Tag: ferrovia

  • Moraes suspende por mais 90 dias processo sobre ferrovia que ligará Sinop a Itaituba

    Moraes suspende por mais 90 dias processo sobre ferrovia que ligará Sinop a Itaituba

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta quarta-feira (15), por mais 90 dias, o processo que trata da legalidade da construção da Ferrogrão, nova ferrovia que ligará Sinop, no norte de Mato Grosso, a Itaituba, no Pará.

    Em setembro do ano passado, Moraes determinou a suspensão do processo por seis meses após autorizar a conciliação entre as partes no intuito de solucionar o impasse para a construção da ferrovia. A discussão envolve compensações ambientais, oitiva de indígenas e elaboração de estudos.

    Ao determinar a nova suspensão do processo que envolve a questão, o ministro disse que o processo de conciliação está em “estágio avançado”.

    Em março de 2021, Moraes suspendeu a Lei nº 13.452/2017. A norma alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim para permitir a construção da ferrovia. O caso chegou ao Supremo por meio de uma ação protocolada pelo PSOL, que questionou o descumprimento de medidas ambientais.

    Após a posse do novo governo, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou um parecer ao Supremo no qual mudou seu posicionamento e passou a defender a inconstitucionalidade da lei. No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o órgão era favorável à legislação.

    A construção da Ferrogrão é articulada desde o governo do ex-presidente Michel Temer. O projeto da ferrovia pretende resolver problemas de escoamento da produção agrícola do Mato Grosso para o norte do país

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  • Seminário em Santarém discute viabilidade socioambiental da Ferrogrão

    Seminário em Santarém discute viabilidade socioambiental da Ferrogrão

    A viabilidade da Ferrogrão será discutida em Santarém, nesta terça e quarta-feira. O Seminário Técnico sobre Viabilidade dos Aspectos Socioambientais da Ferrovia EF-170 é realizado pela Subsecretaria de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes.

    Durante dois dias, o evento reunirá representantes da sociedade civil, comunidades indígenas, acadêmicos e organizações não governamentais para discutir temas cruciais, incluindo o histórico e os impactos socioambientais do Corredor Logístico Norte, além de abordar detalhes sobre o projeto da Ferrogrão.

    Um dos pontos em destaque será o direito à consulta livre, prévia, informada e de boa-fé, bem como a governança territorial e demarcação, questões fundamentais para garantir a participação efetiva das comunidades afetadas.

    Este seminário representa uma oportunidade crucial para debater e avaliar os aspectos socioambientais do projeto da Ferrogrão, visando garantir que seu desenvolvimento seja sustentável com as comunidades locais e o meio ambiente.

    A Ferrogrão interligará Santarém a Sinop e é vista como fundamental para a melhora da logística no escoamento de grãos produzidos em Mato Grosso.

  • Ferrovia Estadual: empresa faz investimentos para transformar a logística regional

    Ferrovia Estadual: empresa faz investimentos para transformar a logística regional

    O escritório administrativo da empresa Rumo Logística foi oficialmente inaugurado em Primavera do Leste-MT, marcando um importante marco para o desenvolvimento regional. A cerimônia, realizada na sexta-feira (03.05), contou com a presença do prefeito municipal, Leonardo Bortolin, e diversas autoridades locais. A presença da companhia na cidade, há cerca de dois meses, está relacionada ao avanço das obras da Ferrovia Estadual Senador Vicente Vuolo, que terá mais de 700 quilômetros de expansão, ligando Rondonópolis até Lucas do Rio Verde e passando por Cuiabá, com recursos 100% privados.

    Durante a cerimônia, o gerente executivo de implantação, Henrique Domingues, apresentou aos presentes os números impressionantes relacionados à obra. Estima-se que serão utilizadas 89 mil toneladas de trilhos, o equivalente a nove Torres Eiffel, e uma movimentação de terraplanagem de 183 milhões de metros cúbicos. Além disso, mais de 1.000.000 de metros cúbicos de concreto serão utilizados, o que seria suficiente para construir 13 pontes estaiadas Octávio de Oliveira, um dos cartões postais de São Paulo.

