Tag: ferrovia

  • Governo e Vale avançam em acordo que pode destravar investimentos ferroviários no país

    Governo e Vale avançam em acordo que pode destravar investimentos ferroviários no país

    Na manhã de quarta-feira (19), foi assinada a admissibilidade do processo de solução consensual entre o Governo Federal e a mineradora Vale S.A., marcando um novo capítulo na tentativa de destravar investimentos estratégicos em infraestrutura ferroviária no país. A decisão foi formalizada pelo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo, durante reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e o secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro.

    O pedido de abertura do processo havia sido feito pelo Ministério dos Transportes em janeiro de 2025. Estiveram presentes ainda o diretor-presidente da Infra S.A, Jorge Bastos, o presidente do Conselho de Administração da Vale, Daniel Stieler, e demais executivos da mineradora.

    O acordo em negociação prevê o repasse de R$ 17 bilhões da Vale à União, que poderá ocorrer por meio de aportes diretos ao Tesouro Nacional ou por investimentos cruzados em projetos ferroviários. Entre os projetos estratégicos que podem ser viabilizados estão o corredor ferroviário Fico-Fiol, que liga o Centro-Oeste ao litoral baiano, e o ramal Cariacica-Anchieta, no Espírito Santo.

    Como parte das tratativas iniciais, a Vale já havia efetuado, em dezembro de 2024, o pagamento de R$ 4 bilhões à União, valor relacionado à sua base de ativos. Agora, com a admissibilidade assinada pelo TCU, o processo avança para uma nova fase: o Ministério dos Transportes, a Vale e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) terão 15 dias para indicar os representantes legais que participarão das negociações na Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso), unidade especializada do TCU.

    A comissão terá 90 dias para construir uma proposta consensual sobre a revisão dos valores de outorga referentes à renovação antecipada das concessões das ferrovias Vitória-Minas (EFVM) e Carajás (EFC). Após esse prazo, o Ministério Público junto ao TCU terá 15 dias para se manifestar e, em seguida, o ministro-relator terá 30 dias para apresentar a solução ao plenário do Tribunal.

    A expectativa é que o acordo permita maior previsibilidade para os investimentos do setor ferroviário, destrave obras paradas e fortaleça o modelo de concessões com foco em contrapartidas que beneficiem a malha logística nacional como um todo.

  • Show Safra 2025 promete transformar Lucas do Rio Verde em epicentro do agronegócio

    Show Safra 2025 promete transformar Lucas do Rio Verde em epicentro do agronegócio

    A diretoria da Fundação Rio Verde apresentou as inovações do Show Safra Mato Grosso 2025 a jornalistas luverdenses nesta sexta-feira (14), no auditório da Cooperativa Sicredi Ouro Verde. O evento, que ocorrerá de 24 a 28 de março em Lucas do Rio Verde, promete ser um marco na história da feira, impulsionando o agronegócio mato-grossense e consolidando o município como referência nacional no setor.

    O diretor executivo da Fundação, Rodrigo Pasqualli, destacou as melhorias estruturais e tecnológicas projetadas para esta edição, que ampliam a capacidade e a eficiência do evento. Entre as novidades, estão a instalação de uma nova rede hidráulica com capacidade para 500 mil litros de água, a ampliação da rede elétrica para 6.500 kva e um estacionamento monitorado com espaço para 8.500 veículos.

    Outros avanços incluem a criação de seis portões de acesso com infraestrutura voltada para acessibilidade, sanitários climatizados, 6.500 metros de ruas pavimentadas e cobertas, e uma via rodoviária exclusiva para facilitar o fluxo de até seis mil veículos por hora. O evento também contará com um ponto de acesso para aplicativos de mobilidade, um aeroporto exclusivo para recepção de convidados e 6.500 metros quadrados de pavilhões temáticos. Além disso, haverá segurança reforçada com monitoramento eletrônico e reconhecimento facial.

    A programação prevê quatro pontos de geração e transmissão de conteúdo em tempo real, 525 expositores e mais de 1.500 marcas representadas. Serão realizados quatro leilões, com a expectativa de comercialização de mais de 9.800 animais. No campo do conhecimento, estão programadas 130 horas de conteúdo distribuídas nos auditórios climatizados, que têm capacidade para 1.200 pessoas simultaneamente.

    O presidente da Fundação Rio Verde, Joci Piccini, ressaltou a importância da imprensa na divulgação do evento e lembrou que Lucas do Rio Verde tem se consolidado como um dos grandes polos do agronegócio brasileiro. Ele enfatizou que a feira tem investimentos exclusivos da iniciativa privada, sem recursos públicos, e que os esforços dos últimos anos têm resultado em uma infraestrutura compatível às das maiores feiras do Brasil.

