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  • Famato participa da 3ª reunião do Comitê Estadual de Gestão do Fogo em Mato Grosso

    Famato participa da 3ª reunião do Comitê Estadual de Gestão do Fogo em Mato Grosso

    A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) participou, no dia 29 de abril (terça-feira), da 3ª reunião ordinária de 2025 do Comitê Estadual de Gestão do Fogo (CEGF-MT). O encontro foi realizado no Plenário Cleverson Cabral, na sede dos Conselhos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), em Cuiabá. A Famato integra o comitê e esteve representada pelo analista de Assuntos Fundiários e Indígenas, Dione Castro.

    A reunião contou com a presença de representantes de diversas instituições com atuação direta na prevenção e no combate aos incêndios florestais no estado. Entre os participantes estavam a promotora de Justiça Luiza Ávila Paterlini, do Ministério Público Estadual (MPE), e o comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), tenente-coronel BM Rafael Ribeiro Marcondes.

    “O comitê tem um papel relevante no combate aos incêndios florestais no estado. Estar presente nessas discussões permite que a Famato leve a visão de quem está no campo e, ao mesmo tempo, contribua para orientar os produtores sobre prevenção, legislação ambiental e boas práticas. Nosso objetivo é levar informação correta e ajudar a evitar situações que prejudiquem o produtor e o meio ambiente”, pontuou Dione Castro.

    Durante o encontro, foi realizada a apresentação do Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre Desastres (NPED), vinculado à Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), reforçando a importância da atuação científica no monitoramento e enfrentamento de desastres ambientais.

    A pauta da reunião incluiu ainda a aprovação da ata da segunda reunião ordinária do ano, a apresentação dos resultados iniciais das Câmaras Técnicas Permanentes – criadas pela Resolução nº 002/2025/CEGF –, além de discussões e deliberações sobre os trabalhos em andamento. Também houve uma capacitação sobre o uso da Plataforma Painel do Fogo, desenvolvida pelo CENSIPAM (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia).

    O comitê estrutura sua atuação com base em quatro pilares no enfrentamento aos incêndios florestais: prevenção, preparação, resposta e responsabilização. A articulação entre os diferentes órgãos busca conferir maior agilidade e eficiência na redução de danos ambientais, materiais e humanos, além de mitigar prejuízos econômicos e sociais.

  • Não brinque com fogo e não olhe para corvos: sinais para 01 de dezembro

    Não brinque com fogo e não olhe para corvos: sinais para 01 de dezembro

    No dia 01 de dezembro, as tradições populares alertam para comportamentos e sinais que podem influenciar o seu dia. Essas crenças, transmitidas ao longo de gerações, oferecem uma visão sobre como agir para evitar problemas e manter a harmonia. Neste dia, os avisos são claros: tenha cuidado com o fogo e preste atenção aos animais, especialmente aos corvos, considerados mensageiros de eventos importantes.

    O que evitar em 01 de dezembro

    1. Não brinque com fogo — há uma crença de que isso pode atrair conflitos ou desentendimentos;
    2. Evite olhar fixamente para corvos, pois segundo as tradições, isso pode trazer más notícias ou influências negativas;
    3. Não faça promessas que não possa cumprir — a falta de compromisso pode gerar consequências futuras;
    4. Adie decisões importantes, pois o dia não é propício para mudanças drásticas;
    5. Evite discussões e brigas, pois o retorno de energias negativas será intensificado.

    Sinais da natureza para 01 de dezembro

    1. Se um corvo pousar próximo a você e grasnar, pode ser um aviso de mudanças inesperadas;
    2. Folhas secas voando em grande quantidade indicam que ventos fortes estão por vir;
    3. Se o céu estiver muito claro ao amanhecer, acredita-se que o dia será cheio de boas energias;
    4. Ramos quebrados ou árvores caídas podem simbolizar desafios ou obstáculos próximos;
    5. Caso aviste pássaros migrando em bando, isso pode ser um sinal de que boas notícias estão a caminho.

    As tradições para 01 de dezembro nos convidam a refletir sobre nossas ações e a observar com atenção os sinais ao nosso redor. Respeitar os avisos populares pode ajudar a evitar situações indesejadas e promover maior equilíbrio em nosso dia. Seja cuidadoso ao lidar com o fogo e atento aos corvos, que simbolizam tanto alertas quanto oportunidades de mudança. Use essas orientações como uma forma de conduzir seu dia com harmonia e sabedoria.

