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  • Governador do Mato Grosso propõe leis mais duras contra o crime organizado

    Governador do Mato Grosso propõe leis mais duras contra o crime organizado

    Durante o 15° Fórum dos Governadores, realizado em Brasília, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, defendeu a adoção de leis mais duras para combater o crime organizado no Brasil.

    O governador destacou que as atuais estratégias são insuficientes diante da evolução do crime organizado. “O código penal de 1940 precisa ser revisado.

    Precisamos de instrumentos legais mais eficientes para enfrentar a realidade do crime organizado de hoje. Da mesma maneira que o crime está evoluindo, nós precisamos evoluir para conseguir combatê-lo”, afirmou.

    Código Penal e crime organizado em Mato Grosso

    Mauro Mendes ressaltou a importância de medidas como o endurecimento das penas para receptação de produtos roubados, considerando essa prática uma forma de desestruturar a cadeia criminosa.

    Ele também mencionou que a Constituição prevê punições rigorosas para crimes relacionados à produção de drogas, como a perda de terras, o que contribuiu para a redução desses crimes no país.

    O governador expressou preocupação com o impacto das facções criminosas na juventude, especialmente nas periferias, onde muitos jovens estão sendo influenciados a ingressar no crime. “Hoje, muitos jovens sonham em ingressar em facções criminosas. É um cenário assustador que mostra a necessidade de mudanças urgentes”, afirmou.

    Mauro Mendes também destacou dados alarmantes sobre a violência no Brasil, como o aumento de homicídios de 10 para mais de 20 por 100 mil habitantes desde 1980, além da baixa taxa de resolução de casos e a sensação de impunidade generalizada.

  • Governadores discutem fundo para estabilizar preço de combustíveis

    Governadores discutem fundo para estabilizar preço de combustíveis

    A criação de um fundo que permita a estabilização do preço dos combustíveis ao consumidor foi o principal tema debatido por governadores de todo o país na edição virtual do Fórum de Governadores, nesta quinta-feira (3). Ações conjuntas de combate à covid-19 e a dificuldade de alguns estados no cumprimento do novo piso salarial nacional dos profissionais da rede pública da educação básica também foram tratadas na reunião.

    Na avaliação do coordenador do fórum, governador do Piauí, Wellington Dias, é necessário criar um fundo que não prejudique a receita dos estados, municípios e da União.

    Defendida pelos governadores, a versão atualizada do Projeto de Lei nº 1472/2021 estabelece diretrizes de preços para combustíveis, cria o Fundo de Estabilização dos Preços de Combustíveis e institui o imposto de exportação sobre o petróleo bruto.

    “O fundo ataca a raiz do problema [alta dos combustíveis] porque ele passa a tributar, de um lado, a exportação do petróleo, e do outro, a lucratividade gerada pela dinâmica de preços dos combustíveis. É com esses recursos, fruto das receitas extras da Petrobras sendo destinados ao fundo, que podemos fazer a equalização dos preços para o consumidor”, defendeu Dias.

    Piso

    Outro assunto debatido entre os governadores foi a dificuldade de parte dos estados de cumprir o pagamento do reajuste salarial de 33,24% aos profissionais da rede pública da educação básica. Na avaliação de parte dos governadores, o piso cria problemas para os estados por conta dos planos de carreira já estruturados, inclusive para os entes federativos que não dispõem de um plano.

    O piso é calculado a partir do valor por aluno definido pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). A lei determina que se aplique as variações da inflação e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), recolhido pelos estados. Em 2022, o valor será corrigido e o piso da categoria será de R$ 3.845,63. Mais de 1,7 milhão de professores de estados e municípios, que lecionam para mais de 38 milhões de estudantes nas escolas públicas, serão beneficiados.

    Pandemia

    A situação atual da pandemia também foi discutida entre os governadores. Eles estudam um alinhamento entre os estados para fazer o controle da entrada e saída de pessoas via portos e aeroportos. O acordo será discutido pelas secretarias de Saúde de cada estado e levado ao governo federal.

    “Recomendamos que as 27 unidades da federação façam o controle da entrada de pessoas de outros países, via aeroportos e portos, no sentido de adotar a exigência de exame para detecção de covid-19 72 horas antes do embarque e, na chegada da viagem, se a pessoa apresentar sintoma, que seja feita a quarentena. Pedimos também que seja comprovado o ciclo vacinal de quem venha do exterior”, disse Wellington Dias.