    O impacto econômico em Primavera do Leste já é sentido e deverá ser ampliado durante a execução dos trabalhos. Atualmente, 250 trabalhadores estão contratados no município, com expectativa de aumento para até 600, e esse número pode chegar a 5 mil no trecho entre Rondonópolis e Primavera. Doze empresas prestadoras de serviços já estão contratadas, e esse número pode mais que dobrar durante o pico das obras.

    A Rumo também está contribuindo para a movimentação econômica local através da aquisição de produtos em lojas de materiais de construção, EPIs, peças mecânicas, mobiliário e alimentos, entre outros. O gerente de Relações Governamentais da companhia, Vinicius Roder, destacou o desejo de realizar todas as contratações no município, enfatizando a robusta infraestrutura da cidade para comportar as demandas da obra.

    A inauguração do escritório administrativo da Rumo em Primavera do Leste marca o início de uma nova fase para a cidade e todo o Estado de Mato Grosso. Comemorando seus 38 anos de emancipação neste mês de maio, o prefeito Leonardo Bortolin expressou sua confiança na competência da companhia em gestão e investimentos, destacando que a chegada da ferrovia representará uma transformação na logística e economia do município.

    O diretor do Sindicato Rural, José Nardes, enfatizou a importância dos avanços logísticos para o desenvolvimento da agricultura mato-grossense, parabenizando a Rumo pelo trabalho realizado e ressaltando o apoio dos produtores rurais ao projeto. Com a previsão de mais de 200 quilômetros de obras nesta primeira fase, a construção da infraestrutura ferroviária representa um investimento entre R$ 4,0 bilhões e R$ 4,5 bilhões, trazendo um novo horizonte de desenvolvimento para a região.

  • Visita técnica da ANTT atesta avanços nas obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO)

    Visita técnica da ANTT atesta avanços nas obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO)

    A Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) é uma das grandes promessas para o transporte de cargas no Brasil, ligando as produtivas regiões do Centro-Oeste à Ferrovia Norte Sul e, consequentemente, aos portos estratégicos de Santos e São Luís, o que vai promover integração nacional e desenvolver ainda mais a economia do país. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável por regular e fiscalizar os trabalhos e a concessão, periodicamente realiza visitas técnicas de acompanhamento. O avanço físico das obras está, até o momento, em 13,28% e a previsão é de chegar aos 33,28% até dezembro.

    O trecho em foco, conhecido como FICO 1, estende-se por 383 quilômetros, conectando Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT). Durante a última inspeção, que ocorreu no último fim de semana (19 a 21/4), a Diretoria e os fiscais da ANTT constataram um significativo avanço nas atividades conduzidas pela Concessionária Vale S.A., responsável pela execução das obras. De outubro de 2023 até agora, a conclusão da terraplenagem saiu de 9,87% para 13,28%, projetando-se para atingir 33,28% até dezembro de 2024. Além disso, a gestão fundiária liberou aproximadamente 238,5 quilômetros em dezembro de 2023, com uma tendência de alcançar 364 quilômetros até o fim deste ano.

    As obras da alça de ligação da FICO com a Ferrovia Norte-Sul, que já está em operação no Tramo Central, na altura de Mara Rosa/GO, estão bem adiantadas e em breve permitirão a instalação de trilhos, o que promoverá o carregamento de materiais para o avanço das obras com maior eficiência logística. Também estão em andamento as obras de infraestrutura no pacote 3, entre os km 80 a 104, próximo a Santa Terezinha de Goiás.

    No âmbito da engenharia, os pacotes de projetos avançam de acordo com o cronograma estabelecido. Os pacotes de 1 a 7 já obtiveram certificações para início de obras ainda ano passado, enquanto os pacotes de 7 a 11 estão previstos para terem suas obras iniciadas até dezembro de 2024. As autorizações da ANTT para os diferentes pacotes demonstram um compromisso conjunto com o progresso do empreendimento.

    Compromissos e metas para 2024

    Apesar dos avanços, ainda existem metas a serem alcançadas em 2024. A obtenção da certificação dos projetos executivos, a autorização da ANTT para execução de obras em diferentes pacotes, a conclusão das desapropriações e o avanço das obras em cada pacote são algumas das prioridades previstas.

    As implementações incluem o desenvolvimento técnico para otimização do projeto, início das atividades arqueológicas, obtenção das licenças e autorizações ambientais e realização de todos os processos de contratação relativos aos serviços de infraestrutura de cada pacote.

