Tag: focos de calor

  • Áreas improdutivas e irregulares são as que mais registram focos de incêndio em Mato Grosso

    Áreas improdutivas e irregulares são as que mais registram focos de incêndio em Mato Grosso

    O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso apresentou um balanço preocupante sobre os incêndios florestais no estado durante a estiagem. Apesar dos esforços conjuntos de produtores e autoridades, 40.315 focos de calor foram registrados até outubro.

    O coronel Flávio Gledson Vieira, comandante-geral do Corpo de Bombeiros, destacou que as áreas produtivas e regularizadas apresentaram um índice menor de focos de calor em comparação com as áreas improdutivas ou irregulares. “Os produtores têm sido aliados na prevenção e combate aos incêndios”, afirmou o coronel.

    A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também reconheceu a importância da parceria com o setor produtivo. O deputado Carlos Avallone, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, ressaltou o trabalho de fiscalização e prevenção realizado pelo Parlamento.

    Desafios e soluções contra incêndios em Mato Grosso

    Governo anuncia R$ 514 milhões para combater incêndios florestais de Mato Grosso e outros estados
    FOTO – Ricardo Stuckert/PR

    Um dos principais desafios apontados foi a necessidade de um laudo técnico dos Bombeiros para a aplicação de multas por incêndios. Segundo Ronaldo Vinha, diretor de relações institucionais da Famato, essa medida evitaria que produtores fossem penalizados injustamente.

    Outro ponto crucial discutido foi a importância dos incentivos fiscais para o desenvolvimento do agronegócio em Mato Grosso. Os deputados defenderam a manutenção desses benefícios, argumentando que eles são essenciais para atrair investimentos e gerar emprego e renda.

    A prevenção continua sendo o principal desafio para o combate aos incêndios florestais. O governo estadual, em parceria com o setor produtivo, tem investido em treinamento de brigadas e aquisição de equipamentos para fortalecer as ações de prevenção e combate.

  • Mato Grosso concentra 70% dos territórios indígenas com mais focos de calor no Brasil

    Mato Grosso concentra 70% dos territórios indígenas com mais focos de calor no Brasil

    Um novo relatório da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) traz dados alarmantes sobre a situação das terras indígenas em Mato Grosso.

    De acordo com o estudo “Amazônia à Beira do Colapso”, o estado concentra 7 dos 10 territórios indígenas brasileiros com o maior número de focos de calor registrados em agosto.

    A seca extrema, que assola a região há dois anos, é apontada como a principal causa do aumento drástico dos incêndios.

    Terrenos como Utiariti, que registrou 627 focos de calor, e Parabubure, com 423, lideram a lista dos mais atingidos. A soma dos focos de calor nesses sete territórios mato-grossenses chega a impressionantes 2.355 em apenas um mês.

    Aumento exponencial em Mato Grosso

    A situação é ainda mais grave quando se analisam os dados acumulados de janeiro a agosto. Neste período, quatro territórios mato-grossenses – Paresi, Utiariti, Parabubure e Areões – estão entre os dez com mais focos de calor do país.

    O que mais chama a atenção é o aumento exponencial dos incêndios em Areões e Parabubure, que registraram um crescimento de 562% e 340%, respectivamente, em comparação ao mesmo período do ano passado.

    Ameaça aos povos indígenas

    Fot: Denisa Starbova
    Fot: Denisa Starbova

    A intensificação dos incêndios representa uma grave ameaça aos povos indígenas de Mato Grosso. Além de destruir habitats e fontes de alimento, o fogo compromete a qualidade do ar e aumenta o risco de doenças respiratórias. As comunidades tradicionais, que dependem diretamente dos recursos naturais para sua subsistência, são as mais afetadas por essa crise ambiental.

    Alerta para o colapso da Amazônia

    O relatório da Coiab serve como um alerta para a gravidade da situação na Amazônia. A seca extrema, combinada com a ação humana, está levando a região a um ponto de não retorno. É urgente que sejam tomadas medidas para combater os incêndios, proteger as florestas e garantir os direitos dos povos indígenas.

