Tag: Ferrovias

  • Ferrovias podem reduzir custos de transporte do agro, diz CNA

    Ferrovias podem reduzir custos de transporte do agro, diz CNA

    A CNA destacou a importância das ferrovias para o setor agropecuário em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, na quinta (10), que reuniu instituições públicas e privadas para discutir as concessões e a ampliação das ferrovias brasileiras.

    A assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da confederação, Elisangela Pereira Lopes, explicou que o transporte ferroviário é mais sustentável e tem um custo menor em relação ao rodoviário, mas ainda é pouco utilizado.

    “Na balança comercial temos uma importância relevante. No entanto, utilizamos predominantemente o transporte rodoviário, que tem o maior custo e traz maiores externalidades negativas para toda a população brasileira. Não dá mais para transportar mais 60% da nossa carga em rodovia tendo potencial para utilizar outros modos como o ferroviário.”

    Elisangela afirmou que o Brasil está dividido em dois, onde a produção já se consolidou, nas regiões sul e sudeste, e onde a densidade de linhas férreas é maior, e as novas fronteiras agrícolas, onde a densidade das ferrovias é quase inexistente, com alguns exemplos das ferrovias Norte e Sul, Carajás, Fiol (em andamento) e Transnordestina.

    Segundo ela, a safra brasileira tem crescido 12 milhões de toneladas por ano, desde 2009, sendo que nas regiões de novas fronteiras como Matopiba, Mato Grosso, Rondônia, Pará a produção tem crescido 10 milhões de toneladas/ano.

    Elisangela abordou ainda a questão dos custos para implantação de novas linhas férreas no país, em torno de 20 milhões de reais por quilômetro, e citou números da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre as ferrovias existentes atualmente, que totalizam 30 mil quilômetros com apenas 15 mil em funcionamento real.

    A técnica argumenta que há carga suficiente para construir ferrovias, aumentar a capacidade, disponibilidade e a oferta de ferrovias no Brasil.

    “E isso fica muito claro quando a gente observa os últimos números da Infra S.A sobre a movimentação do agro nas ferrovias. Isso causa um pouco de espanto porque somente 18,5% de tudo que foi movimentado nas nossas linhas férreas no ano passado correspondeu a produtos agrícolas, sendo 72% de minério e 9,4% de outros produtos como a siderurgia, por exemplo. Ao se analisar o histórico observa-se que houve um crescimento, porque em 2010 o agro representava 11% de tudo que foi movimentado e nós passos a 18,5%. Percentualmente, parece uma evolução, mas será que é mesmo?”

    A assessora técnica disse que quando se faz a análise por tonelagem, é possível ver melhor a situação da movimentação de carga do agro por ferrovia.

    “A produção de soja e milho em 2023 foi pouco mais de 280 milhões de toneladas, sendo que desses, 200 milhões correspondem às novas fronteiras agrícolas, ou seja, 70% da produção do Brasil hoje está nessas novas fronteiras.”

    Movimentação nas ferrovias

    Segundo Elisangela, em 2010 mais ou menos 20 milhões de toneladas passaram pelas ferrovias do país, correspondendo a 20% da produção de grãos. Em 2023, os mesmos 20% permanecem, porque, ela explica, a produção aumentou significativamente e a oferta ferroviária, embora tenha crescido, continua estagnada.

    “Então, isso traz uma preocupação para o setor. Até quando ficaremos cativos do modo rodoviário, percorrendo de 1,5 mil a 2 mil km para chegar com a carga em um supermercado ou porto? Existem projetos em andamento e vemos uma tendência de crescimento nos investimentos, mas eles têm que alcançar a velocidade da produção e não ficar atrás.”

    A especialista ressaltou que a CNA defende a construção da Ferrogrão porque irá reduzir os custos do setor com transporte de carga. A linha de 933 quilômetros ligará a região de Sinop (MT) e Miritituba (PA).

    “O cálculo é em torno de 30% de redução com os custos de transporte com a Ferrogrão e existe carga para isso. Além disso, a Ferrogrão tem uma série de benefícios sustentáveis, como a redução das emissões de CO2.”

