do país, provocando precipitações, e um aumento da nuvem de fumaça sobre a região, a “chuva preta” pode voltar a ocorrer nos próximos dias tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina e Paraná, de acordo com os meteorologistas. E se essas condições persistirem, até estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul podem ser atingidos.

    Consequências da “chuva preta” para a saúde 

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    Crédito: danimoreira.nutri/Instagram.

    A chuva preta não é apenas um fenômeno visualmente impactante, mas também representa uma ameaça à saúde e ao meio ambiente. A fuligem presente na chuva contém partículas finas que podem ser facilmente inaladas, causando problemas respiratórios, irritação nos olhos e alergias. Além disso, a deposição de material particulado no solo e na água pode contaminar o meio ambiente e afetar a biodiversidade.

    A “chuva preta” pode deixar uma camada de sujeira nas superfícies, como prédios, calçadas, veículos e demais infraestraturas, o que pode levar à degradação dos materiais e aumentar os custos de manutenção, no caso de uma exposição duradoura.

    Um sinal de alerta

    A “chuva preta” é um indicador de altos níveis de poluição atmosférica e geralmente é observada em locais próximos a áreas industriais, queimadas ou onde há intensa queima de combustíveis fósseis.

    No caso atual, o fenômeno é resultado da combinação de fatores como o aumento das queimadas em diversas regiões do país e as condições climáticas favoráveis à dispersão da fumaça.

  • Secretaria de Saúde orienta população sobre cuidados com fumaça e baixa umidade

    Secretaria de Saúde orienta população sobre cuidados com fumaça e baixa umidade

    Com o aumento da fumaça causada pelas queimadas e a baixa umidade do ar, a Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde alerta a população sobre os cuidados necessários para proteger a saúde respiratória. A secretária adjunta de Saúde e enfermeira, Kelly Paludo, explicou que a procura por unidades de saúde tem crescido devido a sintomas respiratórios causados por essas condições. “Além da baixa umidade do ar, estamos enfrentando o agravante da fumaça, o que tem piorado a qualidade do ar que estamos respirando”, destaca.

    Paludo reforça a importância de medidas simples para minimizar os efeitos da fumaça e do clima seco, como evitar ambientes fechados e aglomerados, onde há maior proliferação de vírus e bactérias. “Manter a casa arejada e realizar a limpeza com panos úmidos ajuda a evitar crises alérgicas. Evitar o uso excessivo de tapetes também é importante”, acrescenta.

    A hidratação é um dos pontos mais enfatizados pela secretária. Segundo ela, ingerir líquidos é fundamental, especialmente em dias de altas temperaturas, que têm chegado a 42 graus. “Muitas vezes esquecemos de beber água, mas é essencial para evitar piora no estado de saúde, principalmente nesta época.”

    Sobre o uso de umidificadores, Paludo esclarece que, embora sejam benéficos para melhorar a qualidade do ar, seu uso deve ser controlado. “Recomendamos o uso por períodos determinados, não durante 24 horas seguidas”, orienta.

    As crianças e os idosos são os grupos mais vulneráveis às condições climáticas e à poluição causada pela fumaça. Para essas populações, Kelly Paludo sugere atenção redobrada: “Manter a hidratação, evitar atividades físicas nos horários mais quentes, entre 10h e 16h, e garantir a limpeza doméstica adequada, evitando o uso de vassouras, que espalham os alérgenos, são cuidados essenciais.”

    Com o avanço das queimadas e o agravamento das condições de ar seco, a Secretaria de Saúde continua monitorando a situação e reforçando as orientações para a população, a fim de minimizar os impactos na saúde e evitar complicações respiratórias, especialmente entre os mais vulneráveis.

  • Corpo de Bombeiros combate incêndio em propriedade rural de Lucas do Rio Verde

    Corpo de Bombeiros combate incêndio em propriedade rural de Lucas do Rio Verde

    As equipes da 13ª Companhia do Corpo de Bombeiros Militar (13ªCBM) de Lucas do Rio Verde estão empenhadas no combate a um incêndio de grandes proporções que atinge uma propriedade rural localizada às margens da rodovia Izidoro Pivetta, conhecida como linha 05.

    As chamas, que inicialmente consumiam uma palhada de milho, se espalharam rapidamente, atingindo também parte de uma área de preservação permanente (APP) da fazenda.

    O trabalho dos bombeiros conta com o apoio da brigada mista local e de funcionários da própria propriedade, que uniram forças na tentativa de controlar o fogo. A intensidade das chamas, no entanto, é exacerbada pelas condições climáticas adversas, com calor extremo, baixa umidade do ar e ventos fortes, que dificultam a extinção do incêndio.

    A fumaça gerada pelo incêndio é visível de várias partes da cidade, causando preocupação entre os moradores e motoristas que trafegam pela rodovia. Até o momento, as autoridades não informaram se há feridos ou danos materiais significativos além das áreas atingidas.

    O combate ao fogo continua, e as autoridades alertam para que as pessoas evitem transitar pela região, devido à visibilidade reduzida e ao risco de propagação das chamas. O Corpo de Bombeiros mantém equipes de prontidão para conter o incêndio e evitar que ele se alastre para outras áreas próximas.

    Esta situação reforça a importância da prevenção contra incêndios em áreas rurais, especialmente durante períodos de seca e calor intenso, quando as condições são propícias para a rápida propagação das chamas. As autoridades locais continuam monitorando a situação e devem emitir novos boletins com atualizações sobre o combate ao incêndio.