    O projeto da FICO surgiu como contrapartida da renovação antecipada do contrato de concessão da Ferrovia Vitória a Minas, destacando-se como um investimento estratégico para a economia brasileira. Para o diretor da ANTT, Rafael Vitale, a FICO representa uma revolução logística que promoverá outra revolução no desenvolvimento regional e nacional. O prazo para conclusão das obras da ferrovia é de cinco anos.

    “Verificamos que a obra está a todo vapor. Gosto muito de trabalhar com revolução e sei que estamos diante de uma neste momento. É uma grandiosidade da engenharia, uma logística gigantesca para nosso país e mais uma melhoria que vai beneficiar a todos os usuários”, concluiu Vitale.

  • Nos Trilhos de Mato Grosso: Sistema Fiemt e Rumo realizam programa para capacitar e recrutar trabalhadores

    Nos Trilhos de Mato Grosso: Sistema Fiemt e Rumo realizam programa para capacitar e recrutar trabalhadores

    O Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai MT) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL MT), em parceria com Rumo, maior operadora logística ferroviária do Brasil, lançam o maior programa de recrutamento e qualificação profissional de Mato Grosso. Nos Trilhos de Mato Grosso tem como objetivo ofertar recrutar, selecionar e capacitar pessoas para trabalhar nas empreiteiras responsáveis pela construção da Ferrovia Estadual Senador Emílio Vuolo. No total, a ação vai beneficiar mais de 4 mil trabalhadores envolvidos em toda a obra.

    Em parceria com o Senai, nessa fase, o programa vai ofertar 280 vagas gratuitas em cursos de qualificação profissional. Serão realizadas 14 turmas presenciais, sendo sete na unidade Senai de Rondonópolis e sete em Jaciara. Os cursos oferecidos são para ajudante de obras, armador de estruturas pesadas, carpinteiro de obras, mestre de obras com ênfase em terraplanagem e construção, operador de caminhão basculante, pipa e guindauto, operador de escavadeira e construtor de alvenaria.

    As capacitações são compostas por 20 horas de iniciação em Sistemas Ferroviária, tratando ainda sobre saúde, segurança e meio ambiente; de 160 a 420 horas com formações específicas em 16 diferentes cursos de qualificação profissional; e de 8 a 16 horas com conhecimentos sobre normas regulamentadoras (NR 12 para operadores de máquinas, NR 35 para montadores e NR 18 em todas as formações).

    Outra frente de trabalho será realizada pelo IEL MT que disponibilizará um banco de talentos exclusivo para ser acessado pela Rumo e pelas empresas que fazem parte das obras. “Esse banco será alimentado por ações lideradas pelo Instituto, como a Feira de Empregos. O programa visa estimular a geração de empregos, com pessoas capacitadas que buscam uma oportunidade no mercado de trabalho às vagas ofertadas pelas empresas”, ressaltou a gerente de Negócios do IEL MT, Bruna Faria.

    A Rumo espera atrair talentos de todos os níveis para o desenvolvimento dos trabalhos neste novo trecho operacional da ferrovia. Aos interessados em participar das capacitações profissionais, o gerente de Marca Empregadora da Rumo, Tiago Proba, destaca o desafio que o projeto tem em chegar a mais de 4 mil postos de trabalho, somente em 2024. “São pessoas diretamente ligadas à construção da ferrovia. As empreiteiras tem capacidade para absorver o público de profissionais locais que estejam qualificados. Os profissionais que passarem pelas turmas do Programa Trilhos de MT terão grandes possibilidades de serem empregados dentro da construção da ferrovia. Eles serão avaliados durante a realização do curso e direcionados para as vagas que estejam potencialmente aptos”, explica Proba.

    As inscrições podem ser feitas virtualmente. Mais informações pelo telefone 0800 646 6101.

    A Ferrovia

    Iniciada em novembro de 2022, as obras da nova ferrovia terão mais de 700 quilômetros de extensão e irá conectar os municípios de Rondonópolis, Cuiabá e Lucas do Rio Verde. Com previsão de ser concluída em prazo máximo de 10 anos, as obras vão abranger 16 municípios mato-grossenses, estimulando a geração de empregos diretos e indiretos.

