Tag: Ferrovias

  • Período de inscrições em Engenharia Ferroviária e em Mídias Digitais pela UFMT termina hoje (05)

    Período de inscrições em Engenharia Ferroviária e em Mídias Digitais pela UFMT termina hoje (05)

    Termina hoje (05) o período de inscrições para dois cursos de pós-graduação ofertados em Lucas do Rio Verde por meio da Universidade Aberta do Brasil. Os cursos de pós graduação em Engenharia Ferroviária e em Mídias Digitais para Educação serão ofertados pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), na modalidade a distância.

    As inscrições são feitas pela internet, nos sites: www.ufmt.br/ingressoead e http://www.uniselva.org.br/. O valor da taxa de inscrição está fixado em R$ 90. E os cursos são on-line e gratuitos.

    A coordenadora da UAB no município, Juliana Gonçalves, destaca que os cursos atendem demandas locais. O curso voltado para Engenharia Ferrovia contempla graduados em ciências exatas, administração, engenharia, arquitetura e logística, por exemplo.

    “É um curso voltado para a área de transporte. A gente está com esse projeto da ferrovia que vai atender nosso município nos próximos anos e por isso foi escolhido para o desenvolvimento e capacitação da população luverdense”, explica a coordenadora.

    Já a pós graduação em Mídias Digitais para Educação atende graduados em licenciatura ou bacharelado em cursos na área de educação.

    “Já foi ofertado em Lucas em outra oportunidade e quem fez avalia que foi um curso importante para que está na área de educação, principalmente agora com essa questão do ensino hibrido, da educação em distancia, da pandemia que vivemos ao longo dos últimos dois anos”, pontuou.

    Mais informações podem ser obtidas no Polo de Apoio Presencial UAB de Lucas do Rio Verde, localizado na Rua Cedro, nº 61 S, bairro Jardim Primaveras, na Escola Municipal Vinícius de Moraes. Telefones para contato: (65) 3548-2326 / 3548-2327 / WhatsApp (65) 99911-8214 / e-mail: uabpololucasdorioverde@gmail.com.

  • Ferrovia Rondonópolis-Lucas do Rio Verde: Justiça determina a suspensão de novas licenças

    Ferrovia Rondonópolis-Lucas do Rio Verde: Justiça determina a suspensão de novas licenças

    Em decisão liminar proferida na última sexta-feira (12), a Justiça Federal no Mato Grosso determinou que os povos indígenas Boe-bororo sejam ouvidos sobre a construção da Ferrovia Rondonópolis-Lucas do Rio Verde antes da emissão de novas licenças para as obras. A liminar também obriga a Fundação Nacional do Índio (Funai) a intervir no processo de licenciamento ambiental do empreendimento, a fim de promover e concretizar a consulta aos povos, no prazo de 90 dias.

    A Justiça também ordenou que a empresa Rumo Malha Norte S/A, responsável pelas obras, adote as medidas para proceder com os estudos do componente indígena e ajude a viabilizar a audiência junto às comunidades envolvidas.

    A Defensoria Pública da União (DPU) e o Ministério Público Federal (MPF) pediram a suspensão imediata do processo de licenciamento ambiental da ferrovia, com o objetivo de assegurar que as comunidades indígenas que habitam o entorno da região não sejam afetadas negativamente pelo empreendimento.

    “Essa decisão é fundamental. A DPU, representando o povo Boe-bororo, fica muito feliz em saber que o seu direito, reconhecido nas convenções internacionais e na própria Constituição Federal, vai ser respeitado. Passar uma ferrovia, entre terras indígenas, onde, com certeza, tem restos mortais dos ancestrais desses povos, sem qualquer consulta, geraria um verdadeiro dano espiritual”, destacou o defensor regional de Direitos Humanos no MT, Renan Sotto Mayor.

    Entenda o caso

    A construção da Ferrovia Rondonópolis – Lucas do Rio Verde é de responsabilidade da empresa Rumo Malha Norte S/A (Rumo) e o licenciamento ambiental tramita junto à SEMA/MT.

