Tag: fico

  • Workshop destaca avanços nas obras da FICO em MT e GO

    Workshop destaca avanços nas obras da FICO em MT e GO

    O avanço das obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) foi tema de um workshop promovido pela Infra S.A. com a participação da Vale, empresa responsável pela construção do primeiro trecho da ferrovia, com 383 quilômetros entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT). O encontro, realizado na última semana, teve como foco alinhar ações para a execução do projeto e detalhar os progressos obtidos.

    Durante a reunião, foram apresentados os dados das desapropriações realizadas em 2023, que somaram 247 km de frente de obras liberadas, equivalente à totalidade do trecho da ferrovia no estado de Goiás. O resultado foi impulsionado por três mutirões de conciliação, promovidos para agilizar os processos com os proprietários de áreas afetadas.

    A Vale também apresentou os contratos já em andamento para as etapas de drenagem e terraplanagem, incluindo a construção da ponte sobre o Rio Araguaia. Outros avanços apontados foram a aquisição de 25 mil dormentes e a aprovação de projetos executivos de mais duas etapas pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

    O diretor-presidente da Infra S.A., Jorge Bastos, destacou a importância do alinhamento técnico para acelerar a execução da ferrovia. “O andamento das obras é fundamental para o desenvolvimento da infraestrutura do Brasil. A Infra S.A. tem atuado para garantir que os investimentos na ferrovia sejam feitos dentro do prazo e qualidade estabelecidos pelo Ministério dos Transportes”, afirmou.

    Obra estratégica para a logística nacional

    As obras da FICO são executadas pela Vale como contrapartida da prorrogação antecipada da concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas, firmada em dezembro de 2020. Após a conclusão do trecho Mara Rosa–Água Boa, a Infra S.A. poderá realizar a subconcessão do ativo à iniciativa privada, revertendo os recursos arrecadados em novos investimentos na malha ferroviária do país.

    A FICO (EF-354) integra a política de desenvolvimento logístico do Brasil, conectando os polos produtores de grãos do Centro-Oeste à Ferrovia Norte-Sul, possibilitando o escoamento da produção até os portos de São Luís (MA), Santos (SP) e Paranaguá (PR). A ferrovia completa terá 888 km de extensão, com o segundo trecho projetado entre Água Boa e Lucas do Rio Verde (MT).

    O projeto da FICO foi iniciado em 2010, com a elaboração do primeiro traçado de Campinorte (GO) a Água Boa (MT). Em 2012, foi concluído o trecho de Água Boa a Lucas do Rio Verde. Após revisão técnica, o traçado inicial foi otimizado e alterado para iniciar em Mara Rosa, o que resultou em ganhos operacionais sem aumento no custo de implantação.

    Além do trecho da FICO, o acordo de Investimentos Cruzados firmado entre a Vale, ANTT e Infra S.A. também prevê o fornecimento de insumos para a FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), entre Caetité e Barreiras, na Bahia.

    A construção da FICO é considerada uma das mais relevantes iniciativas para ampliar a competitividade do agronegócio brasileiro, reduzindo custos logísticos e promovendo desenvolvimento regional nos estados de Goiás e Mato Grosso.

  • Ferrovia de Integração Centro-Oeste é destaque em Fórum Econômico no Vietnã

    Ferrovia de Integração Centro-Oeste é destaque em Fórum Econômico no Vietnã

    O fortalecimento da infraestrutura ferroviária do Brasil esteve no centro do discurso do ministro dos Transportes, Renan Filho, durante o Fórum Econômico Brasil-Vietnã, realizado no sábado (29) em Hanói, capital vietnamita. O ministro destacou os esforços do Governo Federal para atrair investimentos privados para o setor, ressaltando a importância da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) dentro da estratégia de ampliação da malha ferroviária nacional.

    A FICO faz parte do Corredor Ferroviário Leste-Oeste, um projeto prioritário do Novo PAC, que visa conectar o Brasil de leste a oeste, percorrendo 2.697 quilômetros de trilhos. Essa ferrovia tem papel fundamental na logística brasileira ao interligar as regiões produtoras do Centro-Oeste com portos estratégicos no Nordeste e no Sul da Bahia, garantindo maior eficiência no escoamento da safra agrícola. “Trata-se de uma das mais transformadoras ferrovias do mundo para a garantia da segurança alimentar, permitindo que o Brasil continue atendendo à crescente demanda global por alimentos”, afirmou Renan Filho.