    A geração de empregos será um dos grandes legados da ferrovia. Desde que os trabalhos foram iniciados, a ferrovia já mobilizou mais de 1.000 profissionais na construção do primeiro viaduto ferroviário de Rondonópolis entregue no primeiro semestre de 2023 e em outros cinco viadutos que estão em construção entre Rondonópolis e Juscimeira. A empresa também está executando a terraplanagem por 35 km do traçado projetado que segue em direção ao Médio-Norte.

  • Grupo espanhol ACS demonstra interesse em investir em ferrovias no Brasil

    Grupo espanhol ACS demonstra interesse em investir em ferrovias no Brasil

    Brasília, 31 de março de 2024 – O ministro dos Transportes, Renan Filho, se reuniu com o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, na sede do clube espanhol em Madri, para discutir as possibilidades de investimento do grupo ACS em ferrovias no Brasil.

    ACS já atua no Brasil por meio da concessionária Arteris, responsável pela obra do contorno rodoviário de Florianópolis (SC). O grupo demonstra interesse em direcionar seu foco para obras de ferrovias no país.

    Segundo o ministro Renan Filho, o encontro foi positivo e o grupo ACS se mostrou muito interessado em investir no Brasil. “Eles estão muito animados com o potencial do país e com as oportunidades que o nosso governo está oferecendo para o investimento privado”, disse o ministro.

    Os investimentos do grupo ACS podem trazer diversos benefícios para o Brasil, como a modernização e expansão da malha ferroviária, a geração de novos empregos e renda e a redução do custo do transporte de cargas.

    O governo brasileiro está trabalhando para criar um ambiente de negócios mais favorável ao investimento privado em infraestrutura. A priorização da modernização e expansão da malha ferroviária é um dos pilares do desenvolvimento nacional.

    O interesse do grupo ACS é um sinal positivo para o futuro do setor ferroviário brasileiro. Com investimentos adequados, o modal ferroviário pode se tornar um importante vetor de desenvolvimento para o país.

    O ministro Renan Filho destacou a importância da parceria entre o governo e o setor privado para o desenvolvimento do Brasil. “Estamos trabalhando juntos para que o país possa aproveitar todo o seu potencial e se tornar um dos maiores players da economia global”, afirmou o ministro.

    A expectativa é que o grupo ACS anuncie em breve os seus planos de investimento no Brasil.

  • Ferrogrão: secretário do MT diz que projeto conseguiu avançar

    Ferrogrão: secretário do MT diz que projeto conseguiu avançar

    O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, utilizou uma rede social para abordar o recente adiamento das negociações em torno da Ferrogrão, um projeto de ferrovia com potencial para impactar áreas indígenas protegidas. Em seu comunicado, Santoro enfatizou avanços na escuta das comunidades originárias, refutando informações contrárias divulgadas nas redes sociais e destacando esse ponto como um progresso significativo.

    Com um custo estimado em R$ 28 bilhões, a Ferrogrão visa a conectar o Porto de Miritituba, no Pará, ao município de Sinop, em Mato Grosso, abrindo um novo corredor para o escoamento da produção agrícola. No entanto, o projeto enfrenta contestações ambientais e legais, estando paralisado desde 2021 por ações judiciais, inclusive uma no Supremo Tribunal Federal (STF).

    Diante das pressões de organizações não governamentais (ONGs) indígenas, o governo federal prometeu novas rodadas de debates após manifestações recentes, o que foi interpretado por alguns como mais um adiamento. Santoro, por sua vez, ressaltou que o projeto enfrenta outros desafios além das questões com as comunidades indígenas, incluindo a defasagem nos estudos econômicos, que não incorporaram os impactos da pandemia nos custos.

    O número dois do ministro Renan Filho explicou que o traçado definitivo da Ferrogrão ainda está em processo de definição, assim como o projeto executivo e a licença prévia ambiental. Ele enfatizou a importância do diálogo e da atualização dos estudos para a construção responsável da ferrovia, destacando a complexidade do projeto, que exigirá tempo e envolvimento de diversos setores da sociedade.

    George Santoro também salientou o papel do governo em destravar o processo no STF para atualização dos estudos e resolver questões pendentes, como o uso de terras indígenas, uma medida implementada por Medida Provisória no governo anterior. Ele antecipou que a atualização dos estudos será divulgada em breve, reforçando a necessidade de um diálogo contínuo e responsável para o desenvolvimento do projeto Ferrogrão.

