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  • Concessionária promove avanços nas obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste

    Concessionária promove avanços nas obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste

    A Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) constatou grandes avanços nas obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), realizados pela Concessionária Vale S.A., nas últimas operações de fiscalização.

    A FICO foi concebida para interligar as áreas produtoras de grãos do Centro-Oeste até a Ferrovia Norte Sul, permitindo escoar a produção para os portos de Santos ou de São Luis. O trecho inicial, chamado FICO 1, tem 383 km de extensão e liga Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT).

    A obra avança com a execução da terraplenagem do pacote 1 (km 0 ao 30), próximo a Mara Rosa (GO), além de obras de arte corrente e de drenagem. As obras da alça de ligação da FICO com a Ferrovia Norte Sul, que já está em operação no Tremo Central, na altura de Mara Rosa/GO, estão adiantadas e em breve permitirão a instalação de trilhos, o que permitirá o carregamento de materiais para o avanço das obras com maior eficiência logística.

    Também foram iniciadas obras de infraestrutura no pacote 3, entre os km 80 a 104, próximo a Santa Terezinha de Goiás. A ANTT está na iminência da certificação dos projetos do pacote 2, o que significa a permissão para execução da desapropriação e das obras, liberando 105 km contínuos de obras.

    P3 Awards

    Na próxima quinta (26/10), a ANTT participa do P3 Awards, premiação internacional cujo objetivo é reconhecer e condecorar iniciativas bem-sucedidas em parcerias público-privadas (PPP), firmadas por instituições de todo o mundo, com o projeto “Inovação com Investimento Cruzado na Antecipação do Contrato de Concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas – EFVM”, que viabilizou a construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO).

    Investimento Cruzado

    Em dezembro de 2020, foi formalizado o Investimento Cruzado para o trecho de Mara Rosa a Água Boa por meio da assinatura do Anexo 9 do 3º Termo Aditivo – Renovação do Contrato de Concessão da Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM), celebrado entre a Infra S.A., a Vale e a ANTT, com fundamento na Lei nº 13.448, de 5 de junho de 2017.

    Com base no art. 25, § 1º, da referida Lei, foi exigido, como contrapartida à celebração do 3º Termo Aditivo, a realização de investimentos em malha de interesse da administração pública não incidentes na área da Concessão.

    Além de ser um “investimento cruzado”, medida criativa para execução de uma obra pública por meio de investimento privado, sua implantação conta também com os institutos inovadores de Organismo de Inspeção Acreditada (OIA), certificado pelo Inmetro para acreditar os projetos e a execução da obra, além do comitê de resolução de conflitos (Dispute Board). Essas inovações buscam garantir a qualidade da obra e o atendimento aos critérios de engenharia, desonerando os recursos públicos.

  • Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) recebe primeira remessa de trilhos

    Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) recebe primeira remessa de trilhos

    Foi entregue a primeira remessa de trilhos a serem instalados na Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que está sendo executada pela Vale S.A. A implantação acontece por meio do investimento cruzado derivado da renovação antecipada da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).

    São 1.800 toneladas de trilhos para dar o arranque na superestrutura nas alças norte e sul de interligação da Fico com a Ferrovia Norte-Sul (FNS).

    Os trilhos foram descarregados no pátio de estocagem em Mara Rosa (GO), localizado no km 0 da Alça Sul, na ligação com a FNS. Esse será o material que será utilizado para o arranque da superestrutura. O volume restante (6.200 toneladas) permanecerá estocado em São Luís (MA) no pátio do Terminal Ferroviário Ponta da Madeira (TFPM).

    FICO

    A construção do trecho Mara Rosa/GO a Água Boa/MT da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) será viabilizada como contrapartida pela prorrogação antecipada do contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas, cujo termo aditivo foi assinado em 18/12/2020.

    A operação da ferrovia será objeto de contrato de concessão a ser licitado, cujo projeto poderá ser estruturado em conjunto com trechos ferroviários da FIOL II e III, a depender dos resultados indicados nos estudos.

    O projeto prevê investimento de R$ 2,73 bilhões e 46.122 mil empregos (diretos, indiretos e efeito-renda). Com 383 km de extensão, o trecho escoará a produção de grãos (soja e milho) daquela região, uma das maiores produtoras de soja do Brasil, em direção aos principais portos do país.