    Não Brinque com Fogo e Não Olhe para Corvos: Significados e Tradições

    As expressões “Não brinque com fogo” e “Não olhe para corvos” são carregadas de simbolismo e significados que remontam a antigas tradições e crenças populares. Cada uma delas traz uma mensagem de alerta, conectada a experiências humanas universais, como evitar riscos desnecessários e prestar atenção aos sinais da natureza e do ambiente ao nosso redor. Vamos explorar suas origens e o que elas representam no imaginário coletivo.

    O significado de ‘Não brinque com fogo’

    A expressão “Não brinque com fogo” é usada como um alerta para evitar situações perigosas ou arriscadas. Literalmente, brincar com fogo pode causar queimaduras e destruição; no sentido figurado, ela nos lembra de não provocar problemas que podem sair do controle. É frequentemente associada a comportamentos imprudentes, relações complicadas ou escolhas arriscadas que, quando não respeitadas, podem levar a consequências negativas. Esse conselho é uma metáfora para a importância da cautela e do respeito às forças que não controlamos.

    O simbolismo de ‘Não olhe para corvos’

    Os corvos possuem uma forte carga simbólica em muitas culturas ao redor do mundo. Associados ao mistério, ao sobrenatural e, muitas vezes, à morte ou más notícias, “Não olhe para corvos” reflete a crença de que fixar os olhos nesses animais pode atrair energias negativas ou maus presságios. Por outro lado, algumas culturas veem os corvos como mensageiros de sabedoria ou mudanças iminentes. Essa ambiguidade faz da expressão um convite à atenção e à interpretação cuidadosa dos sinais que o mundo natural nos oferece.

    Reflexões sobre as expressões

    Ambas as expressões são lembretes poderosos de que nossas ações, pensamentos e interações com o mundo podem trazer consequências. “Não brinque com fogo” nos orienta a respeitar limites e evitar imprudências, enquanto “Não olhe para corvos” nos incentiva a refletir sobre os sinais e energias que percebemos ao nosso redor. Essas frases populares continuam a ter relevância, seja como metáforas para a vida cotidiana ou como conselhos baseados na sabedoria ancestral.

    Essas expressões fazem parte de um vasto repertório de crenças e tradições culturais que nos ajudam a lidar com as incertezas da vida. “Não brinque com fogo” nos ensina a ter cuidado com situações perigosas, e “Não olhe para corvos” nos convida a respeitar os sinais da natureza e a importância do equilíbrio energético. Incorporar esses ensinamentos no dia a dia pode trazer uma perspectiva mais consciente e prudente em nossas ações.

  • Balanço: Corpo de Bombeiros segue no combate a nove incêndios florestais em Mato Grosso nesta segunda-feira (28)

    Balanço: Corpo de Bombeiros segue no combate a nove incêndios florestais em Mato Grosso nesta segunda-feira (28)

    O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso segue no combate a nove incêndios florestais no estado nesta segunda-feira (28). Atuam mais de mil bombeiros em campo, em regime de revezamento, com apoio de brigadistas contratados pelo Estado e Prefeituras, e agentes dos órgãos federais.

    No Pantanal, o principal incêndio em combate está entre a Estação Ecológica Taiamã e o Porto Conceição, e outro em uma área de mata em Poconé. Já os incêndios na Fazenda GCSJ, dentro do Parque Estadual Encontro das Águas, em Poconé, e em uma região de fazendas em Barão de Melgaço são considerados controlados. As equipes permanecem em campo para o combate e eventuais focos.

    Auxiliam nas ações a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Defesa Civil do Estado, Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, Marinha do Brasil e Sesc Pantanal.

    Os demais incêndios são combatidos em Rosário Oeste, Chapada dos Guimarães, Confresa e Sinop.

    Monitoramento

    O Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) monitora com satélites incêndios na Fazenda Asa Branca, em Itanhangá; na Fazenda J Crestani, em Feliz Natal; no Sitio Ideal, em Nova Ubiratã; na Fazenda Conquista, em Santa Carmem; na Fazenda São Sebastião, em Santa Terezinha; na Fazenda Candeira, em São José do Xingu; e na Fazenda Bom Sucesso, em Canabrava do Norte.