  • Indígenas protestam contra construção da Ferrogrão

    Indígenas protestam contra construção da Ferrogrão

    Indígenas dos povos Munduruku, Kayapó, Panará, Xavante, do Tapajós, ribeirinhos e agricultores familiares realizaram nesta segunda-feira (4), em Santarém, no Pará, um protesto contra a construção da Ferrogrão. Com 933 quilômetros (km) de extensão, a ferrovia ligará Sinop, em Mato Grosso, ao porto paraense de Miritituba. O projeto prevê passagens por áreas de preservação permanente e terras indígenas, onde vivem aproximadamente 2,6 mil pessoas.

    “Os parentes denunciaram a ausência de Consulta Prévia Livre e Informada, a fragilidade dos estudos de impacto e os riscos socioambientais da ferrovia”, postou a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira na rede social X. “Em frente ao Porto da Cargill, em Santarém (PA), os povos fortaleceram sua posição de resistência aos projetos de logística que atingem territórios e ameaçam a vida. Trilho de destruição: Ferrogrão NÃO!, protesta a organização.

    Ainda nesta segunda-feira, os manifestantes realizarão um julgamento simbólico da Ferrogrão, voltada para exportação de grãos do agronegócio. A obra é defendida como uma alternativa à Rodovia BR-163, principal via de escoamento do agro no Centro-Oeste e será construída paralelamente à estrada. O julgamento será no auditório da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).

    A Ferrogrão tem custo estimado de R$ 24 bilhões e prazo de concessão de uso de 69 anos. Em 2017, o governo do ex-presidente Michel Temer editou uma medida provisória, depois convertida em lei, que alterava limites de quatro unidades de Conservação do Pará para a construção da ferrovia.

    O PSOL entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 6.553) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) com o argumento de que uma medida provisória não poderia ser o instrumento jurídico para alterar o limite de unidades de conservação.

    Em setembro do ano passado, o ministro do STF Alexandre Moraes suspendeu por 6 meses a ação que julgava a constitucionalidade da construção da ferrovia e também determinou a realização de estudos de impacto ambiental e consulta aos povos impactados pela obra.

    Na sequência, o Ministério dos Transportes criou, em outubro, um grupo de trabalho, com representantes do governo federal, da sociedade civil, de comunidades indígenas e de representantes dos autores da ADI. O objetivo é acompanhar os processos e os estudos relacionados ao projeto, além de discutir aspectos socioambientais e econômicos do empreendimento e facilitar o diálogo entre as partes interessadas.

    A expectativa é que Alexandre de Moraes decida sobre o tema ainda este mês.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Trilhos da Integração: Primeiros quilômetros da Ferrovia Estadual de Mato Grosso abrem caminho para o futuro

    Trilhos da Integração: Primeiros quilômetros da Ferrovia Estadual de Mato Grosso abrem caminho para o futuro

    Rondonópolis, MT – A Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo, a primeira do Brasil construída pela iniciativa privada, deu seus primeiros passos rumo ao futuro. Em fevereiro, os três primeiros quilômetros de trilhos foram assentados em Rondonópolis, marcando o início da obra monumental que ligará importantes polos do agronegócio mato-grossense e impulsionará a economia do estado.

    Ferrovia, uma obra faraônica:

    Com extensão total de 730 quilômetros, a ferrovia demandará investimentos de R$ 15 bilhões e terá 22 pontes, 21 viadutos, 2 quilômetros de túneis e 11,5 quilômetros de pontes. A primeira fase, ligando Rondonópolis a Campo Verde (211 km), deve ser concluída em três anos, com investimento de até R$ 4,5 bilhões.

    Benefícios para o estado:

    A nova ferrovia trará diversos benefícios para Mato Grosso, como:

    • Desafogar as rodovias: Estima-se que dois trens de 120 vagões retirem das estradas o equivalente a 700 caminhões, reduzindo o congestionamento e os custos de transporte.
    • Estimular o agronegócio: A ligação com o porto de Santos facilitará o escoamento da produção agrícola, impulsionando a competitividade do estado no mercado internacional.
    • Gerar emprego e renda: A obra gera milhares de empregos diretos e indiretos, impulsionando a economia local.