    A Ferrovia de Integração Centro-Oeste tem por objetivos estabelecer alternativas mais econômicas para os fluxos de carga de longa distância e favorecer a multimodalidade. Além disso, busca interligar a malha ferroviária brasileira, propondo nova alternativa logística para o escoamento da produção agrícola e de mineração para os sistemas portuários do Norte e Nordeste. Por outro lado, busca também incentivar investimentos, que irão incrementar a produção e induzir processos produtivos modernos.

    Entre os benefícios, proporcionará alternativa no direcionamento de cargas para os portos do Norte e Nordeste, principalmente aquelas produzidas em Goiás, Mato Grosso e Rondônia. Com isso, reduz o percurso e o custo do transporte marítimo de grãos e minérios exportados para os portos do Oceano Atlântico, Europa, Oriente Médio e Ásia. O modal aumentará a produção agroindustrial da região, motivada por melhores condições de acesso aos mercados nacional e internacional e possibilitará e estimulará a exploração de reservas minerais ainda pouco exploradas.

  • Ferrovias e estudos ambientais

    Ferrovias e estudos ambientais

    Em 2021, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado de Mato Grosso produziu 71.488.025 toneladas de grãos, esse número representou 28,49% da produção nacional, sendo os principais produtos soja e algodão. A construção de ferrovias com certeza é uma necessidade para o estado, sendo essa a melhor saída para escoar a crescente produção de grãos. Atualmente Mato Grosso possui apenas 366 km de ferrovias que fazem parte da Ferrovia Norte Brasil (FERRONORTE). Porém essa realidade pode mudar em breve, a Ferrovia Autorizada de Transporte Olacyr de Moraes (FATO), promete a construção de mais 730 km de ferrovias, enquanto a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) construirá no estado mais 140 km e a Ferrogrão mais 440 km. A implementação desses empreendimentos necessita de muitos estudos e acompanhamentos, entre eles sobre a formação de ravinas e voçorocas (erosões lineares de grande porte), tema que será abordado ao longo deste texto. 

    Caiubi Emanuel Souza Kuhn
    Caiubi Emanuel Souza Kuhn

    Ravinas e voçorocas são as formas mais agudas de erosões linear, podem chegar a ter mais de um quilometro de extensão, e dezenas de metros de largura e de profundidade. Normalmente o desenvolvimento deste processo está relacionado a características do meio físico, sejam elas geológicas-geotécnicas, tipos de solos e do relevo. Mudanças no uso da terra e na cobertura vegetal são outros fatores que pode desencadear o desenvolvimento da erosão. 

    O desenvolvimento de ravinas e voçorocas podem causar uma série de impactos sociais e ambientais. A destruição de casas, rodovias, infraestruturas urbanas e rurais e a inviabilização de áreas produtivas significativas, são alguns dos impactos econômicos que podem ser citados. Além disso, as erosões lineares afetam a cobertura vegetal, removem grandes quantidades de solo, podem causar o rebaixamento do aquífero, o assoreamento de rios, açudes entre outros corpos hídricos. A estabilização das erosões pode demorar anos ou até décadas. 

    Empreendimentos como o desenvolvimento de novas rodovias e ferrovias, precisam em sua implementação, realizar estudos detalhados de susceptibilidade a erosão e a outros processos do meio físico, como deslizamentos e corridas de detritos. Estes estudos são fundamentais para garantir a segurança no empreendimento e para evitar impactos ambientais e sociais na área de entorno. 

    Em outros locais, como no estado de São Paulo, sérios problemas com erosões lineares ocorrem relacionadas a construção de ferrovias. As características do meio físico de algumas regiões do estado de Mato Grosso, indicam que problemas similares podem ocorrer, caso não sejam realizados os estudos adequados e o correto monitoramentos destas áreas. É comum em muitas regiões do estado problemas com erosões que foram causadas devido ao uso do solo sem que seja considerada os estudos técnicos. Porém, este tipo de situação não pode e nem deve ocorrer em empreendimentos bilionários, que possuem tranquilamente condições financeiras e técnicas para realizar todas as análises e estudos necessários. Caso isso não seja feito, além de poder ter problemas na fase de construção das ferrovias, após concluída pode se iniciar inúmeros debates sobre como sanar os impactos causados e sobre quem irá pagar a conta dos danos proporcionados pelas erosões. 

    A construção das ferrovias em Mato Grosso é uma necessidade, porém é preciso que a sociedade acompanhe e debate de forma séria todos os fatores que envolvem o empreendimento. Neste sentido, as universidades e centros de pesquisa podem contribuir muito nas análises técnicas dos empreendimentos. A sociedade civil precisa acompanhar e debater sobre o tema, para que se tenha transparência na busca de soluções para eventuais problemas. O conhecimento e gestão técnica são o caminho para o estado garantir o desenvolvimento sustentável. 