    Elisangela encerrou pedindo aos parlamentares apoio do Senado em prol de maior celeridade na tramitação do processo sobre a Ferrogrão, que está em andamento no Supremo Tribunal Federal.

    “Quando a gente vê a previsão do IMEA de que a produção de grãos chegará a 149 milhões de toneladas até 2034, a gente vê que tem carga para movimentar na Ferrogrão. O estudo está pronto, mas fica aí a indefinição se teremos leilão no ano que vem mesmo ou não. A ANTT se manifestou dizendo que o leilão pode acontecer até 2025, então pedimos o apoio para que se consiga um horizonte mais claro do que de fato vai acontecer com a Ferrogrão.”

  • Ferronorte chega a Lucas do Rio Verde: Nova fase impulsiona exportação de grãos pelo Porto de Santos

    Ferronorte chega a Lucas do Rio Verde: Nova fase impulsiona exportação de grãos pelo Porto de Santos

    A cidade de Lucas do Rio Verde, um dos polos agrícolas de Mato Grosso, está no centro das atenções com a expansão da Ferronorte, um projeto estratégico que promete transformar o escoamento de grãos da região. Segundo Pedro Palma, CEO da Rumo, a ferrovia já está em fase de implantação e, nos próximos cinco anos, deverá transportar uma quantidade significativa de carga para o Porto de Santos, aumentando ainda mais a capacidade de exportação do agronegócio mato-grossense.

    A ampliação da Ferronorte, que terá terminais em pontos estratégicos a cada 150 ou 200 quilômetros, visa garantir que a crescente produção de grãos no estado seja escoada com eficiência. O primeiro terminal da extensão ferroviária já está sendo construído em Primavera do Leste, a 160 quilômetros de Rondonópolis, e a ferrovia seguirá até Lucas do Rio Verde, consolidando o município como um ponto crucial para o agronegócio.

    O Porto de Santos, por sua vez, será ampliado para atender à nova demanda, com previsão de aumento de 10 milhões de toneladas na capacidade de carga. O foco da Rumo é garantir que o escoamento pelo porto paulista atenda principalmente o mercado do Sudeste Asiático, que consome 85% da produção brasileira de grãos. Palma ressalta que, apesar das propostas de escoamento por outros portos, a geografia favorece Santos como o principal ponto de exportação.

    Rumo
    No total, a extensão da Ferronorte tem 730 quilômetros projetados e chega à cidade de Lucas do Rio Verde (MT).

    Além disso, investimentos na Malha Paulista e na Ferrovia Interna do Porto de Santos estão assegurados, garantindo que o aumento na produção agrícola de Mato Grosso chegue ao mercado internacional sem gargalos logísticos. A cidade de Lucas do Rio Verde, com sua crescente importância no cenário agrícola nacional, será um dos grandes beneficiados por essas melhorias, que viabilizarão o crescimento contínuo da produção e exportação de grãos na região.

    Com a infraestrutura ferroviária e portuária em desenvolvimento, o futuro de Lucas do Rio Verde está diretamente ligado ao avanço do agronegócio brasileiro. A expansão da Ferronorte representa não apenas uma oportunidade de crescimento econômico local, mas também o fortalecimento da posição de Mato Grosso como líder na exportação de grãos.

  • Ferrogrão pode avançar com decisão do STF, diz diretor da ANTT

    Ferrogrão pode avançar com decisão do STF, diz diretor da ANTT

    O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale, afirmou estar otimista quanto ao avanço da Ferrogrão após o “destravamento” do projeto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita durante o Fórum Caminhos da Safra, organizado pela Globo Rural. Vitale destacou que a ferrovia, com 933 km de extensão e projetada para ligar Sinop (MT) a Miritituba (PA), sempre despertou o interesse do setor agropecuário. “Agora, destravando com o STF, acredito que possamos avançar mais rápido e voltar a ter debates mais amplos com a sociedade”, afirmou.

    De acordo com Vitale, a ANTT já entregou os estudos técnicos solicitados pelo STF e aguarda a deliberação da Corte para avançar com o cronograma de leilão, obras e entrega da infraestrutura. “Temos expectativa de que isso aconteça ao longo das próximas semanas”, disse.

