Tag: Ferrovias

  • Governo deve investir de R$ 70 bi a R$ 80 bi em ferrovias e rodovias

    Governo deve investir de R$ 70 bi a R$ 80 bi em ferrovias e rodovias

    O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse que a expectativa do governo é investir entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões em ferrovias e rodovias até 2026. Para 2024, a previsão é entregar e iniciar cerca de 60 projetos no segmento rodoviário, além da realização de 13 leilões de rodovias, com potencial de injetar R$ 122 bilhões em investimentos privados. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (10) durante entrevista coletiva para apresentar o balanço das ações da pasta.

    “A retomada dos investimentos no Brasil já repercutiu de maneira considerável na melhoria da nossa malha viária, e também permitiu que obras de infraestrutura, que vinham andando muito lentamente no país anteriormente, em razão do baixo volume de investimentos, se aproximassem da necessidade de recursos que o cronograma físico-financeiro das obras exige”, disse. “Com as condições promovidas pelo arcabouço fiscal, esperamos investir de R$ 70 bilhões a 80 bilhões em recursos públicos no setor até 2026. Além disso, desenvolvemos uma carteira de projetos atrativos para aproximar ainda mais o setor privado neste ano”, complementou Renan Filho.

    Entre as obras listadas estão a restauração de trechos críticos da BR-364/AC, a adequação da BR-135/PI, na divisa com a Bahia, e a duplicação da BR-222/CE, de Caucaia a Pecém. Também está prevista a adequação da travessia urbana de Dourados, na BR-463/MS, a construção da BR-447/ES, que dá acesso ao Porto de Capuaba, e a duplicação da BR-470/SC, que dá acesso aos portos catarinenses.

    O ministro disse ainda que o governo pretende atingir um índice de condição da malha rodoviária de 80% até o final de 2024. Atualmente o índice está em 67%. “Demos um salto de 15 pontos percentuais em um ambiente que vinha tendo queda de 2016 a 2022. Essa é a demonstração de que o investimento que fizemos foi bastante relevante, e nossa meta é avançar ainda mais, em 80% da malha boa, atingindo o melhor nível de toda a série histórica”, destacou.

    “Para este ano, o Ministério dos Transportes tem a possibilidade de otimizar 14 contratos rodoviários, que podem gerar um investimento adicional de R$ 110 bilhões em investimentos. Essa é uma solução inovadora que significa fortalecer os investimentos, equilibrar os contratos, dar condições ao setor privado para fazer o que tinha pactuado, somando esforços com o aumento do investimento público”, defendeu Renan Filho.

    Ao apresentar o balanço, o ministro destacou que, no ano passado, a pasta executou R$ 14,5 bilhões que foram utilizados, entre outros projetos, na recuperação, pavimentação e duplicação de cerca de 4,6 mil quilômetros de rodovias federais. Ele também disse que mais de 1,1 mil contratos em rodovias foram retomados. Outros destaques do ano foram dois leilões rodoviários e R$ 30,4 bilhões em investimentos e serviços operacionais nos 19 trechos de estradas que compõem os sistemas rodoviários.

    Em relação aos projetos ferroviários, o ministro disse que o governo pretende que, até 2026, os investimentos no segmento somem R$ 94,2 bilhões, de acordo com o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Entre os projetos, estão os estudos para concessões: Malha Oeste; Corredor Arco-Norte (Ferrogrão); Ferrovia Centro-Atlântica; Malha Sul; Corredor Leste-Oeste; Estrada de Ferro Rio-Vitória (EF -118 ) Corredor Nordeste (FTL).

    Edição: Juliana Andrade
    — news —

  • Ferrovia estadual vai impulsionar desenvolvimento de Lucas do Rio Verde

    Ferrovia estadual vai impulsionar desenvolvimento de Lucas do Rio Verde

    As obras da primeira ferrovia estadual do Brasil, localizada em Mato Grosso, já começaram. Até o momento, um viaduto foi construído e outros cinco estão em andamento. A infraestrutura ferroviária começou a ser implantada no trecho próximo ao Terminal Ferroviário de Rondonópolis.

    A ferrovia terá 743 km, com previsão de entrar em operação total a partir de 2030.

