Tag: ferrovia

  • AGU se manifesta a favor da inconstitucionalidade da lei que alterou limites da área do Projeto Ferrogrão

    AGU se manifesta a favor da inconstitucionalidade da lei que alterou limites da área do Projeto Ferrogrão

    AAdvocacia-Geral da União (AGU) ingressou hoje (26/05) com uma manifestação na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.553, em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF), que aprecia pedido do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) relativo à construção da Estrada de Ferro (EF-170). Conhecido como Ferrogrão, o empreendimento está previsto para ser implementado na área do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará.

    Na peça, a AGU informa que, em razão de novas informações técnicas prestadas por órgãos ambientais federais, modificou seu posicionamento expresso em fases anteriores do processo, manifestando-se agora pela procedência do pedido realizado pelo PSOL. O partido busca na Corte a declaração de inconstitucionalidade da Lei nº 13.452/2017, que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim.

    A Advocacia-Geral destaca no documento que reconhece a relevância da ferrovia para o país, empreendimento que possibilitará o escoamento da produção de diversos produtos de Mato Grosso ao Porto de Mirituba (PA). Sustenta ainda que a Ferrogrão propiciará a geração de empregos diretos em sua construção, além da redução no custo do frete do transporte de cargas.

    Na manifestação encaminhada ao STF, a AGU esclarece que o texto veiculado na peça processual não representa posicionamento institucional no sentido de que a implantação da estrada de ferro, seria por si só, lesiva ao meio ambiente. Por esse motivo, informa à Corte que não se opõe ao regular prosseguimento dos procedimentos administrativos relacionados à construção da ferrovia, “desde que observem todos os condicionantes legais, inclusive sócio-ambientais”.

    Ausência de compensação ambiental

    Na manifestação, a AGU faz um resumo dos fatos que levaram à propositura da ação na Suprema Corte. Recorda que a Lei nº 13.452/2017 foi aprovada pelo Congresso Nacional a partir da conversão da Medida Provisória (MP) nº 758/2016. Essa última previa em seu texto, como medida compensatória pela construção da ferrovia, a incorporação ao Jamanxim da Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós, de 51 mil hectares. No entanto, embora houvesse previsão normativa de compensação, ela não foi mantida no processo de conversão em lei da MP.

    A AGU argumenta que a supressão de parte da área do Parque Nacional do Jamanxim, unidade de conservação de proteção integral, também foi implementada pela nova lei sem que houvesse qualquer contrapartida ambiental. Do mesmo modo, argumenta, a retirada da medida compensatória prevista na MP ocorreu sem que “fosse antecedida de estudos prévios que concluíssem pela adequação, do ponto de vista ecológico, de tal medida”.

    A manifestação ressalta ainda que a realização de estudos técnicos constitui requisito indispensável para a modificação dos limites de unidades de conservação ambiental, com preveem precedentes do próprio STF. Para a AGU, a supressão de área no Jamanxim deveria ser precedida por estudos prévios realizados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão especializado e legalmente competente para a tarefa, cujos estudos conferem lastro técnico-científico para a efetividade da proteção ecologicamente equilibrada do meio ambiente.

    Na conclusão do documento, além de se manifestar pela procedência da ação proposta pelo PSOL, a Advocacia-Geral pede a revogação parcial da medida cautelar deferida pelo relator da ação no STF, ministro Alexandre de Moraes, em março de 2021, que suspendeu a eficácia da Lei nº 13.452/2017. Segundo a AGU, essa revogação é necessária para permitir “o regular prosseguimento de processos administrativos relacionados à Ferrogrão, inclusive no que tange à atualização dos estudos, observadas todas as condicionantes legais, inclusive sócio-ambientais”.

  • Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) recebe primeira remessa de trilhos

    Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) recebe primeira remessa de trilhos

    Foi entregue a primeira remessa de trilhos a serem instalados na Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que está sendo executada pela Vale S.A. A implantação acontece por meio do investimento cruzado derivado da renovação antecipada da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).

    São 1.800 toneladas de trilhos para dar o arranque na superestrutura nas alças norte e sul de interligação da Fico com a Ferrovia Norte-Sul (FNS).

    Os trilhos foram descarregados no pátio de estocagem em Mara Rosa (GO), localizado no km 0 da Alça Sul, na ligação com a FNS. Esse será o material que será utilizado para o arranque da superestrutura. O volume restante (6.200 toneladas) permanecerá estocado em São Luís (MA) no pátio do Terminal Ferroviário Ponta da Madeira (TFPM).

    FICO

    A construção do trecho Mara Rosa/GO a Água Boa/MT da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) será viabilizada como contrapartida pela prorrogação antecipada do contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas, cujo termo aditivo foi assinado em 18/12/2020.