    Durante sua participação no evento, o ministro reforçou que o Brasil vem se consolidando como referência mundial na atração de investimentos para infraestrutura de transportes. “Temos hoje o maior pipeline de concessões rodoviárias do mundo. Somente em 2025, realizaremos 15 leilões na Bolsa de Valores de São Paulo para concessões de rodovias, além do avanço de projetos ferroviários estratégicos como a Ferrovia de Integração Centro-Oeste”, ressaltou.

    O governo estima que os investimentos destinados à malha ferroviária somem cerca de US$ 15 bilhões (R$ 2,6 bilhões), dentro de um montante total de US$ 50 bilhões (R$ 300 bilhões) para infraestrutura de transportes. Esse volume de investimentos vem impulsionando um salto histórico na exportação de alimentos, que passou de oito milhões de toneladas há três décadas para 180 milhões de toneladas em 2024. O Vietnã, quinto maior destino dos produtos agropecuários brasileiros, importa 70% da soja e 37% da carne suína de origem brasileira, consolidando-se como um mercado estratégico para o agronegócio nacional.

    Além das discussões econômicas, o evento marcou a assinatura do Plano de Ação para Implementação da Parceria Estratégica Brasil-Vietnã, que fortalecerá a cooperação bilateral entre os dois países em diversas áreas, incluindo infraestrutura, comércio e inovação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que expandir parcerias comerciais é essencial para impulsionar o desenvolvimento sustentável e melhorar a qualidade de vida da população brasileira.

    O Vietnã, com uma população de cerca de 101 milhões de habitantes, se destaca pelo dinamismo econômico e pelos investimentos em infraestrutura. Atualmente, o comércio bilateral entre Brasil e Vietnã movimenta US$ 7,9 bilhões (R$ 45,5 bilhões), e a meta é elevar esse valor para US$ 15 bilhões (R$ 86,4 bilhões) até 2030. O país asiático já se consolidou como principal destino das exportações brasileiras na Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e segue ampliando sua relevância como parceiro estratégico do Brasil no cenário global.

    A delegação brasileira encerrou sua missão oficial ao Vietnã neste sábado (29), após uma série de compromissos e assinaturas de acordos que reforçam a presença do Brasil no cenário econômico internacional, com a infraestrutura ferroviária como um dos pilares para o futuro da logística nacional.

  • Governo e Vale avançam em acordo que pode destravar investimentos ferroviários no país

    Governo e Vale avançam em acordo que pode destravar investimentos ferroviários no país

    Na manhã de quarta-feira (19), foi assinada a admissibilidade do processo de solução consensual entre o Governo Federal e a mineradora Vale S.A., marcando um novo capítulo na tentativa de destravar investimentos estratégicos em infraestrutura ferroviária no país. A decisão foi formalizada pelo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo, durante reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e o secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro.

    O pedido de abertura do processo havia sido feito pelo Ministério dos Transportes em janeiro de 2025. Estiveram presentes ainda o diretor-presidente da Infra S.A, Jorge Bastos, o presidente do Conselho de Administração da Vale, Daniel Stieler, e demais executivos da mineradora.

    O acordo em negociação prevê o repasse de R$ 17 bilhões da Vale à União, que poderá ocorrer por meio de aportes diretos ao Tesouro Nacional ou por investimentos cruzados em projetos ferroviários. Entre os projetos estratégicos que podem ser viabilizados estão o corredor ferroviário Fico-Fiol, que liga o Centro-Oeste ao litoral baiano, e o ramal Cariacica-Anchieta, no Espírito Santo.

    Como parte das tratativas iniciais, a Vale já havia efetuado, em dezembro de 2024, o pagamento de R$ 4 bilhões à União, valor relacionado à sua base de ativos. Agora, com a admissibilidade assinada pelo TCU, o processo avança para uma nova fase: o Ministério dos Transportes, a Vale e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) terão 15 dias para indicar os representantes legais que participarão das negociações na Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso), unidade especializada do TCU.

