Tag: Florestas

  • Lucas do Rio Verde será uma das cidades visitadas pela Expedição Silvicultura 2025

    Lucas do Rio Verde será uma das cidades visitadas pela Expedição Silvicultura 2025

    Lucas do Rio Verde está entre os destinos escolhidos para sediar um dos eventos da primeira edição da Expedição Silvicultura, uma iniciativa que pretende realizar um levantamento inédito sobre a produtividade das plantações florestais no Brasil. O município mato-grossense receberá a expedição no dia 25 de julho de 2025, quando especialistas e representantes do setor florestal se reúnem para discutir práticas, desafios e avanços da silvicultura regional e nacional.

    A expedição percorrerá mais de 40 mil quilômetros entre os meses de junho e agosto de 2025, passando por 16 estados e realizando coletas de dados em cerca de 40 mil pontos de controle. Além disso, o projeto prevê a visita a centenas de propriedades rurais, com a realização de entrevistas com proprietários e gestores florestais, e a coleta de dados em aproximadamente mil parcelas amostrais.

    Em Lucas do Rio Verde, assim como nas outras oito cidades do roteiro, o evento presencial trará uma programação que inclui palestras com especialistas renomados, apresentação de tecnologias aplicadas à produção florestal e discussões sobre soluções para ampliar a produtividade com sustentabilidade. A participação da cidade no circuito da Expedição Silvicultura reforça sua importância no cenário do agronegócio e evidencia o potencial da região para o desenvolvimento da base florestal.

    A iniciativa utilizará métodos tradicionais combinados com tecnologias avançadas para a análise de cultivos como eucalipto, pinus, teca, acácia-negra, araucária, entre outros. Serão coletados dados biofísicos das árvores, como diâmetro, altura e sanidade, além de informações sobre manejo, uso de insumos, tecnologias, práticas socioambientais e impactos das mudanças climáticas. Também será feito um mapeamento sobre investimentos, custos de produção e expectativas dos produtores.

    Segundo Fabio Gonçalves, CEO da Canopy Remote Sensing Solutions, idealizadora do projeto, a produtividade florestal é um indicador estratégico, com influência direta na previsibilidade do abastecimento de madeira e na tomada de decisões de longo prazo. A expedição é realizada em parceria com a Paulo Cardoso Comunicações, o portal Mais Floresta e conta com o apoio técnico da Embrapa Florestas, que atuará desde o planejamento da coleta até a análise dos dados e elaboração do relatório final.

    Com o evento marcado para acontecer no dia 25 de julho, Lucas do Rio Verde se prepara para receber uma ação que deve fortalecer ainda mais sua atuação no setor florestal e ampliar as oportunidades de inovação e troca de conhecimento entre produtores, pesquisadores e empresas ligadas à silvicultura.

  • Desmatamento cai 55% na Mata Atlântica no primeiro semestre

    Desmatamento cai 55% na Mata Atlântica no primeiro semestre

    Dados do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica indicam redução de 55% no desmatamento do bioma no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. De janeiro a junho, foram desmatados 21.401 hectares, ante 47.896 em 2023, segundo levantamento divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com o MapBiomas.

    Apesar da redução, a SOS Mata Atlântica avalia que o impacto do desmatamento permanece alarmante e inaceitável, especialmente neste bioma que é tão devastado e ameaçado. A área destruída nos seis primeiros meses do ano equivale a cerca de 20 mil campos de futebol. Segundo a fundação, embora viável, a meta de zerar o desmatamento no bioma ainda é um desafio.

    Desmatamento

    A queda no desmatamento decorre, em grande parte, do fortalecimento da fiscalização, do corte de crédito para desmatadores ilegais e do uso de embargos remotos, que são restrições aplicadas a áreas desmatadas detectadas por monitoramento a distância, impedindo seu uso comercial.

    “A redução do desmatamento é resultado do fortalecimento e da aplicação das políticas públicas ambientais brasileiras, principalmente a volta da fiscalização ambiental e o fortalecimento do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama”, diz o diretor executivo da SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Pinto. O engenheiro agrônomo afirmou que os dados atuais representam um alívio temporário, mas ressaltou a necessidade contínua de vigilância e ação.

    Nas áreas de encraves – fragmentos de vegetação nativa da Mata Atlântica localizados em limites com outros biomas como Cerrado, Caatinga e Pantanal, onde o desmatamento chamou a atenção ao longo do ano passado –, a redução chegou a 58%. Para Guedes Pinto, esta é uma ótima notícia.