    IMG 20231210 WA0009
    No total serão 22 pontes, 21 viadutos, cinco passagens inferiores e dois túneis – Foto por: Sinfra-MT

    A chegada da ferrovia em Mato Grosso foi possível após articulação do Governo do Estado, que em 2020 conseguiu a aprovação de uma lei permitindo a autorização para que a iniciativa privada explorasse ferrovias. A empresa Rumo S/A é responsável por construir os trilhos, que sairão de Rondonópolis, passarão em Cuiabá e chegarão até Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.

    O processo de autorização foi conduzido pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), e o contrato é fiscalizado pela Ager. A empresa é responsável pelos projetos e obtenção de licenças.

    Segundo a Rumo, atualmente, 600 pessoas trabalham nas obras de implantação da rodovia. No entanto, em 2024, esse número deverá chegar a quatro mil profissionais. Conforme as estimativas da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), a construção da ferrovia deve gerar 78 mil empregos diretos e 38 mil indiretos.

    Para o governador Mauro Mendes, a ferrovia faz justiça ao povo mato-grossense, beneficiando o cotidiano de todos os cidadãos.

    “A BR-163 está hoje estrangulada, é um gargalo logístico que nós temos. Com a ferrovia, iremos também cuidar da vida das milhares de pessoas que passam por essa estrada e que terão muito mais segurança”, afirmou, no lançamento das obras.

    Em novembro de 2022 as obras começaram com a construção de um viaduto de 107 metros sobre a BR-163, em frente ao Terminal Ferroviário de Rondonópolis. A estrutura foi entregue em maio deste ano e, no momento, outros cinco viadutos, entre Rondonópolis e Juscimeira, estão em construção, com extensão entre 23 e 181 metros.

    Ferrovia
    Ferrovia de Mato Grosso terá 743 km e deve entrar em operação em 2030 – por Pixabay

    No total serão construídas 22 pontes, 21 viadutos, cinco passagens inferiores e dois túneis. Os primeiros 8,6 quilômetros dos trilhos também começaram a ser construídos ao lado do Terminal Ferroviário e a terraplanagem é executada em 35 km. Em 2024, a previsão é de obras ao longo de 150 km.

    “Essa ferrovia vem trazer para Cuiabá e Mato Grosso o que era esperado por todos nós há mais de 100 anos. Essa obra é um marco de desenvolvimento para Mato Grosso, uma vitória do Estado”, avaliou o secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira.

    A ferrovia vai passar por 16 municípios mato-grossenses, garantindo conexão com a malha ferroviária nacional e o Porto de Santos. Além de escoar a produção mato-grossenses, os trilhos vão permitir a chegada mais rápida de produtos e insumos de outras partes do Brasil.

    A obra também tem preocupações ambientais. Serão construídas 155 passagens para animais, 126 km de cercas de direcionamento e o primeiro viaduto vegetado de Mato Grosso.
    — news —

  • Lucas do Rio Verde: Ferrovias são esperança para reduzir custos do frete

    Lucas do Rio Verde: Ferrovias são esperança para reduzir custos do frete

    Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, é um dos principais polos de produção agrícola do Brasil. A cidade é responsável por exportar uma grande quantidade de soja, milho e algodão. No entanto, o alto custo do frete rodoviário é um dos principais desafios enfrentados pelos produtores locais.

    De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), o custo do frete rodoviário para transportar uma tonelada de soja de Lucas do Rio Verde para o Porto de Santos, em São Paulo, é um dos mais altos do país.

    As ferrovias são uma alternativa mais eficiente e econômica para o transporte de cargas. O custo do frete ferroviário é cerca de metade do custo do frete rodoviário.

    Atualmente, Lucas do Rio Verde é atendida por duas ferrovias: a Ferronorte e a Malha Paulista. No entanto, essas ferrovias não chegam até a cidade. Os produtos agrícolas produzidos em Lucas do Rio Verde precisam ser transportados por caminhões até os terminais ferroviários mais próximos.

    O Governo está investindo na construção de novas ferrovias para atender Lucas do Rio Verde. A ferroviária que interligará os municípios de Rondonópolis a Lucas do Rio Verde e Cuiabá, no total de 743 km, deverá será concluída em prazo máximo de 10 anos.

    A chegada das ferrovias a Lucas do Rio Verde é uma esperança para reduzir os custos do frete e tornar a produção agrícola da cidade mais competitiva.