    A comissão terá 90 dias para construir uma proposta consensual sobre a revisão dos valores de outorga referentes à renovação antecipada das concessões das ferrovias Vitória-Minas (EFVM) e Carajás (EFC). Após esse prazo, o Ministério Público junto ao TCU terá 15 dias para se manifestar e, em seguida, o ministro-relator terá 30 dias para apresentar a solução ao plenário do Tribunal.

    A expectativa é que o acordo permita maior previsibilidade para os investimentos do setor ferroviário, destrave obras paradas e fortaleça o modelo de concessões com foco em contrapartidas que beneficiem a malha logística nacional como um todo.

  • Governo abre audiência pública para concessão da Ferrovia de Integração Centro-Oeste, que chegará em Lucas do Rio Verde

    Governo abre audiência pública para concessão da Ferrovia de Integração Centro-Oeste, que chegará em Lucas do Rio Verde

    O Governo Federal aprovou a abertura de audiência pública para a concessão à iniciativa privada da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), um dos projetos prioritários do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). A ferrovia será fundamental para a logística do agronegócio, ligando Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, à Ferrovia Norte-Sul.

    O período para o envio de contribuições às propostas, coordenadas pelo Ministério dos Transportes, será de 7 de fevereiro a 24 de março. Segundo o secretário nacional de Transportes Ferroviários, Leonardo Ribeiro, a fase de consulta pública é essencial para garantir a transparência e a eficiência do projeto.

    “É mais um passo fundamental para que o Brasil avance na integração logística, tornando o transporte ferroviário mais competitivo e atraente para investidores”, afirmou Ribeiro. Ele destacou que a consulta pública permitirá um debate aberto e produtivo, garantindo que o projeto seja desenvolvido com sustentabilidade, eficiência e inovação.

    A Fico faz parte da política federal de ampliação da malha ferroviária nacional. Quando concluída, estará interligada à Ferrovia Norte-Sul e à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), fortalecendo a infraestrutura de transporte do país e impulsionando o escoamento da produção nacional, especialmente do agronegócio mato-grossense.

  • ANTT abre audiência pública para discutir concessão das ferrovias FICO e FIOL

    ANTT abre audiência pública para discutir concessão das ferrovias FICO e FIOL

    A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou na quinta-feira (30/1), durante a 1.000ª Reunião de Diretoria Coelgiada (ReDir), a abertura de Audiência Pública para discutir a concessão dos empreendimentos ferroviários Ferrovia Integração Centro-Oeste (FICO) e Ferrovia Integração Leste-Oeste (FIOL). O objetivo é tornar público o projeto, colher sugestões e contribuições para aprimoramento dos estudos de viabilidade, bem como das minutas de Edital e Contrato. O processo de participação e controle social segue a Resolução ANTT nº 6.020/2023.

    As contribuições poderão ser enviadas entre os dias 07 de fevereiro e 24 de março de 2025, até às 18h (horário de Brasília). Para ampliar a participação, serão realizadas sessões públicas híbridas e presenciais. O aviso da Audiência Pública 1/25 está disponível na edição de hoje do Diário Oficial da União (D.O.U).

    Sobre o Projeto

    O projeto envolve a concessão do “Corredor de Integração Oeste-Leste”, que compreende trechos da FICO e FIOL cruzando quatro estados brasileiros: Bahia (BA), Tocantins (TO), Goiás (GO) e Mato Grosso (MT). Os estudos foram conduzidos pela Infra S.A., em parceria com a International Finance Corporation (IFC), e encaminhados ao Ministério dos Transportes para aprovação. A proposta com mais de de R$ 108 milhões em investimento, contempla:

    • Prestação do serviço ferroviário de cargas associado à exploração da malha ferroviária da FICO 1, FIOL 2 e FIOL 3;
    • Construção da FIOL 3 pela futura concessionária;
    • Possibilidade de inclusão do trecho FICO 2 mediante reequilíbrio econômico-financeiro do contrato.

    A estruturação visa consolidar o corredor logístico, garantindo maior eficiência no escoamento de produção, alavancando a competitividade do setor ferroviário.