  • Mato Grosso enfrenta pior setembro em queimadas dos últimos quatro anos

    Mato Grosso enfrenta pior setembro em queimadas dos últimos quatro anos

    Setembro de 2024 se tornou o mês com o maior número de focos de calor em Mato Grosso nos últimos quatro anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com um aumento de 371% em relação ao mesmo período do ano passado, o estado registrou 19.893 focos de incêndio, superando até mesmo o recorde de 2020, marcado pelos devastadores incêndios no Pantanal.

    Desde o início do ano, Mato Grosso já contabiliza 45.780 focos de calor, o pior cenário em 14 anos. Essa marca supera em 17% o acumulado de 2020, quando foram registrados 39.100 focos. Em comparação com 2023, o aumento é ainda mais expressivo, chegando a 219%.

    A média diária de focos em setembro foi de mais de 660, superando em quase 50% a média esperada para o mês. Os dados do Inpe mostram que 100% dos municípios mato-grossenses registraram pelo menos um foco de incêndio em 2024, com 93% deles, ou seja, 133 cidades, tendo registrado fogo em setembro.

    Cáceres e Peixoto de Azevedo lideram em Mato Grosso

    Foto: Gustavo Figueiroa/SOS Pantanal
    Mato Grosso lidera número de queimadas no país- Foto: Gustavo Figueiroa/SOS Pantanal

    Cáceres e Peixoto de Azevedo se destacam como as cidades com maior número de focos de calor em Mato Grosso, somando mais de 1.100 registros cada uma apenas em setembro. No acumulado do ano, ambas ocupam a segunda e terceira posições no ranking estadual.

    Colniza, por sua vez, lidera o ranking estadual no acumulado do ano, com 2.460 focos. A cidade, composta 100% pelo bioma Amazônia, também ocupa a nona posição no ranking nacional de municípios com mais focos de incêndio em 2024.

    Com 209.242 focos de incêndio registrados em todo o país, Mato Grosso se destaca como o estado com o maior número de queimadas em 2024. A situação crítica exige ações urgentes para conter as chamas e proteger o meio ambiente.

  • Mato Grosso: 60 municípios em estado de emergência por causa dos incêndios

    Mato Grosso: 60 municípios em estado de emergência por causa dos incêndios

    A crise hídrica e os incêndios florestais continuam a assolar Mato Grosso. Diante da gravidade da situação, 60 municípios do estado já tiveram a situação de emergência reconhecida pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

    A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última sexta-feira (27), permite que essas cidades solicitem recursos federais para atender à população afetada e reconstruir infraestruturas danificadas.

    De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde o início do ano, Mato Grosso registrou mais de 45 mil focos de calor, o que coloca o estado em estado de alerta.

    A lista de municípios em situação de emergência inclui nomes como Alta Floresta, Sinop, Sorriso e outras cidades importantes da região.

    Impacto da crise em Mato Grosso

     60 municípios em estado de emergência por causa dos incêndios

    Os incêndios florestais têm causado diversos impactos negativos para a população e o meio ambiente, como:

    • Perda de biodiversidade: A fauna e a flora locais são gravemente afetadas pelos incêndios, causando a perda de habitats e a extinção de espécies.
    • Degradação do solo: O fogo destrói a camada superficial do solo, tornando-o mais suscetível à erosão e dificultando a recuperação da vegetação.
    • Poluição do ar: A fumaça produzida pelos incêndios contamina o ar, causando problemas respiratórios e outros problemas de saúde para a população.
    • Prejuízos econômicos: Os incêndios podem destruir propriedades, lavouras e infraestruturas, causando grandes prejuízos econômicos para os municípios afetados.

    Recursos para a recuperação

    Com o reconhecimento da situação de emergência, os municípios atingidos poderão solicitar recursos do governo federal para realizar ações de recuperação, como:

    • Combate aos incêndios: Aquisição de equipamentos e contratação de brigadistas para controlar as chamas.
    • Atendimento à população: Distribuição de alimentos, água potável e kits de higiene para as famílias atingidas.
    • Reconstrução de infraestruturas: Restauração de casas, escolas, hospitais e outras edificações danificadas pelos incêndios.

