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  • Clima favorável aumenta alerta para ferrugem asiática da soja em Mato Grosso

    Clima favorável aumenta alerta para ferrugem asiática da soja em Mato Grosso

    Apesar de ainda não haver registros oficiais de ferrugem asiática da soja em Mato Grosso, o clima chuvoso tem favorecido condições ideais para o surgimento da doença, segundo o engenheiro agrônomo Leandro Oltramari, do INDEA de Lucas do Rio Verde.

    De acordo com Oltramari, o Instituto de Defesa Agropecuária intensificou as fiscalizações em fazendas de todo o estado. “Por enquanto, não temos casos confirmados, mas as condições climáticas são extremamente favoráveis à ferrugem asiática e outras doenças. Por isso, é fundamental que os produtores monitorem as lavouras e apliquem os fungicidas adequados”, alerta.

    A ferrugem asiática é um parasita obrigatório, ou seja, depende da planta de soja para sobreviver. Atacando principalmente as folhas, a doença pode causar perdas severas na produtividade. Além disso, o controle é desafiador, devido à limitada disponibilidade de modos de ação eficazes no mercado.

    “É crucial que os produtores realizem a rotação de ingredientes ativos nos fungicidas, para preservar a eficácia das moléculas existentes. A Embrapa, referência na área, realiza estudos constantes para indicar os compostos mais eficazes a cada safra. Atualmente, os modos de ação mais utilizados são os inibidores da biossíntese de ergosterol e os inibidores de respiração nos complexos II e III,” explica Oltramari.

    Até esta quarta-feira (15), o Consórcio Antiferrugem notificou mais de 60 casos da doença no Brasil, com maior concentração no sul do país. O Paraná lidera com 43 registros, seguido do Rio Grande do Sul (10 casos) e Santa Catarina (3 casos). São Paulo e Minas Gerais também reportaram focos da doença, com 4 e 2 casos, respectivamente.

    O Consórcio Antiferrugem, uma parceria público-privada, desempenha papel crucial no monitoramento e combate à ferrugem asiática, fornecendo dados e orientações para minimizar os impactos da doença no Brasil.

  • Com surgimento de primeiros casos, ferrugem asiática exige atenção redobrada dos produtores de soja

    Com surgimento de primeiros casos, ferrugem asiática exige atenção redobrada dos produtores de soja

    Com grande parte das lavouras de soja no Brasil já em fase de desenvolvimento vegetativo ou avançado, dependendo da região, o manejo fitossanitário assume um papel ainda mais crucial. Entre as doenças que mais ameaçam a cultura está a ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, caracterizada por sua alta agressividade e capacidade de ocorrer em diferentes estádios do ciclo da soja.

    De acordo com o Consórcio Antiferrugem, até o momento foram confirmados 19 casos de ferrugem asiática em lavouras comerciais, com 14 registros no Paraná, quatro em São Paulo e um em Minas Gerais. A maior parte dos casos foi detectada em soja no estádio R5, fase de enchimento de grãos, considerada altamente sensível a estresses bióticos e abióticos. Além disso, há relatos de presença de esporos do fungo em áreas agrícolas próximas, reforçando a necessidade de intensificar o monitoramento e adotar práticas de controle em regiões vulneráveis.

    O manejo eficiente da ferrugem asiática começa com ações preventivas, como a aplicação de fungicidas no momento adequado, o uso de cultivares resistentes e o escalonamento do plantio para reduzir os riscos de infecção. Detectar precocemente a presença do fungo é essencial para evitar danos severos e preservar o potencial produtivo da cultura. Para garantir um controle eficaz, é indispensável que os produtores mantenham um acompanhamento constante das condições climáticas e da saúde das plantas, iniciando as intervenções fitossanitárias antes que a doença se manifeste.

    Ferrugem asiática

    A ferrugem asiática pode afetar a produção em qualquer fase de desenvolvimento da cultura, com perdas que podem chegar a 90% nos casos mais severos. O impacto depende da intensidade da doença, do momento em que ela atinge a planta e da suscetibilidade da cultivar utilizada. Embora as condições climáticas atuais favoreçam o desenvolvimento das lavouras em boa parte do Brasil, a combinação de chuvas regulares com temperaturas amenas também cria um ambiente propício para a disseminação do fungo, o que exige maior monitoramento e controle preventivo.