    Impacto esperado

    A redução dos custos do frete ferroviário terá um impacto significativo na economia de Lucas do Rio Verde. Os produtores locais poderão reduzir seus custos de produção e aumentar sua competitividade no mercado internacional.

    Além disso, a chegada das ferrovias também deve gerar empregos e oportunidades de negócios na cidade.

    A chegada das ferrovias a Lucas do Rio Verde é um passo importante para o desenvolvimento econômico da cidade. As ferrovias são uma alternativa mais eficiente e econômica para o transporte de cargas, o que deve reduzir os custos do frete e tornar a produção agrícola da cidade mais competitiva.

  • STF suspende ação sobre Ferrogrão por seis meses para avanços em negociação

    STF suspende ação sobre Ferrogrão por seis meses para avanços em negociação

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu por seis meses a tramitação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6553, que questiona a alteração dos limites do Parque Nacional do Jamanxim (PA), com a destinação da área suprimida pelo projeto Ferrogrão.

    A ação questiona a Lei 13.452/2017, originada do projeto de conversão da Medida Provisória (MP) 758/2016, que excluiu cerca de 862 hectares do parque e os destinou aos leitos e às faixas de domínio da Ferrogrão (EF-170) e da BR-163.

    O Partido Socialismo e Liberdade (PSol) é autor da ação e sustenta, entre outros pontos, que a lei afeta os povos indígenas que habitam a região e que o parque é um patrimônio cultural imaterial.

    Considerando os avanços já concretizados após o início dos diálogos e as propostas consensualizadas pelos interessados na ADI 6553, o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão para que se concluam os estudos e as atualizações sugeridos.

    A suspensão da ação é um passo importante para o avanço das negociações sobre a Ferrogrão. O projeto é considerado essencial para o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste para o porto de Miritituba, no Pará.

  • PAC prevê mais de 300 obras em rodovias e ferrovias 

    PAC prevê mais de 300 obras em rodovias e ferrovias 

    O Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pelo governo federal na última sexta-feira (11), prevê mais de 302 empreendimentos rodoviários e ferroviários, entre obras públicas e concessões à iniciativa privada. O total previsto para rodovias e ferrovias é de R$ 280 bilhões, sendo R$ 79 bilhões em recursos do Orçamento Geral da União e R$ 201 bilhões em investimentos privados.

    Rodovias e ferrovias

    Com 267 empreendimentos previstos nas rodovias federais, são estimados R$ 185,8 bilhões, sendo R$ 73 bilhões em investimentos públicos e R$ 112,8 bilhões em investimentos privados. Além da construção de novas rodovias, os recursos preveem a manutenção da malha rodoviária em todos os estados.

    No setor de ferrovias, uma das obras do Novo PAC é o trecho da Transnordestina em Pernambuco, que irá de Salgueiro ao Porto de Suape, na região metropolitana do Recife.

    Outras quatro obras públicas foram contempladas no planejamento do governo: a adequação das linhas férreas de Juiz de Fora (MG) e de Barra Mansa (RJ) e a construção das ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol 2) e de Integração do Centro-Oeste (Fico 1). Além delas, seis estudos de novas concessões fazem parte do programa, como é o caso da EF-170, a Ferrogrão, outro projeto de extrema relevância.

    No total, estão previstos R$ 6 bilhões em investimentos públicos e R$ 88,2 bilhões em investimentos privados para o setor de ferrovias.

    As intervenções em ferrovias e rodovias integram o eixo Transporte Eficiente e Sustentável, que também reúne investimentos em portos, aeroportos e hidrovias, com o objetivo de reduzir os custos da produção nacional para o mercado interno e elevar a competitividade do Brasil no exterior. O total destinado para este eixo é R$ 349 bilhões, o segundo maior montante em relação ao volume total de recursos do Novo PAC.

    Energia

    No setor de energia, o Ministério de Minas e Energia terá 165 empreendimentos no PAC, com um investimento total de R$ 592 bilhões. Além do relançamento do programa Luz para Todos, com previsão de investimentos de mais de R$ 14 bilhões em 11 estados para universalizar o atendimento, estão previstos mais de 28 mil quilômetros em novas linhas de transmissão, projetos em usinas eólicas e fotovoltaicas.

    Também se destacam os projetos de usinas termelétricas a gás natural; estudos para geração de hidrogênio verde; extensão da vida útil da Usina de Angra 1 e a UTN Angra 3, que será considerado o estudo de viabilidade técnica, econômica e socioambiental do projeto.

