Tag: fraude

  • Consumidora cai em golpe ao tentar comprar carro em site de leilões e justiça nega reembolso

    Consumidora cai em golpe ao tentar comprar carro em site de leilões e justiça nega reembolso

    Uma consumidora de Várzea Grande (MT) que foi vítima de um golpe ao tentar comprar um carro por meio de um site de leilões teve seu pedido de reembolso negado pela justiça. A mulher transferiu R$ 66.700 para a suposta aquisição do veículo, mas ao perceber que se tratava de uma fraude, tentou reaver o valor.

    A juíza Ester Belém Nunes, da 1ª Vara Cível de Várzea Grande, decidiu que não houve falha do banco e que a consumidora demorou a tomar providências, afastando a responsabilidade da instituição financeira. Além disso, a magistrada destacou que a vítima não tomou os cuidados mínimos antes da transação.

    Como ocorreu o golpe

    A vítima viu o anúncio do veículo em um site de leilões e realizou a transferência do valor para uma conta bancária que, posteriormente, descobriu ser de uma pessoa física e não da empresa que supostamente realizaria o leilão. Três dias depois, ao perceber a fraude, procurou o banco para tentar bloquear o pagamento, mas o dinheiro já havia sido repassado ao destinatário, inviabilizando qualquer estorno imediato.

    A demora na comunicação ao banco foi um dos fatores determinantes para a decisão judicial, já que, em golpes desse tipo, a rapidez no aviso à instituição financeira pode ser crucial para bloquear a transação antes que o dinheiro chegue ao golpista.

    Decisão judicial e justificativa

    Na sentença, a juíza ressaltou que a vítima não adotou precauções básicas antes de efetuar a transferência, como verificar a legitimidade da conta destinatária. O fato de o pagamento ter sido feito a uma conta de pessoa física deveria ter levantado suspeitas imediatamente. Além disso, ao ingressar com a ação, a consumidora não incluiu como réu o site onde o veículo estava anunciado, o que dificultou a análise do caso.

    A magistrada também destacou que não houve falha na prestação de serviços por parte do banco, que seguiu os procedimentos normais na manutenção da conta usada pelos golpistas. Como o crime foi praticado por terceiros, a instituição financeira não poderia ser responsabilizada, já que não houve falha interna no sistema bancário.

    “A responsabilidade objetiva das instituições financeiras abrange apenas falhas na prestação de serviços ou danos decorrentes de fortuito interno. Neste caso, a conduta de terceiros fraudadores e a falta de diligência da autora afastam o nexo de causalidade necessário para a responsabilização do banco”, afirmou a juíza na decisão.

    Medidas preventivas contra golpes

    O caso reforça a necessidade de atenção redobrada ao realizar compras online, especialmente em sites de leilões, que são alvos frequentes de criminosos. Especialistas alertam que é fundamental verificar a autenticidade da plataforma, checar se a conta de pagamento está vinculada oficialmente à empresa e desconfiar de ofertas com valores muito abaixo do mercado.

    Além disso, em caso de suspeita de fraude, é essencial agir rapidamente e comunicar o banco o quanto antes, aumentando as chances de bloqueio da transação e recuperação do valor.

  • Cuidados com o CPF: uma porta para benefícios ou riscos?

    Cuidados com o CPF: uma porta para benefícios ou riscos?

    Você já se perguntou o que pode acontecer se não tomar alguns cuidados com o CPF? Quando fornece seu CPF em uma compra ou cadastro, por exemplo?

    Enquanto muitos acreditam que é apenas um detalhe burocrático, essa prática pode abrir portas para benefícios ou, infelizmente, para sérios problemas, como fraudes e golpes.

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    Vamos entender melhor os riscos e, mais importante, como você pode se proteger.

    Por que pedem o CPF na hora da compra?

    Por que pedem o CPF na hora da compra?
    Por que pedem o CPF na hora da compra?

    A inclusão do CPF em notas fiscais tornou-se uma prática comum no Brasil, incentivada por programas estaduais como Nota MT, que oferecem vantagens como descontos, créditos tributários e até prêmios em dinheiro.

    Entretanto, por trás dessa rotina aparentemente inofensiva, existem riscos consideráveis quando os dados não são tratados com o devido cuidado.

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    Empresas coletam o CPF para diferentes finalidades, como programas de fidelidade ou simples registros de compra. Contudo, nem sempre há clareza sobre como essas informações serão utilizadas, e a ausência de transparência pode colocar o consumidor em situações vulneráveis.