    Para que o fungo infecte a planta, é necessário um período mínimo de seis horas de molhamento foliar – presença de água livre nas folhas – sendo o risco máximo de infecção registrado entre 10 e 12 horas de umidade contínua. As temperaturas ideais para a infecção estão na faixa de 18°C a 26,5°C, conforme estudos recentes.

  • Casos de ferrugem na soja foram registrados em 3 Estados

    Casos de ferrugem na soja foram registrados em 3 Estados

    Três Estados brasileiros já registram casos de ferrugem asiática, considerada a doença mais severa da cultura da soja. O clima atípico, com excesso de chuvas no sul e seca na maior parte do país, são fatores que podem propiciar o surgimento da doença.

    De acordo com o Consórcio Antiferrugem, seis casos foram reportados: dois em São Paulo (Itapetininga e Paranapanema), outros dois no Paraná (Mamborê e Ubiratã) e dois no Tocantins (Formoso do Araguaia e Lagoa da Confusão).

    Somando os casos de ferrugem em soja voluntária, o número sobe para 36.

    Prejuízos

    Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, a ferrugem asiática pode resultar em perdas de até 90% na produtividade.

    Estudos apontam que o fungo causador da doença é facilmente disseminado pelo vento. Com isso, a ferrugem da soja pode ocorrer em todas as regiões produtoras de soja no Brasil. A doença pode surgir em vários estágios da planta, desde a emergência até a maturação.

    Um dos sintomas de ferrugem-asiática é o surgimento de pontuações salientes escuras nas folhas, seguida de lesões profundas, secagem e amarelamento da planta. Com isso a formação dos grãos pode ser afetada, levando à queda prematura das folhas.

    O manejo eficiente da doença é necessário desde o início da cultura, com a rotação de ativos para reduzir os danos.

    Em condições mais críticas, os prejuízos podem passar de R$ 6 mil por hectare.

  • Excesso de chuvas pode favorecer incidência precoce da ferrugem da soja

    Excesso de chuvas pode favorecer incidência precoce da ferrugem da soja

    A maior distribuição de chuvas na região Sul, em razão da influência do fenômeno El Nino, pode favorecer a ocorrência de doenças em soja, a exemplo da ferrugem-asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi“Nesta safra (2023/2024), já há relatos de plantas de soja voluntárias, que germinam a partir de grãos perdidos na colheita, e de soja perene (soja não comercial) com sintomas da doença. Por isso, os produtores devem ficar em alerta para uma possível incidência precoce da doença, em áreas comerciais, na região Sul”, alerta a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja.

    Segundo Godoy, o excesso de chuvas na região Sul, no início da safra, pode acarretar ainda problemas de tombamento e de morte de plantas recém-germinadas (plântulas), principalmente, em solos com baixa drenagem. Por outro lado, a falta de chuvas, no Centro-Oeste, pode comprometer a germinação e o desenvolvimento inicial das plantas. A pesquisadora explica que os esporos, do fungo causador da ferrugem, se disseminam facilmente com o vento e, por isso, quando identificada sua presença na região, o controle deve ser iniciado preventivamente ou nos primeiros sintomas. “O monitoramento e a ação rápida contra a doença garantirão maior eficiência de controle. Neste sentido, os atrasos nas aplicações aumentam as possibilidades de falhas de controle”, alerta Godoy.

    Além disso, a pesquisadora avalia que, nas semeaduras tardias, a doença tenderá a ser mais severa pelo aumento da presença do fungo no ar. Outro aspecto que chama a atenção da pesquisadora é a crescente dificuldade de controle da ferrugem-asiática, em razão da menor sensibilidade do fungo aos fungicidas. Os fungicidas (sítio-específicos) que controlam a doença pertencem a três grupos distintos: os Inibidores de desmetilação (IDM, “triazóis”), os Inibidores da Quinona externa (IQe, “estrobilurinas”) e os Inibidores da Succinato Desidrogenase (ISDH, “carboxamidas”).

    “Recentemente uma nova mutação foi relatada no fungo influenciando a eficiência dos fungicidas que possuem os ingredientes ativos protioconazol e tebuconazol (triazóis) na sua composição”, explica. “A orientação é que fungicidas com esses ativos sejam utilizados em rotação e sempre com a adição de fungicidas multissitios  – aqueles que interferem em muitos processos metabólicos do fungo –  para aumentar a eficiência de controle”, explica.