    A necessidade de recorrer à justiça surgiu em perícias elaboradas pelo Setor de Perícias do Ministério Público Federal, após fatos e informações serem levados ao MPF pelo Iphan, assim como pela percepção do povo indígena Boe-Bororo sobre o empreendimento. A comunidade não foi consultada sobre a construção em seu território.

    O povo Boe-Bororo é uma comunidade caracterizada por uma complexa organização social e pela riqueza de sua vida cerimonial. No passado, os membros dessa etnia habitavam boa parte da região Centro-Oeste do Brasil, mas hoje estão concentrados, principalmente, em terras indígenas no estado de Mato Grosso.

  • MPF ajuíza ação pedindo suspensão da construção de Ferrovia que interligará Lucas do Rio Verde a Rondonópolis

    MPF ajuíza ação pedindo suspensão da construção de Ferrovia que interligará Lucas do Rio Verde a Rondonópolis

    O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública, com pedido de tutela de urgência, contra a empresa Rumo Malha Norte S/A, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Estado de Mato Grosso para que seja suspenso o licenciamento ambiental da Ferrovia Rondonópolis (MT) – Lucas do Rio Verde (MT). O MPF também pede que nenhuma licença seja emitida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema/MT) até que seja realizado o processo de consulta livre, prévia e informada do Povo Boe Bororo, previsto na Convenção OIT nº 169. E, caso já tenha sido emitida a licença, que a mesma seja declarada nula.

    O traçado da ferrovia está previsto para passar entre as terras indígenas Tereza Cristina e Tadarimana, ambas povoadas pelos indígenas da etnia Boe Bororo. Ocorre que, de acordo com o MPF, não foram realizados estudos específicos pertinentes aos impactos da obra sobre a população indígena, bem como a devida consulta prévia, livre e informada junto ao povo interessado, no caso, os indígenas.

    A ACP baseia-se em informações levadas aos conhecimento do MPF por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) de que no entorno do empreendimento existem diversos sítios arqueológicos registrados e não registrados, com grande probabilidade de existência de sítios arqueológicos indígenas, especialmente nas proximidades do município de Rondonópolis, na região da Rodovia do Peixe.

    A partir disso, o MPF entende que a participação dos indígenas é essencial no processo de licenciamento do empreendimento pelo conhecimento que possuem sobre o patrimônio material e imaterial que precisa ser protegido e que está ameaçado com a execução do traçado previsto para a ferrovia. Além disso, foi verificado que a obra afetará negativamente as comunidades indígenas das TIs Tadarimana e Tereza Cristina.

    A pedido das lideranças dos Boe-Bororo, a Defensoria Pública da União (DPU) ingressou na ACP nº 1002227-67.2022.4.01.3602, o que torna os indígenas polo ativo no processo, ou seja, eles estão processando a empresa Rumo Malha Norte S.A, a Funai e o Estado de Mato Grosso. Em novembro de 2021, os indígenas reivindicaram o direito de serem ouvidos a respeito do empreendimento, sob a alegação de que parte das terras indígenas que foram demarcadas por Marechal Cândido Rondon teriam sido vendidas ilegalmente e que, pela demarcação originária, a ferrovia cortaria a TI Tereza Cristina e também passaria pelo Pontal do Jorigi, parte da TI Tadarimana, tornando o projeto do traçado da obra mais próximo da área indígena, a menos que 10 quilômetros.

    Segundo a DPU, a demarcação atual das terras indígenas Tadarimana e Tereza Cristina é apenas uma parte do território que aquele povo ocupou por mais de 7 mil anos. “O Povo Boe Bororo não foi consultado para a construção da ferrovia passando por suas terras ancestrais, o que fere não apenas os direitos ao consentimento livre, sério e informado, como causa grave dano espiritual, tendo em vista que diversos ancestrais estão enterrados no local, que sempre foi seu território desde o primeiro contato com os não-indígenas”, argumenta o defensor regional de Direitos Humanos Renan Sotto-Mayor.

    Para o procurador da República, titular da ACP, Rodrigo Pires de Almeida, a postura da Funai, da empresa Rumo e da Sema está “escorada apenas em parâmetros de norma federal inaplicável, cuja interpretação é inadmissível (Portaria Interministerial nº 60/2015) e ignora evidências que atraem o princípio da precaução, penalizando o bem jurídico ambiental por uma negligência atribuída exclusivamente aos demandados”.