    “No ano passado, houve uma queda na região contínua de Mata Atlântica e aumento nos encraves, e este ano teve diminuição nessas duas regiões. Isso se deve também ao plano de combate ao desmatamento no Cerrado, a ações na Caatinga, a toda uma estratégia nacional de combate ao desmatamento”, acrescenta.

    Desmatamento zero

    De acordo com o MapBiomas, restam 24% da cobertura florestal original da Mata Atlântica. A proporção está abaixo do limite mínimo aceitável para conservação da cobertura, que é, segundo estudo publicado na revista Science, de 30%. Além disso, as florestas naturais estão restritas a espaços extremamente fragmentados – a maior parte não chega a 50 hectares – e, em 80% dos casos, estão em propriedades privadas.

    Guedes Pinto lembra que, para o Brasil cumprir os compromissos firmados no Acordo de Paris, deve alcançar o desmatamento zero em todos os biomas até 2030. Para o engenheiro agrônomo, a Mata Atlântica tem o potencial de ser o primeiro bioma brasileiro a alcançar essa meta. “Isso porque é onde o desmatamento é relativamente menor e é uma região com bastante governança”, disse.

    Ele observa que a impunidade diante dos crimes ambientais ainda é um enorme obstáculo para que tais metas sejam atingidas. “O caminho possível é continuar a fiscalização e a aplicação dos mecanismos de comando e controle, que são as punições para a ilegalidade.” Guedes Pinto destaca que é preciso afirmar a lei da Mata Atlântica politicamente, para órgãos federais, estaduais e municipais. “A última coisa são os incentivos econômicos para manter a floresta de pé e para a restauração”, afirma o engenheiro, que cita políticas públicas, como pagamento por serviços ambientais, além de instrumentos de mercado, como o mercado de carbono.

    Queimadas

    “As respostas das autoridades têm sido insuficientes, como vimos com relação às queimadas criminosas que este ano atingiram níveis assustadores”, ressalta a diretora de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro. Para Malu, a falta de justiça quase uma década depois do dano ambiental decorrente do rompimento da barragem de minério em Mariana, Minas Gerais, é exemplo dessa negligência institucional.

    Guedes Pinto aponta ainda o enorme impacto dos incêndios a Mata Atlântica. Segundo ele, a área de florestas queimadas foi maior do que a área desmatada no ano passado. “A queimada não resulta no desmatamento, mas leva à degradação da floresta. Queimadas sucessivas podem acabar levando os pequenos fragmentos a desaparecer”, enfatiza.

    As queimadas têm grande impacto sobre a biodiversidade, na emissão de gás de efeito estufa, além de degradar a floresta. “Ela pode entrar em uma rota inclusive de morte. Por isso, é preciso proteger as áreas que foram impactadas pelas queimadas, observar como vão reagir para se recuperar. O impacto [imediato] é menor que o do desmatamento, mas, no médio e longo prazos, pode ser até parecido.”

  • Focos de queimadas atingem número recorde em áreas de matas em 2024

    Focos de queimadas atingem número recorde em áreas de matas em 2024

    Mapeamento feito pela Embrapa das áreas impactadas pelas queimadas durante o período de seca no Brasil em 2024 revela que os principais focos ocorreram em áreas de formação florestal, principalmente na Amazônia e no Pantanal matogrossense. “O levantamento das áreas de matas impactadas pelo fogo mostra que os estados de Mato Grosso, Pará e Amazonas foram os mais atingidos. O município de São Félix do Xingu, no Pará, com 3.846 queimadas em áreas de mata, foi o que registrou o maior número de focos no País. Os municípios paraenses de Altamira e Novo Progresso, e o amazonense Apuí também registraram mais de 2 mil focos de queimadas em 2024”, expõe o pesquisador da área de Agrometeorologia da Embrapa Milho e Sorgo (MG) Daniel Pereira Guimarães.

    Durante a estiagem de 2023, foram registrados cerca de 90 mil focos de calor no País. Em 2024, esse número foi superior a 200 mil entre os meses de maio até o fim de setembro, com forte intensificação da incidência de queimadas em agosto, segundo o pesquisador. “Identificados pelo sensor Modis, embarcado nos satélites Aqua e Terra, seis municípios brasileiros tiveram mais de 5 mil focos de calor, dentro e fora de áreas de matas”, informa Guimarães. São eles: São Félix do Xingu (PA), com 7.657 focos de queimadas; Altamira (PA), com 6.687 focos no mesmo período; Apuí (AM), com 5.906 focos; Corumbá (MS), totalizando 5.860 registros; Novo Progresso (PA), com 5.498 queimadas; e Lábrea (AM), chegando a 5.205 focos. As imagens do sensor Modis, de Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, são analisadas pelo Programa Earth Science Data Systems (ESDS) da agência espacial norte-americana (Nasa) e distribuídas em diferentes formatos em seu site. “Os pontos com cores quentes vistos nas imagens são as queimadas”, explica o cientista da Embrapa.