    Parceria público-privada:

    A Ferrovia Estadual é fruto de uma parceria inovadora entre o governo de Mato Grosso e a Rumo Logística, a maior concessionária ferroviária do país. A empresa será responsável por todo o investimento e operação da ferrovia.

    Um marco histórico:

     A construção da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo é um marco histórico para Mato Grosso. A obra representa um salto no desenvolvimento do estado, integrando regiões, gerando renda e impulsionando o agronegócio.

    Mais de mil trabalhadores:

    Atualmente, mais de mil trabalhadores estão envolvidos na construção da ferrovia. A Rumo estima que, neste ano, as obras serão feitas ao longo de 150 quilômetros.

    A Ferrovia Estadual de Mato Grosso é um projeto ambicioso que trará benefícios duradouros para o estado. A obra representa a visão de futuro de um estado que busca o desenvolvimento sustentável e a integração com o mercado nacional e internacional.

  • Empresa entrega primeiros 3km da ferrovia que ligará o sul do Estado eo médio-norte

    Empresa entrega primeiros 3km da ferrovia que ligará o sul do Estado eo médio-norte

    A Rumo concluiu em fevereiro a construção de aproximadamente 3 quilômetros de trilhos da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio, em Rondonópolis (225 km ao sul). Após um ano de terraplanagem e a construção de um viaduto, os trilhos agora formam os primeiros quilômetros da linha tronco e de uma linha auxiliar de descarga de insumos.

    Esta construção vai viabilizar o início do recebimento de materiais, via modal ferroviário, para a execução da nova ferrovia que conectará o sul de Mato Grosso à Cuiabá e ao Médio-Norte. Serão 743 quilômetros que integrarão o estado à rede ferroviária federal, ao mercado industrial e consumidor de São Paulo e ao principal complexo portuário do hemisfério sul, o Porto de Santos (SP).

    Para entregar os 3 quilômetros de trilhos foram utilizados 3.334 dormentes de concreto, 1.745 dormentes de madeira, dois aparelhos de Mudança de Via (AMVs) e 20 barras de trilhos (com 312 metros cada).

    “Esses primeiros trilhos simbolizam um novo capítulo na história da infraestrutura nacional. Mesmo sendo uma autorização estadual, a Ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo nasce com a vocação de impactar a economia nacional, ao construir um dos modais logísticos mais eficientes para o estado, que é símbolo do agronegócio. Mato Grosso tem uma indústria próspera e setores do comércio e serviços que podem se beneficiar muito das possibilidades do transporte ferroviário”, analisa Harley Silva, Gerente Executivo de Implantação de Obras Ferroviárias da Rumo.

    Além dos impactos econômicos positivos, a geração de empregos é outro grande legado da ferrovia. Análises do Observatório da Indústria da FIEMT (Federação das Indústrias de Mato Grosso), por exemplo, apontam “choque” de desenvolvimento na fase de implantação dos trilhos entre o Sul, capital e Médio-Norte do Estado. Somente na fase de construção do empreendimento estima-se a geração de 186 mil empregos em Mato Grosso. Desse total, 105 mil devem ser diretos, 41 mil indiretos e 40 mil induzidos, ou seja, aqueles gerados por conta da melhora da renda das famílias mato-grossenses, que irá aumentar e criará mais empregos.

    “Essa transformação está em andamento. Somando os profissionais envolvidos na construção do primeiro viaduto ferroviário de Rondonópolis e mais a quantidade de trabalhadores mobilizados nas etapas atuais, já mobilizamos neste primeiro ano mais de 1.200 profissionais”, comenta Tiago Proba, Gerente de Cultura, Atração, Diversidade e Marca Empregadora da Rumo.

    Recentemente, foi anunciada a realização de cursos de capacitação profissional, oferecidos pelo Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema FIEMT), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI MT) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL MT). A iniciativa visa selecionar, recrutar e capacitar profissionais que possam executar atividades na construção da Ferrovia Estadual Senador Emílio Vuolo. Os cursos do (SENAI) são voltados para a área de construção civil, e o IEL MT irá selecionar e recrutar os trabalhadores, disponibilizando o Banco de Talentos dos formados nos cursos. O recrutamento será feito após o cadastro dos currículos e triagem dos profissionais para as vagas disponíveis. Os contratos IEL Senai são com a Rumo, mas quem vai contratar são as construtoras que estão fazendo a obra. Para mais informações, acesseLink.