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  • Ferrovia impulsiona entrega de fertilizantes em Mato Grosso

    Ferrovia impulsiona entrega de fertilizantes em Mato Grosso

    O agronegócio de Mato Grosso, principal motor da economia estadual, continua a receber grandes volumes de fertilizantes para garantir a produtividade de suas lavouras. Somente em 2023, o Brasil importou mais de 45 milhões de toneladas desses insumos, segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos.

    Mato Grosso, como maior produtor de grãos do país, é um dos principais destinos desses fertilizantes. Cerca de 80% desses produtos são importados por via marítima e chegam ao Brasil pelos principais portos, como o de Santos.

    Daí em diante, a logística de transporte entra em ação. A malha ferroviária da Rumo e seus terminais parceiros desempenham um papel fundamental nessa etapa. A empresa é responsável por levar uma grande parte dos fertilizantes até as lavouras mato-grossenses, contribuindo para a eficiência e sustentabilidade da cadeia produtiva.

    Aproximadamente 65% do volume total transportado pela Rumo tem como destino as lavouras localizadas em Mato Grosso. Atualmente, os fertilizantes chegam em terminais estratégicos nos municípios de Rondonópolis, em Mato Grosso, e Rio Verde, em Goiás.

    Expansão da ferrovia impulsiona o agronegócio em Mato Grosso

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    A expansão da ferrovia para a região médio norte de Mato Grosso, onde se concentra a maior parte da produção de grãos do estado, é vista como um marco para o agronegócio brasileiro. Cidades como Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Tapurah, Nova Ubiratã e Santa Rita do Trivelato serão diretamente beneficiadas com essa nova infraestrutura.

    A chegada da ferrovia nesses municípios trará diversos benefícios, como a redução dos custos de transporte, a diminuição do tempo de entrega dos produtos e a melhoria da logística de distribuição. Além disso, a modal ferroviário é considerado mais sustentável em comparação ao rodoviário, pois gera menor impacto ambiental.

    Com a expansão da ferrovia e a otimização da logística, o agronegócio mato-grossense está cada vez mais preparado para atender à demanda crescente por alimentos e continuar sendo um dos principais motores da economia brasileira.

  • Novos projetos de fomento de NPK no Brasil miram reduzir a dependência internacional

    Novos projetos de fomento de NPK no Brasil miram reduzir a dependência internacional

    Líder global na exportação de alimentos, o Brasil depende de um insumo central para a produção: os fertilizantes, que em sua maior parte vêm de fora. Mesmo possuindo grandes reservas de matérias-primas para a fabricação desses produtos, o país importa mais de 85% de sua demanda de NPK (sigla dos elementos nitrogênio, fósforo e potássio, principais macronutrientes empregados na agricultura), chegando a 96% quando se trata de fertilizantes potássicos.

    Em 2023, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) , o país importou 39,4 milhões de toneladas de fertilizantes, contra uma produção interna de 6,7 milhões de toneladas. Esses dados reforçam a posição brasileira no cenário internacional de quarto maior consumidor de fertilizantes, mas maior importador mundial destes insumos. China, Estados Unidos e Índia consomem mais do que o Brasil, mas conseguem atender parte da sua demanda com a produção interna. “Vale lembrar que estes países se prepararam por muitos anos, realizando altos investimentos em indústrias para exportar produtos com alto valor agregado”, lembra o técnico Bruno Vizioli, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP.

    Os riscos desta dependência externa ficaram mais acentuados a partir de 2021, quando sanções internacionais contra a Bielorrússia (um dos principais fornecedores de potássio do planeta) paralisaram as exportações daquele país. Na sequência, com a invasão da Ucrânia pela Rússia (outro grande fornecedor global de fertilizantes), a situação se agravou, com a escalada dos preços frente à perspectiva de escassez do produto no cenário internacional. Apesar de a dependência brasileira não ser novidade, esses eventos serviram como um catalizador, acelerando processos institucionais que buscam fortalecer e ampliar a produção nacional de fertilizantes.

