Tag: Floresta Amazônica

  • Indígenas fazem em SP ato em defesa da Amazônia e de biomas

    Indígenas fazem em SP ato em defesa da Amazônia e de biomas

    Indígenas de diversas dinastias realizaram, hoje (4), na capital paulista, um ato em defesa da Floresta Amazônica e dos demais biomas brasileiros.

    O evento, que teve início no parque Augusta, na região central de São Paulo, comemorou o Dia da Amazônia e o Dia Internacional da Mulher Indígena, celebrados no dia 5 de setembro.

    A líder indígena Sônia Guajajara disse que cobrará dos políticos demarcação de territórios, soluções contra o garimpo ilegal, que causa poluição por mercúrio, e para o desmatamento. “Estamos de pé para dizer que não vamos recuar, que vamos aldear a política, aldear o Congresso Nacional”, disse.

    No ato, as indígenas construíram um círculo com plantas e materiais da floresta que formavam os dizeres Amazônia é Mulher Indígena. Mulher Indígena é Amazônia. A manifestação seguiu, em caminhada, no início da tarde, do parque Augusta, até a Avenida Paulista.

  • Pesquisa inédita pode ajudar na recuperação de florestas

    Pesquisa inédita pode ajudar na recuperação de florestas

    Pesquisadores do Instituto Tecnológico Vale (ITV), em Belém, identificaram marcadores moleculares capazes de quantificar genes e proteínas que favorecem práticas de manejo e aumentam o estoque de carbono no solo. A pesquisa inédita pode ajudar na recuperação de florestas e potencializar a captura de carbono da atmosfera.

    O estudo Genes e proteínas relacionados a ciclagem de nutrientes, fixação de carbono e saúde do solo teve início em 2016 e se divide em três vertentes: mapeamento dos solos naturais, acompanhamento da recuperação de áreas degradadas e avaliação da qualidade do solo em projetos de reflorestamento e sistemas agroflorestais. Nesta última etapa, o levantamento está associado à meta de recuperar mais 500 mil hectares de florestas no Brasil até 2030.

    Os pesquisadores recolhem amostras do solo e, no laboratório, conseguem mapear o DNA e as proteínas existentes. Segundo o coordenador do estudo, Rafael Valadares, já foram feitas pesquisas em solos naturais, sistemas agroflorestais e impactados pela mineração. O estudo teve início na Floresta Amazônica, com análise do solo na Serra de Carajás, área de atuação da Vale, principalmente nos campos rupestres ferruginosos e na Floresta Nacional de Carajás.

    “Fizemos uma grande biblioteca de genes e proteínas dessas áreas naturais. Em um segundo momento, conhecendo o que existe de biodiversidade microbiana, rotas bioquímicas de funções nos sistemas naturais, avançamos para áreas de projetos de recuperação de áreas degradadas. Também na Floresta Amazônica, nas áreas recuperadas pela Vale, onde conseguimos demonstrar o avanço da recuperação do ponto de vista bioquímico do solo – que é o coração da floresta”, explicou à Agência Brasil.

    De acordo com Valadares, a terceira etapa foi realizada em um projeto piloto em Linhares, no Espírito Santo, na Reserva Natural Vale e entorno, onde são analisados diferentes sistemas produtivos.

    “É avaliada a capacidade de agrossistemas florestais, que são sistemas mais conservativos que usam do plantio de frutíferas, associados com espécies arbóreas. Avaliamos em Linhares a capacidade de sistemas agroflorestais de estocar mais carbono e se o sistema agroflorestal é um solo mais saudável ou não. O objetivo é ver qual sistema está contribuindo para um solo mais saudável”, disse.

    O estudo é disseminado a produtores rurais para que possam compreender melhor o solo em que atuam. “De posse das informações do que está funcionando bem ou mal no solo, o produtor pode direcionar as técnicas de manejo para corrigir o que está indo errado. Da mesma maneira, podemos comparar diferentes sistemas de cultivo, diferentes plantios e indicar qual sistema está contribuindo para melhoria geral do solo e qual está degradando”, argumentou.

