Tag: fertilizantes

  • Perda de poder aquisitivo decorre de isolamento social, diz Bolsonaro

    Perda de poder aquisitivo decorre de isolamento social, diz Bolsonaro

    O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (17) que a perda do poder aquisitivo da população brasileira decorre da estratégia adotada por “muitos que embarcaram na historinha do ‘fica em casa, e a economia a gente vê depois’”, para o combate à pandemia. Segundo o presidente, a guerra entre Rússia e Ucrânia também teria colaborado para a piora da situação.

    As afirmações foram feitas durante a inauguração de um trecho de duplicação de 40 quilômetros da BR-101 em Sergipe, entre as cidades de Propriá e Capela, localizadas perto da divisa com Alagoas. O trecho inaugurado hoje é o primeiro dos cinco lotes de um empreendimento com investimento estimado em R$ 203 milhões.

    Agronegócio e fertilizantes

    Na oportunidade, o presidente falou sobre a vocação do Nordeste para o agronegócio, algo que, para ele, foi potencializado com a política de assentamento que tem sido adotada no país.

    “No Nordeste, temos muita gente voltada ao agronegócio. Nós garantimos o fertilizante fazendo contato com o governo da Rússia. Na semana passada, 26 embarcações aportaram aqui com fertilizantes suficientes para a safra do corrente ano”, disse Bolsonaro. De acordo com o presidente, os efeitos da guerra na Europa e a estratégia de combate à pandemia adotada por governadores foram os principais fatores que acabaram por diminuir o poder aquisitivo da população brasileira.

    “Passamos por momentos difíceis com a pandemia, durante a qual muitos embarcaram na historinha do ‘fica em casa, e a economia a gente vê depois.’ Lamentavelmente, muitos governadores destruíram empregos e renda, especialmente dos mais pobres”, afirmou o presidente. “Mas estamos voltando à normalidade”, acrescentou.

    Bolsonaro disse que lamenta também a perda do poder aquisitivo dos servidores públicos, mas ressaltou ter “certeza de que isso será recuperado”.

  • Empresa de fertilizantes do Marrocos vai ampliar atuação no Brasil 

    Empresa de fertilizantes do Marrocos vai ampliar atuação no Brasil 

    A Companhia Office Chérifien des Phosphates (OCP), do Marrocos, pretende instalar uma unidade produtora de fosfato no Brasil. Nesta quinta-feira (22), uma comitiva com integrantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento esteve reunida com representantes da empresa estatal produtora de fertilizantes do Marrocos, que é a segunda produtora mundial do produto. O encontro ocorreu em Rabat, capital do Marrocos. 

    Segundo o ministério, a intenção de ampliação da empresa marroquina contribui para o Plano Nacional de Fertilizantes, lançado em março para estimular a produção nacional de fostato e compensar a falta do produto devido à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, países que também estão entre os maiores produtores mundiais do fertilizante.

    Na avaliação do ministro da Agricultura, Marcos Montes, a visão da empresa está em sinergia com as metas do Brasil para a sustentabilidade e segurança alimentar mundial.

    “Temos essa responsabilidade conjunta, tanto essa empresa, que é detentora da maior reserva de fosfato do mundo, como o Brasil, que tem uma extensão de terra e tecnologia científica forte para produzir alimentos para o mundo”, disse Montes.

    O Marrocos possui cerca de 70% das reservas mundiais de rocha fosfática e é o maior fornecedor de fósforo para o Brasil. A estatal marroquina está em atuação no Brasil desde 2010 e tem sete escritórios no país.

    * Com informações do Ministério da Agricultura

  • Brasil quer ter mais acesso a fertilizantes produzidos no Egito e diversificar pauta comercial

    Brasil quer ter mais acesso a fertilizantes produzidos no Egito e diversificar pauta comercial

    O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, reafirmou na última segunda-feira (9), no Cairo, o compromisso do Brasil com a segurança alimentar global. Ao participar da abertura do Fórum Brasil–Egito, promovido pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), ele ressaltou o forte interesse do Brasil em expandir as importações de fertilizantes do Egito.