    NPK

    NPK

    Atualmente, o potássio é o principal nutriente aplicado no Brasil, com participação de 38%, seguido pelo fósforo (33%) e nitrogênio (29%). A soja, carro chefe da safra brasileira, é altamente demandante do potássio importado. No caso do nitrogênio, os produtores brasileiros suprem esta necessidade por meio do uso de inoculantes, que possibilitam que as plantas absorvam esse nutriente diretamente do ar.

    Apesar de ser o segundo maior consumidor mundial de potássio, terceiro de fósforo e quarto de fertilizantes nitrogenados, o Brasil conta com vantagens comerciais no processo de importação. A primeira diz respeito à época de compras, que difere da dos principais consumidores desses produtos. Enquanto China, Índia e Estados Unidos concentram seus negócios entre dezembro e abril, as importações brasileiras ocorrem entre junho e julho.

    Outro fator que pesa a favor dos produtores brasileiros é o tamanho da agricultura. “Quando a gente importa, somos competitivos. O preço brasileiro é um dos mais baratos do mundo, porque somos grandes e todo mundo quer vender para a gente”, aponta Marcelo Mello, diretor da mesa de fertilizantes da consultoria Stone X. O especialista lembra que o NPK se comporta como uma commodity no mercado internacional. “Quem manda no preço é o mercado externo. Vamos supor que o Brasil se torne um grande produtor de fertilizantes, mesmo assim não venderia por um preço abaixo do que está colocado lá fora”, aponta. Sob esse aspecto, a autonomia na produção brasileira de NPK teria caráter meramente estratégico, uma vez que o impacto econômico na ponta da produção rural seria mínimo.

    A facilidade da importação e a disponibilidade no mercado internacional podem ter colocado o setor nacional de produção de fertilizantes em estado de hibernação. Nos últimos dez anos, o Brasil chegou a reduzir a produção de NPK, passando de 9,3 milhões de toneladas em 2013 para 6,7 milhões de toneladas em 2023. Nesse intervalo de tempo houve paralização de unidades produtoras de nitrogenados e de fosfatados, e a produção interna de potássio estagnou. “A gente importa tanto que não somos competitivos em produzir”, resume Mello, da Stone X.

    Potássio

    A produção mundial de potássio é bastante concentrada. O Canadá detém 30% do mercado mundial. Juntos, Canadá, Rússia, Bielorrússia, Israel e Alemanha respondem por 92% do cloreto de potássio (KCl) comercializado no planeta.
    Em 2023, o Brasil importou 13,4 milhões de toneladas de fertilizantes potássicos (cloreto e sulfeto de potássio), enquanto a produção nacional ficou em 363 mil toneladas, vindas da única mina em atividade no país, localizada no município de Rosário do Catete, em Sergipe. Atualmente, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM) , existem 52 processos em fase de requerimento de lavra para potássio no país.

    O setor aguarda com expectativa a produção da empresa Potássio do Brasil em Autazes, no Amazonas, que já conta com as liberações e licenciamentos para a construção do empreendimento. A operação deve ter início dentro de quatro anos, após a construção da mina subterrânea e da planta de beneficiamento. A fase de operação tem previsão de 23 anos.

    “O projeto tem capacidade estimada em 2,2 milhões de toneladas de cloreto de potássio por ano. Atualmente, o Brasil é dependente de importações e consome cerca de 13 milhões de toneladas. Nossa produção representará aproximadamente 17% da demanda brasileira”, afirma o presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit.

    As reservas de potássio de Autazes foram descobertas na década de 1970 e a viabilidade da exploração comprovada há mais de dez anos por meio de amostras do solo. “Esse projeto teve que passar por um rigoroso processo de pesquisa técnica e por um levantamento que envolveu fatores econômicos, sociais e ambientais. Foi necessário percorrer esse caminho, atender às normas e cumpri-las para que as licenças fossem emitidas, totalizando 21 documentos”, detalha Espeschit.

    “Temos empreendimentos para exploração de fósforo e de potássio em fase de implantação. Vemos que o licenciamento tem sido um dos gargalos. Em muitos dos projetos existe uma judicialização”, analisa o coordenador geral de mineração do Ministério de Minas e Energia, Enir Sebastião Mendes.