    Solos

    Nesta sexta-feira, 15 de abril, é comemorado o Dia Nacional da Conservação do Solo. Dados do Painel Intergovernamental para Mudanças do Clima das Nações Unidas (IPCC) mostram que o solo responde por cerca de 70% do carbono estocado na terra na forma de matéria orgânica. Isto representa quase três vezes mais do que o armazenado na vegetação e cerca do dobro em comparação com a atmosfera.

    Atualmente, de acordo com Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 33% dos solos do mundo e 52% dos solos agrícolas estão degradados, principalmente por erosão, compactação e contaminação. Segundo o especialista em Solos e Microbiologia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Igor Assis, o solo é fundamental para a vida na Terra.

    “O solo tem várias funções, como produção de alimentos, fibras e combustíveis. Mas ainda como sequestro de carbono, purificação de água – a água que sai da nascente geralmente é limpa porque o solo faz essa purificação; degradação de contaminantes – muitos que acabam sendo aportados no solo, a própria microbiota degrada esses contaminantes”, explicou.

    Assis ressaltou ainda a importância do solo na regulação de enchentes. “Quando o solo é bem manejado, estruturado, ele armazena uma quantidade gigantesca de água das chuvas. Quando o solo está degradado, fica compactado e não consegue armazenar essa água de chuva, que acaba indo toda para os rios e aí acontecem as grandes enchentes que a gente vê atualmente. O solo tem a função de ser fonte de recursos genéticos e farmacêuticos, que tem uso direto pela população no nosso dia a dia”, disse.

    Para o professor, a educação a respeito do solo é essencial para a sobrevivência da espécie humana.

    “Temos um crescimento exponencial da população mundial e vem aumentando muito a quantidade de solos degradados. Então, estamos indo para uma conta que não fecha: a população crescendo, precisamos produzir mais alimentos que os solos nos fornecem e eles estão sendo degradados e num futuro não muito distante, muitos desses serviços vão ser reduzidos drasticamente e isso afeta diretamente a nossa vida”, afirmou.

    Baixo carbono

    Outro ponto em destaque é a recente discussão sobre economia de baixo carbono, destinada a conter as emissões de gases de efeito estufa. O assunto tem ganhado cada vez mais espaço pelo mundo

    Segundo o professor, solos bem manejados são uma forma eficaz de conservar carbono na forma orgânica, diminuindo a emissão de gases do efeito estufa e contribuindo para o mercado de crédito de carbono.

    “A questão de mudanças climáticas, que está relacionada com a economia de baixo carbono tinha inicialmente a ideia de diminuir a emissão de CO2 para atmosfera e hoje a gente trabalha com duas áreas relacionadas a isso: que é diminuir a emissão, como sequestrar, drenar o carbono que está na atmosfera. E o único componente que a gente consegue manejar para fazer isso de forma mais fácil é o solo”, destacou.

    Nesse sentido, para precificar o mercado, países têm criado o chamado mercado de carbono, um mecanismo que permite a venda de créditos por nações que limitam as emissões desses gases para nações com maiores dificuldades de cumprir as metas de redução.

    No Brasil, o tema tem sido discutido na Câmara dos Deputados com o PL 528/2021, que institui o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE). A proposta quer assegurar a diminuição da emissão de gases do efeito estufa, freando o aquecimento global.

    Edição: Maria Claudia

  • Novembro registra queda de 19% do desmatamento na Amazônia

    Novembro registra queda de 19% do desmatamento na Amazônia

    O desmatamento na Região Amazônica registrou queda de 19%, na comparação ao mesmo período de 2020. Os dados do sistema Deter-B (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram apresentados nesta terça-feira (14) pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. 