    Na área de petróleo, gás e biocombustíveis estão previstas obras como o Projeto Integrado Rota 3; implantação de Biorrefino em refinaria de Mataripe; perfuração de três poços exploratórios dentro da campanha exploratória da Petrobras na Margem Equatorial; Unidade de Captura e Estocagem de Carbono em reservatório subterrâneo e conclusão da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

    Outros estudos incluídos no PAC são para projetos de minerais de transição energética como urânio, cobalto, níquel, quartzo, lítio, cério-terras raras, cobre, grafita; estudos para avaliação dos depósitos minerais (P, K, N) e de aproveitamento de rochas e rejeitos de mineração.

    PAC

    Dos R$ 1,7 trilhão de recursos para o novo PAC, R$ 371 bilhões virão do Orçamento Geral da União. O setor privado entrará com R$ 612 bilhões, e as empresas estatais vão aportar R$ 343 bilhões, especialmente a Petrobras. Mais R$ 362 bilhões virão de financiamentos. A previsão é que R$ 1,4 trilhão sejam aplicados até 2026 e o restante após essa data.

    O Novo PAC vai investir em todos os estados do Brasil. O programa tem nove eixos de investimentos: Cidades Sustentáveis e Resilientes, Transição e Segurança Energética, Transporte Eficiente e Sustentável, Inclusão digital e Conectividade, Saúde, Educação, Infraestrutura Social e Inclusiva, Água para Todos e Defesa.

    Edição: Carolina Pimentel

  • Necessidade de investimentos em armazenamento e ferrovias é destacada em evento em MT

    Necessidade de investimentos em armazenamento e ferrovias é destacada em evento em MT

    A necessidade de armazenagem de grãos e a logística foram destacados durante evento realizado em Mato Grosso esta semana. O Fórum Mais Milho reuniu especialistas do setor agrícola e foi realizado nesta segunda-feira (19) no auditório do Edifício Cloves Vettorato, em Cuiabá.

    Segundo especialistas, o problema de armazenagem em Mato Grosso fica cada vez mais grave, pois a produção de grãos do estado tem aumentado de forma significativa. Por outro lado, investimentos na infraestrutura de armazém não tem acompanhado o avanço no setor. O resultado é que os produtores são obrigados a vender os grãos e nem sempre conseguem os melhores preços, pois não conseguem armazenar a produção para ter estoques.

    “Esse também é um problema da sociedade, pois quando o país não tem capacidade estática, o produtor acaba lançando mão, muitas vezes, do produto todo para exportação. Por se tratar de infraestrutura de alto valor agregado, é preciso políticas públicas governamentais de crédito para que o produtor consiga pagar esse investimento a longo prazo”, explica o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore.

    Capacidade de armazenamento

    Levantamento feito pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) mostra que pouco mais de 20% da capacidade de armazenamento está dentro das propriedades rurais. Isso influencia diretamente na venda antecipada de grãos, fazendo com que o produtor negocie o cereal pelo preço que as trades estão oferecendo.

    O diretor-executivo da Abramilho, Glauber Silveira, acredita que o problema só será resolvido com investimento. Mas nos últimos anos, os aportes nesse gargalo têm apenas impedido que o problema fique ainda mais grave, pois a produção aumenta de forma significativa a cada safra.

    “Esse é um grande desafio. Realmente, é preciso ter maior investimento, o que tem sido feito de investimento na armazenagem não tem nem corrigido o déficit. Aumentamos a produção a cada ano”, pontua Silveira, que defende também políticas de crédito para que o produtor que tenha, por exemplo, uma lavoura de 300 hectares, possa construir um armazém.

    “A gente já comprovou, por exemplo, que com um produtor com 300 hectares, ele pode ter armazém. Ao contrário do que muita gente falava que não podia ter esse armazém, ele pode ter esse armazém, sim”, reforça.

    Escoamento da safra

    O diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, pontou que MT vai alcançar nesse ano a produção de 94 milhões de toneladas de grãos. Ele estima que a produção do estado vai ultrapassar os 144 milhões de toneladas em 2032. Portanto, o investimento nesses dois setores é uma necessidade fundamental para o desenvolvimento do país.

