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  • Calor extremo impacta produção de Café, Soja e Arroz no Brasil: Especialista aponta soluções agroecológicas

    Calor extremo impacta produção de Café, Soja e Arroz no Brasil: Especialista aponta soluções agroecológicas

    O calor intenso registrado nos últimos dias tem prejudicado significativamente as lavouras de café, soja, milho, arroz e frutas em diferentes regiões do Brasil. Na Região Sul, cultivos de soja, milho e arroz enfrentam dificuldades, enquanto no Sudeste, plantações de café e frutas sofrem com o estresse causado pelas altas temperaturas. Esses impactos são reflexos diretos das mudanças climáticas, que vêm intensificando desafios para a produção de alimentos no país.

    De acordo com Francis Lacerda , climatologista e pesquisadora do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), estratégias baseadas na agroecologia podem atenuar os efeitos adversos do clima e reduzir os riscos de insegurança alimentar. No entanto, ela alerta que essas práticas precisam ser adotadas urgentemente. “Existem práticas que ainda podem reduzir esses efeitos. Eu digo ainda porque daqui a pouco não vai poder mais”, afirma a especialista.

    Reflorestamento e Consórcio como Solução

    Lavoura de trigo - Imagem CenárioMT
    Lavoura de trigo – Imagem CenárioMT

    Uma das principais recomendações de Francis é o reflorestamento e a implementação de sistemas agroflorestais. Na agroecologia, o consórcio de culturas é uma prática amplamente utilizada, onde árvores frutíferas são plantadas junto com cultivos como feijão, milho ou outras leguminosas. Essa técnica promove interações benéficas entre as plantas, melhorando a resistência ao calor e à escassez de água.

    “Essas plantas vão interagir de forma que beneficiam umas às outras. Algumas têm raízes profundas que buscam água no subsolo, enquanto outras se protegem sob a sombra de árvores maiores. Precisamos implementar esse modelo de sistema agroflorestal”, explica a climatologista.

    Além disso, a diversificação de culturas fortalece a fertilidade do solo, reduz a incidência de pragas e doenças e contribui para a redução do uso de agrotóxicos. Isso resulta em vantagens econômicas e ambientais para os agricultores, como menor custo de produção e maior resiliência a condições climáticas extremas.

    Mudanças Climáticas Surpreendem Agricultores Familiares

    A grande maioria dos alimentos consumidos pelas famílias brasileiras vem da agricultura familiar, que está cada vez mais vulnerável às mudanças climáticas. Segundo Francis, os agricultores familiares estão perdendo a previsibilidade sazonal que orientava suas atividades agrícolas.

    “Quando ocorrem ondas de calor, organismos mais resilientes, como insetos, fungos e bactérias, proliferam rapidamente, devastando as lavouras”, explica. Para mitigar esses impactos, ela defende políticas públicas que incentivem o uso de tecnologias para captação e armazenamento de água, além da geração de energia renovável nas propriedades rurais.

    “A autonomia para produzir alimentos dentro dessas novas condições climáticas é essencial. Além disso, os agricultores devem ser apoiados para realizar o reflorestamento de suas terras. É possível, é barato e eles querem fazer isso”, enfatiza.

    Perda de Espécies Endêmicas

    Outro ponto preocupante destacado pela especialista é a diminuição de espécies vegetais endêmicas dos biomas brasileiros, especialmente aquelas adaptadas a ambientes secos e quentes. Um exemplo é o umbuzeiro, planta emblemática do semiárido brasileiro, conhecida por sua capacidade de armazenar água em suas raízes.

    “O umbuzeiro está sumindo da paisagem porque não consegue mais se adaptar às variáveis climáticas atuais. Ele era uma referência de resiliência no semiárido, mas agora enfrenta dificuldades”, avalia Francis.

    Lições para o Meio Urbano

    As soluções propostas pela climatologista também podem ser aplicadas ao ambiente urbano. Francis sugere a criação de espaços produtivos nas cidades, como quintais cultiváveis e “farmácias vivas”, onde plantas medicinais e alimentos podem ser cultivados localmente. No entanto, para que isso seja viável, é necessário o apoio de políticas públicas que orientem e financiem essas iniciativas.

    “Sem justiça social, não conseguiremos combater as mudanças climáticas. Precisamos pensar em formas inovadoras de garantir segurança hídrica, energética e alimentar tanto para as populações urbanas quanto para as rurais”, conclui.