    A operação da ferrovia será objeto de contrato de concessão a ser licitado, cujo projeto poderá ser estruturado em conjunto com trechos ferroviários da FIOL II e III, a depender dos resultados indicados nos estudos.

    O projeto prevê investimento de R$ 2,73 bilhões e 46.122 mil empregos (diretos, indiretos e efeito-renda). Com 383 km de extensão, o trecho escoará a produção de grãos (soja e milho) daquela região, uma das maiores produtoras de soja do Brasil, em direção aos principais portos do país.

    A Ferrovia de Integração Centro-Oeste tem por objetivos estabelecer alternativas mais econômicas para os fluxos de carga de longa distância e favorecer a multimodalidade. Além disso, busca interligar a malha ferroviária brasileira, propondo nova alternativa logística para o escoamento da produção agrícola e de mineração para os sistemas portuários do Norte e Nordeste. Por outro lado, busca também incentivar investimentos, que irão incrementar a produção e induzir processos produtivos modernos.

    Entre os benefícios, proporcionará alternativa no direcionamento de cargas para os portos do Norte e Nordeste, principalmente aquelas produzidas em Goiás, Mato Grosso e Rondônia. Com isso, reduz o percurso e o custo do transporte marítimo de grãos e minérios exportados para os portos do Oceano Atlântico, Europa, Oriente Médio e Ásia. O modal aumentará a produção agroindustrial da região, motivada por melhores condições de acesso aos mercados nacional e internacional e possibilitará e estimulará a exploração de reservas minerais ainda pouco exploradas.

  • Implantação da ferrovia que ligará Rondonópolis à Lucas do Rio Verde é tema de encontro na ANTT

    Implantação da ferrovia que ligará Rondonópolis à Lucas do Rio Verde é tema de encontro na ANTT

    A construção da ferrovia que ligará Rondonópolis a Lucas do Rio Verde foi um dos temas da reunião da ANTT com representantes da companhia ferroviária Rumo Logística. O encontro aconteceu na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres em Brasília nesta quinta-feira (16).

    Na oportunidade, representantes do grupo apresentaram as últimas entregas realizadas nas concessões que administram, resultados obtidos e os temas prioritários para este ano. Além da extensão ferroviária na malha norte, em Mato Grosso, a Rumo está desenvolvendo outras ações. Entre elas estão a construção de um viaduto sob a GO-070, uma alça de ligação e estudos de novos terminais na Malha Central. A empresa ferroviária está ainda com a construção de novos pátios de cruzamento e extensões, obras na encosta da Serra do Mar, na Malha Paulista. A Rumo também tem a previsão de investimento no valor de 900 milhões de reais nas linhas internas do Porto de Santos.

    Na reunião, também foram discutidas obrigações contratuais das concessões ferroviárias administradas pela empresa, que são fiscalizadas pela ANTT.

    Encontro com entidades

    No início da semana, a empresa foi convidada pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT) para participar de um encontro com representantes do setor produtivo. O objetivo do evento foi levantar as demandas e necessidades para a construção da Ferrovia de Integração Estadual Senador Vicente Vuolo.

    No encontro foi destacada a necessidade de diálogo para aproximar a empresa do setor produtivo, visando a conclusão da ferrovia. O modal tem a função de auxiliar o escoamento da produção de Mato Grosso, para a exportação dos produtos, em conexão com os principais portos do país.

    A obra, além de força de trabalho, vai requerer uma variedade de produtos para a construção de 740 quilômetros da linha férrea, divididos em dois ramais: entre os municípios de Rondonópolis e Cuiabá e entre Santa Elvira e Lucas do Rio Verde. Com investimentos que podem chegar até R$ 15 bilhões, a Rumo S/A estima que ao longo dos próximos sete anos, período de execução da obra, sejam gerados cerca de 165 mil empregos.

    Conferência

    Em outro evento realizado esta semana, o diretor-presidente da Rumo, Beto Abreu, destacou os robustos investimentos feitos pelo governo de Mato Grosso nos últimos quatro anos para ampliar a malha rodoviária.

    O CEO da Rumo ainda pontuou o acerto do Governo de Mato Grosso em liderar a implantação da ferrovia estadual, que vai ligar Rondonópolis a Cuiabá e também Rondonópolis a Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, se conectando à malha nacional até chegar ao Porto de Santos (SP).

    “Mato Grosso já é responsável por metade das exportações de grãos do país. E mesmo assim, não está entre os 10 maiores em malha ferroviária. E isso está mudando agora”, disse.

    De acordo com o planejamento, a ferrovia vai cruzar 16 município. Conforme o levantamento, a iniciativa tem um impacto de desenvolvimento com a geração de benefícios para a região atendida. A geração de emprego é um deles. A expectativa é de criação de 200 mil empregos ao longo do projeto, divido entre diretos e indiretos.