    Fósforo

    Atualmente, segundo a ANM, existem 129 processos em fase de requerimento de lavra para fosfato no país. Apesar da forte dependência externa, atualmente esse é o nutriente com maior produção interna, sendo que o país produziu 1,5 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados (MAP, Superfosfato Simples, Superfosfato Triplo e Termofosfato) em 2023. “O fósforo é o elemento mais limitante do ponto de vista da produção. Apesar da exigência das plantas não ser grande, sua afinidade com o solo o torna o elemento de mais difícil manejo na agricultura”, aponta Vizioli, do DTE do Sistema FAEP.

    Segundo o PNF, as reservas oficiais brasileiras deste mineral são da ordem de 5,2 bilhões de toneladas, correspondendo a 460 milhões de toneladas de P 2 O 5 contido. “Temos vantagem logística porque a maior parte dessas reservas estão perto de Minas Gerais e Goiás, ao lado da região consumidora. Essa logística simples compensa a falta de competitividade do nosso fósforo” explica Marcelo Mello, da Stone X.

    Nitrogênio

    Atualmente existem quatro unidades produtoras de nitrogenados no Brasil, sendo que três delas estão paralisadas. A única planta em operação está em Piaçaguera, em São Paulo, produzindo amônia e nitrato de amônio. A estratégia da Petrobras de reativar suas unidades produtoras de nitrogenados vai ao encontro do PNF. Além da unidade localizada em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, existem planos para reiniciar as obras da Unidade de Fabricação de Nitrogenados em Três Lagoas, em Mato Grosso, com capacidade para produção de 1,3 milhão de toneladas de ureia e 800 mil toneladas de amônia anualmente.

    “Essa planta de Araucária é antiga, com tecnologia ultrapassada e pequena produção. A joia da coroa era Três Lagoas, que começou a construção em 2010, ficou 80% pronta e parou. Essa planta tinha acesso ao gás da Bolívia e está localizada próximo aos centros consumidores. Mas já está com a tecnologia defasada”, observa Marcelo Mello da Stone X.

    Recentemente foi anunciado outro empreendimento para produção de nitrogenados no Paraná. A empresa Paranafert anunciou investimento de R$ 3 bilhões para construção de uma fábrica de ureia no município de Sapopema, na região Norte do Paraná. A unidade teria capacidade de produzir 520 mil toneladas de fertilizante por ano, tendo como matéria-prima o carvão mineral.

    Projetos de fomento tentam diminuir dependência internacional

    O Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) , do governo federal, tem meta de reduzir a dependência do Brasil em relação aos fertilizantes importados para 55% até 2050. Para isso, o plano elenca ações que devem ser encampadas nas mais diversas esferas (pesquisa, legislativo e instituições financeiras) para a criação de um ambiente favorável para o desenvolvimento interno deste setor.

    “O PNF é uma iniciativa que foi lançada no governo anterior [Bolsonaro] e continuou no governo atual [Lula], o que demonstra a sua importância. Um acerto desse plano é que não fala em ‘autossuficiência’, mas em redução da dependência. Afinal, produzir tudo que o Brasil precisa internamente demandaria um investimento muito grande”, avalia o analista sênior do Rabobank Brasil, Bruno Fonseca.

    “Vale destacar que esse também é um plano muito atual, pois alia a produção agrícola com a questão ambiental, prevendo a utilização de dejetos e de fontes não poluentes para a produção de fertilizantes”, observa Bruno Vizioli, do DTE do Sistema FAEP.

    Outra iniciativa nesta direção foi a publicação do Decreto 10.657/2021 , que institui uma série de políticas de apoio, inclusive desburocratizar os processos de licenciamento, à produção de minerais estratégicos, entre os quais figuram o potássio e o fósforo (a produção dos nitrogenados está ligada à produção de petróleo e gás natural).

    “Esse decreto consegue ser um facilitador porque coloca as instituições em contato. Por meio dessa interlocução facilita processos, mas sem interferências de uma área sobre a outra e sem alterar a legislação ambiental”, aponta Enir Sebastião Mendes, coordenador geral de mineração do Ministério das Minas e Energia.