    Prevenção e combate aos incêndios

    Para evitar que novas tragédias ocorram, é fundamental investir em ações de prevenção e combate aos incêndios florestais, como:

    • Fiscalização e combate às queimadas: Intensificar a fiscalização e aplicar multas para quem causar queimadas de forma irregular.
    • Educação ambiental: Promover ações de educação ambiental para conscientizar a população sobre a importância da preservação do meio ambiente.
    • Monitoramento por satélite: Utilizar imagens de satélite para identificar focos de calor e agir rapidamente no combate aos incêndios.
  • Bombeiros combatem 42 incêndios florestais neste domingo em Mato Grosso

    Bombeiros combatem 42 incêndios florestais neste domingo em Mato Grosso

    O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso combate 42 incêndios florestais neste domingo (29.09). Atuam mais de mil bombeiros em campo, em regime de revezamento, com apoio de brigadistas contratados pelo Governo do Estado e agentes de órgãos federais.

    Em Chapada dos Guimarães, os militares combatem dois incêndios na região do Lago do Manso e entre Monjolo e a Comunidade Cachoeira Rica, com apoio de um avião, dois caminhões-pipa e seis caminhonetes. Também neste município, uma equipe dos bombeiros combate um incêndio na região do Lago do Manso.

    No Pantanal, 20 equipes do Corpo de Bombeiros atuam em oito frentes de combate em três incêndios em Cáceres e Barão de Melgaço. Em Cáceres, os militares estão na Fazenda Pantanal II, Santa Bárbara do Oriente, Fazenda Descalvado, Fazenda Recanto das Aves e na Fazenda São Bento. Já em Barão de Melgaço, os bombeiros estão na Fazenda Santa Maria, Fazenda Indiana e Fazenda Acori.

    Auxiliam nas ações a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Defesa Civil do Estado, Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, Marinha do Brasil e Sesc Pantanal.

    O Corpo de Bombeiros também faz o combate de incêndios em 17 cidades, sendo elas: Cáceres, Barão de Melgaço, Rosário Oeste, Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Alto Paraguai, Aripuanã, Nortelândia, Santo Antônio do Leste, Sinop, Nova Maringá, Lucas do Rio Verde, Diamantino, Feliz Natal, União do Sul, São José do Rio Claro, e Ribeirão Cascalheira.

    Monitoramento em Mato Grosso

    Brasília, DF 15-09-2024 Um Incendio atingiu o Parque Nacional de Brasília. Bombeiros e populares tentavam conter as chamas Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom

    O Batalhão de Emergências Ambientais faz o monitoramento de incêndios na Chácara Simon, em Sinop; na Fazenda Palmasola, em Nova Ubiratã; na Fazenda Rio Arinos, em São José do Rio Claro; na Fazenda Coprocentro III, em Colniza; na Fazenda 16 de Agosto e na BR-364, em Brasnorte; nas Fazendas Fortunato e Sinopema, em Tabaporã; nas Fazendas Angola, Monte Aprazível e Harmonia, em Vila Rica; na Fazenda Antônio do Arinos, em Diamantino; nas Fazendas Santa Ana, Perdizes e Rancho Velho em Ribeirão Cascalheira; na Fazenda Paranatinga I, em Paranatinga; no Vale do Jatobá, em Santiago do Norte; na Fazenda Idal, em Santa Carmem; na Fazenda Gaspar I, em Itanhangá; na Fazenda Entre Rios, em São Félix do Araguaia; nas Fazenda Gaivota e Santo Expedito; na Apa Municipal Tadarimana, entre Pedra Preta e Guiratinga; nas Fazendas Santa Rita e Aragarças, em Tapurah; nas Fazendas Saudade e Jacaroa, em Cocalinho; nas Fazendas Mutum, São Gonçalo e Manchete, em Porto Alegre do Norte; próximo a MT-208, em Aripuanã; nas Fazendas Elagro, Santa Terezinha e Paz e Amor, em Santa Terezinha; na Fazenda Santa Ligia, em Araguaiana; na Fazenda Tapirapé, em Confresa; na Fazenda Água do Batelão, em Portos dos Gaúchos; na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Alto Paraguaia; nas Fazendas Beira Rio VI e Santo Antônio, em Luciara; na Fazenda Água Bonita, em General Carneiro; na Fazenda Sangradouro, em Poxoréu; na Fazenda União, em São José do Xingu.