  • “É fundamental para o país que o setor ferroviário seja mais plural e com um número maior de operadores.”

    “É fundamental para o país que o setor ferroviário seja mais plural e com um número maior de operadores.”

    Acompanhe a entrevista realizada pela Revista Brasileira de Transportes – RBT – Volume 2 – Número 2 – 4ª edição –  Páginas 11 a 19 – FGV Transportes – com José Luis Vidal, diretor-executivo da ANFA – Associação Nacional das Ferrovias Autorizadas.vidal anfa 768x768 1

    José Luis Vidal é Engenheiro Elétrico pela Escola de Engenharia Mauá, com especializações em Economia Mundial pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto – FEP, Gestão de Risco e Tomada de Decisão Financeira pela Universidade de Chicago e Liderança na Inovação pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts – MIT (Prêmio Fire Hydrant Award). É pós- graduado em Administração de Empresas pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM, certificado como Conselheiro de Administração Experiente (CCA+) pelo Instituto de Governança Corporativa – IBGC e concluiu o Programa de Educação continuada em Gerenciamento de Risco Corporativo e Curso Avançado para Membros de Conselho de Administração – IBGC. Possui mais de 25 anos no setor de infraestrutura e logística e, atualmente, ocupa as posições de Presidente do Conselho Diretivo e Diretor Executivo da Associação Nacional das Ferrovias Autorizadas – ANFA e de Coordenador do Comitê de Infraestrutura e Logística da Rede Governança Brasil – RGB. É membro dos seguintes Conselhos de Administração: Santos Brasil S. A, BEMISA – Brasil Exploração Mineral S.A e WV Logistics. É membro do Conselho do Fórum Brasil Export e Coordenador do 1° Programa de Aperfeiçoamento em Governança, Compliance e Gestão de Riscos com Ênfase no Transporte e na Infraestrutura, promovido pelo Instituto Latino-Americano de Governança e Compliance Público, para os associados da CNT.

    RBT – Segundo dados recentes da ANTT, o Brasil possui 29.878 quilômetros de ferrovias, mas 62,1% dos trilhos (18.554 quilômetros) encontram-se subutilizados e 23,7% (7.076 quilômetros) ociosos. Diante desse cenário, no final de 2021, surge o novo Marco Legal das Ferrovias, Lei 14.273/21, com destaque para o regime de autorizações ferroviárias para a iniciativa privada. Como esse novo regime poderá impulsionar o modo ferroviário brasileiro e contribuir para o equilíbrio da matriz de transporte de cargas?

    José Luis Vidal – O Brasil, entre os países de dimensões semelhantes, é o que menos utiliza o sistema ferroviário para o transporte de cargas, com somente 21,5% do volume total de cargas sendo transportado pelas ferrovias, bem menos do que na Rússia, Canadá, Austrália, Estados Unidos e China. Na Rússia, 81% das cargas são transportadas em linhas férreas, muito à frente do índice canadense, de 46%. Na sequência, aparecem Austrália e EUA (43%), e China (37%), índices mais próximos do que poderíamos ter. No Brasil, em 2020, 68% do volume de cargas foi transportado em apenas 9% das ferrovias em operação.
    Em 2020, o Brasil movimentou 365 milhões de toneladas por ferrovias. Desse total, 250 milhões foram transportados em ferrovias operadas pela VALE, EFC e EFVM, com 1.900 km de extensão. Os outros 115 milhões de toneladas foram movimentados nos restantes 18.600 km de ferrovias em operação, ou seja, 9% da malha ferroviária em operação no Brasil transportou 68% do volume de carga e, nos 91% da malha restante, circulou o terço restante das cargas (32%). É importante destacar que, do total movimentado pela VALE, EFVM e EFC, somente 8,8% eram cargas de terceiros.

    A ANFA entende que o novo Marco Legal das Ferrovias e o regime de autorizações ferroviárias podem mudar esse cenário, ampliando os investimentos em infraestrutura gerando desenvolvimento econômico e social nas diversas regiões do país.

    RBT – No início de 2022, foi criada a Associação Nacional das Ferrovias Autorizadas (ANFA), entidade que representa as empresas envolvidas nas implantações de ferrovias pelo sistema de autorização, com você como primeiro diretor executivo. Quais são os principais objetivos da ANFA e como será sua atuação para contribuir com a melhoria da infraestrutura ferroviária do país?