    Além desses, o Batalhão monitora um incêndio no Parque Nacional do Pantanal mato-grossense, em Poconé. O Corpo de Bombeiros só não entrou neste local porque é necessária autorização dos órgãos federais.

    Todos os incêndios combatidos pelos militares também são monitorados pelo BEA para orientar as equipes em campo.

    O Corpo de Bombeiros pede que a população colabore e respeite o período proibitivo. A qualquer indício de incêndio, os bombeiros orientam que a denúncia seja feita pelos números 193 ou 190.

    Incêndios extintos

    Desde o início do período proibitivo de uso do fogo, o Corpo de Bombeiros extinguiu 308 incêndios florestais em 72 cidades, sendo elas: Água Boa, Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Paraguai, Alto Taquari, Aripuanã, Barão de Melgaço, Barra do Bugres, Barra do Garças, Cáceres, Campo Verde, Canarana, Canabrava do Norte, Chapada dos Guimarães, Cláudia, Cocalinho, Colniza, Comodoro, Confresa, Cuiabá, Diamantino, Feliz Natal, Itanhangá, Itiquira, Jaciara, Jauru, Juara, Juína, Juscimeira, Lambari D’Oeste, Lucas do Rio Verde, Marcelândia, Nobres, Nortelândia, Nossa Senhora do Livramento, Nova Bandeirantes, Nova Brasilândia, Nova Lacerda, Nova Marilândia, Nova Maringá, Nova Monte Verde, Nova Mutum, Nova Nazaré, Nova Olímpia, Nova Ubiratã, Nova Xavantina, Novo Mundo, Novo Santo Antônio, Paranaíta, Paranatinga, Peixoto de Azevedo, Planalto da Serra, Poconé, Pontes e Lacerda, Porto Alegre do Norte, Poxoréu, Primavera do Leste, Querência, Ribeirão Cascalheira, Rondonópolis, Rosário Oeste, Santo Antônio do Leste, Santo Antônio do Leverger, São José do Rio Claro, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra, Tesouro, União do Sul, Vera, Vila Bela da Santíssima Trindade e Vila Rica.

    Focos de calor

    Em Mato Grosso, foram registrados 63 focos de calor nesta segunda-feira, conforme última checagem às 17h30, no Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desses, 49 se concentram na Amazônia e 14 no Cerrado. Os dados são do Satélite de Referência (Aqua Tarde).

    Importante ressaltar que o foco de calor isolado não representa um incêndio florestal. Entretanto, um incêndio florestal conta com o acúmulo de focos de calor.

  • Focos de incêndios no Brasil já são 76% maiores que em 2023

    Focos de incêndios no Brasil já são 76% maiores que em 2023

    Com mais de 2,3 mil focos de incêndio detectados nas últimas 48 horas, o Brasil já acumula este ano até o domingo (13), 226,6 mil registros detectados pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa aumento de 76% na comparação com o mesmo período de 2023.

    De acordo com os dados do Inpe, do total de focos detectados, 49,4% ocorreram na Amazônia. O Cerrado é o segundo bioma mais afetado em números absolutos com 32,1%. O Pantanal, embora tenha registrado 6% do total de focos do país, foi o bioma que observou o maior crescimento de incêndios na comparação com 2023: um crescimento de 1.240%.

    Áreas do Pantanal e da Amazônia estão com alerta de chuvas intensas, conforme boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), divulgado nesta segunda-feira (14). No entanto, até dezembro, o Inmet prevê predomínio de chuva abaixo da média histórica em grande parte da Região Norte, com baixos níveis de umidade no solo em grande parte da região no mês de outubro. Na Amazônia, o estado do Pará registrou 466 focos de calor nas últimas 48 horas. Já o Mato Grosso contabilizou 189 focos.

    O Matopiba (região que reúne os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde predomina o bioma Cerrado, apresentou 826 focos nas últimas 48 horas. A região está hoje com alerta de baixa umidade, com risco aumentado de incêndios florestais em uma faixa que se estende do Sul do Maranhão, passando por grande parte do Piauí e alcançando o centro-norte baiano.