    Serviço

    A sessão pública será realizada presencialmente e por videoconferência ou outro meio eletrônico, com transmissão ao vivo pelo canal ANTT no Youtube, conforme cronograma abaixo:

    • Data: 11 de março de 2025
    • Sessão Pública virtual e presencial (híbrido)
    • Cidade: Brasília/DF
    • Horário: 8h30
    • Local: Setor de Clubes Esportivos Sul – SCES, trecho 03, lote 10, Projeto Orla
    • Polo 8 – Brasília – DF
    • Capacidade: 353 lugares
    • Data: 12 de março de 2025
    • Sessão Pública presencial
    • Cidade: Salvador/BA
    • Horário: 14h
    • Local: A definir
    • Data: 14 de março de 2025
    • Sessão Pública presencial
    • Cidade: Cuiabá/MT
    • Horário: 14h
    • Local: A definir

    As informações específicas sobre a matéria, bem como as orientações acerca dos procedimentos relacionados à realização e participação na sessão da audiência, estarão disponíveis, a partir do dia 31 de janeiro de 2025, na íntegra, no sítio gov.br/antt/pt-br > Participação Social > Audiência Pública nº 1/2025.

    Informações e esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos pelo endereço de e-mail ap001_2025@antt.gov.br.

    Com essa iniciativa, a ANTT reforça seu compromisso com a transparência e a ampla participação social na construção de soluções para o transporte ferroviário brasileiro.

  • Plano nacional de ferrovias inclui ampliação de trilhos em Mato Grosso

    Plano nacional de ferrovias inclui ampliação de trilhos em Mato Grosso

    O Plano Nacional de Ferrovias, que está em fase final de ajustes e deve ser apresentado em fevereiro, traz importantes novidades para o Mato Grosso. Entre os projetos estratégicos que fazem parte do plano, destacam-se a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) e a Ferrogrão, ambas com impactos diretos na logística e na economia do estado.

    Com investimento previsto de R$ 100 bilhões, o plano contempla cerca de cinco mil quilômetros de novas ferrovias, com a maior parte do aporte vinda de concessões à iniciativa privada. Para garantir a viabilidade econômica dos empreendimentos, a União arcará com uma parcela significativa dos custos, estimada entre 20% e 30%, dependendo do projeto.

    Fico em direção a Lucas do Rio Verde

    A Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) terá papel crucial na logística do Mato Grosso. Atualmente, a Fico está sendo executada pela Vale, como contrapartida à prorrogação de contratos no setor ferroviário. O projeto prevê a extensão da linha até Lucas do Rio Verde, consolidando a cidade como um dos principais polos de escoamento da produção agrícola do Brasil.

    A conclusão da Fico se integrará ao Corredor Leste-Oeste, conectando o Mato Grosso a outras regiões por meio de um sistema ferroviário mais eficiente, com potencial para reduzir custos de transporte e aumentar a competitividade dos produtos mato-grossenses no mercado interno e externo.

    Ferrogrão: desafios e potencial para Mato Grosso

    Outro projeto de grande relevância é a Ferrogrão, que ligará Sinop (MT) a Itaituba (PA). Com 933 quilômetros de extensão, a ferrovia visa criar uma alternativa logística para o transporte de grãos, reduzindo a dependência de rodovias e fortalecendo o Arco Norte.

    Apesar do potencial econômico, a Ferrogrão enfrenta desafios significativos, como questões ambientais e complexidades de engenharia. Atualmente, o projeto depende de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para avançar, devido aos potenciais impactos em áreas de conservação ambiental.

    Aposta na integração e no desenvolvimento

    O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou que o plano apresenta um cronograma detalhado para leilões e concessões, garantindo previsibilidade aos investidores.

    Os recursos para a implementação das ferrovias vêm de repactuações de concessões realizadas pela atual gestão federal. A mineradora Vale, por exemplo, se comprometeu a investir até R$ 17 bilhões na extensão de concessões relacionadas à Estrada de Ferro Carajás e à Estrada de Ferro Vitória-Minas.

    Com a inclusão de Mato Grosso em dois dos principais projetos do plano, o estado consolida sua posição como um dos maiores produtores agrícolas do país, fortalecendo a infraestrutura de escoamento e gerando novas oportunidades de desenvolvimento econômico e social.