    Na visão de Guimarães, o cenário de forte estiagem visto em 2024, em que as queimadas atingiram com maior intensidade as áreas com formação florestal no Brasil, apresenta peculiaridades e desafios para a recuperação desses biomas. “A vegetação florestal não está adaptada aos impactos das queimadas e tende a perecer, enquanto as áreas de campo, como as de Cerrado e pastagens, se recuperam mais facilmente com a chegada do período chuvoso. Outra questão diz respeito ao grande volume de matéria seca existente nas áreas de mata cuja queima provocou os altos índices de poluição atmosférica no País”, pondera. “Essas mudanças são também percebidas nas alterações dos índices de vegetação obtidos das imagens de satélite. Os resultados foram os altos índices de queimadas e a escassez de água nos rios da região”, completa.

    Impacto na agricultura

    As áreas agrícolas também foram muito afetadas, e os canaviais os mais impactados, com a ocorrência de mais de quatro mil focos de queimadas em 2024 – em 2023, foram registrados 650 focos, segundo o pesquisador. “Veremos perdas tanto pela ação do fogo quanto pela queda de produtividade causada pelo estresse hídrico”, apresenta. Segundo Guimarães, a forte estiagem terá impactos na próxima safra. “As áreas de cultivo de soja se encontravam em época de pousio e as perdas estão relacionadas com a queima da matéria orgânica e da cobertura do solo. Já as lavouras de café tiveram baixa incidência de queimadas, mas terão forte impacto devido à deficiência de água na zona radicular. Condição similar ocorre nas áreas de fruticultura”, relata Guimarães.

    Eventos extremos

    A chegada do período chuvoso em grande parte do País na segunda semana de outubro marcou o fim da estiagem que causou a maior incidência de queimadas no Brasil, com enormes prejuízos econômicos e danos ambientais incalculáveis. De acordo com Guimarães, a intensidade das estiagens está sendo avaliada com base na extensão do período sem chuvas e na atuação do fenômeno El Niño Oscilação Sul (Enso). “Isso conduz a erros de interpretações e atrasos na tomada de ações para mitigar os danos causados pela seca, como verificado nessa última estação de estiagem. As chuvas ocorridas nas regiões Sudeste e Nordeste ficaram próximas das normais climatológicas; na Região Sul foram maiores que as médias históricas; já na Região Norte ficaram abaixo da média. Essas variações sazonais e a condição de neutralidade da temperatura do Pacífico desde o início de maio não serviram de alerta para a tragédia que se avizinhava”, explica Guimarães.

    Segundo o pesquisador, a forte estiagem foi ocasionada pela perda de água dos solos em razão das altas temperaturas, dos baixíssimos índices de umidade relativa do ar e da ação dos ventos, causando uma estação de inverno atípica, com secagem precoce das gramíneas e uma perda excessiva de folhagem nas áreas florestais. “Esses impactos já eram claramente observáveis em agosto de 2024, quando vários estados já apresentavam excessiva escassez hídrica nos solos. Essas mudanças são também percebidas nas alterações dos índices de vegetação obtidos das imagens de satélite. A forte estiagem na região amazônica foi prevista com antecedência pelos modelos de previsão de clima. Os resultados foram os altos índices de queimadas e a escassez de água nos rios da região”, apresenta.

    Medidas de prevenção

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    Foto: Guilherme Viana

    Daniel Guimarães comenta que os eventos climáticos extremos estão cada vez mais frequentes, com catástrofes causadas pelas chuvas como as ocorridas na Região Sul do País, e as estiagens, que atingiram áreas enormes. “Porém, nossas bases de informações, principalmente as obtidas a partir de sensores orbitais, são suficientes para o monitoramento em tempo real e para orientar as tomadas de decisões mais assertivas”, diz.