    De acordo com o governo federal, há 3.732 profissionais em campo atuando no enfrentamento aos incêndios florestais na Amazônia, Pantanal e Cerrado. Também foram disponibilizadas 28 aeronaves.

    Na última sexta-feira (11), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, declarou que o governo federal está totalmente mobilizado para atender todos os estados afetados. “Estamos constantemente monitorando e avaliando os mais variados casos. Não por acaso, mantemos uma Sala de Situação para discutir ações emergenciais diante das mudanças climáticas, que se tornam cada vez mais frequentes e severas”, acrescentou.

    Seca

    A Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação de escassez hídrica nos rios Madeira e Purus, no Amazonas; Tapajós e Xingú, no Pará; e em toda a região hidrográfica do Paraguai, no Pantanal. Com a baixa das águas dos rios, comunidades ficaram isoladas na Amazônia e vários rios atingiram os menores níveis observados nas séries históricas.

    Nesse domingo (13), o Rio Paraguai registrou a mínima histórica superando o recorde registrado em 1964, na estação do município de Ladário, em Maro Grosso do Sul.

  • Bombeiros gaúchos enfrentam fogo em Mato Grosso para retribuir solidariedade

    Bombeiros gaúchos enfrentam fogo em Mato Grosso para retribuir solidariedade

    Em uma demonstração de solidariedade e profissionalismo, bombeiros do Rio Grande do Sul estão combatendo incêndios florestais em Mato Grosso. Liderados pelo capitão Emerson Ribeiro, a equipe viajou por dois dias para chegar ao estado e somar forças no combate às chamas que devastam a região.

    A missão em Mato Grosso é uma forma de retribuir o apoio que os gaúchos receberam durante as enchentes que atingiram o estado no início do ano.

    A rotina dos bombeiros em Mato Grosso é marcada por longas jornadas, temperaturas elevadas e umidade baixa. As equipes trabalham incansavelmente para conter o avanço do fogo em áreas de difícil acesso.

    A luta contra os incêndios florestais no Brasil mobiliza milhares de bombeiros de todo o país. Segundo a Ligabom (Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil), cerca de 6.600 profissionais estão atuando na linha de frente. A coordenação da operação é feita por meio de gabinetes de crise, que monitoram a situação e distribuem os recursos de forma estratégica.

    A crise hídrica e os incêndios florestais têm colocado à prova a capacidade de resposta dos corpos de bombeiros de todo o Brasil. No entanto, a solidariedade entre os estados tem sido fundamental para enfrentar esses desafios.

  • Quatro mortes marcam incêndios devastadores em Mato Grosso

    Quatro mortes marcam incêndios devastadores em Mato Grosso

    Uma onda de fogo castiga Mato Grosso, transformando o que antes era um paraíso natural em um inferno. A seca implacável, somada à ação criminosa de incendiários, criou um cenário de destruição sem precedentes.

    Quatro vidas foram ceifadas pelas chamas, entre elas a de um médico renomado que, movido pela compaixão, perdeu a própria vida tentando salvar sua propriedade. O profissional da saúde, conhecido por sua dedicação, sucumbiu à inalação de fumaça.

    Outros três homens também perderam suas vidas combatendo o fogo ou em decorrência de problemas de saúde agravados pelas condições extremas. Entre eles, estão um brigadista do Prevfogo, que atuava na Terra Indígena Capoto/Jarina, e um agricultor que sofreu um ataque cardíaco enquanto apagava um incêndio em sua propriedade.

    A Polícia Civil investiga as causas dos incêndios e já indiciou mais de 112 pessoas por crimes ambientais. As autoridades alertam que a maioria dos focos de incêndio tem origem criminosa, seja por negligência, vingança ou para limpar áreas para outras atividades.

    A gravidade da situação tem mobilizado as autoridades a buscarem medidas mais rigorosas para combater os incêndios florestais. O Ministério da Justiça e Segurança Pública propôs mudanças no Código Penal, aumentando as penas para quem causar incêndios ilegais, especialmente em áreas protegidas e territórios indígenas.

    A devastação causada pelos incêndios em Mato Grosso é um alerta para a necessidade de ações urgentes para proteger o meio ambiente e garantir a segurança da população.