    Para Edeon, ainda há muito o que se fazer em infraestrutura da logística. Ele explica que Mato Grosso tem 32 mil km de rodovias estaduais, mas apenas cerca de 8 mil km são pavimentados. Também é preciso focar no transporte ferroviário, pois tem um menor custo em relação ao transporte rodoviário e menor impacto ambiental.

    “O que nós temos que fazer é implantar mais ferrovias, pois a ferrovia vai reduzir o custo, você vai melhorar a relação com o meio ambiente, é isso o que nós temos que fazer”, afirma. Edeon destaca ainda que no estado já tem algumas obras ferroviárias em andamento. Uma delas é a malha ferroviária que vai ligar Rondonópolis a Lucas do Rio Verde, a Ferronorte. Outra via ferroviária é a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que vai ligar Mara Rosa (GO) a Água Boa.

    10 anos

    Edeon também pontua que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a continuidade de estudos da Ferrogrão. A linha ferroviária vai ligar o município de Sinop ao porto de Miritituba, no Pará. A previsão de Edeon é que sejam necessários dois anos para adequação dos estudos e outros 10 anos para realização da obra.

    “Imagino que depois de autorizada a construção e com todos esses estudos, licenciamentos prontos, nós vamos levar dez anos. Nós temos que pensar no futuro. Infraestrutura não dá para você pensar no hoje. Você pensa em equacionar os problemas do hoje, mas você tem que pensar no futuro, a longo prazo”, conclui.

  • Sema emite licença de instalação para 108,4 km da 1ª Ferrovia Estadual de Mato Grosso

    Sema emite licença de instalação para 108,4 km da 1ª Ferrovia Estadual de Mato Grosso

    A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) emitiu, nesta segunda-feira (19.06), a Licença de Instalação para a construção do terceiro trecho da 1ª Ferrovia Estadual de Mato Grosso. Com extensão de 108,4 km, a autorização permite a construção dos trilhos entre Juscimeira e Primavera do Leste.

    As licenças concedidas até agora somam~, aproximadamente, 180 km de extensão, e permitem o avanço da construção pela Rumo S/A. No traçado, os trechos autorizados permitem a construção dos trilhos saindo de Rondonópolis, passando por Juscimeira, até Primavera do Leste.

    “A Sema realiza a análise criteriosa dos licenciamentos ambientais, pois entendemos a importância de se avaliar todos os aspectos envolvidos para possibilitar o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso. Com a licença emitida, significa que o empreendimento cumpriu os requisitos técnicos e pode avançar com as obras no trecho”, destaca a secretária adjunta de Licenciamento e Recursos Hídricos, Lilian Ferreira dos Santos.

    O processo é feito de modo trifásico, com a emissão da Licença Prévia (LP), e, agora, da Licença de Instalação (LI).  A próxima etapa é a Licença de Operação (LO), que pode ser concedida com a obra pronta, para permitir o funcionamento efetivo do modal.

    Foram considerados os Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) entregues pela empresa, que contêm medidas de monitoramento, controle e mitigação de impactos. A Sema realizou vistorias presenciais no local e acompanhou a realização de audiência pública para ouvir a sociedade mato-grossense.

    A construção da 1ª Ferrovia Estadual foi articulada pelo governador Mauro Mendes, para colocar Mato Grosso na rota logística nacional.  O projeto completo prevê um corredor de 740 km que ligará os municípios de Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Cuiabá, com investimento previsto de R$ 11,2 bilhões.

     

  • Lula inaugura terminal da Ferrovia Norte-Sul em Goiás

    Lula inaugura terminal da Ferrovia Norte-Sul em Goiás

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta sexta-feira (16), da inauguração do terminal em Rio Verde da empresa Rumo, concessionária da Ferrovia Norte-Sul. O município goiano é um dos principais polos do agronegócio no Centro-Oeste.

    O evento marca a conclusão das obras da ligação ferroviária que é considerada a espinha dorsal do sistema brasileiro de transporte sobre trilhos, pois conecta os portos de Itaqui, no Maranhão, ao de Santos, em São Paulo. A construção começou na segunda metade da década de 1980. Com 2.257 quilômetros (km) de extensão, a ferrovia atravessa quatro regiões.

    “A conclusão permite que três estados com forte produção de commodities – como soja, milho e algodão – tenham saída para seus produtos pelo mar. Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais ganham competitividade no momento de exportar seus produtos, seja pelo litoral da Região Sudeste ou pelo Norte do país. Como resultado prático, desenvolvimento e geração de emprego para todo o novo corredor logístico”, diz, em nota, o governo federal.

