Tag: Ferrovias

  • Governo quer leiloar ferrovia EF-118 ainda neste ano, diz ministro

    Governo quer leiloar ferrovia EF-118 ainda neste ano, diz ministro

    O leilão da ferrovia EF-118 deve ocorrer ainda neste ano, declarou nesta quinta-feira (8) o ministro dos Transportes, Renan Filho.

    Planejada para conectar o município de Nova Iguaçu (RJ) a Santa Leopoldina (ES), a estrada de ferro tem 575 quilômetros e deve promover a integração da malha ferroviária do Sudeste e garantir o acesso ferroviário a importantes terminais portuários.

    “A gente espera levar a Estrada de Ferro-118 a leilão ainda neste ano, no segundo semestre”, disse o ministro após o leilão da Rota da Celulose realizado pela B3.

    Além da EF-118, o governo federal espera realizar outros dois ou três leilões ferroviários já no próximo ano. 

    “Com essa movimentação agora do mercado internacional, em virtude do tarifaço promovido pelos Estados Unidos, está havendo uma movimentação muito grande no setor de infraestrutura, sobretudo com a entrada mais veemente das possibilidades de investimentos chineses no Brasil. E isso melhora ainda mais o ambiente para concessões ferroviárias”, disse o ministro.

    De acordo com Renan Filho, o governo quer aproveitar a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China nesta semana para tratar sobre os leilões ferroviários. A expectativa é que o Ministério dos Transportes lidere a assinatura de alguns protocolos para garantir melhores condições para leilões ferroviários. 

    “Dado que o Brasil é um país de dimensões continentais, os investimentos em ferrovias são robustos e eles não conseguem muitas vezes ficar de pé somente com o investimento privado. E como há restrições para o investimento público no nosso Orçamento, a gente precisa ter soluções inovadoras”, falou.

    Também presente ao leilão realizado hoje, a ministra do Planejamento e do Orçamento, Simone Tebet, destacou que o tema das ferrovias estará presente nessa viagem do governo federal à China. 

    “Quando o ministro [dos Transportes] Renan fala que não há dinheiro público no Brasil, eu diria até que hoje no mundo [não há dinheiro] para se fazer ferrovias, porque o custo dela é muito maior do que de rodovias. E não há investimento privado no Brasil suficiente. Daí temos que abrir as mentes e acharmos investimentos, parcerias e fundos internacionais para uma parceria com investimento privado nacional”, falou.

    Rota da Celulose

    Após ter fracassado na tentativa de conceder a Rota da Celulose à iniciativa privada no ano passado, o trecho foi arrematado hoje (8) pelo consórcio K&G Rota da Celulose, que é composto pela K Infra Concessões e pela Galápagos Participações.

    O consórcio vencedor bateu outras três concorrentes e ofereceu o maior desconto sobre a tarifa de pedágio, com deságio de 9% e um aporte de R$ 217.389.913,70.

    Para o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, a concorrência no leilão de hoje foi possível porque houve uma revisão na modelagem. 

    “Nós remodelamos alguns pontos e diluímos alguns investimentos que estavam concentrados no início do projeto e isso melhorou um pouco o ativo do projeto. E agora tivemos a participação mais efetiva dessas empresas”, disse o governador.

    Na entrevista a jornalistas, o ministro dos Transportes declarou estar confiante em relação ao cumprimento das obrigações da concessão da Rota da Celulose, embora a K-Infra, uma das empresas que compõem o consórcio vencedor do leilão, esteja enfrentando um processo de caducidade por uma outra concessão, da Rodovia do Aço.

    “Dessa vez ela está em um consórcio. O líder do consórcio não é ela, mas a Galápagos. E também não há nada que impeça a participação dessas empresas que participaram. Por isso é muito importante que o leilão seja feito aqui na B3, o que garante transparência e apuração profunda em relação à participação das empresas”, disse ele.

    Ele também disse estar todos muito otimistas com o cumprimento do contrato. 

    “O contrato anterior era bem diferente desses contratos atuais, que são mais modernos e têm uma maior capacidade de ‘enforcement’ para garantir o cumprimento das obrigações”, reforçou o ministro.