  • Governador de Mato Grosso defende maior integração no combate a incêndios florestais

    Governador de Mato Grosso defende maior integração no combate a incêndios florestais

    Governadores de diversos estados brasileiros se reuniram nesta quarta-feira (19.09) com ministros do governo federal para discutir estratégias de combate aos incêndios florestais. O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, defendeu a necessidade de uma maior integração entre os governos federal, estaduais e municipais para enfrentar o problema.

    Mendes destacou a importância de compartilhar recursos e criar sinergias regionais para evitar que a situação se repita nos próximos anos. “Criarmos unidades descentralizadas para compartilhar recursos me parece ser um caminho que poderá levar a um resultado mais concreto”, avaliou.

    O governador mato-grossense lembrou que o estado já havia planejado ações de combate aos incêndios, mas que a intensidade das queimadas superou as expectativas. “O tamanho do problema foi muito maior do que efetivamente planejamos combater”, afirmou.

    Mato Grosso: um dos estados mais afetados

    “Nenhum incêndio começou naturalmente; aconteceu alguma ação humana”, afirmou.

    Mato Grosso enfrenta a pior seca dos últimos 44 anos e tem investido significativamente no combate aos incêndios. O governo estadual destinou R$ 74,5 milhões para a contratação de brigadistas, aquisição de aeronaves e outras medidas preventivas.

    Além das ações governamentais, Mendes fez um apelo à população para que evite a prática de queimadas, principal causa dos incêndios florestais. “Nenhum incêndio começou naturalmente; aconteceu alguma ação humana”, afirmou.

  • Mato Grosso concentra 21% da área queimada do Brasil, revela o Monitor do Fogo

    Mato Grosso concentra 21% da área queimada do Brasil, revela o Monitor do Fogo

    Mato Grosso se transformou em uma grande e destrutiva fogueira ativa. Queima o Pantanal, o Cerrado, morrem os animais que correm desesperados por causa das chamas e calor que ultrapassa 47°.

    A chuva atrasou, o estado secou e lá se vai a fauna e a flora. E o plantio da soja? Está aí outro grande problema que pode impactar na vida de milhares de pessoas que dependem do sucesso da colheita.

    Sim, Mato Grosso concentra 21% da área queimada do Brasil. O fogo destruiu sem dó nem piedade cerca de 2,3 milhões de hectares (ha), sendo que do total citado anteriormente, 1.716.922 ha, foram queimados somente em agosto de 2024.

    Informações do Monitor do Fogo, mostram também um retrato pernicioso no que diz respeito ao tema em relação ao Brasil, pois no país, 5,65 milhões de hectares foram dizimados pelos incêndios. Bem, os focos não aparecem sozinhos como em um truque de mágica, pois a maior causa é proveniente da ação humana.

    O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade está trabalhando constantemente para prevenir ações humanas inapropriadas em Mato Grosso. Além disso, o Corpo de Bombeiros faz um trabalho diário para sanar o problema em todo o estado.

    Incêndios criminosos em Mato Grosso

    Mato Grosso se transformou em uma grande e destruitiva fogueira ativa.
    FOTO: @CenarioMT

    A Polícia Federal aprofundou as investigações sobre os incêndios florestais em Mato Grosso, suspeitando de uma organização criminosa por trás das queimadas.

    Atualmente, 52 inquéritos buscam identificar os responsáveis por incêndios intencionais, que se alastraram por diversos pontos do país. Através de imagens de satélite, a PF rastreia a origem do fogo e os possíveis autores.

    Essas ações criminosas causam danos irreversíveis ao meio ambiente, à biodiversidade e à saúde da população, além de serem consideradas crime ambiental, sujeito a penas de prisão.

  • Fogo na Amazônia é etapa da exploração econômica do bioma

    Fogo na Amazônia é etapa da exploração econômica do bioma

    Os incêndios que consomem o bioma amazônico são uma das etapas da exploração econômica da floresta, que vem sendo convocada pela economia mundial para fornecer alimentos e matérias-primas baratas, permitindo a manutenção do preço dos salários nos países mais desenvolvidos e o aumento do lucro em escala global. Essa é a avaliação do professor de economia Gilberto de Souza Marques, da Universidade Federal do Pará (UFPA).

    Autor do livro Amazônia: riqueza, degradação e saque, o especialista destaca que a agropecuária, a mineração e o setor madeireiro são as principais atividades que contribuem para o desmatamento da Amazônia e que a grilagem de terra alimenta essa exploração econômica.