    Mais recentemente o Projeto de Lei 699/2023 trouxe o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert), iniciativa que concede uma série de benefícios tributários para fomentar a criação de um parque industrial nacional deste segmento. Essa proposta traz benefícios adicionais à produção de nitrogenados, uma vez que desonera o gás natural.

  • Rumo impulsiona agronegócio mato-grossense com transporte eficiente de fertilizantes por ferrovia

    Rumo impulsiona agronegócio mato-grossense com transporte eficiente de fertilizantes por ferrovia

    A cada ano, milhões de toneladas de fertilizantes agrícolas chegam às fazendas para adubação de lavouras e pastagens. Somente em 2023, mais de 45 milhões de toneladas de fertilizantes foram direcionadas ao mercado brasileiro, de acordo com dados divulgados pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Mato Grosso é o maior produtor de grãos do país e, naturalmente, o maior consumidor de adubos, utilizando mais de 24% do volume nacional do insumo.

    Cerca de 80% dos fertilizantes usados na produção brasileira de grãos são importados e chegam ao Brasil por via marítima. O porto de Santos é um dos mais importantes locais de chegada deste insumo. De lá, boa parte dos fertilizantes segue para Mato Grosso com o auxílio da malha ferroviária da Rumo e seus terminais parceiros, que há muitas safras contribuem significativamente com eficiência e sustentabilidade na entrega de produtos para o campo.

    De setembro de 2023 a setembro de 2024, a Rumo transportou 3,7 milhões de toneladas de fertilizantes pelo país, o que representa um crescimento de 9% em comparação aos 12 meses anteriores. Aproximadamente 65% do volume total transportado pela empresa tem como destino as lavouras localizadas em Mato Grosso.

    Com esse crescimento, a ferrovia se consolida como parceira estratégica dos produtores rurais e de toda a indústria, garantindo a entrega segura e competitiva deste insumo fundamental para a produção agrícola.

    Atualmente, pela ferrovia, os fertilizantes chegam em terminais localizados nos municípios de Rondonópolis, em Mato Grosso, e Rio Verde, em Goiás, além dos destinados aos estados do sul do país, pela malha ferroviária sul.

    Expansão

    A expansão da ferrovia para a região médio norte de Mato Grosso, que concentra a maior parte da produção de grãos do estado, representará um avanço significativo para o agronegócio brasileiro.

    Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Tapurah, Nova Ubiratã e Santa Rita do Trivelato são exemplos de municípios localizados no médio norte de Mato Grosso, que serão diretamente impactados pelas operações da Ferrovia Estadual. A região médio norte tem cultivo de aproximadamente 6 milhões de hectares de soja e milho, em duas safras anuais, com 29,11 milhões de toneladas de grãos produzidas na safra 2023/24, de acordo com dados recentes divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia e Agropecuária (Imea).

    De acordo com Fábio Henkes, diretor comercial da Rumo, a ferrovia está comprometida em continuar investindo em infraestrutura e tecnologia para oferecer soluções logísticas cada vez mais eficientes e sustentáveis para o agronegócio brasileiro.

    “A nova via férrea, que está sendo construída para chegar ao coração de Mato Grosso, trará ainda mais benefícios para o setor agropecuário. Com a expansão da malha ferroviária e os investimentos em curso no Porto de Santos, a Rumo espera transportar ainda mais insumos. Assim, iremos atender à demanda crescente dos produtores e contribuir ainda mais para o desenvolvimento da região que se destaca na produção agrícola. Estaremos cada vez mais próximos das propriedades rurais”, destacou.

    De acordo com Henkes, mesmo o plantio da soja sendo realizado somente a partir do mês de setembro, a entrega dos fertilizantes ocorre em vários meses, desde abril, com pico nos meses de agosto e setembro. Para a cultura do milho, a janela de entrega começa em outubro e vai até fevereiro do ano seguinte.

    Expansão a todo vapor

    Com a safra de soja 2024/25 em desenvolvimento, a maioria dos produtores rurais já está com os insumos garantidos e o plantio da soja já iniciou, embora ainda esteja lento, no comparativo com safras anteriores.