    “O Brasil é um provedor de alimentos seguros, acessíveis e nutritivos. Desejamos aprofundar os laços que nos unem ao povo egípcio e o comércio é uma das formas de fazer isso: uma arte praticada aqui de maneira admirável há milênios. Com a adequada oferta de fertilizantes, atingiremos as metas da FAO para a oferta de alimentos para o mundo em 2050”, ressaltou o Ministro.

    No evento, a delegação do Mapa apresentou as metas do Plano Nacional de Fertilizantes e as expectativas para o abastecimento de nutrientes para a agropecuária a longo prazo, visando assegurar a produção de alimentos para o mundo. Vários empresários demonstraram interesse em fornecer fertilizantes para o Brasil. Também foi debatida a necessidade de reforçar a aproximação entre empresários e investidores de ambos os países para viabilizar os negócios.

    O Egito tem uma boa expressão na oferta de fertilizantes nitrogenados e potássicos, além de suas misturas em fertilizantes especiais, mas ainda sem grande expressão no mercado brasileiro.

    Diversificação

    Ainda na CCAB, foram discutidos temas de ampliação da oferta de proteína animal pelo Brasil e os desafios para os próximos anos. O ministro lembrou que o Egito é o principal destino das exportações brasileiras para o continente africano, com enorme potencial de crescimento de parcerias, com diversificação tanto em termos de exportação, quanto de importação.

    Desde 2019, foram abertos 21 novos mercados para produtos do agronegócio brasileiro no Egito, como carnes brasileiras, 11 tipos de sementes e produtos lácteos. Já o mercado brasileiro foi aberto para a importação de citrus, alho e uvas do Egito.

    “Os produtos brasileiros são competitivos, de qualidade reconhecida mundialmente. No Cairo, farei visitas a autoridades governamentais às quais manifestarei nossa disposição de dar continuidade ao diálogo para ampliar o comércio de produtos agropecuários entre nossos países”, disse o ministro.

    Nos próximos dias, Marcos Montes deverá se reunir com o vice-ministro da Agricultura do Egito, Moustafa El Sayeed, e com o ministro do Abastecimento, Aly Al Moselhy.

    A agenda internacional terá duração até o final da semana com reuniões técnicas e políticas com países árabes da África e Oriente Médio.

  • Mapa vai a Jordânia, Egito e Marrocos para ampliar negociações de fertilizantes

    Mapa vai a Jordânia, Egito e Marrocos para ampliar negociações de fertilizantes

    Uma comitiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento inicia hoje (5) uma missão para Jordânia, Egito e Marrocos. Liderado pelo ministro Marcos Montes, o grupo irá se reunir com representantes de empresas privadas e de governos desses três países para tratar sobre o fornecimento de fertilizantes e a ampliação de investimentos no Brasil. Os encontros também vão servir para reafirmar os mercados de destino de produtos brasileiros.

    Na Jordânia, o principal tema será o fornecimento de fertilizantes à base de potássio. No Egito, o foco serão os nitrogenados e em Marrocos, os fosfatados. O retorno ao Brasil está previsto para o dia 14 de maio.

    “Também vamos aproveitar a viagem para consolidar os nossos produtos agropecuários nesses três países, por isso, acredito que a viagem terá sucesso e voltaremos, se Deus quiser, com bons resultados”, disse o ministro, ao embarcar.

    Agenda

    A agenda do ministro na Jordânia, que começa no dia 7 de maio, prevê reuniões com diretorias de importantes empresas produtoras de potássio, como a Arab Potash Company (APC), que produz mais de 2,4 milhões de toneladas por ano, e a Jordan Phosphate Mining Company (JPMC), com capacidade de produção superior a 7 milhões de toneladas por ano. Também estão previstas reuniões do ministro Marcos Montes com o ministro da Agricultura da Jordânia, Khaled Musa Henefat, e com o ministro da Indústria, Comércio e Abastecimento, Youssef Al-Shamal.

    No dia 9 de maio, a delegação do Mapa chega ao Cairo, onde o ministro Marcos Montes deverá se reunir com o vice-ministro da Agricultura, Moustafa El Sayeed, e com o ministro do Abastecimento, Aly Al Moselhy. A delegação do Mapa participa do Fórum Brasil – Egito: Oportunidades no comércio bilateral, promovido pela Câmara de Comércio Árabe-Brasil. Também estão previstas reuniões com representantes do setor de fertilizantes e de proteína animal.