  • Com mais de 10 mil quilômetros de trilhos desativados, Ministério dos Transportes apresenta trechos ferroviários elegíveis para concessão

    Com mais de 10 mil quilômetros de trilhos desativados, Ministério dos Transportes apresenta trechos ferroviários elegíveis para concessão

    O Ministério dos Transportes participou nesta terça-feira, (15), de um evento em Brasília, promovido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), sobre um chamamento público para a exploração indireta de ferrovias federais por meio de autorização. Com esse objetivo, apresentou as diretrizes normativas da resolução que regulamenta esse processo, durante o evento Novos Caminhos Ferroviários: Debate sobre a Resolução do Chamamento Público de Ferrovias.

    “O chamamento público nada mais é do que a disponibilização de uma infraestrutura já existente sob responsabilidade do poder público, para ser operada sob regime de direito privado. Nesse modelo, o estado oferece a infraestrutura e o operador assume a execução dos serviços, com maior liberdade em comparação ao regime tradicional de concessão. É uma nova forma de operação ferroviária. Isso permite viabilizar trechos que não interessam às atuais concessionárias”, afirmou Hélio Roberto de Souza, diretor de outorgas ferroviárias da Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário (SNTF), durante o evento.

    Segundo ele, o Brasil possui cerca de 10 mil quilômetros de ferrovias desativadas, e o chamamento público oferece uma alternativa para reativar esses trechos, por meio de novos modelos de concessão, com contratos de até 99 anos e tarifas livres, proporcionando maior flexibilidade para o setor privado.

    O Ministério dos Transportes apresentou dois trechos como exemplo do potencial de concessão por autorização: o Corredor Minas-Rio, entre Arcos (MG) e Angra dos Reis (RJ), voltado para o transporte de carga, além de outro trecho de passageiros, ligando Barra Mansa ao Porto de Angra dos Reis. Ambos os trechos estão desativados, com desafios operacionais e de infraestrutura, e têm grande potencial de revitalização para impulsionar a economia local e nacional.

    O debate sobre o novo regramento jurídico-institucional, alinhado ao Marco Legal das Ferrovias, que visa ampliar a segurança jurídica e a eficiência dos processos de outorga no setor, também contou com a participação do diretor da ANTT, Lucas Asfor; o diretor da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Davi Barreto; e o superintendente de transporte ferroviário da ANTT, Alessandro Baumgartner.

    O encontro ainda marcou o lançamento da Reunião Participativa nº 3/2025, voltada à escuta pública sobre trechos com potencial de concessão por autorização, que será realizada em 29 de abril, de forma híbrida, conforme publicação no Diário Oficial da União.

  • Transporte de carga geral por estradas de ferro no Brasil bate recorde em 2024

    Transporte de carga geral por estradas de ferro no Brasil bate recorde em 2024

    A produção ferroviária de carga geral no Brasil atingiu um novo marco em 2024. Ao todo foram 150 milhões de toneladas úteis (TU) transportadas no período, superando o recorde anterior registrado em 2023, o maior dos últimos 19 anos. No consolidado – carga geral e minério de ferro – as ferrovias transportaram mais de 540 milhões de TU, um crescimento de 1,83%, a maior dos últimos seis anos.

    Os dados são da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) e reforçam o papel estratégico das ferrovias na logística brasileira. Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, esse resultado se deve ao trabalho do governo federal em ampliar a participação do modal ferroviário na matriz de transportes, reduzindo a dependência das rodovias e aumentando a segurança e a eficiência do escoamento de cargas. Os números deverão aumentar com o lançamento do Plano Nacional de Ferrovias.

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    O minério de ferro seguiu como principal produto transportado, totalizando 390 milhões de TU em 2024. Entre as cargas com maior crescimento no período, destacaram-se a celulose, com alta de 26,4%, o açúcar, com avanço de 15,8%, e os contêineres, que registraram um aumento de 8,73%.

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    Para o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, o setor vive um ambiente real de expansão, tornando-se cada vez mais atrativo para investidores. “Estamos implementando um portfólio normativo para fortalecer a política pública ferroviária. O Plano Nacional de Ferrovias não é apenas uma carteira de projetos, mas um modelo inovador de amadurecimento institucional e regulatório”, afirmou.