    Sobre a ferrugem

    A ferrugem-asiática é a doença mais severa da cultura da soja, podendo causar perdas de até 90% de produtividade se não controlada. “Além do controle com fungicidas, a adoção do vazio sanitário e a semeadura precoce são as principais estratégias para que o produtor consiga “escapar” da doença, por haver menor quantidade de esporos do fungo nas semeaduras iniciais”, diz Godoy. Durante a safra, as informações sobre a ocorrência da ferrugem podem ser acompanhadas no site do Consórcio Antiferrugem ou via aplicativo de celular disponível para download na Apple Store ou Google Play. No Paraná, a ocorrência de esporos da ferrugem-asiática, em coletores, pode ser acompanhada no site do Instituto de Desenvolimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).

  • Estudo revela pistas para ajudar no controle da ferrugem asiática da soja

    Estudo revela pistas para ajudar no controle da ferrugem asiática da soja

    Pesquisadores da Embrapa e do International Asian Soybean Rust Genome Consortium anunciaram o sequenciamento e montagem do genoma de três amostras do fungo P. pachyrhizi, causador da ferrugem asiática da soja. O estudo fornece pistas sobre uma das características mais desafiadoras do microrganismo: sua alta variabilidade, que o faz se adaptar rapidamente e contornar diferentes medidas de controle. O conhecimento detalhado sobre o funcionamento do genoma é fundamental para entender os fatores que estão envolvidos em sua adaptabilidade e contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias de controle.

    Com base no genoma, descobriu-se que cerca de 93% é composto por sequências repetitivas de DNA chamadas transposons, fragmentos de DNA que podem ‘pular’ ou mudar de lugar no genoma, o que pode contribuir para sua alta variabilidade. Alguns desses transposons se tornam ativos no fungo e saltam no genoma durante uma infecção, principalmente nas primeiras horas de contato com o hospedeiro. O conhecimento dos processos e elementos-chave envolvidos no parasitismo é essencial para desenvolver plantas hospedeiras menos atraentes ou mais tolerantes ao fungo.

    As estratégias de manejo estão centradas em práticas como a pausa sanitária, período em que o campo fica sem plantas vivas de soja por pelo menos 90 dias. A prática reduz os inóculos fúngicos. Além disso, outras estratégias de evasão da doença são: uso de cultivares de ciclo precoce e semeadura no início da época recomendada; a adoção de cultivares resistentes; observância do calendário de semeadura; e o uso de fungicidas.

    O estudo também identificou o conjunto completo de efetores do fungo, compartilhado pelas três amostras do fungo, incluindo aquelas que estavam ativas ou expressas nos momentos cruciais da infecção. Alguns desses efetores foram caracterizados pela Embrapa Soja, mostrando sua ação ou ataque contra o hospedeiro durante o parasitismo. Entender as estratégias de ataque do patógeno é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de controle.

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    A análise do genoma também revelou um alto nível de diferenças (heterozigosidade) entre os dois núcleos que constituem o genoma do fungo. Essa característica indica ausência de recombinação entre eles, favorecendo a propagação ou reprodução assexuada do fungo na América do Sul. O conhecimento dos processos e elementos-chave envolvidos no parasitismo é essencial para desenvolver plantas hospedeiras menos atraentes ou mais tolerantes ao fungo.

    A ferrugem asiática da soja é um dos principais desafios fitossanitários da cultura, pois o fungo pode se adaptar às estratégias de controle, seja perdendo a sensibilidade a fungicidas, seja “quebrando” a resistência genética presente nas cultivares de soja.

  • Ministério da Agricultura atualiza Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja

    Ministério da Agricultura atualiza Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja

    O Ministério da Agricultura publicou, na última quinta-feira (03), a Portaria nº 865 que revisa e atualiza os procedimentos previstos no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS). O objetivo é o fortalecimento do sistema de produção agrícola da soja, congregando ações estratégicas de defesa sanitária vegetal com suporte da pesquisa agrícola e da assistência técnica na prevenção e controle da praga.

    A nova regulamentação visa promover ajustes no modelo de governança do programa. Com isso, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) obtem maior autonomia no estabelecimento das medidas de prevenção e controle da doença, na condição de Instância Central e Superior do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

    A Ferrugem Asiática é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Ela é considerada uma das mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico. Nas diversas regiões geográficas onde a doença foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.