    Caiubi Kuhn, Professor na Faculdade de Engenharia (UFMT), geólogo, especialista em Gestão Pública (UFMT), mestre em Geociências (UFMT).

  • Governo Federal estima conclusão da Ferrovia de Integração do Centro Oeste em até 5 anos

    Governo Federal estima conclusão da Ferrovia de Integração do Centro Oeste em até 5 anos

    O Ministério de Infraestrutura estima em até cinco anos a conclusão da Ferrovia de Integração Centro Oeste. O empreendimento é visto como fundamental pelo Governo Federal para a integração nacional. A estrada de ferro fará a conexão entre o Vale do Araguaia e a Ferrovia Norte Sul. Isso vai favorecer o escoamento da safra regional aos portos de Santos (SP), Itaqui (MA) e, no futuro, de Ilhéus (BA), pois se conectará também à Fiol (Ferrovia de Integração Oeste Leste).

    A Fico, aliás, será a primeira ferrovia construída do zero no país por investimento cruzado. Este sistema prevê que trechos de ferrovias sejam construídos pela iniciativa privada, sem custos para o governo.

    Com 383 quilômetros de trilhos, a Fico parte do entroncamento com a FNS, em Mara Rosa (GO), rumo ao município de Água Boa (MT). Dentro do planejamento, a ferrovia terá seu trajeto estendido até Lucas do Rio Verde.

    Oferta de empregos

    Durante a execução devem ser abertos 4,6 mil novos postos de trabalho no Centro-Oeste brasileiro. São 1,5 mil diretamente ligados à construção da estrada de ferro e mais de 3 mil para apoio e suporte da obra, em sua área de influência. A abertura de m]ao de obra inclui hotéis, restaurantes e serviços diversos.

    Investimento cruzado

    Tanto a compra de trilhos e dormentes para a obra da Fiol quanto o início da construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), realizados neste ano, foram assegurados pelo Governo Federal a partir do mecanismo de investimento cruzado. A estratégia permite converter parte da outorga estipulada durante a renovação antecipada de contratos de concessão em novos empreendimentos. É dessa forma que a Vale destina quase R$ 2,7 bilhões para tornar a Fico realidade e R$ 400 milhões exigidos em itens para a Fiol.

  • ANTT aprova o projeto dos primeiros 30 km da Ferrovia de Integração do Centro Oeste

    ANTT aprova o projeto dos primeiros 30 km da Ferrovia de Integração do Centro Oeste

    Foi aprovado durante a Reunião de Diretoria (ReDir) da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), o Projeto Executivo para implementação da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico). O projeto foi apresentado pela concessionária Vale S.A.. O primeiro trecho é equivalente a 30 km. A aprovação aconteceu n esta quinta-feira (16/12) pela Diretoria Colegiada da autarquia.

    O projeto consta do Acordo de Obrigações de Investimento. Ele faz parte do Anexo 9 do 3º Termo Aditivo ao Contrato de Concessão da Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM). O projeto passou por análise da área técnica da ANTT.

    Os aditivos contratuais trazem regras mais modernas e alinhadas ao interesse público. Além da realização de novos investimentos em empreendimentos de interesse da administração pública, eles preveem a eliminação de conflitos urbanos, mecanismos de desestímulo à inexecução contratual, garantia de compartilhamento da malha ferroviária e a definição de novos parâmetros de desempenho.

    A FICO é uma das ferrovias que deverão interligar Lucas do Rio Verde ao sistema ferroviário nacional. O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, é um dos entusiastas da ferrovia e cita, com frequência, a importância do modal para o desenvolvimento da região centro oeste.

  • Trecho da Fico até Lucas do Rio Verde tem pedido de operacionalização feito junto ao Governo Federal

    Trecho da Fico até Lucas do Rio Verde tem pedido de operacionalização feito junto ao Governo Federal

    O trecho da Ferrovia de Integração Centro Oeste entre Água Boa e Lucas do Rio Verde teve protocolado junto ao Governo Federal pedido para construção e operacionalização. Até esta quinta-feira (23) foram apresentados 14 requerimentos de investidores privados. O procedimento foi estabelecido na Medida Provisória 1.065/2021. Com isso, sobe para R$ 80,5 bilhões o total de investimentos previstos no modal, com 5.360 quilômetros de novos trilhos, cruzando 12 unidades da Federação.