    Entre as recentes iniciativas do governo para impulsionar o setor estão a regulamentação do Chamamento Público ( Resolução 6.058 da ANTT ), a definição de novos procedimentos de cálculo indenizatório de patrimônio ferroviário do DNIT (IN 1/2025) e a criação de uma Comissão Permanente para acompanhar a estruturação de projetos. Além disso, foi publicada a Portaria 532 , com diretrizes para a prorrogação antecipada das concessões, medida que visa garantir maior previsibilidade e segurança jurídica aos investimentos.

    Ações do Ministério dos Transportes impulsionam o setor

    – Ministério dos Transportes sela entendimento com a Vale que vai injetar R$ 17 bilhões em investimentos na infraestrutura brasileira

    – Liberação de R$ 3,6 bilhões para Transnordestina (Eliseu Martins (PI) ao Porto de Pecém (CE))

    – Ministério dos Transportes volta a aportar recursos em trecho pernambucano da Transnordestina

    – Retomadas audiências públicas da FCA

    – Inauguração do terminal rodoferroviário em Alvorada (TO): a estrutura vai possibilitar o transporte de até 5 mil toneladas de grãos diariamente

    – Entrega de adequações ferroviárias (DNIT):
    1 – Viaduto e ponte em Conselheiro Lafaiete (MG)
    2 – Viaduto Roza Cabinda em Juiz de Fora (MG)

    – Retomada de investimentos: VLI adquire lote de 12 locomotivas para atender demanda da FCA

    – Assinatura do acordo para VLT de Campina Grande

    – Cessão de área para Araraquara por meio do Marco Legal de Ferrovias, para obras de combate a enchentes

    – Aditivo da Rumo garante a otimização do contrato de concessão da Malha Paulista: O novo aditivo ainda traz medidas contratuais que ampliam o investimento na própria malha e em outras malhas de interesse da administração pública a serem incluídas no Plano Nacional de Ferrovias. A previsão é de que sejam investidos R$ 600 milhões na própria Malha Paulista

    – A Fiol 2 – trecho compreendido entre as cidades baianas de Barreiras e Caetité — é uma obra pública, coordenada pela Infra S.A., com prazo para conclusão em 2027. Ao todo, 70% das obras foram concluídas. O valor de investimento no Novo PAC é de cerca R$ 3,1 bilhões

  • Governo prepara leilão para concessão das ferrovias FICO e FIOL

    Governo prepara leilão para concessão das ferrovias FICO e FIOL

    O governo federal pretende realizar um leilão para concessão de ferrovias ainda este ano, com foco na Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) e na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). Juntas, essas malhas ferroviárias somam 1.708 quilômetros e deverão atrair investimentos estimados em R$ 99,7 bilhões. A concessão tem o objetivo de impulsionar a infraestrutura logística do país, especialmente no transporte de grãos, celulose e minérios, reduzindo a dependência do modal rodoviário e tornando o escoamento mais eficiente e sustentável.

    A FICO é um projeto estratégico para conectar o Mato Grosso ao restante do país, facilitando a exportação da produção agrícola por meio de corredores logísticos eficientes. Já a FIOL busca consolidar a ligação entre o Centro-Oeste e os portos da Bahia, promovendo maior competitividade ao agronegócio e à mineração. A concessão dessas ferrovias deverá melhorar a fluidez do transporte de cargas e reduzir os custos logísticos, beneficiando produtores e exportadores.

    Portos e rodovias

    Além da concessão ferroviária, o governo federal planeja realizar nove leilões para a iniciativa privada administrar trechos rodoviários que somam 5,5 mil quilômetros, com investimentos previstos de R$ 91,4 bilhões. No setor portuário, estão previstos R$ 20 bilhões em concessões e arrendamentos para modernização de canais de navegação, terminais marítimos e hidroviários em todas as regiões do Brasil.

    Esses investimentos são fundamentais para atender à crescente demanda do setor agropecuário. Apenas para o escoamento da safra de grãos 2024/2025, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima um recorde de 322,47 milhões de toneladas a serem transportadas. Quando somados produtos como cana-de-açúcar, celulose, frutas e carnes, o volume logístico necessário ultrapassa 1,250 bilhão de toneladas.

    A concessão da FICO e da FIOL representa um avanço na modernização da infraestrutura ferroviária do país, garantindo mais eficiência no transporte de cargas e impulsionando o desenvolvimento econômico.