    Com a ferrovia em operação no médio norte, os produtores rurais da região terão mais facilidade para escoar sua produção, reduzindo custos e aumentando a competitividade no mercado nacional e internacional. Além disso, os trilhos atraem novos investimentos, impulsionando o desenvolvimento de cidades e regiões.

    A escolha do transporte ferroviário se justifica pela sua alta confiabilidade, segurança e menor impacto ambiental. A ferrovia também oferece uma capacidade de carga muito maior do que o transporte rodoviário, reduzindo os custos logísticos e agilizando a entrega dos fertilizantes.

    A construção da ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo tem investimentos 100% privados, aportados pela Rumo. São cerca de 740 km de trilhos que irão conectar Rondonópolis e Lucas do Rio Verde, por meio de um modal logístico seguro, eficiente e competitivo.

  • Mato Grosso consolida posição como principal consumidor de fertilizantes do país

    Mato Grosso consolida posição como principal consumidor de fertilizantes do país

    O Estado de Mato Grosso, conhecido como celeiro do Brasil, mais uma vez demonstrou sua força no agronegócio ao liderar o consumo de fertilizantes no país. Segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), Mato Grosso concentrou 21,7% do volume total de fertilizantes distribuídos no Brasil no acumulado do ano, reforçando sua posição como principal motor da produção agrícola nacional.

    A demanda por fertilizantes em Mato Grosso é impulsionada pela expansão da área cultivada, pela busca por maior produtividade e pela necessidade de garantir a qualidade dos produtos agrícolas. A soja, milho e algodão são as principais culturas que demandam esses insumos, impulsionando a economia do estado e gerando empregos.

    O uso adequado de fertilizantes contribui para o aumento da produtividade agrícola, garantindo maior rentabilidade aos produtores e segurança alimentar para a população. Além disso, o setor agrícola de Mato Grosso é responsável por uma parcela significativa das exportações brasileiras, gerando divisas para o país.

    Desafios e perspectivas em Mato Grosso

    Apesar dos resultados positivos, o setor de fertilizantes enfrenta desafios como a alta dos preços internacionais, a volatilidade do mercado e a necessidade de buscar alternativas mais sustentáveis.

    A guerra na Ucrânia, um dos maiores produtores mundiais de fertilizantes, impactou significativamente os preços e a disponibilidade desses insumos no mercado global.

    No entanto, o agronegócio mato-grossense demonstra resiliência e capacidade de adaptação, buscando soluções para garantir a segurança alimentar e a competitividade do setor. A pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias, como a agricultura de precisão, são fundamentais para otimizar o uso de fertilizantes e reduzir os impactos ambientais.

  • Agroindústria impulsiona Mato Grosso no cenário industrial nacional: carnes, soja e fertilizantes lideram ranking do estado

    Agroindústria impulsiona Mato Grosso no cenário industrial nacional: carnes, soja e fertilizantes lideram ranking do estado

    Novos dados da Pesquisa Industrial Anual – Empresa e Produto (PIA) do IBGE, referentes ao período entre 2013 e 2022, trazem um panorama promissor para o setor industrial de Mato Grosso.

    A pesquisa, que analisa as características estruturais das empresas brasileiras do ramo, revela um crescimento expressivo de 176% no Valor da Transformação Industrial (VTI) do estado na última década, posicionando Mato Grosso como importante player no cenário industrial nacional.

    Esse crescimento se deve principalmente à força da agroindústria local, impulsionada por produtos como carnes bovinas frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja, e adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK). Estes produtos, que juntos representam 28,4% das vendas da região Centro-Oeste, colocam Mato Grosso em destaque nacional:

    • Carne bovina fresca ou refrigerada: Líder em produção entre todos os estados, com 1.366.913 toneladas (t), à frente de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Em receita líquida, o estado fica em segundo lugar, atrás apenas de São Paulo.
    • Tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja: Segundo colocado no ranking de produtos/serviços industriais por valor de produção no estado, com R$ 17,1 bilhões.
    • Adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK): Terceiro lugar na lista, com R$ 13,8 bilhões.