    Os perigos de fornecer seu CPF sem cuidado

    O CPF é um dado pessoal extremamente sensível. Quando combinado com outras informações, pode ser utilizado por golpistas para:

    Abrir contas bancárias e solicitar empréstimos.

    Emitir cartões de crédito ou realizar compras.

    Criar empresas fantasmas, comprometendo sua reputação fiscal.

    Esses golpes, muitas vezes difíceis de identificar a tempo, podem gerar dívidas, negativar seu nome e até levar a problemas legais.

    Como saber se seu CPF está sendo usado indevidamente?

    Como saber se seu CPF está sendo usado indevidamente
    Como saber se seu CPF está sendo usado indevidamente
    1. Cobranças ou dívidas desconhecidas. Receber boletos ou notificações de débitos que você não reconhece é um alerta.
    2. Notificações de abertura de contas. Se bancos ou empresas informarem a criação de contas ou cartões que você não solicitou, atenção!
    3. Consultas suspeitas. Utilize plataformas como o Registrato (Banco Central) para verificar se há movimentações estranhas vinculadas ao seu CPF.

    Cuidados com o CPF: Dicas práticas 

    Cuidados com o CPF: Dicas práticas 
    Cuidados com o CPF: Dicas práticas  © Divulgação/ Receita Federal

    Evite fornecer o CPF indiscriminadamente.
    Só compartilhe em situações absolutamente necessárias e com empresas confiáveis. Em compras pequenas, avalie se realmente vale a pena.

    Utilize ferramentas de proteção.
    A Receita Federal oferece a funcionalidade “Proteção do CPF”, que impede o uso do documento para abertura de empresas sem sua autorização.

    Monitore regularmente.
    Consulte seu CPF em birôs de crédito, como Serasa e SPC, ou no Registrato. Isso ajuda a identificar irregularidades rapidamente.

    Cuidado com cadastros online.
    Antes de inserir dados em sites, verifique se são seguros (HTTPS) e se possuem boa reputação. Evite promoções que pareçam boas demais para ser verdade.

    Desconfie de mensagens suspeitas.
    Links enviados por e-mail ou SMS podem ser armadilhas. Sempre confirme a origem diretamente com a empresa.

    Guarde bem seus documentos.
    Mantenha o CPF e outros documentos em locais seguros. Em caso de perda ou roubo, registre imediatamente um boletim de ocorrência.

    Atenção às redes sociais.
    Não divulgue informações pessoais em testes, brincadeiras ou postagens públicas.

    O que fazer em caso de fraude

    Se suspeitar que seu CPF foi usado indevidamente:

    Registre um boletim de ocorrência. Procure a delegacia ou registre online.

    Notifique órgãos de crédito. Peça para adicionarem um alerta em seu CPF.

    Conteste transações fraudulentas. Entre em contato com bancos ou empresas envolvidas e solicite o bloqueio imediato.

    Consulte um advogado, se necessário. Em casos graves, busque orientação jurídica para resolver a situação.

    É obrigatório informar o CPF na compra?

    Imposto de Importação para compras em sites internacionais
    É obrigatório informar o CPF na compra? FOTO CANVA | E-COMMERCE

    Não. O Código de Defesa do Consumidor assegura que o cliente não é obrigado a fornecer o CPF, exceto em situações específicas, como compras com emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NFC-e) ou em atacarejos.

    Empresas que condicionam descontos ao fornecimento do CPF sem explicitar claramente sua finalidade podem estar infringindo a lei.

    Conscientização é a chave

    Proteger seus dados é proteger sua tranquilidade. Ao entender seus direitos e adotar hábitos preventivos, você minimiza os riscos de fraudes e mantém sua vida financeira segura.

    Suas informações pessoais são valiosas. Cuide delas com atenção e exija transparência de quem as solicita. Pequenos cuidados hoje podem evitar grandes dores de cabeça no futuro.

  • Polícia Civil realiza operação contra estelionato em Várzea Grande, Mato Grosso

    Polícia Civil realiza operação contra estelionato em Várzea Grande, Mato Grosso

    A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira (19.12), a operação Terreno Movediço, para cumprimento de cinco ordens judiciais contra suspeitos de estelionato envolvendo a compra de terreno urbano em Várzea Grande.

    Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além de medida cautelar de bloqueio de valores pelos policiais civis da 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande.

    A área investigada está localizada no bairro Maringá I, região do Parque do Lago, e foi vendida pelos golpistas por R$ 35 mil.