  • Plantando carambola

    Plantando carambola

    Caramboleiras são tão comuns no interior de alguns estados que só mesmo quem é da cidade grande se espanta ao saber que aquelas minúsculas flores rosadas geram os belos frutos em forma de estrela que encontramos… embaladinhos em bandejas de isopor no supermercado! Aplicações e recomendações do uso da carambola Originária da Índia, essa árvore que alcança até 8 metros de altura ganhou muitos usos medicinais no Brasil: controla a febre, aumenta o apetite, ajuda a emagrecer, combate a disenteria e o escorbuto e atua até no controle de diabetes.

    Os indianos fazem saladas com suas folhas, que são muito empregadas por aqui como uma espécie de pomada contra picada de insetos – basta socá-las em um pilão e aplicar a “papa” sobre a área, deixando agir por 15 minutos. Mesmo com tantos benefícios, vale tomar muitas precauções antes de consumir a carambola, uma vez que o fruto pode ser extremamente nocivo para quem tem problemas renais. Portadores de insuficiência renal crônica devem, portanto, passar longe das estrelinhas: a carambola possui caramboxina e alto teor de ácido oxálico.

    A caramboxina não consegue ser filtrada por rins doentes e se acumula no corpo, causando problemas que vão de simples soluços até convulsão e a morte. Já o alto teor de ácido oxálico pode induzir pedras no rim em pessoas com predisposição à doença.

    Como cultivar a caramboleira

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    Foto: Karla Neto

    Quanto à árvore da carambola (a ), deve ser cultivada a sol pleno, em solo bem drenado e rico em matéria orgânica (adicione uma parte de terra, uma de areia e duas de esterco de vaca bem curtido). Ao semear, não afunde as sementes mais do que 2 cm de profundidade, caso contrário elas acabarão apodrecendo antes de se desenvolver.

    Um truque para a muda que será transplantada para o local definitivo é colocar 300 gramas de calcário dolomítico no fundo da cova, fazendo um leito para as raízes. Por cima dele, jogue uma camada de esterco e outra de terra e só então posicione o torrão de raízes, cobrindo em volta com mais terra adubada. Cada muda jovem precisa de uma cova de pelo menos 40 cm de profundidade, distante 4 metros de outra árvore.

    Quanto tempo leva para uma caramboleira dar frutos? De maneira geral, a caramboleira frutifica depressa: mudas de sementes começam a produzir já a partir do terceiro ano, mas você pode encurtar esse prazo em um ano se der preferência às mudas enxertadas. E se prepare para colher muitas frutas, uma vez que cada pé de carambola dá entre 1000 e 2000 estrelinhas por ano.

  • Plantando pêssego em casa

    Plantando pêssego em casa

    O pessegueiro é uma árvore decídua, nativa da China e sul da Ásia, de folhas alternas e serreadas, flores roxas e drupas pubescentes, comestíveis e com propriedades aperitivas e digestivas. Possui inúmeras variedades hortícolas.

    Fruta de clima temperado, o pêssego tem seu cultivo concentrado na região Sul do Brasil.

    Porém, graças às pesquisas realizadas nos últimos 50 anos, foram conquistadas melhorias genéticas agora desfrutadas por diversos agricultores de pessegueiros em locais com temperaturas mais elevadas. Com um grande número de variedades, a florescência do pessegueiro ocorre de acordo com a variedade e a região onde está plantada.

    Mas, em geral, de junho a setembro são os melhores meses, quando o frio é mais intenso. Os solos profundos, permeáveis e bem-drenados são os mais indicados e dão frutos de melhor qualidade, pois as raízes precisam de boa aeração. Evite áreas com nível de água freática a menos de 25 centímetros da superfície por mais de uma semana.

    Perto da época em que as mudas serão plantadas faça covas. Antes, irrigue-as com 20 litros de água até o encharcamento, para as mudas não se desidratarem. Deixe a marca inferior de tinta no porta-enxerto acima do nível do solo, para que as raízes não sejam asfixiadas. O pessegueiro começa a produzir dois anos após o plantio.

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    Foto: Karla Neto

    • Faça covas 60 x 60 x 60 centímetros. Elas devem ser estercadas e adubadas antes do plantio.

    • Escolha locais onde a temperatura no verão é alta de dia e amena à noite, há boa intensidade de luz, pouco vento e bom suprimento de água.