    A comitiva chega a Marrocos no dia 12 de maio. Está prevista uma reunião com o Ministro da Agricultura, Mohammed Sadiki, além de uma visita à usina de Jorf Lasfar  da Companhia Office Chérifien des Phosphates (OCP). A empresa estatal é atualmente a maior fornecedora de fósforo para o Brasil.

    Marrocos é o segundo maior produtor mundial de fertilizantes fosfatados, responsável por cerca de 17 % da produção global. Em 2021, o Brasil importou mais de US$ 1,6 bilhão em fertilizantes do Marrocos.

  • Fertilizantes ajudam agronegócio e segurança alimentar, diz Bolsonaro

    Fertilizantes ajudam agronegócio e segurança alimentar, diz Bolsonaro

    O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (26) que, ao informar sobre o envio de fertilizantes da Rússia para o Brasil, que esses insumos garantem a sobrevivência do agronegócio e a segurança alimentar deste e de outros países, para os quais a produção brasileira é exportada.

    A afirmação foi feita durante a abertura oficial da 23ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. “Quando estive, há poucas semanas, na Rússia tratando de fertilizantes, momentos antes do ataque ao país vizinho, fomos lá lutar por interesses do Brasil, porque não sobreviveremos sem fertilizantes”, disse o presidente.

    “Neste momento, temos 27 navios russos navegando para o Brasil, para trazer fertilizante para o agronegócio, que é nosso orgulho. Não é apenas pela questão de divisas ou por representar um quarto do PIB [Produto Interno Bruto], mas para nossa segurança alimentar”, acrescentou.

    Bolsonaro disse ter recebido pedidos de autoridades da Organização Mundial do Comércio (OMS) para que o Brasil aumentasse as exportações de alimentos. O pedido, segundo ele, deve-se ao fato de “o mundo não sobreviver sem os alimentos do Brasil”. “Nossa importância para o mundo todo é a responsabilidade que temos”, complementou.

    O presidente lembrou que, ao dar títulos de terras a assentados, possibilitou parcerias entre agricultores familiares e fazendeiros. Transformamos assentados em cidadãos, que estão ao lado do fazendeiro, trabalhando em conjunto. O fazendeiro voltado ao agronegócio, e esse pequeno produtor voltado à agricultura familiar”, argumentou.

    Liberdade de expressão

    Bolsonaro aproveitou o encontro com prefeitos, vereadores, gestores e parlamentares que participam da marcha para reiterar as críticas a autoridades que, segundo ele, estariam atuando contra a liberdade de expressão de pessoas que têm vida pública.

    “Nossa liberdade é inegociável. Quantos de nós somos agredidos ao longo de nossa vida pública? Lamentamos, mas temos mecanismos para reparar isso”, disse o presidente que, recentemente, concedeu perdão ao deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), que foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes e coação no curso do processo.

    “Obviamente não podemos admitir que algum de nós que possa ter certos poderes interfira no destino final de nossa nação, nesse nosso bem maior que é a liberdade de expressão”, acrescentou o presidente.

    Marcha

    Promovida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a 23ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios vai até quinta-feira (28) debatendo temas e apresentando reivindicações das cidades brasileiras. Entre os assuntos abordados, estão reforma tributária, saneamento, piso do magistério e o cenário pós-pandemia.

    Nesta edição, o tema tratado por cerca de 6 mil gestores públicos é Município: O caminho para Um Brasil Melhor.

  • Governo age para manter fornecimento de fertilizante, diz Bolsonaro

    Governo age para manter fornecimento de fertilizante, diz Bolsonaro

    O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (25) que o governo federal tem atuado para garantir o abastecimento de fertilizantes no Brasil. Em discurso na abertura da 27ª  Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), em Ribeirão Preto, no interior paulista, o presidente disse que o país tem obtido resultados, apesar dos embargos econômicos sofridos pela Rússia, um dos principais fornecedores de insumos, devido à guerra com a Ucrânia.