    As investigações começaram após um casal se interessar por um anúncio de venda de lote urbano em uma rede social. Após contato inicial, as negociações seguiram via WhatsApp.

    O casal pagou R$ 20 mil como sinal e acordou que o restante, R$ 15 mil, seria quitado em parcelas mensais de R$ 1 mil.

    Durante a negociação, o suspeito levou pessoalmente as vítimas ao local do terreno e apresentou contratos falsos de compra e venda.

    Em um dos contratos, o golpista aparecia como adquirente e inseriu a verdadeira proprietária como vendedora, tentando justificar ser o dono legítimo do loteamento.

    De acordo com o delegado André Monteiro, responsável pela investigação, outros envolvidos no esquema foram identificados. Ele afirmou que um dos investigados possui extensa ficha criminal, incluindo roubo de cargas, furtos a caixas eletrônicos, tráfico de drogas e outros crimes.

    A operação contou com o apoio de equipes coordenadas pelos delegados João Paulo Farias e Ruy Peral da Silva.

    Detalhes sobre a operação Terreno Movediço

    A escolha do nome Terreno Movediço reflete a condição das vítimas, que não conseguiram tomar posse do imóvel adquirido, visto que o bem, originalmente “imóvel”, tornou-se “movediço”.

    Imagem relacionada à operação

    Fonte: Assessoria Polícia Civil-MT

  • Operação no Mato Grosso desarticula associação criminosa que aplicava golpes em escritórios de advocacia

    Operação no Mato Grosso desarticula associação criminosa que aplicava golpes em escritórios de advocacia

    A Polícia Civil do Mato Grosso realizou a Operação Alvará Final, nesta quarta-feira (11.12), com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que aplicava golpes em clientes de escritórios de advocacia na região de Cuiabá e em outros Estados.

    A operação resultou no cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão e 32 de prisão preventiva, além do bloqueio de contas bancárias dos investigados.

    Operação conjunta entre Mato Grosso e Ceará

    As ordens judiciais foram cumpridas com o apoio da Polícia Civil do Ceará nas cidades de Fortaleza, Maracanaú e Pacatuba. Até o momento, 28 prisões foram efetuadas.

    As investigações começaram após advogados de Cuiabá denunciarem que seus clientes estavam sendo vítimas de golpes. Segundo o delegado Vinícius Nazário, a investigação identificou práticas de estelionato eletrônico que vitimaram pessoas em Mato Grosso, Paraná, Goiás e Santa Catarina. Mais de 60 boletins de ocorrência foram registrados envolvendo os crimes da associação criminosa.

    Atuação interestadual e lavagem de dinheiro

    Os golpistas utilizavam redes sociais e aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, para aplicar os golpes. As transações financeiras realizadas pelas contas bancárias dos envolvidos configuraram também lavagem de dinheiro.

    “A Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso requisitou a investigação para proteger a classe e os clientes atingidos”, destacou o delegado Vinícius Nazário.

    De acordo com o delegado Marcelo Torhacs, a operação busca não apenas desarticular o grupo criminoso, mas também valorizar os bons profissionais da advocacia. A ação mobilizou 150 policiais civis, sendo nove de Mato Grosso e 141 do Ceará.

    Operação Alvará Final em ação

    Fonte: Secom-MT

  • Operação Energia Limpa detém suspeitos por furto de energia elétrica em Mato Grosso

    Operação Energia Limpa detém suspeitos por furto de energia elétrica em Mato Grosso

    Uma operação intitulada Energia Limpa, promovida pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e a concessionária de energia elétrica no Mato Grosso, foi realizada nesta segunda-feira (02.12) em Cuiabá. Durante a ação, cinco pessoas foram conduzidas, sendo duas autuadas em flagrante por furto de energia elétrica.

    A fiscalização ocorreu em diversos bairros da capital, incluindo residências e pontos comerciais na região do bairro Osmar Cabral. A ação envolveu equipes da Polícia Civil, Polícia Militar, Politec e Energisa.

    “Essa operação é uma forma de responder à sociedade e ao nosso cliente que paga suas contas em dia, de mostrar que furto de energia é crime e que quem pratica será responsabilizado administrativamente e criminalmente”, afirmou Maria Luísa Santos, analista de Segurança e Operações Estratégicas da Energisa Mato Grosso.

    Em 2024, operações semelhantes ocorreram na região metropolitana de Cuiabá e em cidades como Rondonópolis e Sinop, resultando em diversas detenções.