    • Faça análise do solo em três profundidades, de zero a 20 centímetros, de 20 a 40, e de 40 a 60. Neutralize a acidez com calcário, três meses antes do cultivo;

    • Após a correção introduza duas fontes de fósforo: de liberação lenta e rápida. Coloque o mais profundo possível o dobro da quantidade do material indicado na análise. Prepare o terreno com uma subsolagem de 60 centímetros.

    • Alinhe o plantio em nível ou ligeiramente em desnível, para aproveitar o sistema de irrigação e infiltração da água das chuvas. Antes do cultivo, levante uma leira com 20 centímetros de altura, para impedir erosão.

    • Escolha mudas que apresentem de três a quatro brotações primárias e com o broto principal ignificado, sem sinais de enrugamento e com gemas maduras.

    • A união do enxerto não pode ter trincas; o ramo principal precisa ter entre dez e 30 milímetros a 20 centímetros do enxerto.

    Dicas

    • A poda deve ser feita no período de repouso, em junho nas regiões mais quentes e, em locais mais frios, no final de junho e início de julho.

    • Inicie 15 dias antes da floração e mantenha a prática até que as plantas apresentem cerca de 25% de flores abertas.

    • A colheita do pêssego pode ser feita em cestas ou caixas plásticas, assim que a pele do fruto começar a mudar da cor verde para amarelo-claro. Dados gerais

    • Espécie: o pêssego (Prunus persica L. Batsch) faz parte da família das Rosáceas

    • Plantio: durante o inverno, nos meses de junho e julho, e no verão, entre os meses de dezembro e de janeiro.

    • Solo: férteis, profundos e bem drenados,

    • Clima: ameno, com maior quantidade de horas de frio abaixo de 13 graus durante o período de inverno.

    • Uso culinário: sucos, doces, compotas e néctar para suco mais consistente.

    • Uso medicinal: é diurético e as fibras são benéficas ao funcionamento do intestino.

    • Colheita: ocorre desde agosto, em regiões mais quentes e variedades precoces, até dezembro, em locais mais frios e cultivares mais tardias; em São Paulo, o pico é em outubro e, no Sul, em novembro.

    • Área mínima: em um hectare cabem mais de 400 plantas.

  • Plantando Limão

    Plantando Limão

    Limão é o fruto do limoeiro, uma pequena árvore de folha perene originária da região sudeste da Ásia, da família das rutáceas. O azedo limão pode não ter a polpa consumida in natura, como acontece com outras frutas, mas seu extrato é amplamente usado em bebidas, doces, sorvetes e molhos para saladas. Remédios, produtos de limpeza, sabões e cosméticos também estão na lista de artigos fabricados com sua essência.

    O sabor característico do limão vem do ácido cítrico, eficaz no combate a gripes e resfriados e que também ajuda a regularizar as taxas de colesterol. O plantio de duas a três árvores de limoeiro, da variedade tahiti, são suficientes para o uso doméstico. Elas florescem várias vezes ao ano, principalmente quando se faz, periodicamente, a retirada de frutos do pé.

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    Karla Neto

    A melhor opção comercial é a variedade tahiti, começando-se com mil plantas em dois hectares. O limão propaga-se por semente e enxertia, prática mais recomendada, que no entanto demanda muito cuidado, dedicação e tempo. Para o pequeno produtor, o indicado é iniciar o cultivo com mudas prontas, que podem ser compradas em viveiristas. Adquira de locais credenciados para garantir a qualidade das plantas. A melhor época para plantar as mudas de limoeiro no campo é a estação das chuvas, preferindo-se as horas mais frescas do dia, com pouco sol.

    Com acesso a uma boa quantidade de água, a produtividade da fruteira é maior. A irrigação pode ser uma opção para os meses mais secos. O limoeiro se desenvolve bem entre 23 e 32 graus, principalmente em regiões com alta umidade relativa do ar, que tornam os frutos mais suculentos. Escolha solos férteis e arejados, com pH entre 5,5 e 6,5. O local deve ser ensolarado e protegido de correnteza de ventos. Abra covas com 40 x 40 x 40 centímetros, com espaçamento de 7 x 5 ou de 7 x 4 metros. Para o cultivo de galego, diminua as medidas em um metro.