    “Temos expositores de todo o país e precisamos oferecer uma estrutura de ponta para atender a essa demanda. Os investimentos que fizemos em asfalto, energia, água e estacionamento garantem um evento ainda mais eficiente”, afirmou Piccini.

    Além do Show Safra, o presidente destacou a presença de autoridades como ministros, o governador e o vice-governador de Mato Grosso, além de deputados estaduais e federais. No dia 24, será anunciada a instalação da Universidade Federal em Lucas do Rio Verde, além do lançamento da duplicação da BR-163 no trecho entre Sorriso e Lucas e do contorno rodoviário do município. Outras entregas importantes incluem o centro do caminhoneiro do Sest Senat e 180 apartamentos para a população luverdense.

    No dia 26, a programação contará com um debate sobre a chegada da ferrovia estadual ao município. O evento reunirá representantes do setor logístico e empresários envolvidos no projeto para discutir os próximos passos e definir datas para a implementação da ferrovia, que deve alcançar Lucas do Rio Verde até 2027.

    “O Show Safra Mato Grosso é uma feira é diferenciada a cada ano, principalmente na estrutura, porque nós estamos representando o estado do Mato Grosso como feira e isso traz uma responsabilidade ainda maior e estamos elevando o nosso nível”, analisa Piccini.

  • Transporte de carga geral por estradas de ferro no Brasil bate recorde em 2024

    Transporte de carga geral por estradas de ferro no Brasil bate recorde em 2024

    A produção ferroviária de carga geral no Brasil atingiu um novo marco em 2024. Ao todo foram 150 milhões de toneladas úteis (TU) transportadas no período, superando o recorde anterior registrado em 2023, o maior dos últimos 19 anos. No consolidado – carga geral e minério de ferro – as ferrovias transportaram mais de 540 milhões de TU, um crescimento de 1,83%, a maior dos últimos seis anos.

    Os dados são da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) e reforçam o papel estratégico das ferrovias na logística brasileira. Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, esse resultado se deve ao trabalho do governo federal em ampliar a participação do modal ferroviário na matriz de transportes, reduzindo a dependência das rodovias e aumentando a segurança e a eficiência do escoamento de cargas. Os números deverão aumentar com o lançamento do Plano Nacional de Ferrovias.

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    O minério de ferro seguiu como principal produto transportado, totalizando 390 milhões de TU em 2024. Entre as cargas com maior crescimento no período, destacaram-se a celulose, com alta de 26,4%, o açúcar, com avanço de 15,8%, e os contêineres, que registraram um aumento de 8,73%.

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    Para o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, o setor vive um ambiente real de expansão, tornando-se cada vez mais atrativo para investidores. “Estamos implementando um portfólio normativo para fortalecer a política pública ferroviária. O Plano Nacional de Ferrovias não é apenas uma carteira de projetos, mas um modelo inovador de amadurecimento institucional e regulatório”, afirmou.

    Entre as recentes iniciativas do governo para impulsionar o setor estão a regulamentação do Chamamento Público ( Resolução 6.058 da ANTT ), a definição de novos procedimentos de cálculo indenizatório de patrimônio ferroviário do DNIT (IN 1/2025) e a criação de uma Comissão Permanente para acompanhar a estruturação de projetos. Além disso, foi publicada a Portaria 532 , com diretrizes para a prorrogação antecipada das concessões, medida que visa garantir maior previsibilidade e segurança jurídica aos investimentos.

    Ações do Ministério dos Transportes impulsionam o setor

    – Ministério dos Transportes sela entendimento com a Vale que vai injetar R$ 17 bilhões em investimentos na infraestrutura brasileira

    – Liberação de R$ 3,6 bilhões para Transnordestina (Eliseu Martins (PI) ao Porto de Pecém (CE))

    – Ministério dos Transportes volta a aportar recursos em trecho pernambucano da Transnordestina

    – Retomadas audiências públicas da FCA

    – Inauguração do terminal rodoferroviário em Alvorada (TO): a estrutura vai possibilitar o transporte de até 5 mil toneladas de grãos diariamente

    – Entrega de adequações ferroviárias (DNIT):
    1 – Viaduto e ponte em Conselheiro Lafaiete (MG)
    2 – Viaduto Roza Cabinda em Juiz de Fora (MG)

    – Retomada de investimentos: VLI adquire lote de 12 locomotivas para atender demanda da FCA