    Durante coletiva de imprensa, acompanhado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, Leite destacou que o mês de novembro registrou a menor área de alertas de desmatamento na Amazônia desde o início da série histórica que começou em 2016.

    Foram 249 quilômetros quadrados (km²) de florestas da Amazônia com avisos de destruição. De janeiro a novembro, o desmatamento já acumula 8.142 km². Mesmo sem os dados de dezembro, este já é o terceiro maior acumulado anual, atrás apenas do registrado em 2020 e 2019.

    Na avaliação de Joaquim Leite, a queda nos alertas de desmatamento no mês de novembro é resultado de um trabalho integrado entre os Ministérios do Meio Ambiente, da Defesa e da Justiça com órgãos ambientais, Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança Pública.

    A área desmatada na Amazônia Legal entre agosto de 2020 e julho de 2021 foi de 13.235 km², um aumento de 22% em relação ao período anterior.

    Torres está à frente da pasta da Justiça desde março quando substituiu André Mendonça. Já Joaquim Leite foi nomeado ministro do Meio Ambiente em junho, após Ricardo Salles pedir demissão. Ao dizer que não podia comentar sobre gestões anteriores, Anderson Torres comemorou os resultados. “Eu falo da nossa gestão. “Nós estamos vindo mostrar que o trabalho que foi feito a partir da nossa chegada no governo e ministério do Meio Ambiente e da Justiça, eles já estão trazendo resultados positivos. Isso é um fato”, destacou.

    “Os números agora, desse novo período, agosto, setembro, outubro, novembro, mostra uma redução de 12%, isso significa que nós estamos na direção correta em relação aos números para a gente consiga atingir o objetivo, que é eliminar o desmatamento ilegal até 2028”, acrescentou.

    O ministro do Meio Ambiente prometeu ainda uma atuação do governo mais forte em relação a crimes ambientais. “Os resultados estão começando a aparecer, nesses últimos quatro meses, e nós devemos caminhar mais contundente, de forma mais integrada, Ministério da Justiça, Ministério da Defesa e Ministério do Meio Ambiente, para atingir os objetivos que todos nós queremos. O governo federal atuará de forma contundente em relação aos crimes ambientais”, garantiu Leite.

  • Operação integrada desativa garimpos ilegais em Mato Grosso

    Operação integrada desativa garimpos ilegais em Mato Grosso

    Uma operação integrada desativou cinco garimpos ilegais na Floresta Amazônica na região de Aripuanã, 867 km ao Norte de Cuiabá. Durante a ação, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Força Nacional, Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA) e Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) inutilizaram 11 motores estacionários para impedir a retomada da exploração ilegal de ouro.

    Os profissionais também vistoriaram e inutilizaram 50 barracos utilizados como ponto de apoio pelos infratores. Pertences e utensílios domésticos foram retirados dos locais para que não fossem consumidos pelo fogo. A operação realizada ao longo na última semana também resultou na apreensão de três máquinas escavadeiras, um gerador, duas bombas d’água, três motosserras e diversas ferramentas. As máquinas foram removidas do local e enviadas para Cuiabá.

    O proprietário de uma das áreas estava presente no local e foi conduzido para a delegacia pelo crime ambiental e por porte ilegal de arma de fogo. Das cinco áreas fiscalizadas, duas ainda estavam em pleno funcionamento. O Comando da Polícia Militar em Aripuanã também ofereceu todo apoio necessário.

  • Queimadas: Brasil não é a única nação a enfrentar esse problema diz Mourão

    Queimadas: Brasil não é a única nação a enfrentar esse problema diz Mourão

    Sobre as queimadas que acometem a Floresta Amazônica e outros biomas do país, Mourão disse que o Brasil não é a única nação a enfrentar esse problema, especialmente no período da seca, quando os índices historicamente se elevam.