    Apesar de não ser comum a poda em citros, faça uma limpeza nas árvores durante o inverno. Retire os ramos-ladrões e também os doentes e secos da planta. Os ramos mais finos devem ser cortados com uma tesoura; os mais grossos, com serra. Misture cobre em pó com um pouco de água e pincele no local dos cortes. Para que haja brotações no interior das plantas, apare de dez a 15 centímetros dos ponteiros. O limoeiro começa a produzir depois de três anos do início do cultivo, com floração nos meses de setembro e outubro. Em quatro meses, pode ser feita a colheita, que dura 120 dias.

    A cada safra é possível apanhar de 80 a 100 quilos de limão por árvore. Colha os frutos manualmente e use uma tesoura para auxiliar no corte das hastes.

  • Como plantar romã a partir das sementes da fruta

    Como plantar romã a partir das sementes da fruta

    Originária do Oriente Médio e com o Irã sendo o maior produtor, a romã é consumida em abundância no Brasil na forma fresca ou como bebida, salada, suco e compota. No ponto de vista nutricional, é rica em vitaminas A e B e possui ainda ferro e cálcio na composição.

    Como plantar romã no vaso utilizando a semente da fruta

    Separe as sementes da romã; Priorize as frutas com aparência saudável; Seque as sementes, retirando todo a polpa, e deixe-as secar por dois dias; Para germinar, escolha as sementes e semeie-as no solo com substrato; Ao atingir 40 cm, faça uma seleção de qualidade e transplante as melhores plantas para seus respectivos vasos; Siga as dicas sobre os cuidados para que a planta e os frutos cresçam saudáveis. Como a planta pode alcançar quase 2 metros de altura, a muda da romã deve ser inserida em um vaso grande, de 60 cm x 60 cm. O solo deve ser bem drenado, profundo e argiloso.

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    Karla Neto

    A adição de matéria orgânica no momento do plantio é fundamental para o desenvolvimento e inibição de doenças. A indicação é que o substrato seja adicionado ao solo a cada 30 dias. Como cuidar de pé de romã no vaso? A quantidade de regas depende da estação do ano. Em períodos com temperaturas baixas, o ideal é que ela seja molhada duas vezes por semana. Por outro lado, o intervalo deve ser mais curto no verão. Iluminação Uma das necessidades da planta para se desenvolver de forma saudável é a presença de luz. Por isso, não deve ser mantida em ambientes fechados. O ideal é que a romã fique por, no mínimo, 5h sob o sol diariamente. É preciso podar? Não.

    A árvore não necessita de poda, pois não costuma crescer muito se plantada no vaso a partir de uma muda já grande. O que Edson Lopes orienta é que galhos mortos ou secos sejam retirados para contribuir com o crescimento saudável da romã.

    Quanto tempo leva um pé de romã para dar frutos? Uma árvore de romã bem adubada durante o desenvolvimento pode render de 12 a 16 frutos por ano. Geralmente, os primeiros aparecem entre o segundo e o terceiro ano.

  • Plantando caqui em casa

    Plantando caqui em casa

    Diospyros kaki, conhecida como caqui-japonês, é a espécie mais cultivada do gênero Diospyros. Apesar de sua primeira descrição botânica não tenha sido publicada até 1780, o cultivo de D. kaki na China remonta a mais de 2 mil anos.

    O caqui é fruto de uma árvore chamada caquizeiro, a qual é originária do continente asiático. O nome científico da planta é Diospyros kaki, vindo do grego antigo e significando alimento de Zeus (rei dos deuses da mitologia grega).

    Os frutos possuem de 4 a 5 gomos, muitos doces, que possuem coloração alaranjada, e as folhas são largas e bronzeadas. Estudos comprovam que o país que provavelmente originou o caqui é a atual China, e a árvore possui tronco tortuoso, que pode atingir até 15 metros de altura, entretanto, recomenda-se controlar a altura para facilitar a colheita dos frutos.

    As raízes firmam-se com vigor e profundidade no solo, e as flores possuem tom branco ou rosadas, nascendo na primavera. Como plantar caqui Plantando caqui com sementes Para plantar o caqui com sementes, deve-se ter paciência. As sementes podem ser adquiridas dos frutos maduros ou em lojas, e somente germinam após passar por um período de dormência induzido por baixas temperaturas. Pode-se simular esse processo refrigerando as sementes envolvidas em papel toalha úmido durante três ou quatro meses.