    José Luis Vidal – A missão da ANFA é apoiar o setor privado na implantação de novas ferrovias, aproximando o setor das melhores práticas ESG e contribuindo com o desenvolvimento do país. Queremos apoiar o governo a desenvolver uma política de Estado, e, consequentemente, uma regulação que propicie o equilíbrio da relação entre os atuais concessionários e as autorizadas.
    Outra perspectiva será fomentar a indústria ferroviária brasileira, que está praticamente parada. Sem grandes encomendas por parte dos atuais concessionários ferroviários de cargas e passageiros, os fabricantes de trens instalados no país estão vivendo de eventuais exportações e das bem menores receitas das áreas de serviços, incluindo reformas e modernizações de equipamentos já em operação.
    No segmento de passageiros, a ociosidade na fabricação de trens (considerando que cada trem é composto por uma locomotiva e oito carros) está em 80%. Na área de cargas, incluindo locomotivas e vagões, chega a quase 100%. A construção e operação de ferrovias autorizadas pode ajudar a dinamizar esse setor, assim como promover desenvolvimento socioeconômico longe dos grandes centros atuais.
    Somos favoráveis a um Brasil industrializado.

    RBT – O quadro ferroviário atual não gera interesse em novos investidores e empreendedores para o patrocínio do desenvolvimento logístico do país, visto que a matriz brasileira de transporte de cargas é dominada pelo modo rodoviário, que detém uma fatia de 65%, ficando o modo ferroviário com apenas 21%. Como as autorizações ferroviárias poderão contribuir para maior racionalidade e melhor equilíbrio da matriz de transportes de cargas, oferecendo transporte para o agronegócio, produtos industrializados, combustíveis e contêineres, além do predominante transporte de minérios e carvão?

    José Luis Vidal – O Brasil tem uma baixa integração regional do seu sistema ferroviário, com a malha atual basicamente sendo a mesma dos anos 90. Isso provocou um baixo ritmo de crescimento das cargas ferroviárias: registramos 2,8% de crescimento anual nos últimos 10 anos. Um número muito modesto para um país que no mesmo período multiplicou suas exportações de grãos.
    Levando em consideração apenas o transporte de grãos, vemos que o Brasil apresenta baixo percentual de transporte ferroviário, com ineficiências e sobrecustos muito significativos. Dos 305 milhões de toneladas de grãos produzidos, 69 milhões foram transportados por ferrovias, ou apenas 22,6%.
    A competividade da produção brasileira passa pela necessidade de alternativas logísticas que permitam diminuir o “Custo Brasil” e aumentar
    a eficiência. Esse custo pode ser reduzido com a implantação de novas ferrovias que permitam a universalização do transporte ferroviário, e
    que evitem os conflitos com a carga própria. Isso poderá permitir o acesso a usuários que isoladamente não conseguem maximizar a sua capacidade pela existência de gargalos ferroviários.
    A ampliação do sistema nacional ferroviário, com a integração aos outros modais, é fundamental para maximizar a performance de cada etapa da intermodalidade. As autorizações ferroviárias, de iniciativa e financiamento privado, além de altamente convergentes com as soluções ESG, são fundamentais para a necessária ampliação da participação ferroviária na matriz de transportes nacional.

    RBT – As atuais concessionárias, caso sejam afetadas pela entrada em operação de alguma ferrovia autorizada, poderão migrar para o novo regime jurídico de autorização, sem prejuízo das obrigações contidas nos atuais contratos, no que se refere a investimentos e manutenção do transporte de cargas e passageiros. Qual seria o resultado prático desse eventual cenário?

    José Luis Vidal – É importante que a agência reguladora e o governo federal avaliem se a migração dos atuais contratos de concessão para contratos de autorização contribuirá efetivamente para o aumento da competitividade do transporte ferroviário, sempre tendo como objetivo principal a expansão da malha, a conquista de novos mercados e o desenvolvimento de novos serviços.
    Outro ponto a destacar é que o modelo de capital de uma ferrovia que foi construída pelo Estado e concedida à iniciativa privada tem uma estrutura de remuneração do capital muitas vezes diferente de uma autorizatária, que assume 100% do risco de implantação de um novo trecho.

    RBT – Parece existir um consenso de que o novo regime de autorizações ferroviárias seja acompanhado de uma regulação para viabilizar
    a obrigatoriedade do tráfego mútuo e direito de passagem nos novos ramais, trechos ferroviários autorizados e nas ferrovias existentes, que são operadas sob o regime de concessão. Isso é viável na prática, em termos operacionais e comerciais?

    José Luis Vidal – Teremos de entender as particularidades operacionais, administrativas, financeiras e comerciais do modelo de concessão e de autorização, e desenvolver regulação que equilibre a relação de forma justa.
    Essa regulação pode ser desenvolvida pela ANTT, que pode supervisionar o nível de cumprimento que os autorizatários entregarão à sociedade e as obrigações dos concessionários com foco no atendimento ao público, evitando distorções de mercado que se assemelhem a monopólios privados. É fundamental para o país que o setor ferroviário seja mais plural e com um número maior de operadores.