    Segundo Bolsonaro, a visita feita ao presidente russo, Vladimir Putin, em fevereiro, ajudou a manter as remessas de fertilizantes para o Brasil. “Eu dizia a vocês, antes que a guerra eclodisse, a 10 mil quilômetros de distância, eu estive conversando com o presidente Putin. Fui muito criticado por estar indo para lá. Fomos muito bem tratados. Conversei por quase quatro horas com o senhor presidente da Rússia. Obviamente, o assunto ‘fertilizantes’ fez parte da nossa pauta”, disse a respeito do encontro.

    De acordo com o presidente, essa conversa trouxe resultados práticos recentemente. “A poucos dias, após declarações de pessoas [de] que minha ida tinha sido em momento inoportuno, tivemos as informações [de] que quase 30 navios com fertilizantes estavam vindo da Rússia para o Brasil. Ou seja, a nossa política externa, que tem à frente o ministro [das Relações Exteriores] Carlos França, é reconhecida por todos nós e pelo mundo afora”, acrescentou.

    Bolsonaro lembrou ainda que também tratou do assunto durante a visita ao Brasil da diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala , na semana passada. “Eu fiz um pedido a ela, para que nos ajude para que os fluxos de fertilizantes não sejam interrompidos para o Brasil e para o mundo. Assim como os preços não continuem subindo dessa forma.”

    O Brasil consome 8% de toda a produção mundial de fertilizantes, estimada em 55 milhões de toneladas, mas importa 85% do insumo usado pelo agronegócio, principalmente da Rússia, que sofre atualmente forte embargo econômico promovido pelos Estados Unidos, países da Europa ocidental e Japão, por causa da invasão militar na Ucrânia.

    Indulto

    O presidente também defendeu o indulto concedido ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). O parlamentar foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e nove meses de prisão pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes e coação no curso do processo.

    O decreto com o indulto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na última quinta-feira (21), um dia após a condenação de Silveira pela Suprema Corte.

    Bolsonaro afirmou ter livrado o parlamentar de uma condenação injusta. “O decreto da graça e do indulto é constitucional e será cumprido. No passado, soltavam bandidos, e ninguém falava nela. Agora, eu solto inocentes”, disse o presidente na Agrishow.

    Em outra referência ao indulto, o presidente ressaltou que o Artigo 53 de Constituição garante liberdade de expressão aos parlamentares. “Os deputados podem falar o que bem entenderem que são invioláveis, não podem ser punidos civil e penalmente”, afirmou.

    O STF julgou ação penal aberta em abril do ano passado contra Daniel Silveira, que virou réu e passou a responder a processo criminal pela acusação de incitamento à invasão do STF e sugerir agressões físicas aos ministros da Corte. Os fatos ocorreram em 2020 e 2021, por meio das redes sociais. O deputado chegou a ser preso, mas foi solto posteriormente.

    Com a decisão do último dia 20, Silveira também foi apenado com a perda do mandato e a suspensão dos direitos políticos após o fim dos recursos, o que poderia tornar o parlamentar inelegível temporariamente. A Corte estipulou ainda multa de cerca de R$ 200 mil como parte da condenação.

    Edição: Nádia Franco

  • Painel debate estratégias de racionalização de fertilizantes

    Painel debate estratégias de racionalização de fertilizantes

    O uso racional de fertilizantes em tempos de crise será tema do painel que a Embrapa Soja irá promover, em parceria com a Sociedade Rural do Paraná e a cooperativa Cocamar, no dia 6 de abril, às 16h, no pavilhão SmartAgro, durante a Expo Londrina 2022, realizada no Parque de Exposições Ney Braga, em Londrina (PR).

    A proposta é possibilitar uma conversa técnica sobre o tema entre Adilson de Oliveira Jr., pesquisador da Embrapa Soja, Rodrigo Sakurada, gerente técnico da Cocamar e Antonio Sampaio, presidente da Sociedade Rural do Paraná. O bate-papo, que terá moderação do pesquisador Fábio Álvares de Oliveira, da Embrapa Soja,  é gratuito e as inscrições podem ser feitas no local.

    O Brasil importa grande parte dos fertilizantes usados na agropecuária nacional. O Plano Nacional de Fertilizantes, lançado pelo governo federal em março de 2022, tem como meta diminuir a dependência de importações, em 2050, de 85% para 45%. Neste contexto de dependência, a crise provocada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia sinaliza para a falta de abastecimento do produto e para o aumento dos preços no mercado, afirma Oliveira Jr.