    De acordo com o procurador, tanto a empresa quanto a Funai e o Estado de Mato Grosso estariam impedindo a participação popular, ou seja, dos indígenas, fazendo com que os povos tradicionais acabem por arcar com o ônus do empreendimento, que são os impactos negativos que a obra trará para o seu entorno. “Os demandados (…) pretendem levar a cabo sem qualquer estudo de componente indígena, consulta aos indígenas interessados e avaliação das medidas mitigatórias e reparatórias”, ressaltou Almeida.

    Além disso, o MPF ressalta a pressa “desmedida e o afobamento” para a aprovação do processo de Licenciamento da Ferrovia Rondonópolis – Lucas do Rio Verde, tanto da Sema quanto da empresa, uma vez que, mesmo estando pendente a análise do componente arqueológico do Iphan para a concessão da licença prévia, a Rumo já havia pedido, em agosto de 2021, a licença para o órgão estadual.

    Pedidos

    Na ação, o MPF pede que, devido ao empreendimento ter um potencial de causar significativo impacto negativo sobre os povos indígenas, a Funai espessa o Termo de Referência Específico e realize a consulta livre, prévia e informada aos indígenas impactados pelo empreendimento. Já a empresa Rumo deverá realizar o estudo do componente indígena, concluir o estudo arqueológico e garantir a consulta livre, prévia e informada aos indígenas.

    Ainda conforme os pedidos da ação, o Estado de Estado de Mato Grosso não deve emitir qualquer licença sem realização de processo de consulta livre prévia e informada, prevista na Convenção nº. 169 da OIT, e deve analisar o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório correspondente fornecidos pela Rumo somente após a Funai e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) atestarem a viabilidade do empreendimento quanto aos componentes indígena e arqueológico.

    Entenda o caso

    A ação é o resultado de um inquérito instaurado a partir de uma representação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) feita à unidade do MPF em Rondonópolis (MT), noticiando a existência de diversos sítios arqueológicos próximos ao município e o risco de impactos irreversíveis do empreendimento para as comunidades das terras indígenas Tadarimana e Tereza Cristina.

    Após o recebimento dos relatórios do Iphan e realização de perícias, o MPF fez uma recomendação com o mesmo teor da ação à empresa Rumo, à Funai e à Sema, mas todos se recusarem a atender, alegando que a consulta prévia às comunidades não preenche requisito legal e que estão seguindo a Portaria Interministerial 60/2015, que estipula uma distância mínima de 10 km das terras indígenas para viabilidade do empreendimento.

    Mas, para o MPF, a Portaria Interministerial 60/2015 é inconstitucional e a expedição de licença sem consulta prévia aos indígenas impactados contraria normas internacionais como a Convenção 169 da OIT e normas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Além disso, a distância mínima do empreendimento precisa ser definida de forma individual e as características peculiares desse caso precisam ser observadas para evitar um dano irreparável aos povos da região.

    A ferrovia e os povos indígenas – Uma dessas características é o fato de o licenciamento da ferrovia ter sido fracionado por trechos, o que prejudica uma visão global do empreendimento e dos impactos do seu conjunto composto por aproximadamente 1500km que interligam áreas produtivas de Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso a uma extensa rede ferroviária que atravessa o estado de São Paulo por aproximadamente 900 km até o Porto de Santos, no litoral Paulista.

    Outro detalhe é a existência de efeitos que podem se acumular e se associar aos impactos da instalação do Terminal Intermodal Rodoferroviário de Rondonópolis, inaugurado em setembro de 2013.

    O procurador sustenta também que é imprescindível seguir o princípio da precaução e, neste caso, avaliar mais que uma distância mínima do empreendimento. Para ele, o intenso intercâmbio cultural, social, religioso, político, ancestral e econômico dos Boe Bororo das terras Tadarimana e Tereza Cristina, que serão separadas pela ferrovia, deve ser protegido, assim como preveem as normas, e os impactos negativos do empreendimento, quando aceitos, devem ser compensados.