  • ANTT abre audiência pública para discutir concessão das ferrovias FICO e FIOL

    ANTT abre audiência pública para discutir concessão das ferrovias FICO e FIOL

    A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou na quinta-feira (30/1), durante a 1.000ª Reunião de Diretoria Coelgiada (ReDir), a abertura de Audiência Pública para discutir a concessão dos empreendimentos ferroviários Ferrovia Integração Centro-Oeste (FICO) e Ferrovia Integração Leste-Oeste (FIOL). O objetivo é tornar público o projeto, colher sugestões e contribuições para aprimoramento dos estudos de viabilidade, bem como das minutas de Edital e Contrato. O processo de participação e controle social segue a Resolução ANTT nº 6.020/2023.

    As contribuições poderão ser enviadas entre os dias 07 de fevereiro e 24 de março de 2025, até às 18h (horário de Brasília). Para ampliar a participação, serão realizadas sessões públicas híbridas e presenciais. O aviso da Audiência Pública 1/25 está disponível na edição de hoje do Diário Oficial da União (D.O.U).

    Sobre o Projeto

    O projeto envolve a concessão do “Corredor de Integração Oeste-Leste”, que compreende trechos da FICO e FIOL cruzando quatro estados brasileiros: Bahia (BA), Tocantins (TO), Goiás (GO) e Mato Grosso (MT). Os estudos foram conduzidos pela Infra S.A., em parceria com a International Finance Corporation (IFC), e encaminhados ao Ministério dos Transportes para aprovação. A proposta com mais de de R$ 108 milhões em investimento, contempla:

    • Prestação do serviço ferroviário de cargas associado à exploração da malha ferroviária da FICO 1, FIOL 2 e FIOL 3;
    • Construção da FIOL 3 pela futura concessionária;
    • Possibilidade de inclusão do trecho FICO 2 mediante reequilíbrio econômico-financeiro do contrato.

    A estruturação visa consolidar o corredor logístico, garantindo maior eficiência no escoamento de produção, alavancando a competitividade do setor ferroviário.

    Serviço

    A sessão pública será realizada presencialmente e por videoconferência ou outro meio eletrônico, com transmissão ao vivo pelo canal ANTT no Youtube, conforme cronograma abaixo:

    • Data: 11 de março de 2025
    • Sessão Pública virtual e presencial (híbrido)
    • Cidade: Brasília/DF
    • Horário: 8h30
    • Local: Setor de Clubes Esportivos Sul – SCES, trecho 03, lote 10, Projeto Orla
    • Polo 8 – Brasília – DF
    • Capacidade: 353 lugares
    • Data: 12 de março de 2025
    • Sessão Pública presencial
    • Cidade: Salvador/BA
    • Horário: 14h
    • Local: A definir
    • Data: 14 de março de 2025
    • Sessão Pública presencial
    • Cidade: Cuiabá/MT
    • Horário: 14h
    • Local: A definir

    As informações específicas sobre a matéria, bem como as orientações acerca dos procedimentos relacionados à realização e participação na sessão da audiência, estarão disponíveis, a partir do dia 31 de janeiro de 2025, na íntegra, no sítio gov.br/antt/pt-br > Participação Social > Audiência Pública nº 1/2025.

    Informações e esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos pelo endereço de e-mail ap001_2025@antt.gov.br.

    Com essa iniciativa, a ANTT reforça seu compromisso com a transparência e a ampla participação social na construção de soluções para o transporte ferroviário brasileiro.

  • Ministro diz que meta é contar com 40% da carga transportada sobre trilhos até 2035

    Ministro diz que meta é contar com 40% da carga transportada sobre trilhos até 2035

    O ministro dos Transportes, Renan Filho, participou nesta quinta-feira, 23 de janeiro, do programa “Bom Dia, Ministro” e abordou temas estratégicos para o setor de infraestrutura no Brasil, entre eles o Plano Nacional de Ferrovias, que deve ser lançado em fevereiro.

    Segundo Renan Filho, o objetivo do plano é modernizar a malha ferroviária e priorizar o transporte de cargas, um setor em crescimento contínuo no país. “Hoje, há uma competição entre modais. Nosso plano visa, primeiramente, carga. O Brasil vem crescendo nesse segmento. Concluímos a Ferrovia Norte-Sul, estamos avançando na Transnordestina, com investimentos de R$ 4 bilhões e cerca de 5 mil trabalhadores, além de construir a Ferrovia de Integração Centro-Oeste, ligando Mara Rosa, em Goiás, a Água Boa, em Mato Grosso,” destacou o ministro.