    No último ano, o valor da tonelada dos fertilizantes teve um incremento de 162%, saltando de R$ 2.133,00, em fevereiro de 2020, para R$ 5.600,00, em fevereiro de 2022, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Agricultura do Paraná.

    “Trata-se de uma discussão de extrema importância, especialmente, pelo momento que vivemos, com problemas no fornecimento e, consequente, alta nos preços dos fertilizantes. Temos que sentar e juntos discutirmos a questão para encontrarmos caminhos para mitigar o impacto dessa realidade nos custos de produção. Tenho certeza que será um debate bastante rico”, declara Sampaio.

    Rodrigo Sakurada também defende que o debate sobre a racionalização dos insumos é atual e oportuno. “Nós, técnicos, temos a obrigação de recomendar o uso de fertilizantes, respaldados em uma análise de solo e com base nas tabelas existentes para as várias regiões do Brasil e para as diferentes culturas”, defende.

    “Temos que aproveitar esse momento de crise, por conta da alta de preços, para explicar que não é apenas nesse momento que devemos pensar em racionalizar os insumos. Ao longo do tempo, essa atitude irá adequar todo o seu sistema produtivo para ser mais eficiente tanto agronomicamente quanto economicamente”, reforça.

    Fertilizantes em sistemas produtivos –  O pesquisador Adilson de Oliveira Jr., da Embrapa Soja, explica que, de forma geral, as áreas tradicionais de cultivo de soja e milho no Brasil estão com fertilidade construída, ou seja, tem reserva de nutrientes, possibilitando a redução nas quantidades a serem aplicadas de fertilizantes.

    Oliveira Jr. lembra que no Brasil, tradicionalmente, os solos são pobres em fósforo e, por isso, o nutriente é aplicado em maiores quantidades, em função dessa característica, nos sistemas de produção em que a soja está inserida. “Quem tem mapeadas as características do próprio solo, pode, neste momento, reduzir um pouco a dose de fósforo e de potássio, por exemplo, ou até deixar de fazer a adubação, que é o investimento mais pesado no custo variável de produção”, explica.

    O pesquisador comenta que, nas áreas tradicionais – que são adubadas anualmente –  existe um equilíbrio entre os nutrientes, portanto há a  possibilidade de racionalizar a aplicação. Porém, nas áreas novas de cultivo de grãos, que são incorporadas das áreas de pastagens degradadas, a fertilidade é baixa e precisa ser construída.

    “De fato, dependemos de fertilizantes nas duas situações, quando tem baixa fertilidade, precisamos colocar nutriente para produzir e, à medida que se constrói a fertilidade do solo, fazemos a reposição dos teores faltantes para manter o estoque em equilíbrio”, afirma. “Por isso, precisamos observar caso a caso para ter parâmetros reais sobre a necessidade ou não de correção dos teores de nutrientes”, ressalta.

    Análise de solo e equilíbrio nutricional – Na visão do pesquisador, a análise química e física de solo é o único parâmetro técnico que pode direcionar a tomada de decisão do produtor no que diz respeito à racionalização do uso de fertilizantes. “Quem é o fiel da balança é a análise do solo ao indicar se é possível reduzir e o quanto se pode reduzir na adubação”, destaca Oliveira Jr.

    Segundo ele, a prática de análise de solo precisa ser valorizada, principalmente com amostras representativas dos talhões da propriedade. A análise do solo avalia os teores dos macronutrientes – fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre – e dos micronutrientes – zinco, manganês, cobre, e boro -, além de determinar a quantidade de calcário necessária para corrigir a acidez do solo.

    “Não temos como acertar o diagnóstico se não tivermos uma adequada representação da área”, diz. “A partir das carências ou não é que se deve estabelecer as estratégias de recomendação de adubação. Ás vezes, o problema não está na fertilidade do solo, mas na correção de acidez, que também é diagnosticada pela análise de solo”, explica. Enquanto o preço dos fertilizantes mais que dobrou, o valor das análises de solo não sofreu grande alteração, podendo ser feita a R$35,00 por talhão.