    – Assinatura do acordo para VLT de Campina Grande

    – Cessão de área para Araraquara por meio do Marco Legal de Ferrovias, para obras de combate a enchentes

    – Aditivo da Rumo garante a otimização do contrato de concessão da Malha Paulista: O novo aditivo ainda traz medidas contratuais que ampliam o investimento na própria malha e em outras malhas de interesse da administração pública a serem incluídas no Plano Nacional de Ferrovias. A previsão é de que sejam investidos R$ 600 milhões na própria Malha Paulista

    – A Fiol 2 – trecho compreendido entre as cidades baianas de Barreiras e Caetité — é uma obra pública, coordenada pela Infra S.A., com prazo para conclusão em 2027. Ao todo, 70% das obras foram concluídas. O valor de investimento no Novo PAC é de cerca R$ 3,1 bilhões

  • Trecho da Ferrovia Norte-Sul é qualificado no PPI para receber novos investimentos

    Trecho da Ferrovia Norte-Sul é qualificado no PPI para receber novos investimentos

    A economia, o desenvolvimento e a infraestrutura do Brasil ganham um novo impulso. A partir de agora, o trecho de Açailândia (MA) a Barcarena (PA), continuação do Tramo Norte da Ferrovia Norte-Sul (FNS), está qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal. Ou seja, o empreendimento poderá receber investimentos público e privado. O trecho compreende a ligação entre Açailândia e o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, totalizando cerca de 477 quilômetros de extensão. O Decreto nº 12.384/2025, que qualifica o segmento no PPI, foi publicado no Diário Oficial da União em 19 de fevereiro.

    A qualificação abre caminho para a modernização e expansão do setor ferroviário nacional, impulsionando a economia e trazendo novas oportunidades para a região. Com essa nova estrutura, espera-se um aumento na competitividade do país, tornando o transporte ferroviário de minério de ferro mais eficiente, bem como viabilizar nova alternativa para o escoamento da produção de açúcar, milho, etanol, soja e seus subprodutos farelo e óleo na área de influência da ferrovia.

    Segundo o secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, a medida é uma decisão estratégica do Governo Federal, voltada à expansão do transporte ferroviário no país. “O escoamento da produção na região não pode depender somente da Estrada de Ferro Carajás. Precisamos ter uma solução logística alternativa para evitar a saturação no escoamento das cargas pelos portos do Arco Norte”, afirma.

    Renovação

    Leonardo Ribeiro informa que o projeto está incorporado ao Plano Nacional de Ferrovias com uma abordagem renovada. Serão promovidos aprimoramentos nos aspectos de política pública, segurança jurídica e regulamentação, o que tornará o investimento mais atrativo e viável para a iniciativa privada.

    “Essas mudanças trazem incentivos essenciais para viabilizar sua implantação. Assim, com uma nova estrutura regulatória e o suporte governamental, o projeto se torna mais atrativo para investidores e mais factível do ponto de vista econômico”, ressalta o secretário nacional de Transporte Ferroviário.

    Além disso, a implantação do trecho deve gerar milhares de empregos diretos e indiretos, movimentando a economia local e proporcionando novas perspectivas para trabalhadores, empresas e comunidades ao longo da ferrovia. O impacto positivo se estenderá não apenas à logística e infraestrutura, mas também ao desenvolvimento social das cidades situadas ao longo do trajeto, que podem se transformar em polos de desenvolvimento, com a chegada de novas empresas, aumento da demanda por serviços e infraestrutura e fortalecimento da economia local.

  • UFMT propõe seminário para debater ferrovia entre Rondonópolis e Cuiabá

    UFMT propõe seminário para debater ferrovia entre Rondonópolis e Cuiabá

    A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) deve se tornar palco de discussões sobre a construção da ferrovia ligando Rondonópolis a Cuiabá. Em reunião recente, a reitora da instituição, professora Marluce Souza e Silva, debateu a possibilidade de trazer esse tema para o ambiente acadêmico e, ao final, ficou encaminhada a realização de um seminário para reunir comunidade acadêmica, sociedade e autoridades.

    De acordo com a reitora, a proposta resgata um antigo projeto do senador Vicente Vuolo, que vem sendo trabalhado por um grupo de engenheiros da UFMT. “O grupo veio buscar nosso apoio para que o debate aconteça dentro da universidade. Disponibilizamos espaço físico e apoio logístico para a organização do seminário, além de um momento de reflexão sobre a necessidade de garantir que o projeto original seja cumprido”, explicou.