    O projeto da Ferrogrão está paralisado desde 2021 devido a uma decisão cautelar do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação movida pelo PSOL, que questiona a viabilidade e os impactos da obra. O partido pediu mais tempo para concluir estudos adicionais, mas o STF ainda não se pronunciou sobre os prazos.

    Vitale também comentou sobre outras iniciativas ferroviárias em andamento, como a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), destacando que, embora o número de ferrovias no Brasil tenha crescido, ele ainda é insuficiente para atender à demanda crescente do agronegócio. Além disso, ele mencionou os investimentos na Transnordestina, que promete criar uma nova rota para escoamento de grãos no norte do Matopiba.

    O diretor-geral da ANTT expressou preocupação com as restrições orçamentárias que afetam o Ministério dos Transportes e o Ministério das Cidades, alertando que isso pode atrasar leilões, a liberação de obras e a entrega de infraestruturas ferroviárias no país. “A nossa preocupação é de que, se houver limitação orçamentária no âmbito da ANTT, possa haver frustração na velocidade dos leilões, liberação de obras nas concessões e entrega das obras e liberação para tráfego”, concluiu Vitale.

  • Rumo e TCE-MT firmam acordo para garantir chegada da Ferrovia Estadual em Cuiabá

    Rumo e TCE-MT firmam acordo para garantir chegada da Ferrovia Estadual em Cuiabá

    A empresa Rumo Logística e o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) firmaram um acordo, nesta quinta-feira (23), para assegurar que a Ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo chegue até Cuiabá. O compromisso inclui a apresentação do projeto completo da ferrovia, com foco no trecho que atende a capital mato-grossense, até outubro de 2024.

    O acordo surgiu após preocupações da população e autoridades locais sobre a possibilidade de o contrato entre a Rumo e o Governo de Mato Grosso não contemplar o ramal ferroviário na região metropolitana de Cuiabá. Sérgio Ricardo, presidente do TCE-MT, entregou uma carta de compromisso à Rumo, sublinhando a importância estratégica da ferrovia para Cuiabá, a cidade mais populosa do estado.

    “Cuiabá precisa desse ramal, que tenho certeza que beneficiará todo Mato Grosso e o Brasil. O Tribunal de Contas acompanhará de perto essa execução, motivando para que a estrada de ferro chegue a todos os cantos do estado e, principalmente, à capital”, afirmou Sérgio Ricardo.

    Durante a reunião, Rodrigo Verardino de Stéfani, gerente de relações institucionais e governamentais da Rumo, garantiu que os trilhos chegarão a Cuiabá até o final de 2026. Segundo ele, a empresa está em fase de autorização junto à Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística para iniciar os estudos detalhados da região onde o traçado será implementado.

    O projeto da ferrovia prevê um investimento de R$ 14 bilhões, abrangendo 743 quilômetros de trilhos, com capacidade para tráfego de até 80 km/h. A estrutura incluirá 22 pontes, 21 viadutos, 5 passagens inferiores e passará por 16 municípios de Mato Grosso. Além de reduzir as distâncias rodoviárias e o impacto ambiental, o projeto, totalmente financiado pela iniciativa privada, tem potencial para gerar até 180 mil empregos e diminuir significativamente os custos logísticos de exportação das principais commodities do estado, como soja, milho e algodão.

  • Mato Grosso ganha novo impulso com a construção da ferrovia

    Mato Grosso ganha novo impulso com a construção da ferrovia

    Além de gerar milhares de empregos, a ferrovia está impulsionando o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso. A obra está atraindo investimentos para a região, gerando renda e fortalecendo o comércio local.

    A qualificação profissional da mão de obra também é um ponto positivo, oferecendo novas oportunidades para os trabalhadores mato-grossenses. A construção da ferrovia representa um marco histórico para o estado, que se consolida como um dos principais polos agrícolas do país.

    Um novo ciclo de oportunidades em Rondonópolis

    Ferrovia Estadual de Mato Grosso
    Ferrovia Estadual de Mato Grosso – Foto: Divulgação

    Rondonópolis, um dos principais municípios beneficiados pelo empreendimento, tem experimentado um boom no mercado de trabalho. Os números do Novo Caged demonstram que o setor da construção civil na cidade registrou um saldo positivo de mais de 1.700 empregos nos primeiros seis meses de 2024, representando um aumento de mais de 177% em relação ao mesmo período do ano anterior. A concentração de obras ferroviárias na região tornou o setor da construção o principal motor da economia local, impulsionando a demanda por diversos serviços e produtos.