    RBT – O decreto no 11.245/2022 foi publicado para regulamentar a lei no 14.273/2021, denominada de “Lei das Ferrovias”, e institui o programa de desenvolvimento ferroviário, cujo objetivo é criar condições para acelerar o processo de devolução de trechos subutilizados na malha ferroviária concedida. Qual é a sua visão sobre a aplicabilidade prática desse decreto?

    José Luis Vidal – A lei aprovada pelo Congresso moderniza o setor e gera mais empregos, possibilitando o investimento privado em ferrovias. O novo marco cria condições para aumentar a eficiência, promovendo a diminuição de sobrecustos por sobreutilização do transporte rodoviário, estipulando a autorregulação, reprimindo as práticas anticompetitivas, permitindo o múltiplo acesso às ferrovias e criando o agente transportador ferroviário.
    O instrumento das autorizações já apresentou resultados muito significativos no setor portuário com a atual Lei de Portos (Lei 12.815/2013) e, mais recentemente, no setor aeroportuário (Aeroporto Catarina, em São Roque). Estima-se que o mesmo ocorrerá no setor ferroviário, uma vez que as autorizações apresentam um regime jurídico mais ágil e menos burocrático em comparação com
    as concessões.
    Atualmente, estão estimados investimentos de R$ 240 bilhões, nos próximos 10 anos, ou seja, quinze vezes mais do que os R$ 16 bilhões investidos no setor, nos últimos 10 anos. Em um momento em que o Estado brasileiro precisa priorizar o combate às carências sociais, e, simultaneamente, ampliar a infraestrutura, sempre precursora do desenvolvimento, a criação de soluções combinadas são essenciais para o contínuo crescimento do país. As autorizações ferroviárias, de iniciativa e financiamento privado, além de altamente convergentes com o conceito ESG, são fundamentais para a necessária ampliação da participação ferroviária na matriz de transportes nacional.

    RBT – O decreto no 11.245/2022 estipulou prazos para que as autorizatárias cumpram as etapas para o início da implantação das vias. São três anos para obter a licença prévia, cinco anos
    para a licença de instalação e 10 anos para a de operação. Esses prazos são adequados? Quais são os principais projetos prontos para serem implementados?

    José Luis Vidal – A ANFA entende que o modelo de autorizações pode ajudar a acelerar o desenvolvimento do país, ampliando a movimentações de cargas e apoiando a redução do Custo Brasil. O grande número de autorizações solicitadas reforça que há, de fato, grande demanda reprimida para movimentação em ferrovias.
    Inicialmente, os prazos são viáveis, mas, para que os projetos comecem a ser implementados, é importante a criação de uma normatização adequada, que garanta segurança jurídica para atração do investidor privado, seja doméstico ou internacional.
    Também é importante destacar que o contrato de autorização ferroviária é o passo inicial para o desenvolvimento do projeto e que, com a realização dos estudos de engenharia, por exemplo, muitas vezes é necessária a revisão do traçado definido inicialmente no contrato.

    RBT – Atualmente, as autorizações ferroviárias totalizam 22 mil quilômetros de novos trilhos em todo o país, com projeção de investimentos de mais de R$ 258 bilhões de recursos 100% privados. Mesmo assim, os investimentos públicos no setor ferroviário ainda serão necessários?

    José Luis Vidal – Entendemos que o sistema ferroviário brasileiro deveria ser composto por mais de um modelo de gestão. Os investimentos privados em ferrovia substituirão, em parte, a necessidade de investimentos públicos no setor, já que as ferrovias, como todas as infraestruturas de logística e transportes, são investimentos de grande monta e indutores do desenvolvimento, e novas fronteiras econômicas podem ser abertas no Brasil com um transporte ferroviário eficiente e econômico, como a vasta experiência mundial demonstra há mais de um século.

    Importante lembrar que o Brasil é composto de inúmeras realidades diferentes, isso deve servir para nos mostrar que os modelos de cada região têm suas particularidades e devemos buscar modelos se aproximem ao máximo destas realidades. Que operar commodities minerais e ou agrícola é absolutamente diferente de operar carga geral e que, por tal, os compromissos de investimentos, as taxas de retorno, a gestão dos ativos, entre muitos outros pontos, têm de ser considerados de formas particulares e pontuais.

    RBT – Por fim, como você analisa o mercado ferroviários brasileiro, em termos de demanda, atratividade comercial, segurança operacional, qualidade de serviço, regulação, eficiência energética, geração de empregos, controle ambiental e viabilidade financeira?