    O povo Bororo hoje detém seis terras demarcadas em Mato Grosso num território descontínuo e descaracterizado, que corresponde a uma área 300 vezes menor que o território tradicional de origem.

  • Ferrovias e estudos ambientais

    Ferrovias e estudos ambientais

    Em 2021, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado de Mato Grosso produziu 71.488.025 toneladas de grãos, esse número representou 28,49% da produção nacional, sendo os principais produtos soja e algodão. A construção de ferrovias com certeza é uma necessidade para o estado, sendo essa a melhor saída para escoar a crescente produção de grãos. Atualmente Mato Grosso possui apenas 366 km de ferrovias que fazem parte da Ferrovia Norte Brasil (FERRONORTE). Porém essa realidade pode mudar em breve, a Ferrovia Autorizada de Transporte Olacyr de Moraes (FATO), promete a construção de mais 730 km de ferrovias, enquanto a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) construirá no estado mais 140 km e a Ferrogrão mais 440 km. A implementação desses empreendimentos necessita de muitos estudos e acompanhamentos, entre eles sobre a formação de ravinas e voçorocas (erosões lineares de grande porte), tema que será abordado ao longo deste texto. 

    Caiubi Emanuel Souza Kuhn
    Caiubi Emanuel Souza Kuhn

    Ravinas e voçorocas são as formas mais agudas de erosões linear, podem chegar a ter mais de um quilometro de extensão, e dezenas de metros de largura e de profundidade. Normalmente o desenvolvimento deste processo está relacionado a características do meio físico, sejam elas geológicas-geotécnicas, tipos de solos e do relevo. Mudanças no uso da terra e na cobertura vegetal são outros fatores que pode desencadear o desenvolvimento da erosão. 

    O desenvolvimento de ravinas e voçorocas podem causar uma série de impactos sociais e ambientais. A destruição de casas, rodovias, infraestruturas urbanas e rurais e a inviabilização de áreas produtivas significativas, são alguns dos impactos econômicos que podem ser citados. Além disso, as erosões lineares afetam a cobertura vegetal, removem grandes quantidades de solo, podem causar o rebaixamento do aquífero, o assoreamento de rios, açudes entre outros corpos hídricos. A estabilização das erosões pode demorar anos ou até décadas. 

    Empreendimentos como o desenvolvimento de novas rodovias e ferrovias, precisam em sua implementação, realizar estudos detalhados de susceptibilidade a erosão e a outros processos do meio físico, como deslizamentos e corridas de detritos. Estes estudos são fundamentais para garantir a segurança no empreendimento e para evitar impactos ambientais e sociais na área de entorno. 

    Em outros locais, como no estado de São Paulo, sérios problemas com erosões lineares ocorrem relacionadas a construção de ferrovias. As características do meio físico de algumas regiões do estado de Mato Grosso, indicam que problemas similares podem ocorrer, caso não sejam realizados os estudos adequados e o correto monitoramentos destas áreas. É comum em muitas regiões do estado problemas com erosões que foram causadas devido ao uso do solo sem que seja considerada os estudos técnicos. Porém, este tipo de situação não pode e nem deve ocorrer em empreendimentos bilionários, que possuem tranquilamente condições financeiras e técnicas para realizar todas as análises e estudos necessários. Caso isso não seja feito, além de poder ter problemas na fase de construção das ferrovias, após concluída pode se iniciar inúmeros debates sobre como sanar os impactos causados e sobre quem irá pagar a conta dos danos proporcionados pelas erosões. 

    A construção das ferrovias em Mato Grosso é uma necessidade, porém é preciso que a sociedade acompanhe e debate de forma séria todos os fatores que envolvem o empreendimento. Neste sentido, as universidades e centros de pesquisa podem contribuir muito nas análises técnicas dos empreendimentos. A sociedade civil precisa acompanhar e debater sobre o tema, para que se tenha transparência na busca de soluções para eventuais problemas. O conhecimento e gestão técnica são o caminho para o estado garantir o desenvolvimento sustentável. 