  • Trecho inicial da Ferrovia de Integração Centro-Oeste é totalmente liberado para obras

    Trecho inicial da Ferrovia de Integração Centro-Oeste é totalmente liberado para obras

    A primeira etapa da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), que conecta Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT), alcançou um marco importante: a liberação de 100% da frente de obras. Esse avanço foi possível graças ao encerramento de 344 processos de desapropriação na faixa de domínio do projeto.

    Entre agosto de 2023 e dezembro de 2024, a estatal Infra S.A., responsável pela gestão das desapropriações, realizou quatro mutirões de conciliação, resultando em 139 acordos judiciais e 77 resoluções amigáveis. A iniciativa acelerou a liberação das áreas necessárias para o empreendimento, que se estende por 366 km e impacta municípios como Mara Rosa, Nova Iguaçu de Goiás, Crixás e Água Boa.

    Jorge Bastos, diretor-presidente da Infra S.A., destacou a relevância social do projeto. “Além dos benefícios logísticos para o país, a construção de uma ferrovia dessa magnitude impacta diretamente a vida das comunidades ao redor. Os mutirões garantiram agilidade e diálogo com os expropriados, especialmente produtores rurais.”

    A entrega dessa etapa da ferrovia está prevista para 2028, e a linha férrea se conectará à Ferrovia Norte-Sul, fortalecendo o escoamento da produção agropecuária da região do Vale do Araguaia aos portos de Santos (SP) e Itaqui (MA).

    Modelo de mutirões será expandido

    A metodologia de conciliação utilizada na FICO pode ser aplicada em outros projetos da Infra S.A., como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL II) e a Ferrovia Transnordestina. A ouvidoria itinerante da empresa também ampliou o diálogo com a população afetada, promovendo uma abordagem mais participativa.

    “Nossa missão é assegurar o interesse público e aprimorar procedimentos com base nas demandas da população impactada,” afirmou Ladjane de Mello, ouvidora da Infra S.A.

    Com os trilhos já no canteiro de obras, o avanço do projeto reafirma o compromisso com a modernização da infraestrutura logística brasileira.

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    Duas etapas

    O projeto FICO foi dividido em duas etapas de construção. O primeiro trecho será construído pela Vale e compreende 383 quilômetros e interligará os municípios de Mara Rosa, Alto Horizonte, Nova Iguaçu de Goiás, Santa Terezinha, Crixás, Nova Crixás e Aruanã, em Goiás, e também os municípios de Cocalinho, Nova Nazaré e Água Boa, em Mato Grosso. A segunda etapa será entre os municípios de Água Boa até Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso.

    Com 888 km de extensão, sendo 383 km de Mara Rosa (GO) a Água-Boa (MT) e 505 km de Água Boa a Lucas do Rio Verde (MT), a FICO escoará a produção de soja e milho do centro norte do estado de Mato Grosso, maior região produtora de soja do Brasil em direção aos portos de São Luís (MA) Santos (SP) ou Paranaguá (PR).

    FICO é um projeto da Infra S.A. desde 2010, quando foi finalizado o Projeto Básico do primeiro segmento de Campinorte/GO a Água Boa/MT. Dois anos depois, foi concluído outro trecho adjacente, de Água Boa/MT a Lucas do Rio Verde/MT.

  • Missão FICO: obras da ferrovia avançam e chegam a 30%

    Missão FICO: obras da ferrovia avançam e chegam a 30%

    A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) embarcou na quinta-feira (7/11) para a “Missão FICO”, uma visita técnica às obras da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), um dos projetos logísticos mais ambiciosos do país. Iniciada em Brasília e com destino a Mara Rosa, Goiás, a missão tem como objetivo avaliar o andamento da construção de 383 quilômetros de trilhos, conectando o Centro-Oeste ao restante do Brasil e viabilizando novos caminhos para o comércio internacional de produtos agrícolas e minerais.

    No primeiro dia de visita técnica, os fiscais da ANTT constataram avanço significativo das obras, refletindo o compromisso de transformar o Brasil em um país mais integrado e eficiente. Até outubro de 2024, a construção da FICO alcançou 29,78% de execução, com projeção de fechar o ano com 32%. Em outubro do ano passado, o número era de 9,87%. Essa aceleração é vista como uma vitória coletiva, resultado do trabalho contínuo entre Governo Federal e setor privado.