    Após isso, faça o plantio em um substrato profundo, pois as raízes cavam bastante o solo mesmo antes da germinação. Coloque as sementes abaixo de 5 cm do solo, e elas levarão cerca de 2 meses para germinar.

    Quando plantar o caqui?

    O plantio do caqui deve ser feito no período que compreende o final do inverno e o início da primavera, entre setembro e novembro. Isso porque o clima ideal para crescimento da planta é o subtropical, e as temperaturas mais amenas do período, aliadas com os níveis de luz ideia auxiliam a planta a crescer saudavelmente. Entretanto, o cultivo pode ser iniciado em qualquer época do ano, apenas os resultados podem ser menos satisfatórios, sobretudo se for iniciado no verão, ou no inverno mais forte.

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    Como cultivar o caqui em vaso

    O cultivo em vaso é possível, entretanto, o caqui crescerá menos e dará menos frutos, pelo espaço menor. Comece germinando a semente e separando um vaso de 40 litros. Nele, coloque uma camada de drenagem de argila ou pedras, e por cima, areia. Húmus de minhoca é super bem vindo como fertilizantes. Após essas camadas, ponha cerca de duas sementes deitadas e as cubra com terra ou com as misturas acima, e irrigue, deixando sempre úmido. É uma boa ideia erguer uma estaca de madeira ou bambu para edificar e apoiar o caquizeiro.

    Melhor solo para o caquizeiro

    O solo para caqui pode ser variado, entretanto, solos argilo-arenosos são melhores para seu pleno desenvolvimento. Um solo com grande profundidade é ideal, pois as suas sementes criam raízes profundas. Além disso, o solo deve ter uma boa drenagem, então o cultivador deve revirá-lo e completá-lo com casca de pinus, carvão vegetal e outros materiais. É importante usar compostos orgânicos para o caqui crescer mais rápido e com mais vigor. Dê preferências ao húmus de minhoca, vermiculta ou outros materiais naturais com bastante partes orgânicas animais ou vegetais.

    Quantidade de luz ideal para caqui

    O caqui, por ser uma planta de climas mais amenos, não aprecia grandes quantidades de iluminação, entretanto, a falta desse recurso também pode ser fatal. E não é como se a planta não se desenvolvesse no calor, ela apenas cresce melhor em lugares mais frios. Dias frios e ensolarados são os melhores para o caquizeiro. Se for possível, o cultivador pode instalar telas de sombreamento para proteger o caqui, entretanto, na maioria dos casos isso não se faz necessário, além da instalação ser dificultada em pomares e campos.

    Frequência de regas do caqui

    Deve se regar o caqui com frequência enquanto ele estiver em estado de muda, todos os dias em que não houver chuvas. Quando crescer, regue de 2 a 3 vezes por semana, quando o clima estiver seco, diminuindo com maiores níveis de umidade. No verão, devido a altas temperaturas, regue mais frequentemente, e no inverno, menos, pelo menor índice de evaporação da água. Confira sempre a umidade do solo com uma vareta, enfiando-a na terra, ou com medidores digitais de umidade, encontrados em lojas maiores de jardinagem. De padrão, costuma-se regar 4 vezes por semana no verão e primavera, e 1 a 2 no inverno e outono.

    Poda do caqui

    Podas no caquizeiro são essenciais para fazer as colheitas valerem a pena. O trato cultural deve ser feito, primeiramente, com a primeira colheita, com o máximo de precisão e na árvore toda. No verão, faça a poda dos galhos mais longos, para que estes aguentem o peso das frutas que crescerão. Quando adulta, as podas devem ser feitas com certa frequência. Além de garantir boas colheitas, as podas conferem à árvore uma estrutura firme e forte, para que ela cresça de novo com força e equilíbrio.

    Clima e temperatura ideal para o caqui

    O caqui é uma planta típica de climas subtropicais, porém, se adapta a diferentes climas, e pode ser plantada em zonas temperadas e tropicais. A temperatura média anual ideal para o bom crescimento dos caquis varia dos 13°C aos 20°C, com níveis de precipitação moderados, pois água em excesso podem apodrecer as raízes do caquizeiro. Adubo e fertilizantes para o caquizeiro Boas adubações são essenciais para boas colheitas do caqui. Deve-se analisar o solo para saber melhor o que ele precisa.