    O pesquisador reforça que as condições de umidade dos solos e os níveis de estresse da vegetação permitem que ações sejam tomadas, como campanhas educativas, proibição do uso de queimadas e ações de fiscalização, com pelo menos dois meses antes do período crítico. “A mitigação desse problema nacional depende do monitoramento e da previsão das condições climáticas, da análise da geolocalização dos focos de incêndios em tempo real em integração com as bases de relevo, uso do solo e Cadastro Ambiental Rural (CAR), além da fiscalização das áreas de risco com o apoio de sensores remotos”, conclui.

  • Mato Grosso se posiciona como polo de investimentos em florestas plantadas

    Mato Grosso se posiciona como polo de investimentos em florestas plantadas

    O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, durante o evento Floresta 360º, destacou o enorme potencial do estado para investimentos no setor florestal.

    Com vastas áreas disponíveis para plantio, um compromisso com a sustentabilidade e uma demanda crescente por biomassa, Mato Grosso se apresenta como um destino atrativo para empresas do setor.

    Com 68 mil hectares de florestas de Teca, Mato Grosso já é o maior produtor da América do Sul dessa espécie. No entanto, o estado possui um potencial ainda maior. Segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), até 2030, serão necessários 285 mil hectares adicionais de biomassa para atender a demanda das indústrias locais.

    “Mato Grosso encontra-se em uma posição estratégica para investimentos do setor florestal. Nós temos 20 milhões de hectares para ser usados como o sistema IPF, fora as áreas degradadas que podem ser destinadas à silvicultura, e a demanda pela matéria por parte das nossas indústrias”, afirmou o secretário César Miranda.

    Oportunidades e incentivos de Mato Grosso

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    O governo de Mato Grosso oferece diversas oportunidades e incentivos para atrair investimentos no setor florestal, como:

    • Infraestrutura: O estado possui uma infraestrutura robusta, com redes de transporte e logística que facilitam o escoamento da produção.
    • Incentivos fiscais: Existem diversos incentivos fiscais para empresas que investem no setor florestal.
    • Parcerias: O governo estadual busca parcerias com o setor privado para fomentar o desenvolvimento sustentável do setor.
    • Tecnologias: O estado incentiva a adoção de tecnologias inovadoras para aumentar a produtividade e a sustentabilidade das atividades florestais.

  • Queimadas afetam cidades de dez estados no Brasil

    Queimadas afetam cidades de dez estados no Brasil

    Com a intensificação da temporada de incêndios na Amazônia e no Pantanal, em decorrência da mudança do clima, cidades de dez estados registraram episódios de fumaça e diminuição na qualidade do ar.

    Imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram a concentração do monóxido de carbono sobre uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai. Na última semana, o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um alerta sobre os cuidados necessários para a saúde nesses casos.

    Segundo nota divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o fogo na Amazônia estava concentrado principalmente no sul do Amazonas e nos arredores da Rodovia Transamazônica (BR-230).

    “Amazonas e Pará concentram, juntos, mais da metade (51,6%) dos focos de incêndio registrados no bioma de 1º de janeiro a 18 de agosto de 2024, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde 1º de julho, 67,2% dos focos registrados estão nos dois estados.”, informou o ministério.

    Área afetada

    De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), este ano o fogo consumiu 3,2 milhões de hectares da Amazônia, o que representa 0,77% do bioma. No Pantanal, quase 1,9 milhão de hectares foi consumido pelo fogo, atingindo 12,5% do território.

    Um alerta de perigo extremo de fogo do Sistema de Alarmes do Lasa-UFRJ foi divulgado com previsões para a Bacia do Paraguai, no Pantanal. Segundo o informativo, até a próxima quinta-feira (22), toda a região enfrentará condições climáticas que dificultam o combate a incêndios até por meios aéreos, com alta velocidade de propagação do fogo.

    O ministério (MMA), 1.489 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atuam no combate aos incêndios florestais na Amazônia. Desde o dia 24 de julho, 98 incêndios teriam sido extintos, mas 75 persistem ativos e podem reunir até milhares de focos de calor.

    Resposta a incêndios

    No Pantanal de Mato Grosso atuam 348 brigadistas do Ibama e ICMBio, além de 454 militares das Forças Armadas, 95 da Força Nacional e mais dez da Polícia Federal. Das 98 áreas de incêndio, 50 teriam sido extintas e 46 permanecem ativas, das quais 27 estão controladas.

    Uma sala de situação criada pelo governo federal concentra a resposta federal aos incêndios no país desde junho. Na Amazônia Legal, foram disponibilizados R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para apoiar as guarnições do Corpo de Bombeiros dos estados. No Pantanal, também foi liberado um crédito extraordinário de R$ 137,6 milhões, além do repasse de mais R$ 13,4 milhões ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para assistência humanitária e combate a incêndios florestais.