    Caiubi Kuhn, Professor na Faculdade de Engenharia (UFMT), geólogo, especialista em Gestão Pública (UFMT), mestre em Geociências (UFMT).

  • Sema emite licença de instalação para construção de trecho da 1ª Ferrovia Estadual que ligará os municípios de Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Cuiabá

    Sema emite licença de instalação para construção de trecho da 1ª Ferrovia Estadual que ligará os municípios de Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Cuiabá

    A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) emitiu, nesta segunda-feira (13.06), a primeira Licença de Instalação (LI) para 8,67 km da 1º Ferrovia Estadual de Mato Grosso. O trecho fica localizado no município de Rondonópolis (220 km de Cuiabá).

    Esta licença permite que a Rumo S/A comece a construção dos primeiros trilhos da ferrovia ainda neste ano, nas proximidades do Parque Industrial Intermodal de Rondonópolis, além da logística e preparação de canteiros de obras, contratação de mão de obra, e transporte de materiais para o local.

    As licenças de Instalação serão emitidas por trecho. Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) foram entregues pela empresa para a análise da Sema, que considerou medidas de monitoramento, controle e mitigação de impactos. Para a liberação houve a análise técnica do setor de licenciamento e vistorias presenciais de equipes ao local.

    A Licença Prévia do empreendimento já foi referendada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) em março deste ano, após audiência e consulta pública à sociedade. Nas próximas etapas, o restante do traçado deve passar pelo licenciamento da Instação, e por último, licenciamento para operação.

    O projeto completo da 1ª Ferrovia de Integração Estadual prevê um corredor logístico de 740 km que ligará os municípios de Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Cuiabá. A construção da ferrovia conecta Mato Grosso à malha ferroviária nacional, em direção ao Porto de Santos (SP). O investimento previsto é de R$ 12 bilhões.

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  • Aprovada a licença prévia da primeira Ferrovia Estadual de Mato Grosso

    Aprovada a licença prévia da primeira Ferrovia Estadual de Mato Grosso

    O Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) referendou, nesta quarta-feira (30.03),  por unanimidade, a Licença Prévia (LP) da primeira Ferrovia Estadual de Mato Grosso. O parecer favorável pela aprovação foi emitido pela equipe de licenciamento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).

    Aprovada licença prévia da Ferrovia Estadual de Mato Grosso

    Com a aprovação, o licenciamento trifásico passa para a etapa de avaliação da Licença de Instalação (LI) e, posterioremente, a Licença de Operação (LO). O parecer favorável da Sema foi emitido após cinco meses de análise técnica dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).
    conselho de meio ambiente aprova licenca previa da primeira ferrovia estadual de mt

    “Nossa equipe técnica é multidisciplinar, com o envolvimento de 11 analistas de diversas especialidades. As análises foram feitas com todo o rigor que a Lei exige para que possamos ter um empreendimento que traga o desenvolvimento econômico e social, com o menor dano ao meio ambiente possível, também prevendo a devida compensação ambiental”, afirma a secretária adjunta de Licenciamento e Recursos Hídricos, Lilian Santos, que presidiu a reunião.

    Como parte da instrução do processo, foram feitas vistorias presenciais por todo o traçado, houve a etapa de audiência pública híbrida, com mais de mil pessoas acompanhando presencialmente e pela transmissão ao vivo na internet.

    Conforme o biólogo Sérgio Morato, que representou a empresa que elaborou o estudo de impacto ambiental, foram feitas mais de 1.200 simulações de traçado. “Levamos em consideração o que geraria menos impacto pelo meio ambiente, considerando o solo, relevo, cavernas, a flora e a fauna, e das áreas protegidas legalmente como áreas de comunidades tradicionais e assentamentos”, explica.

    O Consema é um órgão colegiado composto por representantes de  órgãos públicos, sociedade civil e organizações não governamentais. No total, 17 conselheiros votaram favoráveis ao parecer técnico elaborado pela Sema pelo referendo da licença, o que representa a totalidade dos integrantes.