    O BEA também monitora incêndios na Terra Indígena Capoto Jarinã, em Peixoto de Azevedo; e na Aldeia Utiariti, em Campo Novo do Parecis. O Corpo de Bombeiros só não entrou nos locais porque é necessária autorização dos órgãos federais.

    Todos os incêndios combatidos pelos militares também são monitorados pelo BEA para orientar as equipes em campo.

    A estiagem severa e a baixa umidade do ar têm contribuído para a propagação das chamas, e o Corpo de Bombeiros pede que a população colabore e respeite o período proibitivo. A qualquer indício de incêndio, os bombeiros orientam que a denúncia seja feita pelos números 193 ou 190.

    Focos de calor

    Em Mato Grosso, foram registrados 454 focos de calor neste domingo, conforme última checagem às 17h30, no Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desses, 283 se concentram no Pantanal, 115 na Amazônia e 56 no Cerrado. Os dados são do Satélite de Referência (Aqua Tarde).

    Importante ressaltar que o foco de calor isolado não representa um incêndio florestal. Entretanto, um incêndio florestal conta com o acúmulo de focos de calor.

  • Brasil já registrou mais de 154 mil focos de calor este ano

    Brasil já registrou mais de 154 mil focos de calor este ano

    O Brasil iniciou o mês de setembro com mais 154 mil focos de calor registrados este ano, segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O maior número de frentes de fogo está na Amazônia, que concentra 42,7% dos focos registrados no domingo (1º) e nesta segunda-feira (2).

    De acordo com o Inpe, como esses dados são gerados por imagens de satélite, que variam em captação de áreas entre 375 metros quadrados (m²) e 4 quilômetros quadrados (km²), cada foco pode representar uma ou várias frentes de fogo ativas. Da mesma forma, uma frente de fogo muito grande pode ser captada por mais de um satélite e representar mais de um foco de calor.

    Na comparação com os dados divulgados no último boletim do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), no sábado (31), os focos de calor continuam avançando pelos biomas brasileiros, em relação ao registrado até o dia 27 de agosto, até quando já haviam sido captados pouco mais de 112 mil focos de calor no país. Embora a Amazônia seja o bioma mais atingido, por causa da extensão de seu território, o município mais afetado foi Corumbá, em Mato Grosso do Sul, onde o bioma predominante é o Pantanal e foram detectados 4.245 focos. Já o segundo município mais atingido foi Apuí, no Amazonas, onde houve 3.401 focos até o dia 27 de agosto.

    De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), a área da Amazônia que já foi consumida pelo fogo em 2024 ultrapassou 5,5 milhões de hectares e o Pantanal já perdeu 2,5 milhões de hectares até esse domingo.

    Combate

    O MMA informou que atualmente atuam na Amazônia 1.468 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

    Já no Pantanal, esses órgãos atuam com 391 profissionais, que se somam a outros 343 das Forças Armadas, 79 da Força Nacional de Segurança Pública e dez da Polícia Federal. Também estão sendo empregadas 18 aeronaves e 52 embarcações do governo federal.

    Na última terça-feira (27), o Supremo Tribunal Federal determinou o prazo de 15 dias para que o governo federal reforce o número de pessoas e de equipamentos no combate ao fogo no Pantanal e na Amazônia. No dia 10 de setembro, o cumprimento da medida deverá ser avaliado em audiência de conciliação que tratará de três ações de descumprimento de preceito fundamental (ADPFs) que tratam do tema.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Incêndios Florestais: 225 Bombeiros combatem 39 focos em Mato Grosso

    Incêndios Florestais: 225 Bombeiros combatem 39 focos em Mato Grosso

    Nesta sexta-feira (30.08), 225 militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso estão atuando no combate a 39 incêndios florestais em todo o estado. A operação envolve cinco aviões, um helicóptero, 55 viaturas, 11 máquinas e quatro barcos.

    Em Sinop, o incêndio no Parque Florestal foi controlado, mas nove bombeiros continuam no local com apoio de caminhões e caminhonetes. Em Chapada dos Guimarães, 26 bombeiros e 21 brigadistas do ICMBio estão concentrados em várias regiões, incluindo o Parque Nacional.

    No Pantanal, 79 bombeiros enfrentam as chamas em áreas como a RPPN Sesc Pantanal e a Fazenda Cambarazinho, com suporte de aviões, viaturas e máquinas. Outras regiões, como Rosário Oeste, Nobres e Juína, também contam com a presença de 112 bombeiros em ações de combate.