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  • A importância do manejo florestal sustentável no Dia da Proteção às Florestas

    A importância do manejo florestal sustentável no Dia da Proteção às Florestas

    O Dia da Proteção às Florestas, celebrado em 17 de julho, é uma data que nos lembra da importância vital de conservar as matas nacionais e internacionais. Este dia tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a relevância das florestas para a biodiversidade, o clima e a qualidade de vida no planeta. Entre os diversos métodos de conservação, destaca-se o manejo florestal sustentável, uma prática essencial para manutenção da floresta em pé e mitigação da crise climática, enquanto se obtêm recursos naturais de maneira responsável.

    O estado do Mato Grosso é um exemplo relevante na aplicação de práticas de manejo florestal sustentável. Com uma área de 5,025 milhões de hectares de florestas manejadas, o estado protege suas matas de qualquer tipo de desmatamento. O manejo florestal sustentável é um processo complexo e rigoroso, que começa com um inventário florestal de 100% da área coberta com vegetação nativa. Este inventário envolve a localização, identificação, mensuração e avaliação de todas as árvores na área a ser manejada, classificando-as em categorias como árvores de corte, remanescentes, porta-sementes e aquelas proibidas de corte.

    Dentro do manejo florestal sustentável, todas as trilhas são planejadas para minimizar o impacto ambiental. Apenas as árvores comerciais autorizadas pelo órgão ambiental competente são retiradas, garantindo que a exploração seja controlada e sustentável. Mato Grosso possui uma ampla diversidade de espécies de madeira nativa, com aproximadamente 50 espécies arbóreas aptas para colheita. Essa variedade não só promove a sustentabilidade, como também ajuda na conservação das espécies florestais.

    Uma das características mais notáveis do manejo florestal sustentável é a manutenção de áreas intocadas por períodos de 25 a 35 anos, permitindo a regeneração natural da floresta. Durante esse tempo, as árvores mais jovens se beneficiam da maior disponibilidade de luz solar, promovida pela colheita da árvore madura, aumentando sua capacidade de fotossíntese e absorção de CO2 da atmosfera. Esse processo é crucial para o equilíbrio ecológico e para a renovação contínua das florestas.

    O manejo florestal sustentável é, portanto, uma prática que promove o equilíbrio e a renovação das florestas, assegurando que os recursos naturais sejam utilizados de forma responsável. No Dia de Proteção às Florestas, é essencial refletir sobre a importância dessas práticas e como elas contribuem para a conservação das matas no território estadual, nacional e mundial. Proteger as florestas não é apenas uma questão ambiental, mas uma necessidade para garantir o futuro das próximas gerações.

    Para saber mais sobre como proteger as florestas e outras iniciativas de sustentabilidade, visite nosso site: cipem.org.br.

    Ednei Blasius – Presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem)

  • Lula defende turismo sustentável e bioeconomia para áreas de floresta

    Lula defende turismo sustentável e bioeconomia para áreas de floresta

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (5), que o desenvolvimento do turismo ambiental e da bioeconomia é a chave para preservação das florestas e para a economia de estados que têm reservas.

    “Temos uma riqueza imensa, entretanto nós não temos uma política de desenvolvimento do turismo para visitar essas nossas florestas. Nós fizemos tantas reservas aqui, agora é importante que, junto com isso, a gente pense no desenvolvimento dos estados”, disse durante evento pelo Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto.

    Na ocasião, foram assinados diversos decretos, entre eles, os que criam as unidades de conservação Reserva de Vida Silvestre do Sauim-de-Coleira, no município de Itacoatiara (AM), e o Monumento Natural das Cavernas, em São Desidério (BA). Foi instituída ainda a Estratégia Nacional de Bioeconomia, que prevê a elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia.

    Lula criticou aqueles que são contrários à demarcação de reservas ambientais. “Tem muita gente que fica com raiva quando a gente faz um decreto desse, tem muita gente que acha que isso aqui [reservas] era preciso passar uma motosserra e acabar com essa floresta para plantar qualquer coisa, quando hoje está claro que manter uma floresta em pé e bem cuidada, ela pode ser tão rentável para o estado e para os povos que moram na floresta do que qualquer outro investimento”, disse, argumentando que o turismo deve ser uma opção.