    Com a entrega prevista para os próximos cinco anos, a FICO promete transformar a logística nacional, levando progresso e desenvolvimento a uma das regiões mais produtivas do país. A Vale, concessionária responsável pela obra, também compartilhou avanços importantes e as expectativas para 2025, ano em que o projeto deve atingir um marco fundamental, durante apresentação inicial e atualização do projeto.

    “A ferrovia é um elo fundamental entre as regiões produtoras do Centro-Oeste e os portos de Santos e São Luís, promovendo uma verdadeira revolução logística, essencial para impulsionar a economia”, destacou o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale. Esta linha ferroviária formará um canal de escoamento de grãos e minérios para o mercado externo, ao conectar o Centro-Oeste à Ferrovia Norte-Sul e, consequentemente, aos principais portos do país.

    Impacto e desafios de uma obra monumental – grandes números

    A complexidade da FICO vai muito além da construção de trilhos. A execução do projeto envolve um amplo trabalho de engenharia, gestão fundiária e ambiental, além de um cuidado especial com o patrimônio arqueológico. Ao longo dos 383 quilômetros de ferrovia, foram identificados 33 sítios arqueológicos, dos quais 23 já foram resgatados, garantindo a preservação do patrimônio histórico e o respeito às regulamentações.

    Um dos grandes desafios tem sido a desapropriação e liberação de terras, com mais de 244 quilômetros já desobstruídos e 278 áreas em negociação. Em 2024, a ANTT e seus parceiros realizaram três mutirões de conciliação, agilizando processos e evitando judicializações, para que o projeto avance com segurança jurídica e transparência.

    A obra é marcada por cifras, números grandiosos e dados que impressionam: mais de 21 milhões de metros cúbicos de terraplanagem, cerca de 240 quilômetros de obras simultâneas, mais de 6 mil trabalhadores e 298 mil viagens realizadas nos últimos dois meses. Esses números demonstram o ritmo e a dimensão da construção.

    Na área de qualidade, mais de 2.200 inspeções foram realizadas, com 97% de assertividade, refletindo a precisão e o cuidado técnico dedicados à obra. Além disso, o avanço dos pacotes de superestrutura — desde a instalação de trilhos até a manutenção de vagões e dormentes — mostra a maturidade do projeto. Com 8 mil toneladas de trilhos já recebidos, a estrutura começa a se consolidar, aproximando o sonho da FICO de sua conclusão.

    A ANTT destaca ainda o compromisso ambiental e de sustantabilidade da FICO, que envolve a execução de 23 programas socioambientais, além de um rigoroso acompanhamento de 137 condicionantes ambientais. Essa gestão sustentável se reflete na obtenção de 55 licenças e autorizações para assegurar que as atividades sigam os padrões ambientais estabelecidos.

    Expectativas para 2024 e as próximas etapas

    O plano para 2024 envolve passos decisivos. A ANTT busca obter certificações e autorizações que permitam a execução dos pacotes restantes da obra até o final do próximo ano. O próximo ciclo de atividades inclui avançar nas obras de terraplenagem e construção de pontes, etapas essenciais para a conclusão do projeto.

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    Foto: Jeff D’Avila / AESCOM ANTT

    Para que a FICO siga sendo executada dentro do cronograma, as equipes técnicas da ANTT e das demais instituições envolvidas estão percorrendo trechos em Uruaçu, Mara Rosa, Nova Crixás e Cocalinho, avaliando a qualidade das obras em andamento e garantindo que os prazos sejam cumpridos.

    FICO: Um símbolo de integração nacional

    O que a FICO representa para o Brasil vai muito além do transporte de cargas. Com uma infraestrutura moderna e de alta capacidade, ela abrirá caminhos para o crescimento de uma região que até então se via distante dos grandes fluxos logísticos. Além disso, ao fomentar as exportações e garantir uma integração mais eficiente com os portos, a ferrovia colocará o Brasil em posição de destaque no comércio global.