    O Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) monitora incêndios em diversas fazendas e terras indígenas, utilizando satélites para orientar as equipes de campo. A severa estiagem e a baixa umidade têm intensificado a propagação das chamas, e o Corpo de Bombeiros pede colaboração da população para evitar novos focos.

    Incêndios Extintos: Desde o início do período proibitivo, mais de 70 incêndios foram controlados em municípios como Cuiabá, Chapada dos Guimarães e Rondonópolis.

    Focos de Calor: Nas últimas 24 horas, foram registrados 1.688 focos de calor em Mato Grosso, com maior concentração na Amazônia.

    Veja também:

  • Número de focos de calor triplica em Mato Grosso

    Número de focos de calor triplica em Mato Grosso

    O estado de Mato Grosso enfrenta uma grave crise ambiental. De acordo com dados do Instituto Centro de Vida (ICV), o número de focos de calor registrados em 2024 já é quase o triplo do registrado no mesmo período do ano passado. Apenas no mês de agosto, foram contabilizados mais de 7.466 focos, um aumento alarmante em comparação aos 2.626 registrados em agosto de 2023.

    A Amazônia de Mato Grosso e o Cerrado são os biomas mais atingidos, com mais de 3 mil focos de calor cada. O Pantanal, que ainda se recupera dos devastadores incêndios de anos anteriores, também registra um aumento significativo no número de focos.

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    Na noite de quinta-feira (22), dois grandes incêndios atingiram a capital Cuiabá, com destaque para o Morro da Luz, onde as chamas ainda persistiam na manhã desta sexta-feira (23).

    Impactos ambientais e sociais em Mato Grosso

    parques de Minas Gerais
    Foto: CBM

    Esse aumento drástico nos incêndios florestais em Mato Grosso e outras partes do Brasil,trazem graves consequências para o meio ambiente e para a sociedade. A perda de biodiversidade, a emissão de gases do efeito estufa, a degradação do solo e a poluição do ar são apenas algumas das consequências desse problema. Além disso, os incêndios colocam em risco a saúde da população, principalmente de crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios.

    Causas e soluções

    As causas dos incêndios são diversas e complexas, incluindo fatores climáticos, como a seca prolongada, e atividades humanas, como queimadas agrícolas e desmatamento. Para combater esse problema, é necessário um esforço conjunto de governos, sociedade civil e setor privado, com ações como:

    • Fiscalização e combate às queimadas: Intensificar a fiscalização e o combate às queimadas ilegais, principalmente em áreas de preservação ambiental.
    • Prevenção de incêndios: Investir em ações de prevenção, como a criação de brigadas de incêndio e a realização de campanhas de conscientização.
    • Restauração de áreas degradadas: Promover a restauração de áreas degradadas por incêndios, contribuindo para a recuperação da vegetação nativa.
    • Investigação das causas: Investigar as causas dos incêndios para identificar os responsáveis e aplicar as sanções cabíveis.
  • Mato Grosso sofre com aumento de incêndios florestais e mais de 390 focos de calor são registrados em um final de semana

    Mato Grosso sofre com aumento de incêndios florestais e mais de 390 focos de calor são registrados em um final de semana

    O Mato Grosso enfrenta uma grave crise de incêndios florestais, com um aumento significativo no número de focos de calor registrados nos últimos dias. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado registrou mais de 390 focos de calor entre sexta-feira (26) e domingo (28), sendo 258 na Amazônia, 127 no Cerrado e nove no Pantanal.

    A situação é alarmante, com um aumento de 6,27% em relação ao mesmo período do mês anterior. Somente na sexta-feira, 62 focos de incêndio foram registrados em diversas regiões do estado, incluindo Cuiabá, Barão de Melgaço, Cáceres e a estrada de acesso ao Lago de Manso.

    Diante da gravidade da situação, equipes do Corpo de Bombeiros e brigadistas estão trabalhando incansavelmente para conter as chamas. Mais de 70 combatentes foram mobilizados para atuar em diversas frentes, incluindo a Área de Proteção Ambiental (APA) das Cabeceiras do Rio Cuiabá, o Pantanal, a Serra do Patrimônio em Pontes e Lacerda e o Parque Estadual Serra de Ricardo Franco em Vila Bela da Santíssima Trindade.