    O mecanismo de autorização ferroviária visa reduzir a burocracia dos procedimentos exigidos para permitir a entrada de operadores privados no setor. Com as autorizações, o Governo Federal espera elevar dos atuais 20% para 40% a participação do modal na matriz nacional de transportes até 2035.

    Do total de requerimentos apresentados para novos segmentos, via autorização, o MInfra já publicou 12 na edição da última sexta-feira (17) do Diário Oficial da União. A partir de agora, os pedidos serão analisados pela equipe da Secretaria Nacional de Transportes Terrestres (SNTT), sob a luz da MP 1.065/2021.

    O ministro de Infraestrutura Tarcísio Freitas comemorou o número de pedidos de novas ferrovias. “No dia do lançamento da medida provisória, nós recebemos 10 pedidos de autorização, a gente já está com 14 e caminhando para 19, 20, em muito pouco tempo. O resultado está sendo extremamente positivo”, afirmou.

    Após o 14º requerimento de autorização para construção e operação de ferrovia, o valor de investimentos previstos chegou a R$ 80,5 bilhões. São 5.360 quilômetros de novos trilhos, cruzando 12 unidades da Federação. “É uma forma da gente mitigar o problema da falta de equilíbrio da matriz de transportes. Uma forma rápida, uma forma extremamente leve, sem burocracia. Então a gente está desburocratizando o setor e, com esse boom, a gente deve chegar em 2035 com uma participação do modal ferroviário da matriz de transporte de 40%”, disse.

    Confira a relação de todos os requerimentos apresentados até aqui:

    Água Boa/MT – Lucas do Rio Verde/MT: 557 km de extensão

    Uberlândia/MG – Chaveslândia/MG: 235 km de extensão

    Estreito/MA – Balsas/MA: 245 km de extensão

    Shortline entre Perequê/SP – TIPLAN/Porto de Santos/SP: 8 km de extensão

    Maracaju/MS – Dourados/MS: 76 km de extensão

    Guarapuava/PR – Paranaguá/PR: 405 km de extensão

    Cascavel/PR – Foz do Iguaçu/PR: 166 km de extensão

    Cascavel/PR a Chapecó /SC: 286 km de extensão

    Açailândia/MA – Alcântara/MA: 520 km de extensão

    São Mateus/ES – Ipatinga/MG: 420 km de extensão

    Suape/PE – Curral Novo/PI: 717 km de extensão

    Terminal Intermodal em Santo André: 7 km de extensão

    Presidente Kennedy (ES) – Conceição do Mato Dentro/Sete Lagoas (MG): 610 km de extensão

    Estrada de Ferro Juscelino Kubitschek (EFJK) – de Barra de São Francisco (ES) a Brasília (DF): 1.108 km de extensão

  • Obras da FICO, ferrovia que interligará GO e MT, iniciam nesta sexta-feira

    Obras da FICO, ferrovia que interligará GO e MT, iniciam nesta sexta-feira

    A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Ministério da Infraestrutura (Minfra), a Valec e a empresa Vale S/A vão dar a partida para o início das obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico). O evento de lançamento da ferrovia vai ocorrer às 15h (horário de Brasília), nesta sexta-feira (17), em Mara Rosa/GO.

    Com extensão de 383 km, a Fico escoará a produção de grãos da região de Água Boa (MT) pela Ferrovia Norte e Sul. Isso possibilitará acesso aos portos de Santos (SP) e Itaqui (MA). O projeto foi estimado em R$ 2,73 bilhões para fins de determinação dos investimentos cruzados em decorrência da prorrogação antecipada do prazo do contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), operada também pela Vale. Além disso, estimam-se 7 mil empregos (diretos, indiretos e efeito-renda) durante a construção.

    O projeto vai ser realizado em duas fases, sendo a primeira entre Mara Rosa/GO e a Ponte sobre o Rio Araguaia. Já a segunda etapa será da Ponte sobre o Rio Araguaia até Água Boa/MT. Vai seguir de Leste para Oeste, a partir das cidades localizadas nos pontos iniciais de cada um dos trechos. Os primeiros 30 quilômetros de construção da fase inicial ligam os municípios de Mara Rosa/GO, onde fará conexão com a Ferrovia Norte Sul (FNS), e de Alto Horizonte/GO.

    Com o início das obras, aumenta a expectativa com o desenvolvimento do projeto que pretende expandir a FICO até Lucas do Rio Verde.