    Apesar de admitir o problema, o vice-presidente disse que no Brasil  elas não têm as mesmas proporções vistas na Califórnia ou na Austrália. “As queimadas que estão ocorrendo na Amazônia não são padrão Califórnia ou Austrália e as ações do governo federal buscam não só reduzi-las, mas também atenuar seus efeitos nocivos ao meio ambiente e à saúde das pessoas”, destacou.

    Segundo Hamilton Mourão, para entender os números divulgados é preciso saber o que significam os focos identificados pelos satélites de referência utilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “As imagens acusam todos os focos de calor, o que não significa incêndio, pois qualquer área com temperatura acima de 47º – uma fogueira por exemplo – é assim identificada. Além disso, como consta no site do instituto, é comum uma mesma queimada ser detectada por vários satélites. Os dados brutos também não distinguem as ilegais das legais, que são aquelas ocorridas dentro dos 20% de terra que, de acordo com nossa legislação, pode ser explorada no bioma Amazônia”, disse.

    Em uma postagem Twitter neste sábado (19), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, rebateu as acusações que o Brasil tem sofrido de diversos atores ambientalistas de não ser capaz de cuidar do seu patrimônio ambiental, em particular a Amazônia.

    Também neste sábado o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, saiu em defesa das ações do governo no combate às queimadas na região.

    Queimadas no Pantanal

    Usando seu Twitter, Mourão garantiu que o governo do presidente Jair Bolsonaro “não compactua com ilegalidades e manterá esforços constantes no sentido de que criminosos ambientais sejam enfrentados de acordo com a lei”.

     

    Conforme o CenárioMT noticiou na manhã deste sábado, 19, uma comitiva de deputados e senadores visitaram o Pantanal mato-grossense. [Veja mais]

  • AGU obtém bloqueio de R$ 570 milhões de desmatadores da Amazônia

    AGU obtém bloqueio de R$ 570 milhões de desmatadores da Amazônia

    Em um ano de atividades, a Força-Tarefa em Defesa da Amazônia, criada pela Advocacia-Geral da União (AGU), conseguiu o bloqueio de R$ 570 milhões de grandes desmatadores da Floresta Amazônica. Até o momento, o órgão ajuizou 45 ações civis públicas contra infratores ambientais em estados da Amazônia Legal.

    As ações pedem reparação pelo dano ambiental do desmatamento de cerca de 34 mil hectares na Amazônia. O custo correspondente à reparação ultrapassa R$ 1,3 bilhão, segundo a AGU.

    Composta por procuradores federais e advogados da União, a força-tarefa conseguiu dar tratamento prioritário a 12 execuções fiscais contra grandes devedores ambientais. O bloqueio dos bens garante recursos para a reparação dos danos ambientais e para o pagamento de indenizações por danos morais coletivos, caso os infratores sejam condenados em definitivo.

    Em apenas um caso, a força-tarefa conseguiu que o Tribunal Regional Federal (TRF-1) da 1ª Região bloqueasse R$ 39,9 milhões de um grande desmatador e suspendesse o acesso dele a linhas de financiamento e a incentivos fiscais. A ação estabeleceu um precedente importante, porque foi a primeira decisão em segundo grau a determinar o tratamento especializado para grandes infratores pedido pela AGU.

    Segundo a AGU, a jurisprudência do TRF-1 mostrava-se anteriormente reticente em relação ao pedido de bloqueio de bens e valores, mas a força-tarefa demonstrou a legitimidade do pedido com base no Artigo 225 da Constituição, que garante a preservação do meio ambiente como um direito.

    Liminares

    Até agora, não foram proferidas sentenças nas ações da força-tarefa. Os bloqueios foram decididos por meio de liminares (decisões provisórias). No entanto, para a AGU, as decisões indicam que o aperfeiçoamento das ações civis públicas ambientais tem provocado resultados no acolhimento dos pedidos pelo TRF-1.