    O traçado aprovado tem 743 km de extensão, e passa por 16 municípios, com estações de carga que ligam Cuiabá, Rondonópolis e Lucas do Rio Verde. A obra prevê a construção de um túnel de 1,8 km, 22 pontes, 21 viadutos, e 5 passagens inferiores. O investimento previsto pela empresa Rumo S/A é de R$ 8 bilhões.

     

  • Rumo fará investimento bilionário em vagões e locomotivas para Mato Grosso

    Rumo fará investimento bilionário em vagões e locomotivas para Mato Grosso

    A Rumo fez um grande progresso nesta semana, um investimento de R$ 1,9 bilhão a fim de expandir a malha ferroviária da Operação Norte no Mato Grosso, a empresa realizou a compra de 2.142 vagões para o transporte de açúcar, farelo, grãos e fertilizantes, além de 45 locomotivas.

    O Ministério da Infraestrutura aprovou, na última semana, o enquadramento da obra no regime especial de incentivo para a continuação da infraestrutura com renúncia fiscal avaliada em cerca de R$ 178 milhões. O projeto da Rumo no Mato Grosso, a construção da nova ferrovia, ainda está em estágio de licenciamento ambiental.

    A Rumo reforça que não fechou o contrato com os fornecedores desse investimento no Mato Grosso ainda, e que dá prioridade aos fornecedores do Brasil, da mesma forma como tem feito em todas as suas aquisições.

    Rumo nos trilhos de Mato Grosso

    O governo de Mato Grosso fez um chamamento público em julho e a empresa logística foi a única interessada. Segundo Mendes, não haverá um real do estado depositado na operação. Os procedimentos de viabilidade ambiental iniciaram com o governo federal no ano passado, e o processo depois foi transferido para a Secretaria do Meio Ambiente de Mato Grosso. De acordo com a Rumo, são quase três anos de trabalho para viabilizar o licenciamento, que precisou garantir que a nova rota não passasse por áreas de proteção ambiental ou reservas indígenas.

    Governador assina contrato com a Rumo

    Governador assina contrato da primeira ferrovia estadual

    O governador Mauro Mendes e o CEO da Rumo S/A, João Alberto Fernandez de Abreu, assinaram nesta segunda-feira (20.09) o contrato de adesão para a construção, implantação e exploração da 1° ferrovia estadual de Mato Grosso. A assinatura e respectiva construção da ferrovia são um marco para a história de Mato Grosso e um exemplo para os estados brasileiros.

    Governador assina contrato com a Rumo e traz ferrovia a Cuiabá, Nova Mutum e Lucas

    A solenidade contou com a presença da primeira-dama Virginia Mendes. Assinaram o contrato o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, e o diretor da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager), Wilber Norio Ohara, durante evento que reuniu senadores, deputados federais, deputados estaduais, secretários de Estado, prefeitos e outras autoridades no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá.

    A nova ferrovia que vai interligar Cuiabá a Rondonópolis, bem como Rondonópolis com Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, além de se conectar com a malha ferroviária nacional, terá um investimento de R$ 11,2 bilhões. Segundo o estado do Mato Grosso, o investimento vai gerar mais de 235 mil empregos, além de potencializar a economia.

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  • Mais de mil pessoas acompanharam audiência pública sobre a Ferrovia de Integração Estadual

    Mais de mil pessoas acompanharam audiência pública sobre a Ferrovia de Integração Estadual

    A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e a empresa Rumo Logística apresentaram o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do projeto da Ferrovia de Integração Estadual, durante audiência pública realizada na última segunda-feira (13.12). O projeto prevê ligar por trilhos as cidades de Rondonópolis e Lucas do Rio Verde. A realização da consulta pública à sociedade é uma etapa necessária para o licenciamento ambiental da obra.

    A Secretária Adjunta de Licenciamento Ambiental e Recursos Hídricos da Sema-MT, Lilian Ferreira dos Santos, destacou que um empreendimento deve promover estudos para aliar a preservação ambiental e o desenvolvimento. “Mais de 62% do nosso território está preservado e nós temos uma grande preocupação de que cada empreendimento que se instala aqui, e que pretende se instalar em Mato Grosso, possa contribuir com o meio ambiente”, afirma.