    O governo tem como meta transportar 40% das cargas do país por ferrovias até 2035, diminuindo a dependência do modal rodoviário, o que, segundo o ministro, resultará em maior durabilidade das estradas e mais segurança para a população. “O desafio é promover a migração da carga para o modo ferroviário brasileiro, ampliando a malha e garantindo eficiência logística,” concluiu Renan Filho.

  • Ferrovia de R$ 14 bilhões promete transformar logística e impulsionar agronegócio no Mato Grosso

    Ferrovia de R$ 14 bilhões promete transformar logística e impulsionar agronegócio no Mato Grosso

    A construção da Ferrovia Estadual de Mato Grosso já está movimentando o setor logístico brasileiro. Com um investimento recorde de R$ 14 bilhões pela Rumo Logística, a obra de 730 km de extensão promete conectar Rondonópolis a Lucas do Rio Verde, trazendo um novo horizonte para o transporte de grãos e a exportação no estado.

    Rumo à eficiência logística no agronegócio

    Ferrovia impulsiona entrega de fertilizantes em Mato Grosso

    A ferrovia surge como solução para antigos gargalos logísticos, reduzindo custos de transporte e promovendo benefícios ambientais. Com a integração ao Porto de Santos, principal destino de exportação do país, o tempo de transporte será reduzido e a eficiência aumentada. Para o agronegócio, é um marco estratégico, aliviando rodovias sobrecarregadas e oferecendo uma alternativa sustentável ao transporte rodoviário.

    Atualmente, o transporte ferroviário emite até seis vezes menos gases poluentes em comparação com o modal rodoviário. Esse impacto positivo na sustentabilidade fortalece a posição do Mato Grosso como líder no mercado agrícola.

    Geração de empregos e avanço da obra

    Em ritmo acelerado, o projeto já emprega mais de 4.500 trabalhadores, com previsão de ultrapassar 5.000 empregos no auge da construção. Obras como o viaduto de 107 metros na BR-163/364, em Rondonópolis, mostram o compromisso da empresa com segurança e eficiência.

    Os primeiros 160 km da ferrovia estarão operacionais em 2026, e a conclusão total está prevista para 2030, consolidando o Mato Grosso como um dos maiores hubs logísticos do país.

    Sustentabilidade e o futuro da logística no Brasil

    Com foco em responsabilidade ambiental, a ferrovia incorpora iniciativas para preservar a flora e fauna locais. A Rumo Logística também investe em programas sociais para beneficiar as comunidades próximas às obras.

    Desafios como licenças ambientais e parcerias público-privadas fazem parte do processo, mas o projeto já é visto como um divisor de águas. Ele não apenas moderniza a infraestrutura logística, mas também inspira outros estados a apostarem no transporte ferroviário.

    Será que a Ferrovia Estadual de Mato Grosso será a chave para destravar o potencial logístico do Brasil? A resposta está nos trilhos.

  • Duplicação da BR-163 e Expansão das Ferrovias São Destaques no II Fórum de Logística em Nova Mutum 

    Duplicação da BR-163 e Expansão das Ferrovias São Destaques no II Fórum de Logística em Nova Mutum 

    A duplicação da BR-163 e a expansão das ferrovias foram apontadas como soluções estratégicas para o desenvolvimento de Mato Grosso durante o II Fórum Ferrovias e a Integração dos Modais, realizado nesta quinta-feira (28), em Nova Mutum. O evento reuniu autoridades, investidores e lideranças do agronegócio para discutir melhorias logísticas na região.

    Miguel Vaz, prefeito de Lucas do Rio Verde e presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental Alto Teles Pires (Cidesa), destacou a importância da infraestrutura para a competitividade do estado.

    “A nossa região é a maior produtora de grãos e fibras do mundo e ainda tem um potencial enorme de crescimento sem desmatamento. O grande gargalo sempre foi a logística. A ferrovia, assim como a duplicação da BR-163, trará competitividade, permitindo que nossa produção chegue aos grandes centros e portos de forma mais econômica. Esse tema é determinante para o futuro do nosso estado e do Brasil”, afirmou.