  • Movimento Pró 3 Ferrovias será lançado dia 25 de junho em Lucas do Rio Verde

    Movimento Pró 3 Ferrovias será lançado dia 25 de junho em Lucas do Rio Verde

    Será lançado no próximo dia 25, em Lucas do Rio Verde, o Movimento Pró 3 Ferrovias. A proposta de criação do movimento é do economista e cientista político Vicente Vuolo. Ele faz contato com lideranças luverdenses para fortalecer o movimento. Vuolo é filho do ex-senador Vicente Emílio Vuolo, que faleceu em 2001, e que deu nome à ferrovia que liga Rondonópolis a Santa Fé do Sul-SP.

    Atualmente existem três projetos ferroviários para Mato Grosso. A Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que vem de Goiás até Água Boa e futuramente vai chegar a Lucas do Rio Verde, integrando o estado de leste a oeste. Outro projeto é da Ferrogrão, saindo Miritituba com destino a Sinop e Sorriso. O terceiro é ampliação da Ferrovia Vicente Vuolo (Ferronorte) que interligará Rondonópolis a Lucas do Rio Verde.

    O presidente da Acilve (Associação Comercial e Empresarial de Lucas do Rio Verde), Vilson Kirst, está auxiliando Vuolo na mobilização de lideranças locais. Esta semana, os dois tiveram várias conversas telefônicas. Kirst fez a ponte para que o coordenador se aproximasse de representantes políticos, como o senador Carlos Fávaro e deputado Neri Geller, Prefeito Miguel Vaz, presidente da Câmara de Vereadores Daltro Figur, Vice-Governador Otaviano Pivetta, Marino Franz, Jocci Piccini, representantes da CDL, OAB, Rotary Club, Sindicato dos Produtores, entre outras lideranças de segmentos como do agronegócio.

    “Foi uma conversa quase diária. Pediu informações da região, de nomes que pudesse indicar, que são lideranças do município”, comentou. “Ele me procurou para ajudar a organizar esse encontro agora no mês de junho”.

    Kirst observou que a proposta é fortalecer os projetos que definirão as 3 ferrovias que possibilitarão a instalação de um porto seco em Lucas do Rio Verde. “O nosso município é estratégico na indústria e no agronegócio. Um grande produtor de grãos, de carne, de etanol e de biodiesel. Por isso, ele, que trabalha há muitos anos em questões ferroviárias, está se envolvendo tanto neste projeto”, destacou.

    Investimentos

    A implantação das ferrovias vai atrair investimentos para Lucas do Rio Verde. Vilson Kirst acredita que todos os segmentos serão beneficiados. Ele acredita que produtores rurais, empresários e trabalhadores vão ganhar com a condição de Lucas do Rio Verde como entroncamento rodoferroviário. Até mesmo o setor de transporte rodoviário tende a ganhar com a vinda das ferrovias. “Às vezes caminhoneiro pensa que vai tirar frete. Não. Os fretes têm que vir até Lucas, a nossa região é muito grande e vai precisar do transportador”, aposta Kirst. “Através dessa ferrovia vai vir os insumos que vem para Lucas e região, seja adubo ou outros produtos. Não existe prejuízo pra ninguém”.

    Neste sentido, o presidente da Acilve assinala que o custo para transportar cargas de grãos para a região de portos vai diminuir. Hoje, além de eventuais prejuízos por causa da infraestrutura rodoviária, os transportadores, autônomos ou empresariais, convivem com problemas de roubos de cargas. “Nossas estradas são precárias, o caminhoneiro fica muito tempo longe da família, acidentes, problemas de assalto, enfim. É muito importante você estar próximo de sua casa”, observou.

    Local do evento

    Sobre o evento, Vilson Kirst cita que há 3 locais disponíveis para o encontro. O auditório do Sindicato Rural foi colocado à disposição para realizar o lançamento do Movimento Pró 3 Ferrovias. Contudo, estão sendo analisadas várias situações, como a participação de público. Como atualmente existem regras de prevenção ao novo coronavírus. E um deles, é evitar aglomeração de pessoas. Por isso, o presidente da Acilve acredita que o evento acontecerá na Câmara de Vereadores, que reúne condições para essa finalidade.