    O evento em Rio Verde está marcado para as 10h30. Além de Lula, participarão da solenidade o ministro dos Transportes, Renan Filho, autoridades federais, estaduais e municipais e representantes da empresa responsável pela entrega do terminal.

    Iniciada em 1986, a Ferrovia Norte Sul evoluiu pouco nas primeiras décadas e só ganhou impulso a partir de 2007, quando passou a receber investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no segundo mandato de Lula. Nessa época, o trecho de Açailândia, no Maranhão, a Porto Nacional, no Tocantins, foi concedido para operação pela VLI Logística. Já a empresa Rumo passou a gerir o ramo centro-sul da ferrovia, entre Porto Nacional e Estrela D’Oeste, em São Paulo, em um trecho de 1.537 quilômetros. No interior de São Paulo, a ferrovia conecta-se à Malha Paulista, que vai até o litoral.

    Nos últimos quatro anos, a Rumo construiu três terminais: em São Simão e Rio Verde, em Goiás, e em Iturama, Minas Gerais. Segundo o governo, a empresa investiu R$ 4 bilhões em obras de infraestrutura, terminais e material rodante. Além dos terminais, outras obras de infraestrutura foram necessárias para concluir a ferrovia, como a construção de quatro pontes entre Goiás, São Paulo e Minas Gerais, centenas de quilômetros de trilhos e inúmeros pátios, como o que faz a ligação entre as Malhas Central e Paulista na cidade de Estrela D’Oeste.

    Potencial

    Apesar do modal ferroviário ter recebido investimentos ao longo das últimas décadas, que somam mais de R$ 141,9 bilhões, segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), o segmento ainda representa cerca de 21,5% do transporte de carga no país, inferior ao de países continentais como Rússia (81%), Canadá (34%), Estados Unidos (27%) e Austrália (55%).

    De acordo com a ANTF, em 2021, mais de 93% do minério de ferro exportado chegou aos portos brasileiros por trilhos. O modal ferroviário responde pelo transporte de mais de 49% dos granéis sólidos agrícolas exportados e, no caso do açúcar, o índice é de quase 53%. No transporte de milho, a ferrovia escoa 58% da produção e, no complexo de soja (soja e farelo), mais de 46% do volume exportado.

    Edição: Nádia Franco

  • Secretário de Infraestrutura defende investimentos em ferrovias para escoar a produção de Mato Grosso

    Secretário de Infraestrutura defende investimentos em ferrovias para escoar a produção de Mato Grosso

    O secretário de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso, Marcelo de Oliveira, defendeu a construção de novas ferrovias para desenvolver a logística do Estado. “Hoje temos orgulho de termos o maior rebanho do Brasil, de sermos os maiores produtores de grãos e de etanol de milho, mas toda essa produção precisa ser transportada do nosso Estado”.

    A afirmação foi feita durante o Fórum de Debates – Ferrovias em Foco, realizado nesta quinta-feira (15.06), em São Paulo. O evento foi promovido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo.

    Marcelo de Oliveira participou do painel “Setor Ferroviário e as Políticas Públicas”, ao lado de outros representantes estaduais do setor de infraestrutura.

    “Em 1980 Mato Grosso produzia 700 mil toneladas de grãos por ano. Quarenta e dois anos depois, estamos produzindo 90 milhões de toneladas de grãos. Em 2032 a produção deve ultrapassar 130 milhões de toneladas e vamos superar 40 milhões de cabeças de gado. É uma coisa que precisa ser estudada e analisada”, contextualizou o secretário.

    Marcelo de Oliveira lembrou qu,e apesar de liderar os rankings de produção do país, Mato Grosso tem uma população de 3,5 milhões de habitantes, e justamente por isso precisa de rotas para escoar essa produção. No entanto, atualmente o estado conta com apenas uma ferrovia, que transporta 27 milhões de toneladas para os portos do país

    “O governador Mauro Mendes teve a coragem e a determinação de aprovar a primeira rodovia estadual do país, interligando Rondonópolis até Lucas do Rio Verde e até Cuiabá”, recordou. “Mas só isso não vai adiantar. Nós precisamos de ferrovias. Precisamos da Ferrogrão, ligando de Sinop até Miritituba (PA), assim como precisamos da FICO, ligando e Água Boa até Mara Rosa (GO)”.