    Marluce Souza e Silva destacou que as decisões institucionais são tomadas coletivamente e reforçou a importância do debate com profissionais especializados, além de ouvir tanto a comunidade acadêmica quanto a sociedade em geral. “Não cabe à reitoria ou à figura da reitora decidir sozinha. Não é apenas uma questão de tramitar pelo Consepe [Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão] e pelo Consuni [Conselho Universitário]. O diálogo com as bases é essencial para construir um posicionamento sólido”, ressaltou.

    O encontro contou com a presença de Vicente Vuolo Filho, que defendeu a necessidade de priorizar a ferrovia “Senador Vuolo”, cujo traçado entre Rondonópolis e Cuiabá está previsto em lei, mas não avançou. Segundo ele, o trecho atualmente em construção conecta Rondonópolis a Lucas do Rio Verde. “Não somos contra novas ferrovias no estado, pelo contrário. Quanto mais infraestrutura ferroviária, melhor. No entanto, Cuiabá, como capital, não pode ser esquecida. É uma questão de respeito à sua história”, afirmou.

    Ele também ressaltou o papel estratégico da UFMT como indutora do desenvolvimento e destacou os benefícios que a construção da ferrovia traria para a universidade, incluindo oportunidades de pesquisa e a geração de empregos para alunos formandos. “Os impactos positivos são imensos, tanto para a instituição quanto para o estado. Essa é uma causa de grande relevância”, concluiu.

    O seminário deve reunir especialistas, autoridades e a sociedade civil para aprofundar a discussão sobre a viabilidade da ferrovia e os impactos de sua implementação. Para mais informações sobre o tema e os próximos passos do debate, acompanhe o CenarioMT.

  • Governo abre audiência pública para concessão da Ferrovia de Integração Centro-Oeste, que chegará em Lucas do Rio Verde

    Governo abre audiência pública para concessão da Ferrovia de Integração Centro-Oeste, que chegará em Lucas do Rio Verde

    O Governo Federal aprovou a abertura de audiência pública para a concessão à iniciativa privada da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), um dos projetos prioritários do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). A ferrovia será fundamental para a logística do agronegócio, ligando Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, à Ferrovia Norte-Sul.

    O período para o envio de contribuições às propostas, coordenadas pelo Ministério dos Transportes, será de 7 de fevereiro a 24 de março. Segundo o secretário nacional de Transportes Ferroviários, Leonardo Ribeiro, a fase de consulta pública é essencial para garantir a transparência e a eficiência do projeto.

    “É mais um passo fundamental para que o Brasil avance na integração logística, tornando o transporte ferroviário mais competitivo e atraente para investidores”, afirmou Ribeiro. Ele destacou que a consulta pública permitirá um debate aberto e produtivo, garantindo que o projeto seja desenvolvido com sustentabilidade, eficiência e inovação.

    A Fico faz parte da política federal de ampliação da malha ferroviária nacional. Quando concluída, estará interligada à Ferrovia Norte-Sul e à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), fortalecendo a infraestrutura de transporte do país e impulsionando o escoamento da produção nacional, especialmente do agronegócio mato-grossense.

  • Construção da FICO avança com licença ambiental concedida pelo IBAMA

    Construção da FICO avança com licença ambiental concedida pelo IBAMA

    O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) concedeu à Vale S.A. a Licença de Instalação para a continuidade das obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO). A autorização foi publicada no Diário Oficial da União no último dia de janeiro, permitindo o avanço do trecho que liga Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT), em uma extensão de 365 quilômetros.

    A licença tem validade até 29 de setembro de 2026 e representa um passo essencial para o andamento do projeto, considerado uma das principais iniciativas de infraestrutura ferroviária do país. O objetivo da FICO é fortalecer a logística de escoamento da produção agropecuária e mineral da região Centro-Oeste, trazendo ganhos em competitividade e impulsionando o desenvolvimento econômico dos estados envolvidos.

    O gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Vale S.A., Adriano Vilela, ressaltou a importância do licenciamento para a continuidade do empreendimento e reafirmou o compromisso da empresa com as diretrizes ambientais estabelecidas pelos órgãos reguladores.

    Com a emissão da licença, os próximos passos incluem a intensificação das atividades de implantação da ferrovia, que deve contribuir significativamente para a melhoria da infraestrutura de transportes no Brasil. A expectativa é que o projeto reduza os custos logísticos e fomente o desenvolvimento regional, consolidando-se como um eixo estratégico para o setor produtivo.

