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  • Arma usada por ator em filmagens era legítima, diz promotora

    Arma usada por ator em filmagens era legítima, diz promotora

    A promotora distrital do condado de Santa Fé afirmou que a arma que o ator Alec Baldwin disparou durante filmagens do filme Rust era “legítima” e que as acusações criminais não estão descartadas.

    Mary Carmack-Altwies disse ao New York Times que era uma arma legítima. “Uma arma antiga, apropriada para a época”.

    Segundo a promotora, no local das filmagens foi encontrada “enorme quantidade de balas”.

    Sobre possíveis acusações, ela foi clara: “neste momento, tudo está em cima da mesa, incluindo acusações criminais”.

    Documentos judiciais divulgados nessa terça-feira (26) mostram que os investigadores apreenderam três revólveres, caixas com munições, uma pochete com munições, vários cartuchos usados, dois cintos de couro com coldres, peças de roupa e cotonetes que acreditam ter sangue.

    O ator norte-americano Alec Baldwin matou acidentalmente a diretora de fotografia do filme, ao disparar uma arma de adereço que não deveria estar carregada.

    O acidente ocorreu na última quinta-feira (21), no rancho de Bonanza Creek, no Novo México, onde estavam sendo filmadas várias cenas do western, do qual Baldwin era produtor e protagonista. A diretora de fotografia Halyna Hutchins morreu e o realizador Joel Souza ficou ferido.

    A arma usada pelo ator foi uma das três que um especialista em armas de fogo colocou em um carrinho de adereços.

    Segundo as primeiras investigações, no momento em que a equipe de filmagens se preparava para ensaiar uma cena, o assistente de realização David Halls foi buscar uma arma de adereço que entregou a Alec Baldwin gritando a expressão cold gun, o que significa que era seguro usar a arma, por não estar carregada com munições verdadeiras.

    Falta de Segurança

    A equipe já se tinha queixado de falta de segurança. Sete pessoas que trabalhavam no filme pediram demissão antes do incidente, alegando, entre outras questões, falta de segurança.

    Dias antes, Baldwin já tinha feito dois disparos com balas reais acidentalmente, por ter usado uma arma que lhe tinham dito que não estava carregada com munições.

    A última pessoa a pedir demissão, segundo relato da agência AFP, foi um operador de câmara, em protesto contra as condições de trabalho, incluindo as de segurança.

    O assistente de realização que deu a Alec Baldwin a arma carregada já havia sido despedido de um filme anterior por um acidente semelhante, afirmou um produtor. “Dave Halls foi despedido das filmagens de Freedom’s Path em 2019, depois de um membro da equipe sofrer ferimentos leves quando uma arma foi disparada acidentalmente”.

    Halls foi expulso do local de filmagens imediatamente, e a produção não voltou a filmar até que Dave saiu. Foi elaborado então um relatório sobre o incidente, com petição para que armas reais fossem banidas de filmagens.

    Mais de 15 mil pessoas assinaram o pedido de proibição de armas de fogo em filmagens.

    A petição, divulgada no site change.org, pede a proibição de armas de fogo reais em filmagens, mas também melhores condições de trabalho para as equipes envolvidas na produção de filmes.

    “Não há nenhuma razão para uma coisas dessas acontecer no século 21”, diz o texto da petição lançada pelo cineasta Bandar Albuliwi.

  • Filmagens de curta sobre violência doméstica começam hoje em Lucas do Rio Verde

    Filmagens de curta sobre violência doméstica começam hoje em Lucas do Rio Verde

    Começam nesta sexta-feira (26) as filmagens do curta-metragem ‘Oi Alice, ninguém é mulher impunemente’ que aborda a violência doméstica. A produção da Cia Teatral Cena 1, de Lucas do Rio Verde, convidou o ator global Iran Malfitano que protagonizará ao lado de Sonia Silva, atriz luverdense, as personagens principais.

    A chegada de Malfitano e outros membros da equipe técnica foi cercada de expectativa. O grupo veio da região sudeste e fez escala em Cuiabá. Em razão do tempo chuvoso e de contratempos na estrada, a chegada em Lucas do Rio Verde aconteceu com atraso, mas não desanimou as pessoas que foram até o hotel Terras, onde ficarão hospedados durante as filmagens.