    A ANTT, ao lado de seus parceiros, reafirma seu compromisso em transformar o país com uma infraestrutura robusta, sustentando o progresso de norte a sul. A FICO é uma prova de que o desenvolvimento não apenas passa por trilhos, mas depende de visão, competência e de um trabalho conjunto entre a esfera pública e o setor privado, para a construção de um futuro melhor e mais conectado para todos.

  • Obras da FICO avançam em Goiás e devem chegar a MT em 2025

    Obras da FICO avançam em Goiás e devem chegar a MT em 2025

    As obras da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) devem chegar ao estado de Mato Grosso em 2025, afirma o gerente-geral de Implantação da FICO, Luciano Almada, durante apresentação do andamento das obras para produtores de MT. A apresentação ocorreu nesta quinta-feira (15.08), durante visita técnica feita pelos produtores.

    A visita foi organizada pela Comissão de Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Durante a programação, produtores visitaram o escritório da FICO, em Goiás, e também conheceram as infraestruturas necessárias para a implantação dos trilhos, que vai atender parte da Região Leste de MT.

    A ferrovia terá cerca de 360 km, a um custo de cerca de R$ 27 milhões por km, segundo Almada, dividida em 11 frentes de trabalho. Dessas, 6 são localizadas em Goiás e estão todas em andamento, incluindo a ponte sobre o Rio Araguaia. A obra de arte terá cerca de 1,7 km e é a maior do percurso, que terá um total de 20 pontes.

    “Esse ano é um ano de preparação, a gente está em fase de contratação das empresas. A Vale faz obras com parceiros, empresas que são especializadas em construção e estamos em fase de contratação para no ano que vem, de fato, a gente iniciar. A intenção é que ano que vem, além da ponte, tenhamos obras em terra rodando também em MT até chegar em Água Boa”, destaca.

    Almada lembrou também que, com a chegada das obras em MT, o número de trabalhadores passará de 6 mil para 8 mil pessoas. Atualmente, a empresa foca seus esforços para construção da base da ferrovia (infraestrutura), para que uma máquina faça a instalação da superestrutura (dormentes, trilhos, etc).

    A máquina deve chegar em outubro e tem capacidade de instalar até 2 km de trilhos por dia. Por isso, a empresa se concentra em fazer o máximo da infraestrutura para garantir rapidez na execução. A previsão mais moderada é de 500 metros por dia. “Eu tenho que correr muito com a infra, para ter um espaço grande, pois quando ela começa, tem uma produção altíssima”.

    O diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, lembra que a FICO deve ser concluída em 2028 e atenderá a produção dos municípios de Água Boa, Nova Xavantina, Campinápolis, Novo São Joaquim, Canarana, Gaúcha do Norte e Querência. Agricultores desses municípios produzem mais de 4 milhões de toneladas de soja por ano.

    Grande parte dessa produção é transportada por caminhões até Rondonópolis, onde é embarcada nos trens e vão para exportação. Com a conclusão da FICO, essa produção pode ser levada por meio ferroviário para o Porto de Itaqui, no Maranhão, ou para o Porto de Santos, pela Ferrovia Norte-Sul, que passa por Mara Rosa (GO).

    O diretor-executivo também pontua a necessidade de a Ferrovia Integração Oeste-Leste (FIOL) chegar até Mara Rosa. Assim, as produções mato-grossense e goiana poderiam ser destinadas para o Porto de Ilhéus, na Bahia, sendo mais uma opção viável para a exportação. Além disso, a Ferrogrão seria outra malha ferroviária que melhoria o escoamento, destaca Edeon.

    Porém, Edeon lembra que as ferrovias que estão em obras e que devem ser concluídas mais cedo são a Ferronorte (ferrovia que ligará os trilhos que chegam em Rondonópolis até Lucas do Rio Verde) e a Fico. Elas devem ser concluídas até 2031 (Ferronorte) e 2028 (FICO). Segundo Edeon, o transporte sobre trilhos pode reduzir o custo do frete em cerca de 25%.

    “O fato de ter essas opções ferroviárias e, se nós conseguirmos que empresas diferentes venham a operar esses trechos, isso vai provocar uma concorrência intramodal. Ou seja, uma concorrência de ferrovia com ferrovia. Isso vai provocar uma redução do custo do frete e reduzindo o custo do frete, aumenta a rentabilidade do produtor”, destaca Edeon.