    Expansão para outras cidades e geração de renda

    O impacto da ferrovia não se restringe a Rondonópolis. Em Primavera do Leste, por exemplo, a abertura de um escritório da Rumo e a intensificação das obras geraram mais de 400 novos empregos no primeiro semestre do ano. Essa expansão demonstra o potencial multiplicador do projeto, que está levando desenvolvimento e oportunidades para diversas regiões do estado.

    Um exército de trabalhadores a serviço da ferrovia

    Ferrovia Estadual de Mato Grosso
    Ferrovia Estadual de Mato Grosso – Foto: Divulgação

    De acordo com Henrique Domingues, gerente executivo de Projetos da Rumo, o pico de contratações ocorreu em julho, com mais de 4.700 trabalhadores diretos envolvidos nas obras. Essa grande demanda por mão de obra tem exigido um esforço conjunto de empresas e instituições para garantir a qualificação dos profissionais.

    Parcerias para o desenvolvimento local

    A Rumo, em parceria com o IEL e o Senai MT, tem implementado diversas iniciativas para qualificar a mão de obra local e atender à demanda crescente por profissionais especializados. Feiras de emprego, cursos de capacitação e programas como o “Nos Trilhos de Mato Grosso” têm sido fundamentais para garantir que os trabalhadores tenham as habilidades necessárias para atuar nas obras da ferrovia.

    Impacto social e econômico

    A construção da ferrovia está gerando uma série de benefícios para a população de Mato Grosso, como:

    • Geração de emprego e renda: Milhares de famílias estão sendo beneficiadas com novas oportunidades de trabalho e renda.
    • Desenvolvimento regional: A ferrovia está impulsionando o desenvolvimento de diversas cidades e regiões do estado, gerando novos negócios e investimentos.
    • Melhoria da infraestrutura: A construção da ferrovia está contribuindo para a melhoria da infraestrutura de transporte do estado, facilitando o escoamento da produção e reduzindo os custos de logística.
    • Aumento da competitividade: A ferrovia vai tornar os produtos mato-grossenses mais competitivos no mercado nacional e internacional, impulsionando as exportações e gerando mais riquezas para o estado.

    Histórias de sucesso

    A história de Tatiele do Nascimento Lima, que veio do Maranhão em busca de oportunidades, e de Cristiane Oliveira, contratada pela Construcap, são exemplos de como a ferrovia está transformando vidas. Ambas destacam a importância das feiras de emprego organizadas pela Rumo e seus parceiros para conectar trabalhadores a novas oportunidades e impulsionar o desenvolvimento profissional.

    A construção da Ferrovia Estadual de Mato Grosso representa um marco histórico para o estado, impulsionando o desenvolvimento econômico e social e gerando milhares de empregos. Com a conclusão das obras, Mato Grosso estará ainda mais conectado ao mercado nacional e internacional, consolidando sua posição como um dos principais polos produtivos do país.

    Palavras-chave: Ferrovia Estadual de Mato Grosso, Rumo, geração de empregos, desenvolvimento econômico, Mato Grosso, construção civil, Novo Caged, Rondonópolis, Primavera do Leste, IEL, Senai, infraestrutura, logística.

  • Expansão da Ferrovia em Lucas do Rio Verde entra em fase crítica de obras

    Expansão da Ferrovia em Lucas do Rio Verde entra em fase crítica de obras

    O projeto de extensão da ferrovia da Rumo em Mato Grosso, que visa conectar a Malha Norte a Lucas do Rio Verde, entrou em uma fase decisiva de aceleração das obras, conforme declarou Rafael Bergman, vice-presidente financeiro da empresa, durante uma teleconferência com analistas.

    “No segundo trimestre, já observamos um aumento significativo no ritmo das obras, atingindo o pico de mobilização da mão de obra. Atualmente, contamos com mais de 4 mil trabalhadores envolvidos no projeto. Nossa expectativa é que os investimentos cresçam ainda mais, visando o início da operação do primeiro terminal em 2026,” afirmou Bergman.