    Fiscalização da Energisa em operação contra furto de energia

    No total, 52 pessoas foram conduzidas à delegacia neste ano sob acusação de furto ou fraude de energia elétrica. Em julho, uma operação conjunta em Várzea Grande identificou 650 casos de furto de energia e levou à autuação de 10 pessoas. Já em novembro, dois homens foram flagrados oferecendo serviços de ligação clandestina em Várzea Grande.

    Em Sinop, uma denúncia de desvio de energia elétrica em um estabelecimento comercial levou a uma fiscalização. A inspeção constatou sinais de adulteração no medidor de energia, incluindo lacres rompidos e fios soltos.

    “O furto de energia elétrica deve ser combatido com veemência. A conta que os criminosos não pagam, o cidadão de bem terá que pagar”, destacou Elaine Fernandes, delegada titular da Derf.

    Fonte: Secom-MT

  • Polícia descobre fraude em medidores de energia elétrica em cidade de Mato Grosso

    Polícia descobre fraude em medidores de energia elétrica em cidade de Mato Grosso

    A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) de Rondonópolis, Mato Grosso, em uma complexa operação de investigação, desmantelou uma sofisticada associação criminosa especializada na fraude de medidores de energia elétrica.

    Batizada de Operação Cattus e deflagrada em 2022, essa ação resultou no indiciamento de 10 pessoas por crimes como estelionato, receptação, furto e associação criminosa.

    Esse esquema criminoso se aproveitava da participação de funcionários de empresas terceirizadas da concessionária de energia, que facilitavam a adulteração dos medidores de forma minuciosa, utilizando equipamentos eletrônicos para impedir o registro correto do consumo de energia.

    As fraudes tinham grande impacto econômico para a concessionária, causando prejuízos significativos e afetando a sociedade como um todo. A operação, além de ser um marco no combate às fraudes de energia, chama a atenção para a importância de ações conjuntas que visem proteger o patrimônio público e evitar novas perdas.

    O esquema criminoso funcionava de maneira organizada e envolvia a manipulação de medidores de energia, de forma que parte ou todo o consumo de energia não fosse registrado. Funcionários de empresas terceirizadas da concessionária de energia facilitavam as fraudes, permitindo que a quadrilha acessasse e adulterasse os medidores com equipamentos eletrônicos especializados. O principal objetivo da organização era reduzir o consumo de energia de clientes que contratavam o serviço fraudulento, gerando prejuízo para a concessionária.

    Principais clientes e prejuízos identificados

    Uma das vítimas mais expressivas desse esquema foi uma rede de lojas de salgados em Rondonópolis, que teria fraudado seus medidores em várias unidades, acumulando um prejuízo estimado em R$ 116.839,82 para a concessionária.

    Além da rede de salgados, um lava jato também foi identificado como cliente do esquema criminoso, se beneficiando das fraudes promovidas pela quadrilha.

    A estimativa é que o esquema tenha gerado um rombo de 728 mil gigawatts em 2023, representando cerca de 14% das chamadas perdas não técnicas de energia no estado de Mato Grosso.

    Extorsão e simulação de fiscalizações

    Além da fraude nos medidores, as investigações da Operação Cattus revelaram que a quadrilha realizava falsas fiscalizações da concessionária.

    Durante essas “inspeções”, os criminosos exigiam dinheiro de consumidores que também utilizavam medidores adulterados, configurando extorsão. Esse esquema de simulação de fiscalização ampliava os lucros da organização criminosa, além de intimidar os consumidores envolvidos na fraude.

    Resultados da operação e medidas preventivas

    Com a deflagração da Operação Cattus, a Polícia Civil conseguiu prender os envolvidos e apreender equipamentos eletrônicos utilizados na fraude, desmantelando uma organização criminosa estruturada que agia de forma discreta e sofisticada. A prisão dos envolvidos e o prosseguimento das investigações visam garantir que a quadrilha seja desarticulada por completo, evitando novos prejuízos à concessionária e à sociedade. A operação demonstra o compromisso das autoridades em proteger o patrimônio público e combater fraudes de grande impacto.

    Fraudes como as descobertas pela Operação Cattus geram um impacto financeiro significativo, uma vez que o prejuízo recai sobre a concessionária e, por consequência, nos consumidores finais, que podem sofrer com o aumento nas tarifas para cobrir perdas.