    Demanda da cultura da soja – Na safra 2020/21, o Brasil produziu 135 milhões de toneladas de soja em 38 milhões de hectares. Depois do nitrogênio, o potássio é o nutriente que a soja mais remove do solo, tanto que para cada tonelada de soja produzida são exportados ao redor de 18 kg de potássio. “Por isso, é preciso ter um balanço positivo de potássio no solo, uma vez que a falta do produto pode impactar diretamente na produtividade”, avalia o pesquisador da Embrapa Soja.

    Oliveira Jr explica ainda ser preciso avaliar o sistema de produção em que a soja está inserida, considerando o que as outras culturas também exportam de nutrientes. “Quando se faz a rotação ou sucessão de culturas, não se planeja a adubação pensando apenas na soja, mas sim considerando as culturas que compõe o sistema de produção”, diz. “Enquanto a soja consome grande quantidade de fertilizantes, o trigo e o milho consomem pouco potássio”, explica. “A adubação do sistema deve buscar um balanço equilibrado entre as diferentes culturas”, conta.

     

  • Gurgacz defende redução da dependência do Brasil de fertilizantes importados

    Gurgacz defende redução da dependência do Brasil de fertilizantes importados

    O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) defendeu nesta quarta-feira (16) em Plenário uma “estratégia bem definida” para reduzir a dependência do Brasil de fertilizantes produzidos no exterior. Ele informou que a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), que preside, elaborou um documento com propostas nesse sentido, que será encaminhado ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e a diversos ministros. O assunto dos fertilizantes já foi debatido em duas audiências públicas da CRA em outubro passado.

    Entre as soluções propostas no documento para a crise no fornecimento e para o alto custo dos fertilizantes, está a garantia pelo governo de sua importação para as próximas safras e a revisão tarifária e cumprimento dos acordos internacionais. O texto também propõe a exploração das jazidas nacionais de potássio, fosfato, nitrogênio, calcário e outros minérios usados na produção de fertilizantes, incentivando a indústria nacional.

    A CRA propõe também, de acordo com Acir Gurgacz, incentivos tributários para novos investimentos na produção e comercialização desses insumos, assim como a abertura de novas linhas de crédito pelos bancos públicos, para inovação e produção de fertilizantes nacionais.

    — O governo deve facilitar a produção de bioinsumos por fabricantes brasileiros — acrescentou.

  • Indústria de fertilizantes inaugura sede em Lucas do Rio Verde

    Indústria de fertilizantes inaugura sede em Lucas do Rio Verde

    Fundada em 2014, a Bioplanta inaugura a sede da indústria nesta quarta-feira (30). Em Lucas do Rio Verde, a empresa desenvolve tecnologia em nutrição de plantas, com fertilizantes foliar e para sementes e adjuvantes.

    Ontem, representantes da empresa receberam jornalistas. A visita à indústria faz parte da estratégia de apresentar a estrutura criada para desenvolver os produtos no próprio município. Semanalmente, produtores rurais são recebidos, quando ocorre a apresentação técnica dos produtos desenvolvidos.

    De acordo com o gerente comercial da empresa, André Fagundes, a Bioplanta atua ativa e intensamente na região e em todo o cerrado brasileiro. A proposta é desenvolver produtos com responsabilidade e qualidade superior. Com a estrutura montada em Lucas do Rio Verde são desenvolvidas pesquisas com a utilização de matéria prima selecionada, atendendo as regras do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O objetivo é oferecer maior desempenho, melhores soluções e resultado ímpar ao produtor.

    Os produtos personalizados são desenvolvidos pensando e visando a qualidade de produção, englobando fertilizantes para diversas culturas, cereais, algodão, hortifrúti, cana de açúcar, café e pastagens.

    Na visita técnica, os representantes da empresa apresentaram o funcionamento da empresa. Através de uma equipe técnica, formada por agrônomos e químicos especializados em nutrição de plantas, os produtos buscam atender de forma personalizada os produtores em suas necessidades.

    “Proporcionar aos nossos clientes produtos de qualidade, altamente competitivos de forma ágil e com processos transparentes e personalizados”, observa Fagundes

    A inauguração da indústria acontece nesta quarta-feira (30) pela manhã.