    Nos primeiros anos de vida, o cultivador deve fazer a adubação com NPK com maior concentração de fósforo, pois esse é o elemento mais apreciado pelo caquizeiro. O húmus de minhoca também é bem-vindo. Após colher os frutos é interessante fazer aplicações de esterco, fósforo e potássio, para recuperar a planta. A adubação com nitrogênio em maior número deve ser feita no início das brotações.

  • Plantando pitanga em casa

    Plantando pitanga em casa

    A pitanga é o fruto da pitangueira, dicotiledônea da família das mirtáceas. Tem a forma de bolinhas globosas e carnosas, de cor vermelha, laranja, amarela ou preta. Na mesma árvore, o fruto poderá ter desde as cores verde, amarelo e alaranjado até a cor vermelho-intenso, de acordo com o grau de maturação. É muito comum falar de frutas e lembra apenas daquelas mais populares. Desconhecida por muitas pessoas, a Pitanga é uma fruta muito versátil e com sabor peculiar.

    Com coloração que pode variar de tons alaranjados a arroxeados, seu aspecto é brilhante e sua polpa produz uma sensação agridoce refrescante. A pitanga é uma fruta ainda pouco cultivada, mas que apresenta cultivo relativamente fácil e que possui potencial para crescimento no mercado. Além de sucos, sorvetes, doces e licores, a fruta ainda pode ser consumida in natura, o que evidencia sua versatilidade. Ainda, é extremamente adaptável a diferentes condições climáticas e do solo, o que torna seu cultivo possível em todo o nosso país.

    Ficou animado? Não perca essas informações importantes para cultivar pitanga: Início Dado que seu cultivo é possível em vários solos e climas, fica fácil perceber por que a escolha por cultivar pitanga é assertiva. Porém, ao adquirir mudas, certifique-se de que elas são saudáveis e provenientes de fruticultores idôneos. Ambiente Apesar de se adaptar a diferentes condições, locais quentes e úmidos são os preferidos por essa fruta, que gosta de passar muito tempo sob sol intenso e resiste a várias adversidades, como geadas e secas.

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    Plantio

    O plantio das sementes, despolpadas a partir de frutos maduros, pode ser feito o ano inteiro, mas, preferencialmente, nos meses chuvosos. A cova deve ter dimensões de 40x40x40cm e a terra deve estar bem adubada com superfosfato, calcário e esterco, que pode ser de curral ou de aves. A irrigação deve ser feita duas a três vezes por semana e após 30 dias deve ser feita uma nova adubação. Espaçamento Cada pomar deverá realizar um espaçamento que otimize o seu uso. Porém, recomenda-se espaçar a pitangueira de 4,5m a 6m entre linhas e de 3m a 4m entre plantas na linha. É preciso observar também a declividade do solo, para garantir que as práticas culturais não o prejudiquem.

    Tratos

    À medida em que a planta se desenvolve, deve-se realizar os tratos culturais. Com um ano, deve-se dar início à poda e à desbrota do solo. Também devem ser realizadas capinas, além de monitoração constante contra pragas ou doenças, realizando o controle químico e podando os ramos afetados.

    Produção

    A depender da região onde está sendo cultivada, a pitangueira começa a dar flores e frutos aproximadamente no segundo ano de vida, aumentando periodicamente até estabilizar-se no sexto ano. Aproximadamente 50 dias após a floração, deve-se recolher as pitangas de forma manual.

  • Saiba como plantar caju a partir da castanha

    Saiba como plantar caju a partir da castanha

    O caju é muitas vezes tido como o fruto do cajueiro quando, na verdade, trata-se de um pseudofruto. O que entendemos popularmente como “caju” se constitui de duas partes: o fruto propriamente dito, que é a castanha; e seu pedúnculo floral, o pseudofruto, um corpo piriforme, amarelo, rosado ou vermelho.

    Originário do Nordeste brasileiro, o cajueiro oferece diversos benefícios à saúde e sabor adocicado que vão muito além da polpa. A castanha-de-caju, por exemplo, pode ser utilizada para consumo e cultivo da espécie.

    Saiba como plantar caju a partir do caroço!

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    Aprenda a plantar caju a partir da castanha Escolha do caroço A dica é priorizar as castanhas de frutos frescos, comprados em feiras ou tirados direto do pé. Evite utilizar os que apresentam sinais de machucados, presença de insetos ou que possam estar estragados. A qualidade do caroço é fundamental para o bom desenvolvimento da planta.