  • Fogo: inimigo da rentabilidade, afirma gestor de Sustentabilidade da Aprosoja-MT

    Fogo: inimigo da rentabilidade, afirma gestor de Sustentabilidade da Aprosoja-MT

    Várias cidades brasileiras estão envoltas em fumaça na segunda quinzena de agosto de 2024, o que prejudica a respiração da população e gera indignação. Neste contexto, algumas pessoas buscam culpados e, por falta de informação, responsabilizam o agronegócio. Contudo, o uso do fogo é uma prática ilegal nesta época do ano e um verdadeiro inimigo da rentabilidade dos produtores.

    Alexandre Glauco, gestor de Sustentabilidade da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), observa que a associação entre incêndios e a atividade rural é comum devido ao seu uso no passado. No entanto, essa prática já foi abandonada em Mato Grosso, pois é incompatível com o plantio direto e as boas práticas agrícolas.

    “Esse mito de que o produtor utiliza fogo para limpar a terra antes do próximo plantio não é verdade. Na verdade, o fogo é um inimigo do plantio direto e da rentabilidade. O solo se torna menos produtivo e eficaz, resultando em colheitas menores e uma série de malefícios”, enfatiza Alexandre.

    Ele explica que o fogo não só queima a matéria orgânica — essencial para o plantio direto — como também extermina micro-organismos do solo, fundamentais para a produção agrícola. Além disso, alguns nutrientes são perdidos na atmosfera, enquanto outros se transformam em formas químicas que não podem ser absorvidas pelas plantas. Isso compromete anos de trabalho na construção da fertilidade do solo e afeta nascentes, fauna, flora e até os maquinários das propriedades.

    Recentemente, um vídeo produzido pela Aprosoja-MT ganhou destaque nas redes sociais ao mostrar a incoerência entre o uso do fogo e a atividade agrícola. Essa produção faz parte de uma série de materiais elaborados pela entidade sobre prevenção de incêndios nas propriedades.

    Alexandre também alerta para os riscos do descuido de algumas pessoas que queimam lixo. Essa prática ainda é comum devido à falta de saneamento básico em muitas cidades. Além de poluir o ar localmente, as fagulhas podem ser levadas pelo vento a longas distâncias, iniciando novos focos de incêndio.

    “O impacto dos incêndios é enorme: há perda da produção e aumento dos custos para recuperar os nutrientes do solo. O produtor precisa preparar novamente a terra, revolvendo-a, além dos danos à flora e fauna e à polinização. O fogo é extremamente nocivo”, conclui Alexandre.

  • Saúde pede que população evite exposição à fumaça e atividades físicas

    Saúde pede que população evite exposição à fumaça e atividades físicas

    Em meio ao segundo dia consecutivo de forte nevoeiro em diversas regiões brasileiras, proveniente da fumaça de incêndios registrados no Norte e no Sudeste do país, o Ministério da Saúde orientou que a população evite, ao máximo, a exposição ao ar livre e a prática de atividades físicas.

    A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, Agnes Soares, alertou que o risco é maior para crianças e idosos, além de pessoas com doenças prévias, como hipertensos e diabéticos. Outro grupo que deve se manter vigilante é o de pessoas com alergias e problemas respiratórios, como asma e bronquite crônica.

    Segundo Agnes, essas populações reagem de forma mais rápida e intensa à contaminação por fumaça. Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (26), ela destacou que, caso haja extrema necessidade de circular em ambientes abertos, que as pessoas utilizem alguma forma de proteção, como máscaras e bandanas de tecido.

    Os possíveis sintomas da exposição à fumaça, de acordo com a secretária, incluem ardência nos olhos, irritação na garganta e sensação de fechamento da laringe, além de manifestações mais sérias e que podem sinalizar que o pulmão foi afetado, como o chiado característico da bronquite. Pessoas mais sensíveis podem fazer uso de máscaras que permitem a filtração de partículas finas do ar.

    Alerta

    Segundo Agnes, a maioria dos episódios em saúde associados à exposição à fumaça envolvem doenças e queixas respiratórias. Entretanto, pessoas com problemas cardíacos e hipertensão, por exemplo, apresentam risco aumentado de infarto e acidente vascular cerebral (AVC) nos dias que se seguem após o início dos incêndios.

    “Se o episódio [de dispersão da fumaça] dura de três a quatro dias, pode ser mais sério para a população”, alertou.

    Aulas

    Questionada sobre a manutenção das aulas em regiões atingidas pela fumaça, a secretária destacou que não há um marco legal sobre o tema. A recomendação é que os municípios, ao tomarem suas decisões, levem em consideração o risco aumentado para doenças respiratórias, sobretudo em meio a episódios prolongados.

    Agnes lembrou que cenários de umidade relativa do ar muito baixa, por si só, já prejudicam o desempenho dos estudantes e causam desconforto geral. O recomendável, segundo ela, é avaliar caso a caso, determinando desde a redução de atividades físicas até o fechamento das escolas.

    Cuidados

    De acordo com a secretária, não há monitoramento em tempo real de casos de doenças respiratórias e outros quadros advindos da exposição à fumaça registrados em unidades de pronto atendimento (UPAs) e serviços de emergência. Mas já há, segundo ela, relatos de aumento desse tipo de atendimento – sobretudo nas alas de pediatria.

    Os cuidados com crianças incluem evitar ao máximo a exposição prolongada à fumaça e, sempre que possível, garantir o estoque de medicações controladas, além de promover hidratação abundante, de forma a garantir que as mucosas se mantenham úmidas.

    “Não é hora de brincar, de andar de bicicleta, de pular corda. Para os idosos, a mesma questão: não é o momento de sair pra fazer atividades que não sejam estritamente necessárias. Se precisar sair, use proteção, como máscaras e bandanas, para reduzir o contato com partículas nas vias respiratórias.”

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