    Perfil industrial e contribuição para a economia regional

    A indústria do Centro-Oeste se caracteriza pelo uso intensivo de tecnologia em suas plantas agroindustriais, com alto potencial exportador. Essa característica se reflete na composição das principais atividades em Mato Grosso e Goiás, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios, biocombustíveis e fertilizantes.

    Em Mato Grosso, a agroindústria contribui significativamente para a economia regional:

    • VTI: O estado representa 28,2% do VTI da região Centro-Oeste, ficando atrás apenas de Goiás (44,4%) e à frente de Mato Grosso do Sul (24,7%).
    • Receita líquida: Mato Grosso ocupa a 10ª posição no ranking nacional de receita líquida de venda em unidades locais produtivas industriais, com 2,7% de participação no total brasileiro.
    • Pessoal ocupado: O estado se encontra na 12ª posição em relação ao pessoal ocupado no setor industrial, com 1,4% de participação nacional.

    Números que comprovam o crescimento:

    • Unidades locais industriais: Em Mato Grosso, o número de unidades locais industriais passou de 3.154 para 3.493 entre 2013 e 2022.
    • Receita líquida de vendas: A receita líquida de vendas no estado saltou de R$ 47,7 bilhões em 2013 para R$ 169,01 bilhões em 2022.
    • Pessoal ocupado: O número de trabalhadores no setor industrial em Mato Grosso subiu de 110.858 para 111.408 no mesmo período.
    • Salários: Os salários, retiradas e outras remunerações no setor registraram um aumento de R$ 2,2 bilhões para R$ 4,5 bilhões entre 2013 e 2022.

  • Petrobras decide reativar fábrica de fertilizantes no Paraná

    Petrobras decide reativar fábrica de fertilizantes no Paraná

    A Petrobras aprovou em reunião realizada nesta quinta-feira (6) o retorno das atividades operacionais da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), subsidiária integral da companhia. A fábrica, localizada no Paraná, está hibernada desde 2020.

    Os procedimentos necessários à retomada da fábrica serão iniciados imediatamente. Com a decisão, a companhia autoriza também que a Ansa celebre acordo e efetue a contratação dos antigos empregados, condicionada à homologação do acordo pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A previsão é que a operação seja reiniciada no segundo semestre de 2025.

    Diante da revisão das diretrizes estratégicas da companhia aprovadas no ano passado, o investimento na produção de fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras, conforme plano Estratégico 2024 – 2028.

    Situada ao lado da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), a Ansa possui capacidade de produção de 720 mil toneladas/ano de ureia e 475 mil toneladas/ano de amônia, além de 450 mil m³/ano do agente redutor líquido automotivo (ARLA 32). A planta, localizada no Paraná, está hibernada desde 2020.

    Tanto os acordos trabalhistas quanto a realização das licitações e contratações ficaram condicionados a uma nova deliberação da Diretoria Executiva, quando os procedimentos estiverem definidos.

    Paralisação

    A Petrobras aprovou a hibernação da fábrica de fertilizantes de sua subsidiária Araucária Nitrogenados em janeiro de 2020, gerando a demissão de 396 empregados.

    Segundo a empresa, a unidade vinha apresentando recorrentes prejuízos desde que foi adquirida, em 2013, com perdas de cerca de R$ 250 milhões entre janeiro e setembro de 2019, enquanto previsões para 2020 indicavam que o resultado negativo poderia superar R$ 400 milhões.

    Na época, a Petrobras explicou que a matéria-prima utilizada na fábrica (resíduo asfáltico) estava mais cara do que seus produtos finais (amônia e ureia). A empresa informou que não conseguiu vender a fábrica e decidiu que a unidade permaneceria hibernada “em condições que garantam total segurança operacional e ambiental, além da integridade dos equipamentos”.

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  • Magda aposta em fertilizante: “Petrobras não rasgará dinheiro”

    Magda aposta em fertilizante: “Petrobras não rasgará dinheiro”

    A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defendeu nessa segunda-feira (27) que o desenvolvimento da indústria nacional de fertilizantes é de interesse da empresa. Ela comentou também o imbróglio envolvendo o contrato com o Grupo Unigel, que vem sendo questionado no Tribunal de Contas da União (TCU).