    Qual é o melhor substrato para o cajueiro? Os cajueiros não gostam de muita água, por isso, seu substrato deve ser poroso, permitindo que a água escorra sem deixar o solo encharcado. Fidencio recomenda o uso de terra vegetal com areia média ou grossa e um saco plástico de mudas ou um material reciclável — caixa de leite ou garrafa pet, por exemplo — para servir de recipiente.

    Onde posicionar a castanha-de-caju? Um dos detalhes mais importantes na hora de fazer a muda de caju a partir do caroço é a sua posição no recipiente. Embora possa ser colocado deitado ou em pé, é preferível que o lado maior — que fica grudado no fruto — esteja voltado para cima e próximo à parede do vaso. Assim, a planta terá espaço para se desenvolver quando germinar.

    Quanto tempo leva para germinar a castanha de caju? O tempo de germinação da castanha-de-caju pode levar de 15 a 20 dias. Apesar da planta preferir sol pleno, durante esta fase, é recomendável deixar o recipiente em um lugar com maior incidência de luz pela manhã e apenas luminosidade no período da tarde.

    Rega

    Para não encharcar o substrato, recomenda-se utilizar pulverizadores que umedecem a terra de forma controlada. Caso seja feita manualmente, utilize as pontas dos dedos para verificar se o substrato está seco antes de regá-lo novamente.

    A muda está pronta. E agora? Randall afirma que, depois que, após germinado, o caju feito a partir do caroço pode ser realocado em vasos largos, em espaços onde recebam grande incidência de luz solar. A limitação de espaço pode influenciar no tamanho da árvore.

  • Saiba como plantar maracujá em casa

    Saiba como plantar maracujá em casa

    Passo a passo de como plantar maracujá

    Antes de mais nada, é importante fazer a escolha certa das sementes, por isso a nossa dica é escolher as sementes de maracujá da Horticeres.

    O fruto de coloração amarela é o mais comum de ser encontrado no Brasil, ocupa 95% das produções em lavouras.

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    1 – Plante as sementes

    É indicado plantar as sementes em um recipiente pequeno e que será provisório com partes iguais de adubo e terra, uma boa dica é misturar pó de cinzas de madeira para neutralizar a acidez do solo. Plante de 4 a 6 sementes com aproximadamente 2 cm de profundidade e umedeça em seguida. Mantenha a planta assim até fazer o transporte para um local definitivo. Lembre-se de nunca deixar o solo com muita água.

    2 – Prepare o local de plantio

    As sementes demoram de 45 a 70 dias para fazer a germinação, enquanto isso você pode ir preparando um espaço para colocá-la definitivamente, escolha um que tenha constante presença de sol.

    O que você vai precisar para montar o local de plantio: Monte espaldeira: o maracujá é uma espécie trepadeira, por isso é necessário ter um apoio. Tenha estacas com 2,5 metros de altura, lembrando que 50cm vão ser enterrados no solo, e coloque-as com 5 metros de distância uma da outra para proporcionar apoio a arames no topo dos mourões, que vão segurar as plantas.

    Revolver o solo: para que possa fazer o plantio comercial, é imprescindível a avaliação do pH do solo para que possa garantir um boa qualidade da colheita, em caso de plantio caseiro não é necessário. Mas lembre-se que revolver a terra é importante em ambos os casos, para arejar e além disso melhorar a permeabilidade do solo.

    Fazer as covas e adubar: Cada cova deve ter de 40 a 60 centímetros de diâmetro e profundidade e uma distância de 4 a 5 metros entre elas. É nas covas onde deve ser colocado o adubo orgânico misturado a farinha de osso, que é um substrato que deve ficar descansando por 10 dias. Uma dica é marcar os locais da cova para saber onde plantar depois, pode ser feito com fitilho ligando o chão ao arame no alto do mourão, que já servirá de guia para a planta.

    3 – Transfira as plantas

    Quando as mudas atingirem de 15 a 30 centímetros, você já pode transferi-las, uma dica é eliminar as plantas que não se desenvolveram muito bem.Irrigue o local de plantação depois faça um buraco na cova de adubo do tamanho do torrão de terra do recipiente original e pante-o. Em torno das plantas você pode colocar palha, aparas de grama ou folhas secas para proteger as mudas do ressecamento e reter a umidade.