    Brasília (DF) 18/09/2024 - Professor de economia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gilberto de Souza Marques, autor do livro “Amazônia: riqueza, degradação e saque” Foto: Gilberto de Souza Marques/Arquivo Pessoal
    Brasília (DF) 18/09/2024 – Professor de economia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gilberto de Souza Marques, autor do livro “Amazônia: riqueza, degradação e saque” Foto: Gilberto de Souza Marques/Arquivo Pessoal

    Marques questiona o modelo econômico imposto ao bioma, argumentando que nem tudo que gera muito lucro é o melhor para o conjunto da sociedade brasileira. Além disso, afirma que a Amazônia já está internacionalizada porque as grandes multinacionais da mineração e do agronegócio são as que controlam a economia dominante na região.

    Para o especialista em economia política, natureza e desenvolvimento, as experiências dos povos indígenas e comunidades tradicionais são as sementes de esperança que devem ser regadas para se contrapor à monocultura na região amazônica.

    Confira a entrevista completa:

    Agência Brasil: Qual a relação da destruição da Amazônia com a exploração econômica do bioma?

    Gilberto Marques: A Amazônia tem duas grandes tarefas no mundo que são incompatíveis. A primeira é contribuir para aumentar a rentabilidade do capital nas economias centrais, com o rebaixamento dos custos de produção. Isso significa produzir matérias-primas baratas de exportação para a China e para a Europa, como o ferro, a soja e outros produtos.

    Ao produzir alimentos baratos, a Amazônia diminui a pressão para elevação salarial nesses países e contribui para elevar as taxas de lucro em meio a uma economia global que vive sucessivas crises de rentabilidade do capital.

    A segunda tarefa da Amazônia é contribuir para reduzir os efeitos do aquecimento global, em particular a emissão de gases de efeito estufa. Na atualidade, essas duas tarefas são incompatíveis porque a primeira tarefa impõe um ritmo de apropriação da natureza como nunca visto nos 13 mil anos de existência humana na Amazônia.

    Esse ritmo ditado pela busca do lucro faz com que a natureza tenha dificuldade de se recompor, pois são atividades extremamente degradantes para a natureza.

    Agência Brasil: Quais as principais atividades que contribuem para degradar a Amazônia?

    Gilberto: Principalmente a mineração e o agronegócio associados à exploração madeireira. E a característica mais gritante na Amazônia é que o legal se alimenta do ilegal e o ilegal do legal.

    O setor pecuarista, que se apropria de terras públicas e que utiliza muitas vezes o trabalho escravo, continua, de alguma forma, vendendo o seu gado para as grandes cadeias da comercialização dos grandes frigoríficos, direta ou indiretamente.

    floresta Amazônica floresta Amazônica – Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Indiretamente porque eles maquiam esse gado [de áreas griladas] e os frigoríficos sabem disso. O gado que não pode ser vendido para Europa, por exemplo, porque tem regras mais rígidas, segue para o Nordeste ou o Sudeste, abastecendo esses mercados regionais e permitindo que os rebanhos criados nessas regiões possam ser exportados sem prejuízo do consumo local. Direta ou indiretamente, o gado amazônico, mesmo criado em áreas ilegais, entra nas grandes cadeias de proteína animal do planeta.

    Em 2021, o principal produto exportado pelo município de São Paulo foi o ouro, com aproximadamente 27% de tudo que o município exportou. De onde vem esse ouro que entra nos grandes circuitos legais da financeirização da economia? Esse ouro sai, em grande medida, dos circuitos ilegais que estão destruindo a Amazônia.

    A mineração destrói intensivamente a floresta, o solo e subsolo, mas ela ocorre em espaço menor, ainda que tenha uma extensão além da mina, como é o caso da contaminação dos rios. Já a agropecuária usa extensas áreas e o uso de agrotóxicos mata os insetos que polinizam a floresta.

    Além disso, a plantação de soja retira cobertura vegetal, aumentando a temperatura em torno do campo de plantio e os riscos de incêndios. Essas atividades estimulam a apropriação ilegal da terra na Amazônia.

    Agência Brasil: Como ocorre essa apropriação ilegal da terra da Amazônia?