    “O Brasil importa cerca de 80% dos fertilizantes que utiliza. Uma grande parte deles é de nitrogenados, feitos com gás natural. A Petrobras vende gás. Se ela tem um produto que faz sentido ser vendido para fazer fertilizante, nós queremos ajudar a desenvolver o mercado”, afirmou Chambriard em sua primeira entrevista após tomar posse.

    Segundo ela, as movimentações da Petrobras nessa direção se alinham ao planejamento estratégico da empresa e serão bastante estudadas. “Não é só desenvolver por desenvolver. A gente quer um mercado estruturado para colocar o nosso produto. Não vou fazer isso a qualquer preço. Vou fazer desde que dê lucro. Mas se eu precisar eventualmente abaixar um pouquinho o preço do gás para conquistar o mercado e garantir que possa se expandir, está valendo. Desde que dê lucro, desde que a empresa e seus técnicos entendam que isso é um negócio vantajoso“, acrescentou.

    O contrato com a Unigel foi firmado em dezembro de 2019. A Petrobras arrendou ao grupo duas fábricas de fertilizantes, localizadas em Camaçari (BA) e em Laranjeiras (SE), que estavam paralisadas porque tinham operações deficitárias. A Unigel reiniciou a produção nas unidades, mas interrompeu no ano passado por falta de sustentabilidade econômica.

    No mês passado, a área técnica do TCU chegou a pedir a suspensão do contrato por entender que havia indícios de irregularidades. Um parecer indicou que Petrobras assumiu os riscos do negócio em um cenário desfavorável, calculando um prejuízo de R$ 487,1 milhões no prazo de oito meses. A estatal busca um acordo para evitar a suspensão do contrato. Há duas semanas, o TCU rejeitou pedido para mediar uma solução consensual entre as partes.

    Magda Chambriard disse que a Petrobras não irá passar por cima de uma instituição respeitada como o TCU e que caberá à empresa mostrar que fertilizantes são um bom negócio. “Ninguém aqui vai rasgar dinheiro”, afirmou. Segundo ela, a contrato com a Unigel faz sentido. “Se eu tenho que desbravar mercados, começar por alguma coisa que já existe é sempre mais fácil. Mas tem que dar lucro. E se o TCU tem dúvida, nós vamos responder às dúvidas do TCU”.

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  • Fertilizantes ainda estão 53% mais caros que os níveis pré-pandemia

    Fertilizantes ainda estão 53% mais caros que os níveis pré-pandemia

    Os preços dos fertilizantes importados continuam encarecendo o custo de produção do agricultor mato-grossense. Conforme análise feita pelas Comissões de Política Agrícola e Defesa Agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), os insumos, estão, em média, 53% mais caros que os níveis pré-pandemia.

    O MAP (fosfato monoamônico) é o fertilizante com maior alta, na comparação entre os meses de março de 2020 e março de 2024. Em 2020, ele era comercializado por R$ 2.023 a tonelada. Já em 2024, ele continua 91% mais caro, em R$ 3.855. Em seguida, vem o NPK, com preço 61% maior no período analisado; SSP, com 47%; ureia, 44% e o KCL, com 22% de aumento.

    Em razão dos preços elevados, apesar de queda em relação aos picos registrados em 2022, as importações destes produtos têm apresentado redução no primeiro trimestre de 2024. Os produtores de MT importaram cerca de 1 milhão toneladas de KCL, 287 mil toneladas de ureia, 337 mil toneladas de superfosfato simples e 76 mil toneladas de MAP até maio de 2024.

    Os principais fornecedores de fertilizantes para Mato Grosso são a Rússia, que representa 23,3%; seguida pelo Canadá, com 23,12% e China, com 13%. Além disso, destaca no mercado a participação de Israel, que representa 12% da importação de cloreto de potássio, além do Egito, que fornece 55% do superfosfato simples.

    Já na comparação entre 2022, quando os insumos alcançaram seu pico, e 2024, houve uma redução média de 51% nos custos. O MAP, que chegou aos R$ 7.161, em 2022, teve uma redução de 46,16%, para R$ 3.855. Porém, esse valor ainda é muito superior ao registrado antes da pandemia, encarecendo os custos ao produtor.