    O prefeito também mencionou o papel estratégico das ferrovias Rumo, FICO e Ferrogrão.

    “Precisamos olhar para a integração de todos os modais, pois eles representam mais investimentos, geração de oportunidades e crescimento sustentável para Mato Grosso. O avanço ferroviário nos aproxima de uma logística moderna e eficiente, essencial para impulsionar nossa economia.”

    O vice-governador Otaviano Pivetta reforçou o compromisso do governo estadual com a infraestrutura logística, apresentando metas arrojadas para os próximos anos.

    “A duplicação dos 450 km restantes da BR-163 será concluída até 2027, enquanto a ferrovia Rumo deve chegar a Lucas do Rio Verde até 2030. Conseguimos antecipar o prazo de duplicação em quatro anos, e nossa rodovia será uma autoestrada moderna, oferecendo mais segurança e eficiência no transporte de cargas e na mobilidade das pessoas.”

    Além disso, Pivetta enfatizou o impacto das ferrovias na redução de custos e no desenvolvimento econômico.

    “A ferrovia ajudará a reduzir o volume de caminhões na BR-163, melhorando o tráfego e diminuindo custos. Esse é o caminho para consolidar Mato Grosso como um dos maiores polos econômicos do Brasil.”

    O evento contou com palestras de especialistas como Jorge Luiz Macedo, da Infra S.A., que apresentou o Plano Nacional de Logística, e Frederico Bussinger, que destacou a integração das malhas ferroviárias. Bernardo Figueiredo abordou a importância dos hubs de cargas regionais, enquanto representantes da Rumo Logística destacaram a expansão da malha ferroviária no estado.

    Organizado pela Prefeitura de Nova Mutum e Governo do Estado, o fórum contou com o apoio de entidades como Ampa, Famato, Aprosoja, AMM, Câmara Municipal de Nova Mutum e Sindicato Rural de Nova Mutum.

  • Missão FICO: obras da ferrovia avançam e chegam a 30%

    Missão FICO: obras da ferrovia avançam e chegam a 30%

    A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) embarcou na quinta-feira (7/11) para a “Missão FICO”, uma visita técnica às obras da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), um dos projetos logísticos mais ambiciosos do país. Iniciada em Brasília e com destino a Mara Rosa, Goiás, a missão tem como objetivo avaliar o andamento da construção de 383 quilômetros de trilhos, conectando o Centro-Oeste ao restante do Brasil e viabilizando novos caminhos para o comércio internacional de produtos agrícolas e minerais.

    No primeiro dia de visita técnica, os fiscais da ANTT constataram avanço significativo das obras, refletindo o compromisso de transformar o Brasil em um país mais integrado e eficiente. Até outubro de 2024, a construção da FICO alcançou 29,78% de execução, com projeção de fechar o ano com 32%. Em outubro do ano passado, o número era de 9,87%. Essa aceleração é vista como uma vitória coletiva, resultado do trabalho contínuo entre Governo Federal e setor privado.

    Com a entrega prevista para os próximos cinco anos, a FICO promete transformar a logística nacional, levando progresso e desenvolvimento a uma das regiões mais produtivas do país. A Vale, concessionária responsável pela obra, também compartilhou avanços importantes e as expectativas para 2025, ano em que o projeto deve atingir um marco fundamental, durante apresentação inicial e atualização do projeto.

    “A ferrovia é um elo fundamental entre as regiões produtoras do Centro-Oeste e os portos de Santos e São Luís, promovendo uma verdadeira revolução logística, essencial para impulsionar a economia”, destacou o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale. Esta linha ferroviária formará um canal de escoamento de grãos e minérios para o mercado externo, ao conectar o Centro-Oeste à Ferrovia Norte-Sul e, consequentemente, aos principais portos do país.

    Impacto e desafios de uma obra monumental – grandes números

    A complexidade da FICO vai muito além da construção de trilhos. A execução do projeto envolve um amplo trabalho de engenharia, gestão fundiária e ambiental, além de um cuidado especial com o patrimônio arqueológico. Ao longo dos 383 quilômetros de ferrovia, foram identificados 33 sítios arqueológicos, dos quais 23 já foram resgatados, garantindo a preservação do patrimônio histórico e o respeito às regulamentações.