    Na ocasião, os estudos apresentados mostram que a viabilidade socioambiental do empreendimento passa por critérios técnicos como a avaliação dos impactos, medidas e programas para evitar, minimizar e compensar impactos negativos e potencializar os positivos, além de alternativas de localização do empreendimento, e análise de riscos.

    O empreendimento prevê obras complementares, que são os diversos serviços de apoio necessários à implantação da ferrovia e proteção da fauna silvestre, como trechos para passagem de fauna, passagem de gado, estradas de serviço, entre outras medidas. Também está prevista a recomposição de áreas degradadas.

    O evento aconteceu em Cuiabá com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da Sema-MT. Participaram da audiência representantes da Sema-MT, Assembleia Legislativa e da empresa Rumo Logística.

    A transmissão foi acompanhada pela internet por 1.190 pessoas, além dos que participaram presencialmente em nove cidades: Lucas do Rio Verde, Campo Verde, Santa Rita do Trivelato, Planalto da Serra, Jaciara, Nova Mutum, Rondonópolis e Primavera do Leste. Foram respondidas ao vivo questionamentos tanto dos participantes presenciais, quanto os enviados antecipadamente pela internet.

    A proposta prevê um corredor logístico que ligará os municípios de Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Cuiabá por meio de uma ferrovia. De acordo com a Gerente de Gestão Integrada de Saúde, Meio Ambiente e Segurança dos Projetos de Expansão da empresa Rumo, Stefani Age, a proposta visa sustentabilidade, geração de renda para a região, desenvolvimento de empregos diretos e indiretos, e reflexos positivos para a população local.

    A Gerente da Rumo ressaltou ainda a dinâmica da economia que o projeto traz para a região tendo contratação e capacitação da mão de obra local, geração de empregos indiretos e diretos, aumento do recolhimento dos impostos e uma opção mais barata de frete. O projeto influencia ainda na redução de acidentes rodoviários e na redução de emissão de CO2.

    De acordo com a Gerente Executiva da Gestão Integrada de Saúde, Meio Ambiente e Segurança da Rumo, Renata Ramalho, outra vantagens é que haverá uma movimentação da economia, tanto na época de implantação da obra, quanto depois na operação da ferrovia. “E um dos grandes benefícios é que a gente vai chegar com um transporte muito mais sustentável”.

    O processo está disponível para consulta pública até o dia 13 de janeiro e os estudos ambientais que foram apresentados na audiência podem ser acessados CLICANDO AQUI. Em até 30 dias após o evento é possível enviar questionamentos por meio do e-mail: audienciapublica@rumolog.com.

    *Com orientação de Lorena Bruschi

     

  • Relatório de impacto ambiental da ferrovia estadual será apresentado em audiência pública

    Relatório de impacto ambiental da ferrovia estadual será apresentado em audiência pública

    Dando sequência ao processo que antecede a construção da Ferrovia de Integração Estadual, que ligará Rondonópolis a Lucas do Rio Verde, será realizada, no dia 13 de dezembro, uma audiência pública para tratar do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA. O encontro será on-line e acontecerá de maneira simultânea em todos os municípios que serão beneficiados com os trilhos.

    Em Lucas do Rio Verde, a audiência será na Câmara de Vereadores, com início previsto para às 9h. Durante o evento, autoridades, entidades de setor e o público geral poderão participar enviando perguntas. Os questionamentos devem ser feitos de maneira antecipada no site: ferroviamt.com.br/audiencia-publica.

    O prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz, recebeu, na manhã desta quarta-feira (10), o estudo que será apresentado em audiência. Também tiveram acesso ao documento de forma antecipada o secretário de Administração, Alan Togni, e a secretária de Agricultura e Meio Ambiente, Suzana Romancini.

    Além de Lucas do Rio Verde, o assunto também será discutido nos municípios de Cuiabá, Campo Verde, Santa Rita do Trivelato, Planalto da Serra, Jaciara, Nova Mutum, Rondonópolis e Primavera do Leste.

    Sobre o traçado
    Para projetar o melhor traçado para a ferrovia no estado do Mato Grosso, a empresa Rumo realizou estudos com base em análises multicritérios, aerolevantamentos, utilização de tecnologia LIDAR e NIR e verificações em campo.