    Gilberto: O grileiro se apropria de uma terra pública, de uma área de preservação ou de território indígena, e derruba a floresta de imediato. Em seguida, vende para um segundo proprietário que sabe que a terra é ilegal pelo próprio preço de venda, que é rebaixado.

    Floresta amazônica vista de cima.Floresta amazônica vista de cima.Floresta amazônica vista de cima. – Divulgação TV Brasil

    Depois de comprar, o segundo dono entra com o pedido de regularização fundiária dessa terra, argumentando que a comprou de boa-fé, acreditando que era uma terra legalizada.

    Esse argumento da boa-fé serviu para regularizar propriedades griladas desde os governos da ditadura empresarial militar, com o argumento de que isso geraria segurança jurídica e impediria a grilagem de terra. Na realidade, isso estimula a grilagem na região amazônica.

    Agência Brasil: Por que existe o risco de a soja avançar ainda mais no bioma amazônico?

    Gilberto: Por que o custo de transporte é elemento determinante hoje na soja. Do município de Sorriso (MT) até o Porto de Paranaguá, no Paraná, são 2,2 mil km. Depois de embarcada nos navios, ela sobe toda a costa brasileira.

    Quando essa soja é produzida aqui na Amazônia, próximo à linha do Equador, ou com conexão com os rios, o custo de transporte cai bastante ou chega a quase zero. É o caso da soja que está sendo produzida no Amapá, a 70 quilômetros do porto.

    Ou seja, há uma redução de custo brutal nesse processo e a redução eleva a rentabilidade da atividade, permitindo que o produto chegue barato aos mercados centrais.

    Fora isso, quando, por meio da Lei Kandir, o governo deixa de cobrar o ICMS sobre essa exportação, o produto pode ser vendido por um preço abaixo de seu valor, sem que a empresa perca nada. Mas o Estado deixou de arrecadar o que lhe caberia. Há, então, uma transferência de valor do Brasil para as economias centrais. Vendemos mercadorias e recebemos menos do que elas efetivamente valem.

    Agência Brasil: Os incêndios na Amazônia têm relação com a exploração econômica?

    Um homem trabalha em um trecho de queimada da floresta amazônica, como está sendo desmatada por madeireiros e agricultores em Iranduba, Amazonas, Brasil, 20 de agosto de 2019. REUTERS / Bruno Kelly / Homem trabalha em trecho de queimada da floresta amazônica, desmatada por madeireiros e agricultores em Iranduba _ Foto Reuters/ Bruno Kelly

    Gilberto: O fogo é resultado desse processo de apropriação ilegal da terra e é uma etapa da exploração econômica. Durante o primeiro semestre do ano, que é o período de mais chuva, se faz a derrubada da floresta para a retirada das madeiras.

    Quando começa o verão amazônico, que ocorre entre o final de junho até setembro principalmente, se toca muito fogo na floresta para queimar o que se derrubou no primeiro semestre, mas não se aproveitou para a atividade madeireira. Então, se forma o pasto.

    Além disso, 80% das propriedades da floresta são reservas legais que não podem ser desmatadas. O proprietário então toca fogo na floresta e diz que aquilo foi um incêndio não produzido por ele. Como deixou se ser floresta, ele vai utilizar a área para o aumento do pasto, para o plantio de soja ou outra atividade do agronegócio.

    Quando você pega a distribuição do fogo, você vê que a concentração está exatamente nos municípios em que mais avança o agronegócio. Como é o caso de São Félix Xingu (PA), que tem o maior reganho bovino do Brasil.

    Porém, o que estamos vendo hoje, neste início de setembro, é um descontrole porque alguns dados de monitoramento apontam que até um terço do fogo sobre a Amazônia está ocorrendo em floresta em pé, diferentemente do padrão típico que é o fogo sobre floresta que foi derrubada no primeiro semestre.

    Agência Brasil: O senhor diz que a Amazônia está internacionalizada no mercado global. Como é isso?

    Gilberto: A Amazônia está internacionalizada porque os grandes ramos da produção do agronegócio e da mineração estão controlados pelas grandes empresas multinacionais em escala internacional.

    As duas maiores plantas de alumina e alumínio do planeta estão no Pará e são controladas por uma empresa transnacional, que é a Hydro, de capital principalmente norueguês. O principal acionista é o governo da Noruega, que é também o principal doador do Fundo Amazônia.