    4 – Pode e polinize

    Para ter melhor produtividade é aconselhado que conforme as plantas foram crescendo é necessário podá-las, quando ela estiver chegando ao tamanho do mourão é hora de fazer o primeiro corte para que elas possam se ramificar para as laterais. E quando ultrapassarem os limites do caramanchão, a dica é cortar para auxiliar na formação de cortinas de plantas, assim as folhas ficarão melhores distribuídas deixando o sol atingir todas as frutas.

    Junto com todo esse processo é importante fazer também a polinização, pois não é todo inseto que consegue fazer isso, uma vez que o pólen do maracujá é pesado e pegajoso, a abelha mamangava é o único inseto que consegue fazer esse trabalho, mas apenas ela não dá conta de fazer esse trabalho.

    Por isso é importante a intervenção humana, e para este trabalho é preciso tocar levemente com a ponta do dedo nas flores das plantas e ir repetindo esse processo para levar o pólen a todas as que estão abertas.

    5 – Colheita

    De 6 a 9 meses após o plantio de maracujá estará pronto para a colheita, e quando isso acontecer eles começarão cair no chão e então é hora de passar entre as fileiras e pegar as frutas que já estiverem no chão ou que estão enroscados nas ramas da planta. Cuidados contra pragas do maracujá As lagartas são o problema que o produtor vai ter na fase inicial, mas é fácil solucionar este problema, é só colocar uma cebola ou uma cebolinha perto e também ramos com folhas de cravo-de-defunto. Claro que além dos cuidados com as pragas tem que observar a nutrição das plantas e também o local onde elas foram plantadas. Capinar frequentemente, mas com cuidado para não prejudicar as raízes é importante para permitir um desenvolvimento bom.

  • Veja como plantar jaca!

    Veja como plantar jaca!

    A jaca é uma fruta tem cheiro característico, que de longe pode ser sentido, além de tamanho e peso que a destacam entre as maiores do mundo.

    A jaca, também conhecida como jaqueira, é uma espécie de árvore da família das figueiras, amoreiras e frutas-pão. Sua origem está na região dos Gates Ocidentais, localizado no sul da Índia.

    Como plantar jaca

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    Karla Neto

    Cada jaqueira pode produzir anualmente de 50 a 100 frutos, os quais também têm uso na medicina popular. Se você é amante da fruta e deseja plantar em casa, este é o conteúdo certo para aprender o passo a passo da plantação. Se a escolha for pelo plantio de sementes, elas devem ser de frutos oriundos de jaqueiras precoces, sadias e vigorosas.

    Com isso, podem ser encontradas em viveiristas e em lojas de produtos agropecuários. A jaqueira prefere locais onde prevalece o calor, principalmente em regiões quentes e úmidas. Além disso, elas tem um bom desenvolvimento e produção de qualidade, inclusive em locais de clima subtropical e semiárido, se adotado o uso de irrigação.

    O indicado é realizar o plantio da jaqueira na época em que se inicia a estação das águas. Os solos devem ser férteis, bem profundos e drenados. Dê preferência para o tipo areno-argiloso com pH entre 6 e 6,5, sem que haja possibilidade de encharcamentos.

    Quando plantada em locais de temperaturas mais elevadas, a semente chega a germinar espontaneamente. A semeadura deve ser diretamente em pequenos sacos pretos individuais, com medidas de 20 x 30 centímetros.

    Antes, preencha cada unidade com uma mistura de terra areno-argilosa. Também podem ser utilizadas três partes de terra de mata e uma de esterco de curral bem curtido. Desbaste as mudas quando atingirem 5 centímetros de altura, procedimento que vai deixá-las mais vigorosas. O transplantio para o local definitivo deve ser feito apenas quando as mudas alcançarem de 15 a 20 centímetros de altura, ou mais.

    Covas para o plantio

    A abertura das covas precisa ser feita com dois meses de antecedência do plantio, nas medidas 50 x 50 x 50 centímetros ou 60 x 60 x 60 centímetros. Como as mudas necessitam de sombreamento parcial no início do plantio, algumas folhas de palmeiras podem ajudar na cobertura de 50% da área de cultivo.

    Pelo perfume acentuado das jacas, é possível identificar que chegou o momento da colheita. Estando prontos para colher após 180 a 200 dias do florescimento. Portanto, o aconselhado é que assegure o amadurecimento pressionando a casca com os dedos.

    Ela deve estar firme e com as saliências bem destacadas e amarelas.