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    Foto: Weidson Cardoso

    O diretor de fotografia, Vinicius Penelas, comentou que a temática do filme é interessante e tem ganhado espaço nas discussões. “Que bom que de um tempo prá cá esses assuntos têm sido mais falado e de fato tem muita gente sofrendo com esse tipo de relacionamento e entrando em depressão”, pontuou, citando que a temática motivou em fazer parte da produção.

    Para o diretor geral do curta-metragem, será um momento importante realizar o projeto. Douglas Ancine revelou ter ficado entusiasmado com o roteiro, abordando uma temática tao presente na rotina das pessoas. ‘A expectativa é das melhores. E se tratar de uma cidade no interior, acho muito bacana”, assinalou, destacando que a maioria das produções das quais participou são na região sudeste.

    Responsável pela captação de sons no filme, o diretor de som, João Mugrab também mostrou ansioso com o início das filmagens. Ele destaca que o projeto será importante para a cidade, que vai mostrar uma realidade que não tem grande visibilidade. “E isso acontece em muitas casas, muitas famílias, mas as pessoas não têm muita noção porque a dor é de cada um”, observou.

    Trabalho cultural

    Atriz que fará papel de Alice, Sonia Silva chegou em Lucas do Rio Verde no final dos anos 90 e desde então tem desenvolvido trabalhos na área cultural. Diretora da Cia de Teatro Cena 1, ela assumiu o desafio de propor a produção do curta-metragem que começa, definitivamente, a ganhar corpo com o início das filmagens. “O projeto envolve mais de 50 pessoas. A companhia trouxe grandes nomes do cinema, da TV pra estar conosco. Vamos projetar o nome da tv em nível nacional”, destacou.

    “O filme fala do silêncio, do que a vítima sofre no quarto, lá onde ninguém enxerga e ninguém vê”, revela Sonia, acrescentando que ao estudar o roteiro em casa, sua filha (que ainda é uma criança) observou que o ambiente onde a personagem sofre calada é como se fosse uma gaiola. “As pessoas passam e ninguém enxerga essa gaiola. É sobre isso que ‘Oi Alice’ vai falar, da solidão que vive a mulher agredida, abusada”.

    Protagonista

    Apesar do protagonismo, Iran Malfitano optou por ‘dividir’ com todos os integrantes que estarão em cena a importância no envolvimento com a produção. O ator mineiro observou que é um tema atual e cuja abordagem foi ampliada. “As pessoas parecem que aceitam assistir a esse tipo de filme com outra cabeça, antigamente não. Continua muito atual e acho que é muito importante estar tocando no assunto”, opinou.

    O ator disse que ao conversar com os demais membros da parte técnica ficou evidente o grande número de casos de violência doméstica que ocorre no país. Iran lembra que muitas pessoas próximas têm alguma experiência relacionada a abusos e que é importante as mulheres se defenderem nesses casos.

    Malfitano revelou esperar que a produção possa ter continuação, já que a história de Alice e Marcos, as duas personagens principais, dá abertura para outras abordagens que fica difícil em um curta-metragem. “É um tem importante e que a gente acha que vale continuar”, declarou. “De repente a gente continua num projeto sequência desses, porque aumentar o curta não vai ter como”.

    Contracenar com artistas locais será uma experiência rica para o ator mineiro. “Todo mundo tem sua importância, não vejo protagonista, antagonista. Mais importante é desenvolver a cultura na cidade. Povo sem cultura não é um povo, é um bando, não tem identidade”, destacou Malfitano, observando que São Paulo e Rio Janeiro, os dois maiores polos culturais do país, sofreram os efeitos da pandemia de covid-19.

    As filmagens acontecerão nesta sexta-feira, sábado e domingo. O curta será gravado em espaços públicos e ambiente fechado. A captura das imagens utilizará mão de obra luverdense. O filme será lançado primeiramente em Lucas do Rio Verde. Além disso, a produção participará de festivais em várias cidades brasileiras.