    O Batalhão de Emergências Ambientais monitora, por meio de satélites, os incêndios florestais em diversas regiões do estado, como a Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt. Apesar dos esforços das equipes em campo, o combate às chamas é desafiador devido às condições climáticas e à extensão das áreas atingidas.

    As causas dos incêndios ainda estão sendo investigadas, mas a estiagem prolongada e as práticas agrícolas inadequadas são apontadas como os principais fatores. A queimada de áreas para a expansão da agricultura e da pecuária é uma prática comum em algumas regiões do estado, e a falta de fiscalização e o descumprimento das leis ambientais contribuem para o aumento dos incêndios.

    Os incêndios florestais causam diversos impactos ambientais e sociais, como a perda da biodiversidade, a degradação do solo, a poluição do ar e a intensificação do efeito estufa. Além disso, as chamas podem destruir propriedades, causar prejuízos econômicos e afetar a saúde da população.

  • Roraima tem 22% dos focos de queimada de todo o país

    Roraima tem 22% dos focos de queimada de todo o país

    Com 2.295 focos de calor, o estado de Roraima ocupa o primeiro lugar no ranking de todo o país, respondendo sozinho por mais de 22% dos focos registrados no país. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro até a última quinta-feira (22), o país apresentou 7.957 focos de calor. Somente em fevereiro, foram registrados pelos satélites do programa de queimadas do Inpe 1.691 focos ativos em Roraima. Desse total, mais de 1.000 foram registrados apenas esta semana.

    Os focos de calor são locais com altas temperaturas, passíveis de serem atingidos por incêndios. Atualmente, Roraima tem 8 dos 10 municípios do Brasil com o maior número de focos de calor, segundo o Inpe. A cidade de Mucajaí é a com o maior número de focos, 277; seguida por Caracaraí (264), Amajari (224), Rorainópolis (180), Iracema (114), Boa Vista (107), Alto Alegre (106) e Bonfim (97).

    O estado passa por um período de forte estiagem, agravado pela influência do fenômeno do El Niño. Três municípios já decretaram situação de emergência: Amajari, Uiramutã e Normandia.

    Queimadas controladas

    O Corpo de Bombeiros de Roraima aponta a prática local de atear fogo para “limpar” a terra como uma dos fatores que agravam a situação, uma vez que o fogo pode sair de controle. Na quarta-feira, o comandante-geral da corporação, Coronel Anderson Carvalho, visitou o município de Amajari, na região que abrange as localidades de Vila Nova e Vila do Trairão. O objetivo foi orientar os moradores sobre medidas de prevenção e segurança diante dos incêndios florestais na região.

    “Hoje, nós temos seis equipes distribuídas em quatro pontos, combatendo os incêndios. Orientamos a população para que não façam queimadas, porque neste momento, com ventos fortes, vegetação seca e altas temperaturas é muito difícil controlar. Então, é melhor evitar”, disse o comandante em uma rede social.

    Calamidade

    A situação fez com que a Assembleia Legislativa enviasse ao governo de Roraima uma indicação para ser decretado estado de calamidade pública e situação de emergência devido ao avanço das queimadas. Segundo o vice-presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cabral (Cidadania), a iniciativa tem por objetivo buscar apoio das instituições estaduais para mitigar os danos causados pelos incêndios.

    “Diante deste cenário alarmante, de seca extrema e estiagem duradoura, Roraima encontra-se em estado de emergência ambiental, sendo, portanto, nas atribuições que compete a este parlamentar, requisitar informações sobre possível plano de fortalecimento ao combate às queimadas e os dados de sua execução inicial, com referência a recursos humanos e materiais já em campo”, disse Cabral.

    A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com o governo de Roraima para saber quais medidas para combater os focos de calor estão sendo adotadas, mas até o momento não obteve retorno

    No dia 6 de fevereiro, o Ministério do Meio Ambiente declarou estado de emergência ambiental para riscos de incêndios florestais em Roraima entre os meses de setembro de 2024 a abril de 2025. O estado já está sob alerta do ministério para incêndios florestais até abril de 2024.

    Edição: Marcelo Brandão

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