    “A gente poderia fazer dessa riqueza que a humanidade tem, hoje, uma coisa extraordinária, poder desenvolver economicamente os estados do Norte do país, porque eles não querem ser eternamente extrativistas, eles querem continuar tendo acesso ao desenvolvimento, à exploração financeira não apenas na produção agrícola, na criação de gado, mas na questão do turismo”, afirmou.

    “O coração só sente aquilo que a gente enxerga. É importante que a gente, então, crie condições de fazer com que os nossos jornalistas, os nossos empresários, os nossos estudantes, os nossos viajantes conheçam a Amazônia, conheçam a riqueza da biodiversidade da Amazônia, para que tenham noção da importância de todas essas terras que a gente está demarcando aqui”, acrescentou, lembrando ainda das potencialidades dos outros biomas brasileiros.

    Por fim, o presidente fez um chamamento à sociedade para a preservação do meio ambiente.

    “Não é mais uma questão de ativista, não é mais uma questão universitária, não é mais uma questão, como se dizia antigamente, de bicho grilo. A questão ambiental é um chamamento à responsabilidade dos seres humanos, que são considerados de todas as espécies animais os mais inteligentes do planeta, para que não destruam a sua casa, para que não destruam o seu barco, para que não destruam o ar que respiram, para que não destruam a água que bebem”, disse.

    “Nenhum animal do planeta Terra mata o outro por vingança, mata o outro sem uma causa, destrói o seu ninho, destrói sua casa, somente o humano é capaz de fazer isso”, afirmou Lula.

    No evento, no Palácio do Planalto, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, apresentou um balanço de ações do governo na área e, junto com governadores dos estados que compõe a Amazônia e o Pantanal, assinou o Pacto pela Prevenção e Controle de Incêndios.

    Edição: Maria Claudia

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  • Área queimada no Brasil cresce 248% em relação a janeiro de 2023

    Área queimada no Brasil cresce 248% em relação a janeiro de 2023

    Mais de um milhão de hectares foram consumidos pelo fogo no Brasil em janeiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (27), em São Paulo, pelo Monitor do Fogo, plataforma do MapBiomas, que monitora a extensão territorial afetada por queimadas. Em termos comparativos, é como se dez estados como Sergipe tivessem sido queimados em um mês.

    Enquanto janeiro de 2023 representou um recuo das queimadas em relação a 2022, o primeiro mês de 2024 exibe aumento de 248% em relação a janeiro de 2023. Foram 287 mil hectares queimados em janeiro de 2023 contra 1,03 milhão de hectares em janeiro de 2024.

    Desse total, 941 hectares (91%) ficam na Amazônia, que foi o bioma mais afetado pelo fogo no período, principalmente em decorrência das queimadas que afetam o extremo norte da região nesse período. Foi um aumento de 266% em relação ao mês anterior. O segundo bioma mais atingido foi o Pantanal, com 40.626 hectares.

    Os três estados com maior área queimada em janeiro ficam na Amazônia: Roraima – 413.170 hectares atingidos pelo fogo – expansão de 250% em relação a janeiro de 2023; Pará – 314.601 hectares queimados; e o Amazonas – 95.356 hectares. Roraima representou 40% do total queimado no país em janeiro e o Pará, 30%.

    Vegetação

    Formações campestres, pastagens e florestas foram os tipos de vegetação mais consumidos pelo fogo em todo o país. Enquanto em Roraima 95% da área queimada situam-se em formação campestre, no Pará 41% ficam em floresta e 49% em pastagem.

    Devido à sua localização próxima à Linha do Equador, Roraima apresenta características climáticas e geográficas singulares, que fazem com que o período de queimadas aconteça no início do ano, ao invés do meio para o final do ano, como em outras regiões da Amazônia. A estação seca geralmente se estende de dezembro a abril, enquanto a estação chuvosa vai de maio a novembro.

    “É normal que a Amazônia lidere em disparada a área queimada no início do ano por conta da estação seca de Roraima acontecer justamente nesse período. Entretanto, esse ano houve o agravante da seca extrema, que retardou e diminuiu a quantidade de chuva, deixando a região ainda mais inflamável”, explica a Coordenadora do MapBiomas Fogo e diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – Ipam, Ane Alencar.

    Edição: Kleber Sampaio

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  • Acampamento reúne jovens do campo, águas e florestas em Brasília

    Acampamento reúne jovens do campo, águas e florestas em Brasília

    Mais de dois mil jovens camponeses de 22 estados e de países como a Venezuela, Cuba, Equador e Colômbia estão reunidos desde sexta-feira (13), em Brasília, no Acampamento da Juventude em Luta, por Terra e Soberania Popular.