    O Brasil está entre os países que mais demandam fertilizantes, ocupando o quarto lugar no consumo de NPK, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O Brasil importa cerca de 80% dos fertilizantes utilizados no país e produz cerca de 20%, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA, 2023).

    A pequena produção é um dos fatores que corroboram pelo pagamento de valores elevados, até mesmo pelo fato de 80% da produção global de fertilizantes estar concentrada em seis países, são eles: China, Rússia, Estados Unidos, Bielorrússia, Canadá e Marrocos, de acordo com dados da International Fertilizer Association (IFA).

    Além disso, a desvalorização do real frente ao dólar teve peso significativo no custo dos fertilizantes, além da disparada da taxa Selic, a taxa básica de juros, que saiu de 2% em março de 2021 para 13,75% em setembro de 2022. O cenário começou a mudar a partir de 2023, quando o dólar começou a ceder, assim como a inflação, permitindo a redução da Selic.

    “O pico de preços de fertilizantes importados para safra 2021/22 começava a reduzir numa média de 35% em 2023 quando comparados ao ano anterior. Essa redução tem ocorrido a passos lentos, até mesmo no primeiro trimestre de 2024, pois ainda estão muito além dos valores pré-pandemia”, destaca as Comissões da Aprosoja-MT.

  • Polícia Militar recupera caminhão furtado com 50 toneladas de fertilizantes em Sorriso

    Polícia Militar recupera caminhão furtado com 50 toneladas de fertilizantes em Sorriso

    Policiais militares do 12º Batalhão prenderam em flagrante um homem de 31 anos pelo crime de furto, no final da noite desta terça-feira (17.10), em Sorriso. Na ação, a PM recuperou um caminhão carregado com 50 toneladas de fertilizantes furtados.

    Por volta de 22h30, a equipe do 12º BPM recebeu denúncias anônimas via 190 sobre um furto de fertilizantes em uma empresa na cidade. Segundo as informações, um homem teria furtado a carga com apoio de funcionários da empresa e deixado o local em um caminhão.

    Em diligências na cidade e rodovias, os militares conseguiram realizar monitoramento ao veículos e posterior abordagem, no pátio de um posto de combustível.

    Em contato com o suspeito que conduzia o veículo, os policiais solicitaram as notas fiscais do produto, mas o homem relatou não possuir as documentações. Ao ser questionado sobre a denúncia, o suspeito confirmou o fato, mas não disse a identidade dos funcionários da empresa que lhe auxiliaram no furto.

    Diante da situação, o homem recebeu voz de prisão e foi conduzido para a Delegacia de Sorriso, com o caminhão e carga apreendidos, para registro da ocorrência e ficando à disposição da Polícia Judiciária Civil.

    Disque-denúncia

    A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190, ou disque-denúncia 0800.065.3939.

  • PF e PRF se unem para combater venda de fertilizantes sem registro

    PF e PRF se unem para combater venda de fertilizantes sem registro

    A venda de fertilizantes sem cadastro, registro e autorização do órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no estado de Sergipe está na mira da Polícia Federal e Rodoviária Federal na Operação Terra Infértil, deflagrada nesta segunda-feira (29).

    Na ação, que tem a participação de 31 policiais federais e 36 policiais rodoviários federais, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão nos municípios de Cristinápolis (SE), Rio Real (SE) e Umbaúba (SE).

    Segundo a PF, as investigações começaram a partir de informações repassadas pelos núcleos de inteligência, relacionadas com o comércio ilegal de fertilizantes na região de Cristinápolis (SE).

    Após investigações de campo, foram identificados cinco suspeitos envolvidos diretamente na prática de condutas criminosas. “Considerando que os suspeitos vinham atuando livremente no estado de Sergipe, a operação desencadeada teve como objetivo fazer cessar a atividade ilegal e coletar provas mais contundentes sobre o grupo criminoso”, acrescentou a PF em nota.

    Os envolvidos responderão pela prática de crimes de receptação ilegal, associação criminosa e contra as relações de consumo.