    A força-tarefa atua estrategicamente em demandas judiciais específicas que tenham por objeto o exercício do poder de polícia, a reparação dos danos e a execução de créditos considerados prioritários relativos à Amazônia Legal. Além de acompanhar as ações contra os infratores, a equipe atua em execuções fiscais de grandes devedores ambientais e aprimora o diálogo com outros órgãos e entidades da Administração Pública que desenvolvam políticas na Amazônia.

    Instituída em setembro de 2019 pela Portaria 469/2019 da AGU, a Força-Tarefa em Defesa da Amazônia é composta de 20 integrantes. Desse total, 15 são membros da Procuradoria-Geral Federal (órgão da AGU que representa judicialmente autarquias como Ibama e ICMBio) e cinco integram a Procuradoria-Geral da União.

    Edição: Nádia Franco

  • Caminhos da Reportagem mostra atuação de brigada militar na Amazônia

    Caminhos da Reportagem mostra atuação de brigada militar na Amazônia

     

    O programa Caminhos da Reportagem, que vai ao ar na TV Brasil às 20h neste domingo (14), vai mostrar como as brigadas militares atuam contra o desmatamento e as queimadas na floresta Amazônica.ebc

    Desde o início da segunda edição da Operação Verde Brasil, em 11 de maio, 116 pessoas foram presas por crimes ambientais na Amazônia, mais de R$ 175 milhões em multas foram aplicados e quase 20 mil metros cúbicos de madeira foram apreendidos.

    A força-tarefa une as Forças Armadas, Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Força Nacional e secretarias estaduais de Meio Ambiente. O objetivo é desarticular quadrilhas de madeireiros e garimpeiros na área da Amazônia Legal. Neste ano, a Operação Verde Brasil foi antecipada justamente para coibir os principais crimes ambientais que ocorrem nesta época do ano.

  • Governo destinará R$ 500 milhões para proteger mata nativa da Amazônia

    Governo destinará R$ 500 milhões para proteger mata nativa da Amazônia

     

    O Ministério do Meio Ambiente criou nesta sexta-feira (3) o Programa Floresta+ para valorizar quem preserva e cuida da floresta nativa do país. O projeto-piloto vai começar destinando R$ 500 milhões para conservação da Amazônia Legal. O programa conta com a participação do setor privado e de recursos de acordos internacionais.ebc

    “Esse é o maior programa de pagamento por serviços ambientais no mundo, na atualidade. Os R$ 500 milhões recebidos do Fundo Verde do Clima vão remunerar quem preserva. Vamos pagar pelas boas práticas e reconhecer o mérito de quem cuida adequadamente do meio ambiente”, disse o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em reunião virtual nesta sexta.

    Podem participar do programa pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, grupo familiar ou comunitário que, de forma direta ou por meio de terceiros, executam atividades de serviços ambientais em áreas mantidas com cobertura de vegetação nativa ou sujeitas à sua recuperação.

    A conferência apresentou o programa Floresta+ para representantes do governo federal, dos estados da Amazônia Legal, além de instituições públicas, universidades, fundações, centros de inovação, doadores do Fundo Verde do Clima e de povos indígenas.

    Cadastro Nacional

    O Brasil conta com 560 milhões de hectares de floresta nativa no território brasileiro e o próximo passo do governo é criar o Cadastro Nacional de Serviços Ambientais e a regulamentar o pagamento por serviços ambientais, previstos no Código Florestal.

    Dentre os serviços ambientais considerados essenciais estão o monitoramento, vigilância, combate a incêndio, pesquisa, plantio de árvores, inventário ambiental e sistemas agroflorestais para conservação e a proteção da vegetação nativa. Dentre os benefícios estarão a conservação da biodiversidade, a proteção do solo e das águas e a regulação do clima.