  • “Lucas do Rio Verde será um grande entroncamento ferroviário” diz ministro da Infraestrutura

    “Lucas do Rio Verde será um grande entroncamento ferroviário” diz ministro da Infraestrutura

    O ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) disse que a construção da Ferrogrão, ferrovia de quase 1.000 quilômetros ligando Sinop (MT) ao Porto de Miritituba, no Pará, é “inescapável”. “A Ferrogrão vai ser o grande modulador de tarifas. É um projeto sensacional. Não faz o mínimo sentido discutir se devemos ou não ter a ferrovia”, acrescentou.

    Freitas disse ainda que, além de um ramal norte-sul, teremos um grande ramal Leste-Oeste que vai ser sistema FICOFIOL, que no futuro vai parar em Lucas do Rio Verde, interligando Lucas do Rio Verde/MT a Ilhéus/BA. Disse também que em Lucas do Rio Verde vai nascer a Ferrogrão e vai morrer a Ferronorte, será um grande entroncamento ferroviário, e a vida do produtor será transformada de uma maneira não vista antes.

    Confira abaixo as declarações do ministro Tarcísio Gomes

     

    A FICO, entre Mara Rosa/GO e Água Boa/MT, será construída pela Vale como contrapartida da renovação antecipada da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). O projeto do trecho 2 da FICO está sendo elaborado, prevendo ligação entre Água Boa/MT e Lucas do Rio Verde/MT.

     

  • Prefeito de Lucas do Rio Verde defende reativação do CIDESA para desenvolvimento da região Médio-Norte de Mato Grosso

    Prefeito de Lucas do Rio Verde defende reativação do CIDESA para desenvolvimento da região Médio-Norte de Mato Grosso

    Otimista, o prefeito de Lucas do Rio Verde-MT, Miguel Vaz, defende a retomada das atividades do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (CIDESA) como ferramenta importante para o desenvolvimento dos municípios do Médio-Norte de Mato Grosso, localizados no eixo da BR-163.

    Criado durante a primeira gestão do ex-prefeito Otaviano Pivetta (97/2000), o CIDESA reunia 17 municípios, que juntos uniram forças que atraíram investimentos regionais. Porém, o consórcio permanece desativado há vários anos, e se tornou um dos objetivos de Miguel Vaz, a sua reativação.

    Na última semana, durante encontro com os prefeitos, que fazem parte do Consórcio Intermunicipal de Saúde – Vale do Teles Pires – o prefeito de Lucas do Rio Verde colocou em discussão a retomada do CIDESA.

    Nesse encontro ficou definido que eu e o prefeito de Sorriso, Ari Lafin, tomássemos a frente para a reativação e reorganização do CIDESA e depois criarmos uma diretoria para gerenciar o consórcio”, comentou Vaz. “Ele se faz importante, pois é um sistema de blocos com 15 municípios onde serão tratados temas regionais, como por exemplo, à duplicação da BR-163, a instalação das ferrovias, entre outros importantes assuntos”, completou.

    De acordo com Vaz, a união entre os gestores municipais por meio do CIDESA, gerará força para que as demandas sejam encaminhadas paras as esferas estaduais e federais.

    Por exemplo, vamos tratar tema segurança em bloco, vamos tratar sobre saúde para a vinda de mais hospitais, criação de novos leitos, enfim, vamos tratar em blocos e assim tornar a região equipada com esses serviços, e que possa atender a todos os municípios. Esse é o sentido do CIDESA, tratar temas de interesse regional na área econômica, social e ambiental”.

    FERROVIAS EM MATO GROSSO

    A chegada dos trilhos das ferrovias na nossa região será tema constantemente debatido dentro do CIDESA, até porque, se formos analisar, todos os municípios gostariam de ter a ferrovia passando em seus territórios. Evidentemente que já se tem um traçado prévio definido. Mas, quando se olha para a Rumo Logística, que hoje está em Rondonópolis, e que tem projeto para chegar até Lucas do Rio Verde, provavelmente é de interesse do município de Sorriso que chegue até lá também. Idem para Lucas do Rio Verde com relação a Ferrogrão, que ligará Sinop aos portos de Miritituba no Pará. Então nesse sentido há o interesse regional. Também temos o projeto definido da ferrovia de integração Centro-Oeste (FICO) que ligará Goiás a Água Boa, e de lá até Lucas do Rio Verde, essa vamos continuar defendendo que o projeto fique aqui. Mas as outras duas, tanto Ferrogrão quanto a Rumo, nós gostaríamos que de alguma forma as duas se encontrassem e quem ganha com isso é a região, pois todos os municípios serão valorizados e poderão receber grandes e importantes investimentos”, explicou Vaz.