    A primeira ferrovia estadual do Brasil teve sua construção autorizada pelo Governo de Mato Grosso e será operada pela empresa Rumo Logística. As obras estão em andamento, sendo que o primeiro viaduto do trajeto já está pronto, passando por cima da BR-163, e o investimento total previsto é de R$ 15 bilhões.

    Já a Ferrogrão teve a elaboração de estudos e processos administrativos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início desse mês. Segundo o governador Mauro Mendes, essa decisão é uma vitória para Mato Grosso e para o ambiente. “A Ferrogrão poderá ser um marco na logística e desenvolvimento do nosso estado”, comentou.

    O assessor de Logística da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul, Lucio Lagemann, também defendeu a expansão de ferrovias para o centro-oeste. Ele lembrou que no ano passado, seu Estado aprovou uma lei para autorizar a construção de ferrovias, que se espelhou na legislação aprovada em Mato Grosso.

    “Nós carecemos de uma atenção maior na questão das ferrovias. A gente acredita que as grandes indústrias precisam de pequenos ramais para escoar sua produção”.

    Moderador do encontro, o pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas Sérgio Inácio Ferreira afirmou que Mato Grosso precisa de ferrovias para escoar essa produção, e que o país como um todo precisa interiorizar suas ferrovias, para ajudar no desenvolvimento industrial do Brasil.

    O secretário Marcelo de Oliveira traçou um panorama da logística em Mato Grosso, mostrando que em 2003 o Estado tinha 1.775 km de rodovias asfaltadas e hoje tem 9.500 km. Para os próximos 4 anos, a meta é asfaltar pelo menos 3 mil quilômetros.

    “A cada quilômetro de asfalto que nós fazemos, a cada ponte de madeira que substituímos, a cada obstáculo que é retirado, vocês não têm ideia da produção que surge. A produção de grãos aumentou 12% do ano passado para este. O PIB de Mato Grosso cresce a 5,9% por ano. É um crescimento impressionante e por isso Mato Grosso pede passagem e pede respeito”, concluiu.

    Também participaram do encontro o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, o coordenador de Planejamento da Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura de São Paulo, André Brito, o superintendente de transporte ferroviário da Agência Nacional de Transportes Terrestre, Ismael Trinks, o diretor-presidente da Ferroeste, André Luis Gonçalves e o diretor executivo da Associação Nacional das Ferrovias Autorizadas, José Luis Vidal.

     

  • Ferrovia estadual avança em obras que chegarão em Lucas do Rio Verde

    Ferrovia estadual avança em obras que chegarão em Lucas do Rio Verde

    Lucas do Rio Verde receberá a primeira ferrovia estadual do Brasil, que segue a todo vapor nas obras. Segundo o informativo Expresso Rumo, de junho de 2023, a Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo já teve a primeira obra de arte do projeto concluída, um viaduto que cruza a BR-163 no km 8,6 da ferrovia.

    De acordo com a Rumo Logística, empresa responsável pela construção, nos próximos meses darão início a terraplanagem e a drenagem dos primeiros 211 km previstos até Campo Verde. A expectativa é que as operações ferroviárias comecem em 2026 e que a ferrovia chegue a Lucas do Rio Verde, seu último trecho, em 2030.

    O contrato para a construção da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo foi assinado em setembro de 2021 pelo Governo do Estado de Mato Grosso e a Rumo Logística S/A, além dos prefeitos dos municípios atendidos pela malha ferroviária. Serão investidos R$ 11,2 bilhões em 730 quilômetros de trilhos, ligando os municípios de Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Cuiabá.

    “Nós estamos acompanhando de perto o andamento das obras e sempre conversando com a Rumo a fim de contribuir com os estudos na nossa região. Ao mesmo tempo, estamos fazendo o nosso dever de casa, que é planejar a cidade para o novo ‘boom’ econômico que ferrovia trará”, afirma o prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz.

    Ferrogrão

    Ainda sobre ferrovias, neste mês, o Supremo Tribunal Federal autorizou a retomada dos estudos da Ferrogrão, que ligará Sinop (Mato Grosso) ao Porto de Miritituba (Pará).  Uma nova discussão trata da ampliação da malha ferroviária até Lucas do Rio Verde. O traçado original do projeto contempla 933 km de extensão.