    O empreendimento, que busca expandir a Malha Norte – atualmente terminando em Rondonópolis (MT) – até o norte do estado em Lucas do Rio Verde, prevê a construção de mais de 700 km de novas ferrovias. A primeira fase, que está em andamento, cobrirá aproximadamente 210 km, ligando Rondonópolis a Campo Verde (MT).

    No primeiro semestre, a Rumo já investiu R$ 2,1 bilhões. Segundo as previsões mais recentes, divulgadas na quarta-feira (14), o investimento total para o ano deve alcançar entre R$ 5,4 bilhões e R$ 5,7 bilhões.

    Bergman também comentou sobre o novo terminal de grãos em Santos, que será construído em parceria com a CHS na área da DP World, destacando que o projeto visa expandir a capacidade do porto no médio e longo prazo para acompanhar os investimentos na infraestrutura ferroviária.

  • Deputados lançam a Frente Parlamentar para o fortalecimento da indústria ferroviária brasileira

    Deputados lançam a Frente Parlamentar para o fortalecimento da indústria ferroviária brasileira

    Na última semana foi lançada em Brasília a Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Indústria Ferroviária Brasileira. O evento foi considerado um marco para a história da indústria ferroviária no Brasil, destacando os pilares da iniciativa e a importância do setor para o crescimento do país e a redução de custos no transporte, inclusive de alimentos.

    Durante o lançamento, o presidente da Frente, Deputado Federal Pedro Uczai (PT/SC), enfatizou a necessidade de sair do evento com um plano de trabalho estruturado. Segundo ele, a Frente tem dois grandes objetivos: o aperfeiçoamento da legislação brasileira pelo parlamento e a indução da indústria ferroviária, além de promover um diálogo entre o setor e o governo federal. “A ferrovia é um transporte mais barato, mais seguro, ambientalmente sustentável e induz o desenvolvimento por onde passa, contribuindo, inclusive, com os demais modais. Essa intermodalidade é imprescindível em um país continental”, afirmou Uczai.

    Massimo Giavina, 1º vice-presidente do SIMEFRE (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários), reforçou a importância do compromisso da sociedade com a indústria ferroviária, que é estratégica para o Brasil tanto no transporte de carga quanto de passageiros. Ele destacou que a indústria nacional oferece garantia e reposição de peças, ao contrário de produtos importados de baixa qualidade.

    Vicente Abate, presidente da ABIFER (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), considerou a criação da Frente como um marco para a indústria ferroviária brasileira, destacando o apoio de mais de 209 deputados. “O setor ferroviário brasileiro, representado pelas concessionárias e por nossa indústria, é estratégico para o país”, disse Abate.

    A Deputada Federal Denise Pessôa (PT/RS) destacou a importância da logística para a competitividade dos produtos e a necessidade urgente de renovação da frota ferroviária, subutilizada atualmente. “A renovação da frota é urgente. A gente precisa debater isso”, afirmou.

    O Deputado Federal Mauro Pereira (MDB/RS), que representou o vice-presidente da Frente, Deputado Federal Baleia Rossi (MDB/SP), destacou o apoio recebido na construção da Frente e a força da iniciativa. “Vamos conseguir ser lembrados não como os que levam mais carga, mas os que trazem mais soluções para o Brasil”, declarou.

    Para o Deputado Federal Padovani, também membro da Frente, é crucial que as legislações sejam harmonizadas para evitar paralisações nos projetos ferroviários por questões trabalhistas, sociais ou ambientais. “Somente assim a ferrovia será realmente um modal que dê futuro para o Brasil e para o Cone Sul”, explicou.

    Os objetivos da Frente Parlamentar são sustentados por quatro pilares: governo federal, congresso nacional, concessionárias ferroviárias de carga e indústria ferroviária brasileira. Segundo Vicente Abate, uma indústria ferroviária forte e produtiva gera empregos, inovações tecnológicas e impulsiona o PIB do país.