    A Vale do Rio Doce anunciou que a maior parcela do seu capital total é negociada em circuitos estrangeiros, ou seja, não está nas mãos de brasileiros. Se pegarmos o comércio de grãos, principalmente soja, quem comercializa e controla esse comércio na Amazônia são as grandes transnacionais do agronegócio como Cargill, Bunge, ADM [Human, Pet and Animal Nutrition Company] e LDC [Louis Dreyfus Company].

    Agência Brasil: Qual a exploração econômica sustentável alternativa que pode beneficiar o povo brasileiro?

    Gilberto: Nosso desafio é entender que não necessariamente o que dá grande lucro é algo que beneficia o conjunto da população ou que seja necessariamente o melhor para o país e para a região.

    Precisamos problematizar essa noção de desenvolvimento como simples expansão da economia. Historicamente, isso foi utilizado no Brasil para justificar determinadas políticas, mas o resultado foi exclusão social e o enriquecimento de uma pequena minoria.

    Boa Vista/RR – A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje, 27/01, a operação Okê Arô*, para combater o desmatamento ilegal em uma área de quase 5.000 hectares de floresta amazônica.Boa Vista/RR – A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje, 27/01, a operação Okê Arô*, para combater o desmatamento ilegal em uma área de quase 5.000 hectares de floresta amazônica.Boa Vista – Polícia Federal deflagra Operação Okê Arô* para combater desmatamento ilegal na floresta amazônica. – PF/divulgação

    Nesse sentido, temos experiências em curso na região amazônica que são ainda muito incipientes, mas muito ricas. A produção agroecológica, com as agroflorestas, é uma delas. Outras experiências são as atividades comunitárias, como a pesca do Mapará, no Rio Tocantins, onde as pessoas se juntam para pescar e o resultado é distribuído entre todos, inclusive entre aqueles que não puderam pescar.

    Tem ainda a rica experiência do povo indígena Ka’apor, do Maranhão, que tem criado áreas de proteção quando identifica a entrada de madeireiros e outros invasores. Eles constroem comunidades nas rotas dos invasores, barrando a entrada deles. Já criaram 12 áreas de proteção, permitindo a recomposição da floresta.

    Temos que ajudar a disseminar essas experiências de integração sociedade-natureza em oposição à monocultura na Amazônia. A gente tem que olhar a Amazônia com esperança, porque ela ainda é a maior concentração de matéria viva do planeta.

    Ela captura dióxido de carbono e cumpre papel vital para a existência da humanidade. O planeta vai continuar existindo, o que está em questão é a continuidade da humanidade. Nesse sentido, a Amazônia é a esperança para o planeta. E os povos que vivem na Amazônia, por meio de suas experiências, são sementes de esperança que temos que ajudar a brotar.

    Edição: Graça Adjuto

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  • Incêndios devastam o Xingu e ameaçam povos indígenas de Mato Grosso

    Incêndios devastam o Xingu e ameaçam povos indígenas de Mato Grosso

    Uma gigantesca cortina de fogo se alastrou por Mato Grosso, transformando o céu em um cenário apocalíptico. Desde o dia 17 de agosto, as chamas avançam descontroladamente entre os municípios de São José do Xingu e São Félix do Araguaia, colocando em risco a vida de milhares de pessoas, principalmente os povos indígenas do Parque do Xingu.

    Na última quinta-feira (12), a situação se agravou com a formação de uma extensa barreira de fogo, que se estende por cerca de 20 a 30 quilômetros. A fumaça tóxica proveniente das queimadas compromete a qualidade do ar e a saúde da população local, além de causar danos irreparáveis ao meio ambiente.

    A Fepoimt (Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso) alerta que, até o momento, 41 terras indígenas já foram atingidas pelas chamas. A Defesa Civil, por sua vez, informa que cerca de 40 brigadistas estão atuando na região para tentar controlar o fogo, mas a tarefa é árdua e exige um esforço conjunto de diversas instituições.

    A Prefeitura de São José do Xingu, um dos municípios mais afetados, trabalha em conjunto com os brigadistas e o Corpo de Bombeiros para combater as chamas e minimizar os danos. No entanto, as condições climáticas secas e ventos fortes dificultam o trabalho dos bombeiros e agravam a situação.