    José Luis Vidal – O comprometimento com o meio ambiente não é mais uma opção e sim um pré-requisito de sobrevivência nessa nova forma de fazer negócio. As ferrovias autorizadas podem contribuir para o desenvolvimento de uma visão sistêmica do transporte brasileiro que possibilite o equilíbrio da matriz de transporte, propiciando a redução no consumo de energia fóssil, contribuindo para a diminuição das emissões de CO2. Com a ferrovia, a redução nas emissões de poluentes na atmosfera, comparada com o uso da rodovia, é estimada em cinco vezes, (fls. 24/27, Boletim de Logística – A Retomada dos Investimentos Ferroviários para Aumentar a Eficiência da Matriz de Transportes). Com isso, a ampliação da malha ferroviária contribui com o cumprimento das metas globais assumidas pelo Brasil, reduzindo as emissões de CO2 e colaborando para o controle do clima.

  • Agência homologa reajuste de 5% de tarifa da Ferrovia Norte-Sul

    Agência homologa reajuste de 5% de tarifa da Ferrovia Norte-Sul

    A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) homologou reajuste de 5,03% da tabela tarifária da ferrovia Norte-Sul. A decisão foi publicada pelo Ministério do Transporte no Diário Oficial da União de hoje (2).

    Além da fórmula usada no cálculo da tarifa, a Decisão nº 17 apresenta uma tabela com valores a serem cobrados para cada tipo de mercadoria: adubos e fertilizantes; cimento, cal e clinquer (matéria prima básica de diversos tipos de cimento); açúcar; óleo vegetal; grãos e farelos; combustíveis; e algodão, entre outros.

    A decisão inclui ainda os valores a serem cobrados por contêineres cheios e vazios, de 20 e de 40 pés; bem como a tarifa que será cobrada para direito de passagem.

    Espinha dorsal

    A Ferrovia Norte-Sul foi concebida com o propósito de ser a espinha dorsal do sistema ferroviário brasileiro, por meio da qual as principais malhas ferroviárias seriam interligadas, facilitando o escoamento da produção nacional e permitindo a conexão entre diversas regiões produtoras e os grandes portos do país.

    Quando concluída, terá mais de 4 mil quilômetros e cortará o país de forma longitudinal, indo do Rio Grande do Sul até o Pará, passando pelas regiões Sudeste e Centro-Oeste e fazendo interligações para o Nordeste, em especial, o Maranhão.

    As primeiras discussões sobre a construção dessa ferrovia foram feitas em 1985 e tinham como maior entusiasta o então presidente da República José Sarney.

  • Governador de MT articula liberação da Ferrogrão e melhorias para BRs

    Governador de MT articula liberação da Ferrogrão e melhorias para BRs

    O governador Mauro Mendes (União) pediu empenho do ministro dos Transportes, Renan Filho, para a liberação da Ferrogrão e nas obras necessárias para a melhoria das BRs 242 e 158.

    Mauro se reuniu com o ministro, na noite de quinta-feira (26), jcomsenadores Wellington Fagundes (PL), Jayme Campos (União) e Margareth Buzetti (PSD).

    Também participaram da reunião os secretários de Estado Mauro Carvalho (Casa Civil) e Rogério Gallo (Fazenda).

    “Essas são importantes obras que, tenho a certeza que, sob a experiência do ministro Renan Filho, haverão de andar em Mato Grosso. Essas são obras estruturantes para o agronegócio brasileiro e para toda a população mato-grossense”, afirmou o governador.

    Mauro Mendes explicou que o trecho de 120 km da BR-158 que precisa ser executado contorna a reserva Marãiwatsédé, cortando os municípios de Bom Jesus do Araguaia, Serra Nova Dourada e Alto Boa Vista, no Nordeste de Mato Grosso, e há anos não consegue liberação.

    Com isso, os caminhoneiros sofrem com atoleiros, buracos e congestionamentos.

    Na BR-242, o principal problema é no trecho que liga o distrito de Santiago do Norte a Querência, por conta de pendências em licencas ambientais.

    Já a Ferrogrão, de acordo com o governador, será uma importante alternativa para o escoamento da produção, que vai se somar à Ferrovia Estadual viabilizada pelo Governo de Mato Grosso – já em obras.

    A ferrovia vai ligar o município de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) até o Porto de Miritituba, no Pará.

    “Mato Grosso é um Estado muito importante para o desenvolvimento nacional e nós vamos nos dedicar para melhorar a infraestrutura e facilitar a vida de quem produz e de quem mora na região. Daremos prioridade a essas obras em Mato Grosso são as obras da 242 e da 158”, afirmou o ministro.

    O senador Wellington Fagundes também pediu agilidade na concessão da BR-364, na região de Rondonópolis, no Sul do Estado.

    “A BR-364, de Rondonopolis a Jataí, que já está duplicada até Jataí, é uma concessão que o ministério já está trabalhando junto com a ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres]. Essa concessão é extremamente importante e viável também”, relatou o senador.