    Temas Prioritários da Gestão da Frente:

    1. Substituição da frota de vagões e locomotivas com mais de 50 anos por modelos com inovações tecnológicas sustentáveis, proporcionando economia de combustível e redução de emissões de CO².
    2. Geração de emprego e renda.
    3. Inserção da indústria ferroviária no programa “MOVER” do MDIC e obtenção de financiamento e incentivos do BNDES e do Fundo Clima.
    4. Aumento das divisas para o país através do transporte de maiores volumes de minérios, grãos, fertilizantes, celulose e carga conteinerizada.
    5. Maior sustentabilidade ambiental com menor emissão de GEE.
    6. Redução do custo logístico com maior eficiência energética.
    7. Aplicação de políticas de “ESG” na cadeia produtiva da indústria.
    8. Obtenção de isonomia tributária, equiparando o setor ferroviário aos demais modos de transporte.
    9. Apoio à política do Ministério dos Transportes para aumentar a participação ferroviária na matriz de carga brasileira dos atuais 27% para 40% até 2035.
  • Grupo espanhol ACS demonstra interesse em investir em ferrovias no Brasil

    Grupo espanhol ACS demonstra interesse em investir em ferrovias no Brasil

    Brasília, 31 de março de 2024 – O ministro dos Transportes, Renan Filho, se reuniu com o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, na sede do clube espanhol em Madri, para discutir as possibilidades de investimento do grupo ACS em ferrovias no Brasil.

    ACS já atua no Brasil por meio da concessionária Arteris, responsável pela obra do contorno rodoviário de Florianópolis (SC). O grupo demonstra interesse em direcionar seu foco para obras de ferrovias no país.

    Segundo o ministro Renan Filho, o encontro foi positivo e o grupo ACS se mostrou muito interessado em investir no Brasil. “Eles estão muito animados com o potencial do país e com as oportunidades que o nosso governo está oferecendo para o investimento privado”, disse o ministro.

    Os investimentos do grupo ACS podem trazer diversos benefícios para o Brasil, como a modernização e expansão da malha ferroviária, a geração de novos empregos e renda e a redução do custo do transporte de cargas.

    O governo brasileiro está trabalhando para criar um ambiente de negócios mais favorável ao investimento privado em infraestrutura. A priorização da modernização e expansão da malha ferroviária é um dos pilares do desenvolvimento nacional.

    O interesse do grupo ACS é um sinal positivo para o futuro do setor ferroviário brasileiro. Com investimentos adequados, o modal ferroviário pode se tornar um importante vetor de desenvolvimento para o país.

    O ministro Renan Filho destacou a importância da parceria entre o governo e o setor privado para o desenvolvimento do Brasil. “Estamos trabalhando juntos para que o país possa aproveitar todo o seu potencial e se tornar um dos maiores players da economia global”, afirmou o ministro.

    A expectativa é que o grupo ACS anuncie em breve os seus planos de investimento no Brasil.

  • Empresa entrega primeiros 3km da ferrovia que ligará o sul do Estado eo médio-norte

    Empresa entrega primeiros 3km da ferrovia que ligará o sul do Estado eo médio-norte

    A Rumo concluiu em fevereiro a construção de aproximadamente 3 quilômetros de trilhos da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio, em Rondonópolis (225 km ao sul). Após um ano de terraplanagem e a construção de um viaduto, os trilhos agora formam os primeiros quilômetros da linha tronco e de uma linha auxiliar de descarga de insumos.

    Esta construção vai viabilizar o início do recebimento de materiais, via modal ferroviário, para a execução da nova ferrovia que conectará o sul de Mato Grosso à Cuiabá e ao Médio-Norte. Serão 743 quilômetros que integrarão o estado à rede ferroviária federal, ao mercado industrial e consumidor de São Paulo e ao principal complexo portuário do hemisfério sul, o Porto de Santos (SP).

    Para entregar os 3 quilômetros de trilhos foram utilizados 3.334 dormentes de concreto, 1.745 dormentes de madeira, dois aparelhos de Mudança de Via (AMVs) e 20 barras de trilhos (com 312 metros cada).