    Já o produtor rural Zênio Souza, que é de Água Boa, município localizado na região do Vale do Araguaia, antes apelidado de “Vale dos Esquecidos”, lembra que a FICO é um sonho antigo da região. Zênio relata que, vendo a velocidade do andamento das obras, vislumbra o crescimento da região, tanto na agricultura, como na pecuária, que também é uma de suas atividades.

    “É um sonho que está se concretizando, podemos nos preparar porque, com a ferrovia chegando, mais portas vão se abrir para o nosso negócio. Então, o Vale do Araguaia, será muito beneficiado pela finalização da obra e a expectativa é que o nosso custo de transporte melhore”, pontua Zênio, que também é conselheiro fiscal da Aprosoja-MT.

  • Visita técnica da ANTT atesta avanços nas obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO)

    Visita técnica da ANTT atesta avanços nas obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO)

    A Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) é uma das grandes promessas para o transporte de cargas no Brasil, ligando as produtivas regiões do Centro-Oeste à Ferrovia Norte Sul e, consequentemente, aos portos estratégicos de Santos e São Luís, o que vai promover integração nacional e desenvolver ainda mais a economia do país. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável por regular e fiscalizar os trabalhos e a concessão, periodicamente realiza visitas técnicas de acompanhamento. O avanço físico das obras está, até o momento, em 13,28% e a previsão é de chegar aos 33,28% até dezembro.

    O trecho em foco, conhecido como FICO 1, estende-se por 383 quilômetros, conectando Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT). Durante a última inspeção, que ocorreu no último fim de semana (19 a 21/4), a Diretoria e os fiscais da ANTT constataram um significativo avanço nas atividades conduzidas pela Concessionária Vale S.A., responsável pela execução das obras. De outubro de 2023 até agora, a conclusão da terraplenagem saiu de 9,87% para 13,28%, projetando-se para atingir 33,28% até dezembro de 2024. Além disso, a gestão fundiária liberou aproximadamente 238,5 quilômetros em dezembro de 2023, com uma tendência de alcançar 364 quilômetros até o fim deste ano.

    As obras da alça de ligação da FICO com a Ferrovia Norte-Sul, que já está em operação no Tramo Central, na altura de Mara Rosa/GO, estão bem adiantadas e em breve permitirão a instalação de trilhos, o que promoverá o carregamento de materiais para o avanço das obras com maior eficiência logística. Também estão em andamento as obras de infraestrutura no pacote 3, entre os km 80 a 104, próximo a Santa Terezinha de Goiás.

    No âmbito da engenharia, os pacotes de projetos avançam de acordo com o cronograma estabelecido. Os pacotes de 1 a 7 já obtiveram certificações para início de obras ainda ano passado, enquanto os pacotes de 7 a 11 estão previstos para terem suas obras iniciadas até dezembro de 2024. As autorizações da ANTT para os diferentes pacotes demonstram um compromisso conjunto com o progresso do empreendimento.

    Compromissos e metas para 2024

    Apesar dos avanços, ainda existem metas a serem alcançadas em 2024. A obtenção da certificação dos projetos executivos, a autorização da ANTT para execução de obras em diferentes pacotes, a conclusão das desapropriações e o avanço das obras em cada pacote são algumas das prioridades previstas.

    As implementações incluem o desenvolvimento técnico para otimização do projeto, início das atividades arqueológicas, obtenção das licenças e autorizações ambientais e realização de todos os processos de contratação relativos aos serviços de infraestrutura de cada pacote.

    O projeto da FICO surgiu como contrapartida da renovação antecipada do contrato de concessão da Ferrovia Vitória a Minas, destacando-se como um investimento estratégico para a economia brasileira. Para o diretor da ANTT, Rafael Vitale, a FICO representa uma revolução logística que promoverá outra revolução no desenvolvimento regional e nacional. O prazo para conclusão das obras da ferrovia é de cinco anos.

    “Verificamos que a obra está a todo vapor. Gosto muito de trabalhar com revolução e sei que estamos diante de uma neste momento. É uma grandiosidade da engenharia, uma logística gigantesca para nosso país e mais uma melhoria que vai beneficiar a todos os usuários”, concluiu Vitale.