    Foram priorizados locais que reduzam o impacto em áreas de conservação ambiental e em áreas urbanizadas, analisando os aspectos construtivos, de eficiência energética e segurança operacional.

  • Vice-prefeito e demais representantes de Sorriso buscam ajuda de Temer para destravar questão logística

    Vice-prefeito e demais representantes de Sorriso buscam ajuda de Temer para destravar questão logística

    Ampliar o diálogo, buscar novos interlocutores, aumentar a potência vocal buscando manter a afinação entre todos os integrantes do grupo. Nesta sexta-feira (5), enquanto um grupo de representantes sorrisenses, capitaneados pelo vice-prefeito, Gerson Bicego, busca, em São Paulo, apoio do ex-presidente Michel Temer para interceder junto a líderes de poderes constituídos em prol do atendimento  de pautas ligadas ao agronegócio e logística, em Sorriso, o prefeito de Sorriso, Ari Lafin, recebe o deputado federal Neri Geller para também pedir apoio no mesmo sentido.

    Jurista renomado, advogado e professor, o ex-presidente deve trazer ao grupo uma luz no tocante ao processo que suspende a licitação da Ferrogrão. Além disso, foi Temer que, em 2016, quando presidente da República, editou a medida provisória que autorizava o projeto.  Junto com o vice sorrisense em São Paulo, estão o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Marcelo Lincoln; o vereador Acácio Ambrosini; o presidente do Sindicato Rural, Silvano Felipetto; os representantes da Aprosoja Nathan Belusso e Wellington Andrade; e o produtor rural Calebe Francio.

    vice prefeito e demais representantes de sorriso buscam ajuda de temer para destravar questao logistica

    A necessidade de um “plus” logístico que subsidie a continuidade do desenvolvimento sustentável, não só da Capital Nacional do Agro, assim como de toda a região, e por consequência, de todo o país, tem sido constante e intensamente discutida em Sorriso. Desde julho, todas as terças-feiras têm sido marcadas por reuniões da Comissão Pró-Logística, constituída por representantes, não só da Prefeitura e da Câmara de Vereadores, mas também por líderes de entidades classistas, com destaque para as ligadas ao agro, como o Sindicato Rural e a Aprosoja.

    Em pauta, questões como as ferrovias e a necessidade urgente de viabilização do Anel Viário Leste, que vai tirar os “pesados” do centro da cidade, garantindo mais segurança ao trânsito, melhores condições de trabalho para os profissionais do volante e, principalmente, subsidiando o Plano de Desenvolvimento Logístico de Sorriso. O assunto não é novidade, e, enquanto se aguarda o destravamento de recursos de emendas parlamentares, ao mesmo tempo se avança na interlocução com proprietários para liberar a passagem do traçado que deverá fazer a ligação entre a BR/MT 242 e a BR 163, ali nas proximidades do Aeroporto Regional Adolino Bedin.

    “São pouco mais de 30 quilômetros e, mesmo que não consigamos destravar os recursos de R$ 38 milhões, já alocados pelo deputado federal Neri Geller, a quem agradeço pessoalmente por este empenho, e também pelo senador Fávaro, vamos dar início à implantação deste novo traçado, ainda que, provisoriamente, sem asfalto”, declara o prefeito de Sorriso, Ari Lafin, lembrando que, mesmo que o trecho seja “de terra”, é preciso que todo o traçado seja devidamente projetado e 100% aprovado por todos os proprietários da região.

    Assim como em São Paulo, em Sorriso o tema “ferrovia” também esteve em análise. O deputado foi enfático ao afirmar o ganho que toda a região vai ter ao poder enviar a produção, pelos trilhos, aos portos de Miritituba, Ilhéus, e também de Santos.

    “Somos favoráveis aos projetos, queremos que aconteçam e pedimos que os trilhos contemplem  Sorriso, seja via Rumo, seja via Ferrogrão, seja via Fico”, destaca Ari, reforçando que é preciso pensar no desenvolvimento regional, permitindo que Sorriso possa continuar crescendo, assim como todo o bloco de municípios.