    “Esses primeiros trilhos simbolizam um novo capítulo na história da infraestrutura nacional. Mesmo sendo uma autorização estadual, a Ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo nasce com a vocação de impactar a economia nacional, ao construir um dos modais logísticos mais eficientes para o estado, que é símbolo do agronegócio. Mato Grosso tem uma indústria próspera e setores do comércio e serviços que podem se beneficiar muito das possibilidades do transporte ferroviário”, analisa Harley Silva, Gerente Executivo de Implantação de Obras Ferroviárias da Rumo.

    Além dos impactos econômicos positivos, a geração de empregos é outro grande legado da ferrovia. Análises do Observatório da Indústria da FIEMT (Federação das Indústrias de Mato Grosso), por exemplo, apontam “choque” de desenvolvimento na fase de implantação dos trilhos entre o Sul, capital e Médio-Norte do Estado. Somente na fase de construção do empreendimento estima-se a geração de 186 mil empregos em Mato Grosso. Desse total, 105 mil devem ser diretos, 41 mil indiretos e 40 mil induzidos, ou seja, aqueles gerados por conta da melhora da renda das famílias mato-grossenses, que irá aumentar e criará mais empregos.

    “Essa transformação está em andamento. Somando os profissionais envolvidos na construção do primeiro viaduto ferroviário de Rondonópolis e mais a quantidade de trabalhadores mobilizados nas etapas atuais, já mobilizamos neste primeiro ano mais de 1.200 profissionais”, comenta Tiago Proba, Gerente de Cultura, Atração, Diversidade e Marca Empregadora da Rumo.

    Recentemente, foi anunciada a realização de cursos de capacitação profissional, oferecidos pelo Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema FIEMT), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI MT) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL MT). A iniciativa visa selecionar, recrutar e capacitar profissionais que possam executar atividades na construção da Ferrovia Estadual Senador Emílio Vuolo. Os cursos do (SENAI) são voltados para a área de construção civil, e o IEL MT irá selecionar e recrutar os trabalhadores, disponibilizando o Banco de Talentos dos formados nos cursos. O recrutamento será feito após o cadastro dos currículos e triagem dos profissionais para as vagas disponíveis. Os contratos IEL Senai são com a Rumo, mas quem vai contratar são as construtoras que estão fazendo a obra. Para mais informações, acesseLink.

  • Movimentação de carga ferroviária atinge maior nível em cinco anos

    Movimentação de carga ferroviária atinge maior nível em cinco anos

    A movimentação de cargas por ferrovias atingiu em 2023 o maior nível em cinco anos. No ano passado, 530,6 milhões de toneladas úteis foram transportadas por trens. Os dados constam do relatório da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF).

    Segundo a ANTF, esse é o terceiro maior volume da série histórica, só perdendo para o recorde de 569,4 milhões de toneladas úteis registrado em 2018 e de 538,3 milhões obtido em 2017. De 2006 a 2023, destacou o relatório, o volume de carga transportado por ferrovia no Brasil aumentou 64%.

    Ao desconsiderar as cargas de minério de ferro, o desempenho melhora ainda mais. No ano passado, o transporte ferroviário de carga geral – produtos agrícolas, combustíveis, contêineres e demais cargas – somou 148,6 milhões de toneladas úteis. Esse foi o maior volume para a categoria desde 2005, quando tinham sido movimentadas 149,6 milhões de toneladas úteis.

    Em nota, a Casa Civil atribuiu o crescimento à recuperação da economia e ao aumento das parcerias com a iniciativa privada. Segundo a pasta, a combinação de investimentos públicos e privados permite a melhoria da malha ferroviária.

    Entre as principais realizações, a Casa Civil citou a retomada dos investimentos na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) 1 e a intensificação das obras da Ferrovia de Integração Centro Oeste (Fico). A pasta também lembrou que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê mais de R$ 94 bilhões em investimentos públicos e privados no transporte ferroviário até 2026.

    O governo também cita o aprimoramento dos contratos com as concessionárias de ferrovias e a elaboração de uma política de incentivos à devolução de trechos ociosos e inoperantes para aumentar a eficiência da malha ferroviária nos próximos anos. Além disso, as parcerias público-privadas, ressaltou o ministério, liberarão recursos do Orçamento para outras obras, como o trecho pernambucano da Transnordestina e a continuação da Fiol 2, na Bahia.

    Edição: Lílian Beraldo

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