    *Com informações do Ministério do Meio Ambiente

  • Vice-presidente visitou brigada do exército em Mato Grosso

    Vice-presidente visitou brigada do exército em Mato Grosso

     

    O Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que é o presidente do Comitê do Fundo Amazônia e do Conselho Nacional da Amazônia, visitou duas brigadas do Exército, em Cuiabá (MT) e Porto Velho (RO), que participaram das ações da Operação Verde Brasil 2.

    Em Cuiabá, o vice-presidente adiantou que a operação conjunta será prorrogada por mais um mês, por decreto que deverá ser assinado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira, 9, em Brasília.

    Para o General Mourão, o ideal era que as ações de vigilância ambiental não tivessem duração limitada. “Não adianta só termos operações por um mês ou dois meses. Ideal era estabelecer vinte bases permanentes de fiscalização na região amazônica. Para isso, é fundamental a retomada do Fundo Amazônia para financiar tudo isso”, afirmou.

    O Fundo Amazônia recebe doações de países europeus, como Noruega e Alemanha, para serem aplicadas em projetos de combate ao desmatamento e na conservação da floresta.

    Desde o dia 11 de maio, o governo brasileiro vem travando uma guerra contra quem comete crimes ambientais na floresta amazônica. Mais de 3.800 militares, agentes da Força Nacional, Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e secretarias estaduais de meio-ambiente estão realizando ações de fiscalização, apreensão e autuação em madeireiras, serrarias e garimpos nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Pará – atual campeão de desmatamento.

    Operações constantes

    Outro desejo do vice-presidente é fortalecer as agências fiscalizadoras, como IBAMA e ICMBio. No momento, há um estudo conjunto com o Ministério da Economia, que proibiu a realização de novos concursos. Para Mourão, “não adianta ter viaturas, se não temos gente”. No estado de Mato Grosso – onde está boa parte da reserva indígena Xingu – a Operação Verde Brasil 2 apreendeu 2.811 metros cúbicos de madeira, 46 tratores, 43 caminhões, 16 embarcações e aplicou um valor total de 66 milhões de reais em multas ambientais, contando com um efetivo de 1.200 homens.

    Na tarde de domingo, o general foi até Porto Velho, onde se reuniu com os governadores Marcos Rocha, de Rondônia, e Gladson Cameli, do Acre, na sede da 17a Brigada de Infantaria de Selva. Nos dois estados, os maiores problemas são as madeireiras ilegais, o desmatamento – que ocorre no primeiro semestre do ano – e as queimadas, que são feitas geralmente no segundo semestre.

    Rondônia está em terceiro lugar no ranking de desmatamento da Amazônia Legal, que é formada por nove estados.A região alcançou uma perda de 205 quilômetros quadrados de floresta de janeiro a maio. Segundo o vice-presidente, o investimento em ações ambientais foi reduzido a partir da crise econômica de 2012 e só agora vem sendo retomado. Mourão garantiu que as etapas da Operação Verde Brasil seguirão durante todo o mandato, ou seja, até o final de 2022, e revelou uma meta ambiciosa para contrapor ao que ocorreu no ano passado: “A meta é que o índice de queimadas fique abaixo da média histórica, já este ano.”

    Ano passado, as queimadas na floresta Amazônica atingiram o ápice, espalhando-se rapidamente por toda região e chegando até mesmo a São Paulo. Segundo o Comandante do Corpo de Bombeiros de Rondônia, Demargli da Costa Farias, “na Amazônia, grande parte dos problemas respiratórios que acontecem são causados pelas queimadas. Isso faz com que os hospitais fiquem mais cheios, e por causa do problema de covid-19, nós vamos ter resultados negativos. Essa ação de combate aos ilícitos florestais é fundamental para que tenhamos uma resposta positiva. Elas impactam diretamente na saúde”, explicou.

    O general Hamilton Mourão regressa na noite desta segunda-feira (8) para a Brasília, e na terça-feira já se reúne com o presidente Jair Bolsonaro para ratificar a necessidade de prorrogação da Operação Verde Brasil 2 nos estados da Amazônia Legal.