    O encontro é articulado pela Via Campesina Brasil, organização que reúne diversos movimentos sociais representando trabalhadores do campo, das águas e das florestas. A mobilização segue até esta terça-feira (17), no Ginásio Nilson Nelson, no centro da capital federal.

    Brasília (DF) 16/10/2023 - Daniel S de Souza participa do acampamento da Juventude em Luta, por Terra e Soberania Popular realizado pela Via Campesina. reúne dois mil jovens camponeses de 22 estados. Na programação, debates sobre a conjuntura política nacional e global, a questão feminista e antirracista, arte, cultura e as tarefas da juventude frente às questões ambientais. Foto: José Cruz/Agência Brasil Brasília (DF) 16/10/2023 – Daniel S de Souza participa do acampamento da Juventude em Luta, por Terra e Soberania Popular realizado pela Via Campesina. reúne dois mil jovens camponeses de 22 estados. Na programação, debates sobre a conjuntura política nacional e global, a questão feminista e antirracista, arte, cultura e as tarefas da juventude frente às questões ambientais. Foto: José Cruz/Agência Brasil

    Daniel Souza participa do evento que reúne dois mil jovens camponeses de 22 estados – José Cruz/Agência Brasil

    O objetivo é debater os desafios da juventude e reunir as diversas reivindicações em uma pauta para, então, dialogar com autoridades públicas, convidadas a participar das conversas.

    O representante do Coletivo Nacional de Juventude do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) Daniel Souza mora em Rondônia e conta que o acampamento é resultado da construção coletiva de lutas, discutidas desde os territórios de cada um dos participantes.

    “A gente está se organizando para, a partir daqui, ter uma plataforma de luta comum da juventude camponesa do Brasil. A gente pauta o governo também com esse documento, mas a partir do que veio dos nossos municípios e nossas comunidades, com tudo aquilo que é um norte para a juventude.”

    Durante estes dias, jovens de 14 a 29 anos têm participado de debates e mesas redondas, oficinas, apresentações culturais, plantio de árvores, entrega de doação de alimentos a comunidades em situação vulnerabilidade social e, ainda, da mostra de produção da juventude com alimentos saudáveis, artesanatos e sementes que promovem a geração de renda no campo.

    Brasília (DF) 16/10/2023 - Acampamento da Juventude em Luta, por Terra e Soberania Popular realizado pela Via Campesina. reúne dois mil jovens camponeses de 22 estados. Na programação, debates sobre a conjuntura política nacional e global, a questão feminista e antirracista, arte, cultura e as tarefas da juventude frente às questões ambientais. Foto: José Cruz/Agência Brasil

    Acampamento conta com jovens de países como a Venezuela, Cuba, Equador e Colômbia – José Cruz/Agência Brasil

    Segundo a organização do Acampamento da Juventude em Luta, o último evento deste tipo ocorreu em 2014, no Rio Grande do Sul. Para a vice-presidente da União Nacional dos Estudantes, a pernambucana Daiane Araújo, de 27 anos, após este hiato de nove anos, o acampamento deste ano marca um momento de retomada da organização política e de uma agenda de mobilização.

    “É um momento muito importante, porque a gente passou uma geração inteira com retrocessos e retirada de direitos. A pandemia [de Covid-19] também interferiu muito na nossa organização política, enquanto juventude”.

    Segundo Daiane, outro destaque do evento é a oportunidade de reunir os jovens do campo com os da cidade:

    “O que a juventude também quer dizer é que a gente é capaz de construir um projeto de Brasil. Sem a juventude brasileira, a gente não consegue esperançar um futuro.”

    On line

    No acampamento, a juventude da Via Campesina se mobiliza nas redes sociais por meio da hashtag #JuventudeEmLuta, e com o perfil Juventude em Luta para reafirmar a identidade camponesa e unificar as discussões em torno das pautas do encontro nacional.