    A Polícia Civil de Mato Grosso reforça a importância da colaboração da população para denunciar práticas suspeitas, ajudando a combater crimes que afetam toda a sociedade. Informações anônimas podem ser repassadas pelo disque-denúncia, contribuindo para a segurança e transparência nos serviços de energia elétrica no estado.

  • Operação Gomorra investiga fraudes em licitações; Contrato da Prefeitura de Lucas do Rio Verde também está na mira

    Operação Gomorra investiga fraudes em licitações; Contrato da Prefeitura de Lucas do Rio Verde também está na mira

    A Operação Gomorra, deflagrada nesta quinta-feira (07) pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) — um grupo formado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso e pela Polícia Judiciária Civil —, tem como alvo uma organização criminosa acusada de fraudar licitações em diversas prefeituras do estado, incluindo a de Lucas do Rio Verde. A ação resultou no cumprimento de seis mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão, envolvendo 70 policiais civis entre investigadores e delegados.

    A operação investiga fraudes que envolvem adulteração de notas fiscais, utilização de “cartão coringa” para desvio de combustível e sobrepreço em contratos. De acordo com o Naco, o esquema é liderado por um núcleo familiar que controla quatro empresas suspeitas, entre elas a Centro América Frotas Ltda., que teria firmado contratos com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais nos últimos anos.

    Entre os municípios citados na relação divulgada pelo Ministério Público Estadual, Lucas do Rio Verde é um dos que aparecem nas investigações. A prefeitura local teria contratado a empresa Centro América Frotas para prestação de serviços no valor de R$ 146,5 mil. Segundo fontes ligadas à operação, os contratos dessa empresa são suspeitos de apresentar irregularidades, como preços superfaturados e favorecimento em processos licitatórios.

    A investigação aponta que o esquema envolve contratos de fornecimento de veículos, sistemas de gestão de frotas e até serviços hospitalares. A empresa Centro América Frotas, ao lado de outras controladas pelo mesmo grupo familiar, teria movimentado mais de R$ 1,8 bilhão em contratos nos últimos cinco anos. Entre os nomes sob investigação, destaca-se Edézio Correa, apontado como figura central da organização e réu colaborador na Operação Sodoma, deflagrada em 2015 durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa.

    A operação desta quinta-feira também resultou na prisão de vários familiares de Correa, incluindo sua esposa, irmã e sobrinhos. Documentos apreendidos sugerem que movimentações financeiras suspeitas entre as empresas investigadas foram utilizadas para desviar recursos públicos. A análise preliminar dos processos licitatórios da prefeitura de Barão de Melgaço — que desencadeou a operação — indicou a participação das empresas em fraudes sistemáticas para obter vantagens indevidas.

    Segundo o Naco, novas fases da Operação Gomorra não estão descartadas, já que a apuração está em andamento e pode se expandir para outras prefeituras que também mantiveram contratos com as empresas do grupo investigado.

    Nota oficial

    No início da tarde desta sexta-feira (08) a Prefeitura de Lucas do Rio Verde informou ter tomado conhecimento, por meio da imprensa, da Operação Gomorra que investiga supostas fraudes em processos licitatórios envolvendo mais de 100 prefeituras do estado.

    “A Administração Municipal esclarece que possui um contrato vigente com uma das empresas mencionadas na operação. Mesmo mantendo um processo interno de fiscalização rigorosa, ao tomar ciência dos fatos, a Prefeitura imediatamente revisou o contrato e não identificou qualquer indício de irregularidade. Caso alguma fraude seja comprovada, serão adotadas as medidas administrativas necessárias”, informa a nota.

    “A Prefeitura de Lucas do Rio Verde reforça seu compromisso com a transparência e assegura total apoio às autoridades para o esclarecimento dos fatos”, conclui.

  • Aposentados são os principais alvos de golpes com Pix em Mato Grosso

    Aposentados são os principais alvos de golpes com Pix em Mato Grosso

    Um levantamento realizado pelo Núcleo da Defesa do Consumidor da Defensoria Pública de Mato Grosso revelou que aposentados que recebem até dois salários mínimos têm sido as principais vítimas de golpes envolvendo o Pix. Segundo os dados, cerca de 40% das pessoas atendidas pela Defensoria relatam ter sofrido algum tipo de fraude utilizando o sistema de pagamentos instantâneos.

    Os golpes são variados, desde os mais simples, como a falsa solicitação de dinheiro por parte de um familiar, até os mais complexos, envolvendo a contratação de empréstimos fraudulentos. Um caso emblemático atendido pela Defensoria envolveu uma aposentada que, mesmo não possuindo um celular com acesso à internet, foi vítima de um golpe e teve três empréstimos contratados em seu nome, totalizando R$ 13 mil.