    Um dos grandes desafios tem sido a desapropriação e liberação de terras, com mais de 244 quilômetros já desobstruídos e 278 áreas em negociação. Em 2024, a ANTT e seus parceiros realizaram três mutirões de conciliação, agilizando processos e evitando judicializações, para que o projeto avance com segurança jurídica e transparência.

    A obra é marcada por cifras, números grandiosos e dados que impressionam: mais de 21 milhões de metros cúbicos de terraplanagem, cerca de 240 quilômetros de obras simultâneas, mais de 6 mil trabalhadores e 298 mil viagens realizadas nos últimos dois meses. Esses números demonstram o ritmo e a dimensão da construção.

    Na área de qualidade, mais de 2.200 inspeções foram realizadas, com 97% de assertividade, refletindo a precisão e o cuidado técnico dedicados à obra. Além disso, o avanço dos pacotes de superestrutura — desde a instalação de trilhos até a manutenção de vagões e dormentes — mostra a maturidade do projeto. Com 8 mil toneladas de trilhos já recebidos, a estrutura começa a se consolidar, aproximando o sonho da FICO de sua conclusão.

    A ANTT destaca ainda o compromisso ambiental e de sustantabilidade da FICO, que envolve a execução de 23 programas socioambientais, além de um rigoroso acompanhamento de 137 condicionantes ambientais. Essa gestão sustentável se reflete na obtenção de 55 licenças e autorizações para assegurar que as atividades sigam os padrões ambientais estabelecidos.

    Expectativas para 2024 e as próximas etapas

    O plano para 2024 envolve passos decisivos. A ANTT busca obter certificações e autorizações que permitam a execução dos pacotes restantes da obra até o final do próximo ano. O próximo ciclo de atividades inclui avançar nas obras de terraplenagem e construção de pontes, etapas essenciais para a conclusão do projeto.

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    Foto: Jeff D’Avila / AESCOM ANTT

    Para que a FICO siga sendo executada dentro do cronograma, as equipes técnicas da ANTT e das demais instituições envolvidas estão percorrendo trechos em Uruaçu, Mara Rosa, Nova Crixás e Cocalinho, avaliando a qualidade das obras em andamento e garantindo que os prazos sejam cumpridos.

    FICO: Um símbolo de integração nacional

    O que a FICO representa para o Brasil vai muito além do transporte de cargas. Com uma infraestrutura moderna e de alta capacidade, ela abrirá caminhos para o crescimento de uma região que até então se via distante dos grandes fluxos logísticos. Além disso, ao fomentar as exportações e garantir uma integração mais eficiente com os portos, a ferrovia colocará o Brasil em posição de destaque no comércio global.

    A ANTT, ao lado de seus parceiros, reafirma seu compromisso em transformar o país com uma infraestrutura robusta, sustentando o progresso de norte a sul. A FICO é uma prova de que o desenvolvimento não apenas passa por trilhos, mas depende de visão, competência e de um trabalho conjunto entre a esfera pública e o setor privado, para a construção de um futuro melhor e mais conectado para todos.

  • Novo terminal ferroviário de cargas começa a ser construído em Mato Grosso

    Novo terminal ferroviário de cargas começa a ser construído em Mato Grosso

    A obra vai gerar cerca de mil empregos diretos e indiretos e faz parte do projeto de expansão da Ferrovia Estadual de MT

    Moradores de Dom Aquino, Primavera do Leste e demais municípios localizados na região sudeste de Mato Grosso acompanham a movimentação de início das obras de construção de um novo terminal de cargas, que está sendo implantado pela Rumo desde o mês de outubro. É o primeiro terminal que integra o projeto de expansão da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo, em execução com recursos 100% privados e com traçado de mais de 700 km de extensão, indo de Rondonópolis e Cuiabá até Lucas do Rio Verde, no médio-norte de Mato Grosso.

    O novo terminal, com uma área de 2 milhões de metros quadrados, está localizado nas proximidades da BR-070, no território de Dom Aquino. O espaço fica quase no limite entre os municípios de Dom Aquino e Primavera do Leste e a expectativa é de que as obras impactem positivamente em muitas outras cidades vizinhas, além de trazer benefícios para diferentes setores econômicos locais.