  • Automação e operação de dados no setor ferroviário

    Automação e operação de dados no setor ferroviário

    O mercado atual demanda sustentabilidade e agilidade nos serviços, com isso os empreendimentos para a infraestrutura férrea dependem da mitigação das variações climáticas e a prevenção a eventos críticos, pois o progresso das atividades está relacionado ao Clima.

    Um rendimento elevado atrai investimentos, o conhecimento técnico e uma elaborada análise nas áreas de atuação facilitam para uma estratégia adequada e tomada de decisões apropriadas. Uma boa prática e domínio das funções aliados a ferramentas tecnológicas e bem calibradas reduzem falhas e gastos.

    Os episódios adversos podem ser contornados de forma simples e ágil, com a instalação de instrumentos que ajudam nas decisões, agregados a informações e projeções para o devido preparo e abordagem ser tomada em cenários distintos que auxiliam para um serviço mais rápido.

    O estudo dos dados recolhidos e compilados é fundamental para uma previsão correta e atuação apropriada diante de incidentes e problemas de rotina.

    Recursos disponíveis: 

    • coleta de dados e gestão de informações integrando modelos;

    • armazenamento e processamento de grande volume de dados;

    • integração de dados para geração de estatísticas e cruzamento de informações;

    • modelos matemáticos dedicados a interação com o sistema de controle;

    • gestão de malhas de controle e operação, pré-requisito importante para sistematizar a operação e alimentar sistemas inteligentes posteriormente;

    • definição de metas operacionais e de desempenho;

    • identificação automática de desvios operacionais e ineficiências;

    • geração de alertas;

    • apontamentos e procedimentos referentes aos alertas para análise de causa e efeito no sistema de operações;

    • automação e comunicação eficaz.

    O sistema de gestão de dados, permite um maior controle no tempo de empreitada, possibilitando ajustes em tempo real. É essencial a incorporação de avançadas ferramentas de controle, para diminuir suspensões em obras de construção e manutenção da infraestrutura ferroviária. Para uma maior durabilidade das ferrovias, existem momentos certos para o trabalho em campo, saber quando acontecem sucessivos períodos sem tempestades, vendavais ou chuvas fortes contínuas podem evitar acidentes graves.

     Principais benefícios:

    • otimização do tempo;

    • aumento na produção;

    • redução de custos operacionais;

    • maior conservação, preservação dos materiais e obras;

    • identificação de concertos providenciais;

    • maior eficiência na manutenção preventiva;

    • melhoria na gestão integrada.

  • Governo destinará R$ 1,7 bilhão para setor rodoviário e ferroviário

    Governo destinará R$ 1,7 bilhão para setor rodoviário e ferroviário

    Os setores rodoviário e ferroviário terão cerca de R$ 1,7 bilhão para retomar e intensificar obras, preparar rodovias para o período de chuvas, garantir o escoamento da safra agrícola e diminuir o número de acidentes graves. Os recursos fazem parte das ações prioritárias dos 100 dias de governo divulgadas nesta quarta-feira (18) pelo Ministério dos Transportes.

    Segundo a pasta, o valor possibilitará a entrega de 861 quilômetros pavimentados, revitalizados e sinalizados até abril de 2023. Ainda haverá a construção e revitalização de 72 pontes e viadutos no mesmo período. As principais entregas estão incluídas em 12 rodovias que cortam o país: a BR-432/RR, BR-364/AC, BR-116/CE, BR-101/SE, BR-116/BA, BR-080/GO, BR-101/AL, BR-381/MG, BR-, 447/ES, BR-163/PR, BR-470/SC e BR-116/RS.

    De acordo com o ministro dos Transportes, Renan Filho, haverá a retomada de mais 670 quilômetros de obras atualmente paradas por falta de verbas. Até o fim de 2022, havia mais de 100 empreendimentos em rodovias com ritmo lento ou paradas.

    “Nossa meta é interromper a involução do setor dos últimos quatro anos. Estamos abertos a aprimorar nossos procedimentos para atrair mais investimentos privados, somando esforços com os recursos públicos”, disse.

    Sugestões

    O Ministério dos Transportes também recebeu 6 mil sugestões de ações prioritárias por meio de uma consulta pública. Segundo a pasta, a maioria busca ampliar a competitividade da infraestrutura e da logística de transportes de cargas e pessoas; promover a segurança do trânsito; melhorar a qualidade da infraestrutura e serviços de transportes; e outros pontos relacionados à redução da burocracia, sustentabilidade, governança e acesso à informação.

    Edição: Denise Griesinger

  • Governador de Mato Grosso afirma que ferrovia não servirá só para o agronegócio

    Governador de Mato Grosso afirma que ferrovia não servirá só para o agronegócio

    Mauro Mendes afirmou, na última terça-feira (3), que a ferrovia estadual não servirá apenas para atender o agronegócio de Mato Grosso, mas será importante também para a industrialização do Estado.