    “Para o controle adequado da doença e a mitigação dos potenciais prejuízos que ela pode causar à cadeia produtiva da soja, devem ser considerados diversos aspectos, entre eles medidas de redução do inóculo do fungo e o manejo da resistência de fungicidas. Considerando que a soja é cultivada na maioria dos estados brasileiros, as medidas oficiais estabelecidas devem abranger os resultados que se pretende alcançar em nível nacional”, explica a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane Castro.

    Medidas previstas

    Entre as medidas fitossanitárias previstas no PNCFS está o vazio sanitário. Ele é definido como um período contínuo de pelo menos 90 dias durante o qual não se pode semear ou manter plantas vivas de uma espécie vegetal em uma determinada área. A medida visa a redução do inóculo de doenças ou população de uma determinada praga.

    Já o calendário de semeadura da soja, é recomendado pela pesquisa científica como medida que visa a racionalização do número de aplicações de fungicidas. Com isso, a intenção é a redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do fungo causador da doença.

    Assim como nos demais programas oficiais de prevenção e controle de pragas, as particularidades regionais podem ser consideradas, conforme as excepcionalidades previstas no ato normativo, sem que, no entanto, comprometam a sustentabilidade da cadeia produtiva como um todo.

  • Vazio da soja inicia em junho e Indea alerta produtores sobre evitar surgimento de plantas guaxas

    Vazio da soja inicia em junho e Indea alerta produtores sobre evitar surgimento de plantas guaxas

    De 15 de junho a 15 de setembro deste ano acontece o vazio sanitário da soja, período em que não é permitida a presença de plantas vivas nas propriedades rurais. Para evitar o surgimento inclusive de plantas guaxas, que surgem nas proximidades de armazéns e acessos às propriedades, o Instituto de Defesa Animal de Mato Grosso (Indea-MT) vem alertando os produtores sobre o período proibitivo.

    O vazio sanitário tem como objetivo combater o surgimento da ferrugem asiática, uma das principais doenças que atacam as lavouras de soja. Por isso, as ações neste período são de exterminar restos de soja nas propriedades e no entorno. Essa destruição deverá ser feita pelo produtor. Na safra 2022/23, Mato Grosso registrou 16 ocorrências de ferrugem asiática sendo uma delas em Lucas do Rio Verde.

    O Indea publicou instrução normativa orientando sobre as medidas fitossanitárias para o período. Caso alguma propriedade vir a ser encontrada com plantas guaxas o produtor pode ser penalizado. “Para aqueles que ainda têm planta guaxa de soja que faça o seu trabalho, ou seja destrua essa soja guaxa na sede, na sua propriedade, na lavoura, próximo às estradas para que se evite a multa”, reforça o engenheiro agrônomo do Indea em Lucas do Rio Verde, Leandro Oltramari.

    De acordo com a publicação do Indea, a multa é de 30 UPF (Unidade Padrão Fiscal) mais 2 UPF por hectare. Em maio, cada UPF foi estipulada em R$ 227,84.

    Prejuízos

    Além da multa, a presença de ferrugem asiática nas lavouras representa prejuízos aos produtores. Quando em contato com a lavoura de soja, o patógeno causador da ferrugem provoca a desfolha precoce. Isso impede a realização de fotossíntese e a formação dos grãos. O resultado é a perda de rendimento e qualidade menores.

    “É a principal doença da soja e é disseminada através do vento. Então todos têm que fazer a sua parte, destruir a soja guaxa para justamente quando nós começarmos um novo ciclo na safra 23/24, reduzir ao máximo a fonte de inóculo da ferrugem asiática”, orienta Oltramari.

    Nos próximos dias, as equipes de fiscalização do Indea vão reforçar os trabalhos a campo relacionados ao vazio sanitário da soja. Os fiscais também atuam atendendo solicitações e denúncias, que podem ser feitas de forma anônima. O telefone do escritório local do Indea é (65) 3549-1507. Outra forma de manter contato é pelo e-mail ule_lucasrioverde@indea.mt.gov.br. A preocupação em manter a ferrugem asiática é grande, principalmente pelo potencial produtivo regional. “A soja é responsável pela geração de muitos empregos diretos e indiretos em Lucas Rio Verde e em toda a região”, reforça.