    “Esta iniciativa da Rumo não só contribui para o desenvolvimento da atividade agrícola, com redução de custos logísticos para os produtores da região, como também melhora a segurança das rodovias ao reduzir significativamente o tráfego de caminhões pelas estradas. Há um aumento de eficiência na cadeia logística nacional e, consequentemente, da competitividade do setor”, destaca o gerente executivo de implantação de terminais da Rumo, Walter Mancuso.

    Com capacidade para escoar até 10 milhões de toneladas de grãos por ano, principalmente soja e milho, o novo terminal tem previsão de ser concluído no primeiro semestre de 2026, e vai garantir a conexão com a malha ferroviária nacional e a chegada dos produtos mato-grossenses ao Porto de Santos. Além de escoar a produção agrícola, os trilhos vão permitir a chegada mais rápida de produtos e insumos de outras partes do Brasil para Mato Grosso.

    Mancuso ainda destaca que este é o primeiro terminal do projeto de expansão da ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo, e uma obra de grande porte. “A construtora Egelte Engenharia Ltda. vai atuar desde a engenharia até a construção deste terminal, mas a obra envolve dezenas de outras empresas e a estimativa é de que sejam gerados mais de mil empregos diretos e indiretos”, explica Walter Mancuso.

    Além de pessoas, a obra de construção do novo terminal de cargas vai movimentar mais de 700 mil metros cúbicos de terraplenagem, consumir mais de 17 mil metros cúbicos de concreto e 2.500 toneladas de aço e equipamentos.

    DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL PARA A REGIÃO

    PROJEÇÃO DO NOVO TERMINAL DA RUMO EM MATO GROSSO
    PROJEÇÃO DO NOVO TERMINAL DA RUMO EM MATO GROSSO

    Como este terminal é um grande marco para a população do sudeste de Mato Grosso, os representantes do setor produtivo também investem na melhoria da estrutura das cidades. “Há pelo menos três anos, a Associação Comercial de Primavera do Leste tem feito um trabalho de conscientização dos empresários e da população sobre a necessidade da ampliação da rede hoteleira, Sistema Único de Saúde (SUS), construção de casas populares e qualificação e capacitação de mão de obra. Ver a chegada deste terminal é um sonho de longa data. Com ele em funcionamento, vamos ter frete mais barato e uma logística melhor. Isso atrai também novas empresas”, destaca o presidente da Associação Comercial de Primavera do Leste (Aciple), Joselino Soares Godoi.

    Primavera do Leste é considerada a quinta maior economia do estado e, de acordo com o IBGE, tem 93 mil habitantes. Tendo a agropecuária como base da economia, a expectativa é que o terminal da Rumo fomente ainda mais a instalação de agroindústrias que contribuirão para o desenvolvimento do município. “Temos 650 associados e o nosso maior desafio é fortalecer o comércio. Acreditamos que, com a conclusão das obras deste terminal, conseguiremos nosso objetivo”, conclui o presidente da Aciple.

    Em Dom Aquino, as lideranças do setor produtivo também se movimentam para preparar a cidade que irá receber profissionais de todo o Brasil. O presidente do sindicato rural, Wildon Cardoso, explica que o município é pequeno e com densidade demográfica baixa. “Não temos uma oferta grande de moradia e mão de obra para atender à demanda deste projeto. Mas, junto com a prefeitura e outras entidades, estamos trabalhando para qualificar e estruturar a cidade, ampliando a oferta de moradias. Estamos otimistas com o início das obras”.

    Wildon destaca ainda que, com a construção deste terminal, haverá uma transformação na região. “Teremos um impacto muito grande na nossa economia. Haverá aumento significativo na oferta de empregos, arrecadação de impostos e, consequentemente, melhoria na qualidade de vida da população. Será um marco na história não só de Dom Aquino, como também dos municípios vizinhos como Jaciara e São Pedro da Cipa, que também são pequenos e vão ter a economia aquecida com o terminal ferroviário”.

    Localizado a cerca de 170 quilômetros de Cuiabá (MT), Dom Aquino tem aproximadamente 8 mil habitantes, com uma economia baseada na agricultura. O município já esteve em destaque pela extração de palmito e de fontes de água mineral, mas nas últimas décadas tem se destacado pela produção de grãos, coco, eucalipto e atividade pecuária leiteira e de corte. A partir de 2026, Dom Aquino também será conhecido como o município que sedia um novo terminal da Rumo.