    Brasília (DF) 16/10/2023 - Acampamento da Juventude em Luta, por Terra e Soberania Popular realizado pela Via Campesina. reúne dois mil jovens camponeses de 22 estados. Na programação, debates sobre a conjuntura política nacional e global, a questão feminista e antirracista, arte, cultura e as tarefas da juventude frente às questões ambientais. Foto: José Cruz/Agência Brasil Brasília (DF) 16/10/2023 – Acampamento da Juventude em Luta, por Terra e Soberania Popular realizado pela Via Campesina. reúne dois mil jovens camponeses de 22 estados. Na programação, debates sobre a conjuntura política nacional e global, a questão feminista e antirracista, arte, cultura e as tarefas da juventude frente às questões ambientais. Foto: José Cruz/Agência Brasil

    Programação inclui debates sobre a conjuntura política nacional e global, além de arte, cultura e as tarefas da juventude frente às questões ambientais – José Cruz/Agência Brasil

    Via Campesina

    A Via Campesina Brasil faz parte de um movimento internacional que coordena organizações camponesas representantes de pequenos e médios agricultores, povos indígenas, comunidades tradicionais, pescadores de pequena escala, de diversas partes do mundo. O movimento camponês luta pela produção de alimentos como solução para o combate à fome e garantia da soberania alimentar, de forma igualitária para todos.

    No Brasil, a Via Campesina é composta pelas entidades:

    • Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST);
    • Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA);
    • Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB);
    • Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM);
    • Movimento de Mulheres Camponesas (MMC);
    • Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq);
    • Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil (MPP)
    • Pastoral da Juventude Rural (PJR)

    Edição: Denise Griesinger
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  • Amazônia e Cerrado batem recorde de alertas de desmatamento

    Amazônia e Cerrado batem recorde de alertas de desmatamento

    Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelaram que o desmatamento na Amazônia e no Cerrado atingiu níveis inéditos em fevereiro. O alerta de desmatamento na Amazônia Legal aumentou para 321,9 km², cerca de 62% maior do que o registrado no ano anterior, constituindo o pior índice de fevereiro na série histórica, iniciada em 2015. No Cerrado, a devastação foi ainda mais intensa, com um acréscimo de 97% em relação a 2020, somando-se 557,8 km² devastados. Ao todo, ambos os biomas perderam quase 880 km².

     

    De acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mato Grosso apresentou, em 2019, 161,8 km² perdidos em seu território na Amazônia Legal – que abrange 59% do Brasil. O Pará teve 46,4 km², o Amazonas 46,3 km² e a Roraima, 31,1 km², este último abrigando boa parte do mundo Yanomami. No mesmo ano, o Acre e o Maranhão tiveram aproximadamente 4 km² cada, em alerta.

    Já no Cerrado, a região conhecida como Matopiba, composta pelos estados da Bahia (268 km²), Tocantins (67,5 km²), Piauí (63,2 km²) e Maranhão (51,6 km²), foi a que teve os piores números. Mais de 90% das áreas desmatadas são utilizadas para uso da agropecuária, com a remoção da vegetação principalmente para dar lugar a pastagens, para produção de carne e leite, e para a soja.

    Para o WWF Brasil, organização não governamental voltada para conservação ambiental, ainda é cedo para confirmar qualquer tendência relacionada ao desmatamento, pois janeiro e fevereiro são períodos de muitas nuvens e chuva. “O que podemos afirmar com clareza é que os eventos climáticos estão afetando de forma mais recorrente o Brasil e que o controle do desmatamento é fundamental para atenuar as perdas. As ações anunciadas pelo atual governo são bem-vindas, mas é necessário que toda a sociedade participe desse processo de reconstrução ambiental”, disse Mariana Napolitano, gerente de Conservação do WWF-Brasil, em reportagem reproduzida no portal da instituição de conservação.

    Em nota, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) informou que tomará medidas, juntamente com o Ibama, ICMBio e o Serviço Florestal Brasileiro, para “responsabilizar e embargar remotamente desmatamentos que não possuírem autorização válida, dentre outras medidas administrativas, que poderão inclusive bloquear o acesso dos imóveis com desmatamento ilegal a crédito e à cadeia de compradores do agronegócio”.

    Segundo o ministério, a cobertura de nuvens na Região Amazônica pode ter influenciado de forma negativa a precisão dos números registrados em fevereiro. Isso ocorre porque os dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) podem incluir processos de desmatamento ocorridos em períodos anteriores ao do mês de mapeamento, mas cuja detecção não fora antes possível por limitações de cobertura de nuvens. Além disso, determinadas alterações florestais podem ter autorizações de supressão da vegetação, ou seja, desmatamento legal.

    O sistema Deter foi desenvolvido para servir de suporte à fiscalização ao gerar alertas sobre onde o problema está acontecendo. Entretanto, as informações do Deter não servem para aferição oficial do desmatamento e não devem ser entendidas como taxa mensal de desmatamento. Os dados oficiais do Inpe para medir a taxa anual de desmatamento na Amazônia são fornecidos pelo projeto Prodes, que tem nível de precisão próximo a 95%.