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  • Rondonópolis registra três focos de incêndio em terrenos baldios em menos de 5 horas

    Rondonópolis registra três focos de incêndio em terrenos baldios em menos de 5 horas

    A cidade de Rondonópolis enfrentou uma noite agitada devido a três incêndios em terrenos baldios, registrados entre a noite de segunda-feira (26) e a madrugada de terça-feira (27). O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) foi acionado para atender as ocorrências nos bairros Rosa Bororo, Residencial Farias e Jardim Oásis.

    A primeira chamada foi registrada às 19h43 no bairro Rosa Bororo. Os bombeiros utilizaram cerca de 400 litros de água para controlar as chamas que se alastravam pelo terreno baldio. Em seguida, por volta das 22h19, uma nova ocorrência foi registrada no Residencial Farias, onde foram necessários aproximadamente 500 litros de água para conter o fogo.

    A última ocorrência da noite aconteceu por volta das 0h05 no bairro Jardim Oásis, onde mais 500 litros de água foram utilizados para extinguir as chamas.

    Em todas as ocorrências, os bombeiros realizaram o rescaldo da área atingida para evitar reignições. Felizmente, não houve danos a estruturas vizinhas e nem feridos. As causas dos incêndios ainda são desconhecidas e estão sendo investigadas.

    Os incêndios em áreas urbanas, especialmente em terrenos baldios, representam um risco significativo para a população e o meio ambiente. As chamas podem se espalhar rapidamente, causando danos a propriedades e colocando em risco a vida de pessoas e animais. Além disso, a fumaça gerada pela queima de vegetação pode causar problemas respiratórios e prejudicar a qualidade do ar.

    Prevenção para evitar incêndios 

    Para evitar que novos incêndios ocorram em Mato Grosso, é fundamental que a população adote medidas preventivas, como:

    • Não jogar bitucas de cigarro em locais inadequados
    • Evitar queimar lixo em terrenos baldios
    • Denunciar qualquer foco de incêndio imediatamente
    • Manter os terrenos limpos e livres de materiais combustíveis
  • Mato Grosso lidera número de focos de incêndio no Brasil em 2024, aponta INPE

    Mato Grosso lidera número de focos de incêndio no Brasil em 2024, aponta INPE

    Mato Grosso continua sendo o estado mais afetado pelas queimadas no Brasil em 2024. Até esta quarta-feira (10), foram registrados 9,2 mil focos de incêndio no estado, representando 23,6% de todos os focos contabilizados no país. Este número representa um aumento de 41,53% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 6,5 mil focos.

    Em julho, o estado também lidera o número de focos, com 477 registros. A Amazônia é o bioma mais afetado, com 5,6 mil focos, seguida pelo Cerrado, com 2,7 mil focos, e pelo Pantanal, com 827 focos.

    As cidades de Feliz Natal, Cáceres e Tangará da Serra estão entre as mais atingidas pelos focos de incêndio neste mês, com 490, 482 e 472 focos, respectivamente.

    Especialistas do Instituto S.O.S Pantanal, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da WWF Brasil identificam as principais razões das queimadas em cada bioma:

    • Amazônia: Desmatamento
    • Cerrado: Seca e expansão das áreas utilizadas para a agropecuária
    • Pantanal: Seca severa e queimas em propriedades particulares

    A unidade de conservação de Chapada dos Guimarães, localizada a 65 km de Cuiabá, foi a que mais registrou focos de calor (22 focos), seguida por Cabeceiras do Rio Cuiabá (14 focos) e Nascentes do Rio Paraguai (5 focos).

    Em resposta ao aumento dos incêndios, o governo de Mato Grosso lançou a Operação Pantanal 2024, com o objetivo de combater os incêndios florestais na região do Pantanal. A operação foi antecipada em dois meses devido à situação climática que afeta a região. Segundo a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, o período proibitivo também foi antecipado e passa a valer a partir desta segunda-feira.

    A antecipação da operação visa evitar que o fogo destrua o bioma, como ocorreu em anos anteriores, causando danos significativos à fauna e flora da região.

  • Amazônia concentra 90% da área com focos de incêndio no 1º bimestre

    Amazônia concentra 90% da área com focos de incêndio no 1º bimestre

    Durante o primeiro bimestre deste ano, 90% das áreas com queimadas foram concentradas no bioma Amazônia, de acordo com um informe emitido pelo Monitor do Fogo, iniciativa do Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas) em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). O perímetro atingido pelas chamas somou 487 mil hectares, e no primeiro bimestre de 2022 a área se elevou para 654 mil hectares.

    Nos seis biomas do país — Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal –, em 536 mil hectares, houve focos de incêndios. Conforme destaca a pesquisadora Vera Arruda, do Ipam, a área é 28% menor do que a registrada no primeiro bimestre de 2022.

    Segundo a pesquisadora Vera, de modo geral, as chuvas que caracterizam os primeiros meses do ano, no país favorecem a diminuição de incêndios. “Mesmo assim, são muitos hectares queimados, em um período de mais chuva”, afirma a pesquisadora, que integra a equipe responsável pelo Monitor do Fogo.

    Outra particularidade da época é o alto índice de ocorrências em Roraima. O levantamento mostra que as queimadas no estado chegaram a consumir 259 mil hectares, ou seja, 48% do total identificado.

    “Lá tem um tipo de vegetação que se assemelha mais ao Cerrado. Não são só florestas, como na maior parte da Amazônia”, explica Vera. Nos estados de Mato Grosso e do Pará, o fogo atingiu espaços de 90 mil e 70 mil hectares, respectivamente. Juntos, se somados a Roraima, respondem por 79% dos incêndios detectados pela equipe do projeto.

    O Cerrado figura em segundo lugar na lista, com 24 mil hectares atingidos pelo fogo. Perguntada sobre o que a equipe considera uma margem de tolerância quanto aos incêndios, quando se trata do bioma, Vera comenta que, de fato a vegetação se adaptou à presença do fogo.

    A pesquisadora, porém, faz uma observação: “O fogo que acontece, hoje em dia, nos últimos anos, não é mais o fogo que naturalmente ocorreria na vegetação, porque ocorreria mais por presença de raios. Ou seja, mais entre as estações. Mais ou menos, de maio a julho. E a gente vê que, na verdade, o fogo do Cerrado se concentra no auge da estação seca, entre agosto e setembro, que são os meses mais críticos do fogo no Cerrado. A maioria do fogo na vegetação vem de origem antrópica, humana, não é de origem natural.”

    “Além disso, mesmo o fogo que ocorreria de forma natural ocorreria de forma espaçada não queimaria uma mesma área, repetidas vezes. O que a gente vê, com os dados do Monitor, é que a frequência das áreas queimadas no Cerrado também está aumentando. Isso não permite que a vegetação, o ecossistema se recupere”, finaliza.

    Edição: Nádia Franco