    A Defensoria Pública tem atuado para auxiliar as vítimas desses crimes, buscando a anulação das dívidas contraídas de forma fraudulenta. No entanto, o assessor jurídico Lucas Judá alerta para a importância da prevenção. Ao notar qualquer movimentação estranha em sua conta, o consumidor deve entrar em contato imediatamente com o banco, registrar uma reclamação e procurar a Defensoria Pública para obter orientação jurídica.

    A prevenção é fundamental para evitar que mais pessoas sejam vítimas desses golpes. É importante estar atento a qualquer contato suspeito, não clicar em links desconhecidos e não fornecer dados pessoais a terceiros. Além disso, é recomendado manter o aplicativo do banco atualizado e utilizar senhas fortes e diferentes para cada serviço.

    Dicas da Defensoria Pública de Mato Grosso para evitar golpes:

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    Cuidados com golpes
    • Desconfie de ligações e mensagens solicitando dados pessoais ou financeiros.
    • Não clique em links desconhecidos.
    • Verifique a identidade do remetente antes de realizar qualquer transação.
    • Utilize senhas fortes e diferentes para cada serviço.
    • Mantenha o aplicativo do seu banco atualizado.
    • Em caso de dúvidas, entre em contato com o seu banco.

    Ao seguir essas dicas e buscar ajuda de órgãos como a Defensoria Pública, é possível se proteger e evitar prejuízos financeiros.

    Veja mais

  • PF e CGU deflagram operação contra desvio de recursos públicos

    PF e CGU deflagram operação contra desvio de recursos públicos

    A Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União, deflagrou nesta quarta-feira (4) a Operação Ypervoli, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa responsável por crimes de fraude a licitação, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro, que atua em cidades da região do entorno do Distrito Federal.

    Mais de 100 policiais federais e dez servidores da Controladoria-Geral da União cumprem no Distrito Federal e em Goiás 27 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e oito mandados referentes a medidas cautelares diversas da prisão, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

    As diligências realizadas pela Polícia Federal e a auditoria efetuada pela Controladoria-Geral da União permitiram a identificação de indícios de fraude ao caráter competitivo da licitação em mais de 100 contratos cujos valores ultrapassam R$ 65 milhões.

    O Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou o afastamento do prefeito do município investigado e proibiu novos contratos públicos com as pessoas físicas e jurídicas investigadas. Os suspeitos poderão responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraudes a licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

    *Com informações da Polícia Federal

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  • Polícia Civil deflagra Operação Fashion Scam e prende suspeito de estelionato

    Polícia Civil deflagra Operação Fashion Scam e prende suspeito de estelionato

    Na manhã desta terça-feira (18), a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, deflagrou a Operação Fashion Scam.

    A ação teve como objetivo o cumprimento de cinco ordens judiciais contra um homem que se apresentava como diretor artístico para angariar dinheiro de vítimas para supostos ensaios fotográficos e contratos publicitários internacionais.

    As investigações iniciaram em janeiro deste ano, após uma vítima procurar a Polícia Civil para denunciar o caso. A vítima relatou que o suspeito a havia contatado pelo Instagram, se dizendo interessado em uma parceria profissional. Ao longo das conversas, o suspeito demonstrou conhecimento na área e disse ter vínculos com importantes revistas e agências de publicidade internacionais.

    As conversas migraram para o WhatsApp, onde o suspeito propôs a realização de ensaios fotográficos para revistas internacionais. Para isso, ele solicitou à vítima a transferência de valores para custear despesas com fotógrafos, maquiadores e outros profissionais envolvidos.

    Acreditando nas promessas do falso diretor artístico, a vítima realizou diversas transferências, totalizando cerca de R$ 300 mil. Diante das informações da vítima, o delegado Marcelo Martins Torhacs instaurou inquérito policial e representou pelas ordens de apreensão contra o suspeito, as quais foram deferidas pela Justiça.

    As buscas, coordenadas pelo delegado Vinícius Nazário, resultaram na apreensão de celulares, notebook e tablet. O suspeito, que já responde por outros crimes semelhantes, foi preso em São Paulo.

    Investigações em andamento

    Segundo a Polícia Civil, o material apreendido será analisado e as investigações continuam para identificar outras vítimas e possíveis envolvidos no esquema criminoso.