    O governador afirmou, em entrevista à Jovem Pan News, que a industrialização no Estado já vem de gestões anteriores, mas que a ferrovia deve acelerar este processo.

    “A industrialização […] nós sabemos que é um passo que já iniciou, não agora no meu governo, já iniciou há muitos anos, e essa melhoria da logística, a ferrovia, por exemplo, será muito boa para o agronegócio que tem uma grande capacidade de crescer […], mas essa ferrovia além de ajudar melhorar a logística do agronegócio ela vai ser a ferrovia da indústria porque ela nos liga aos grandes centros consumidores que é a região sul, sudeste, São Paulo, vai permitir trazer algumas matérias-primas um pouco mais baratas, escoar aquilo que pode e poderá ser produzido com essa industrialização dessas commodities agrícolas que nós já produzimos com muita competência”.

    Mauro disse que tem experiência com o setor, por ser empresário e ter sido presidente da Federação das Indústrias, e citou que Mato Grosso também tem vocação para isso como, por exemplo, tem sido no caso da produção de etanol.

    “A indústria de etanol de milho, por exemplo, hoje o estado de Mato Grosso já é, além do maior produto soja, de milho, de algodão, de carne, já somos também o maior produtor de etanol, de álcool a partir do milho, então, isso mostra que esse processo de transformação desses produtos primários, eles já começaram e se Deus quiser vão manter firme o ritmo nos próximos anos”.

    O chefe do Executivo estadual, porém, lembrou que a ferrovia será sim importante para a escoação da produção do estado, bem como outras obras e ações em rodovias.

    “Além da logística rodoviária, nós temos a ferrovia estadual que colocamos de pé, que vai fazer com que a chegue ao centro do coração da produção do agronegócio no nosso estado e com isso e com tantas outras ações nós estamos dando passos largos para melhorar e dar mais competitividade com a logística em todas as regiões aqui do nosso estado”.

    Mendes citou a concessão das BRs 174 e 163 e que o Governo irá aportar mais de R$ 1 bilhão em obras em rodovias. Com relação à rodovia, as obras foram iniciadas em novembro de 2022.

  • Ao tomar posse, Renan Filho diz que vai trabalhar para ampliar participação de ferrovias na matriz de transportes

    Ao tomar posse, Renan Filho diz que vai trabalhar para ampliar participação de ferrovias na matriz de transportes

    Ao tomar posse como titular do Ministério dos Transportes, Renan Filho anunciou que apresentará em 15 dias um plano com retomada de obras e ampliação de parcerias privadas. O plano de 100 dias busca retomar obras paradas por faltas de recursos, analisar os contratos dos 15 mil quilômetros de rodovias concedidas e ampliar a participação do setor privado. Outra prioridade será a ampliação de ferrovias na matriz de transportes do país.

    Neste contexto se encaixam projetos de ferrovias que vão atender Mato Grosso, como a Ferrogrão e a Ferrovia de Integração Centro Oeste (FICO). No caso da Ferrogrão, no domingo (01), Renan Filho disse à imprensa que pretende atuar para liberar o projeto que está suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    Segundo o ministro, outras metas são colocar a segurança viária como prioridade e investir com critério nas áreas mais necessitadas, dando a atenção necessária aos estados com a malha viária mais depreciada. “Vamos modernizar a logística nacional, reduzindo custos e contribuindo para o setor produtivo (…) O Ministério dos Transportes se guiará pelas melhores práticas de Governança, pela preocupação com o aspecto social e pelo respeito ao meio ambiente”, disse.

    Estrutura

    Criada a partir do desmembramento do extinto Ministério da Infraestrutura, a pasta dos Transportes terá três secretarias nacionais: Transporte Rodoviário; Transporte Ferroviário; e de Trânsito. Ficam vinculadas como autarquias o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

    O MT ainda comanda dois órgãos colegiados: a Comissão Nacional das Autoridades de Transportes Terrestres (Conatt) e o Conselho Nacional de Trânsito – Contran (Contran). “Em 15 dias, pretendo apresentar um plano de ação para os próximos 100 dias à frente deste Ministério. Antecipo que vamos solucionar dificuldades orçamentárias encontradas até aqui, não apenas para um ano, mas de forma sustentável”, ressaltou.

    Entre as competências do ministério estão a política nacional de transportes ferroviário e rodoviário; a política nacional de trânsito; participação no planejamento estratégico, no estabelecimento de diretrizes para sua implementação e na definição das prioridades dos programas de investimentos em transportes ferroviário e rodoviário, em articulação com o Ministério de Portos e Aeroportos, também criada do desmembramento da pasta da Infraestrutura.