  • Plano nacional de ferrovias inclui ampliação de trilhos em Mato Grosso

    Plano nacional de ferrovias inclui ampliação de trilhos em Mato Grosso

    O Plano Nacional de Ferrovias, que está em fase final de ajustes e deve ser apresentado em fevereiro, traz importantes novidades para o Mato Grosso. Entre os projetos estratégicos que fazem parte do plano, destacam-se a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) e a Ferrogrão, ambas com impactos diretos na logística e na economia do estado.

    Com investimento previsto de R$ 100 bilhões, o plano contempla cerca de cinco mil quilômetros de novas ferrovias, com a maior parte do aporte vinda de concessões à iniciativa privada. Para garantir a viabilidade econômica dos empreendimentos, a União arcará com uma parcela significativa dos custos, estimada entre 20% e 30%, dependendo do projeto.

    Fico em direção a Lucas do Rio Verde

    A Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) terá papel crucial na logística do Mato Grosso. Atualmente, a Fico está sendo executada pela Vale, como contrapartida à prorrogação de contratos no setor ferroviário. O projeto prevê a extensão da linha até Lucas do Rio Verde, consolidando a cidade como um dos principais polos de escoamento da produção agrícola do Brasil.

    A conclusão da Fico se integrará ao Corredor Leste-Oeste, conectando o Mato Grosso a outras regiões por meio de um sistema ferroviário mais eficiente, com potencial para reduzir custos de transporte e aumentar a competitividade dos produtos mato-grossenses no mercado interno e externo.

    Ferrogrão: desafios e potencial para Mato Grosso

    Outro projeto de grande relevância é a Ferrogrão, que ligará Sinop (MT) a Itaituba (PA). Com 933 quilômetros de extensão, a ferrovia visa criar uma alternativa logística para o transporte de grãos, reduzindo a dependência de rodovias e fortalecendo o Arco Norte.

    Apesar do potencial econômico, a Ferrogrão enfrenta desafios significativos, como questões ambientais e complexidades de engenharia. Atualmente, o projeto depende de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para avançar, devido aos potenciais impactos em áreas de conservação ambiental.

    Aposta na integração e no desenvolvimento

    O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou que o plano apresenta um cronograma detalhado para leilões e concessões, garantindo previsibilidade aos investidores.

    Os recursos para a implementação das ferrovias vêm de repactuações de concessões realizadas pela atual gestão federal. A mineradora Vale, por exemplo, se comprometeu a investir até R$ 17 bilhões na extensão de concessões relacionadas à Estrada de Ferro Carajás e à Estrada de Ferro Vitória-Minas.

    Com a inclusão de Mato Grosso em dois dos principais projetos do plano, o estado consolida sua posição como um dos maiores produtores agrícolas do país, fortalecendo a infraestrutura de escoamento e gerando novas oportunidades de desenvolvimento econômico e social.

  • Acordo histórico com a Vale reforça investimentos na Ferrovia de Integração Centro-Oeste

    Acordo histórico com a Vale reforça investimentos na Ferrovia de Integração Centro-Oeste

    Um acordo histórico entre o Governo Federal e a Vale S.A. projeta investimentos superiores a R$ 17 bilhões na infraestrutura logística do Brasil, com destaque para a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO). Esse entendimento, que revisa os contratos de concessão das ferrovias Estrada de Ferro Carajás (EFC) e Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), foi celebrado nesta segunda-feira (30) e inclui a prorrogação antecipada das concessões até 2057.

    O ministro dos Transportes, Renan Filho, classificou o acordo como uma conquista significativa para o país. “Firmamos hoje um entendimento histórico com a Vale S.A., que vai injetar mais de R$ 17 bilhões na infraestrutura do Brasil. Essa repactuação demonstra a solidez da parceria entre a atual gestão federal e o setor privado, crucial para a ampliação dos investimentos na nossa logística”, afirmou.

    Investimentos direcionados ao desenvolvimento da FICO

    Parte dos recursos, estimados em R$ 11 bilhões, será destinada ao ajuste regulatório, ao replanejamento de investimentos e à otimização de valores, além da alteração e implementação da FICO. Entre os aportes, R$ 4 bilhões serão repassados de forma imediata à União.

    A Ferrovia de Integração Centro-Oeste é considerada estratégica para o escoamento da produção agrícola de Mato Grosso, conectando a região produtiva do estado ao sistema ferroviário nacional. A primeira etapa do projeto, conhecida como FICO 1, abrange 383 quilômetros, ligando Mara Rosa, em Goiás, a Água Boa, no Mato Grosso. A médio prazo, a ferrovia deve ser ampliada até Lucas do Rio Verde, um dos polos mais importantes da produção de grãos no país.

    Impacto econômico e integração logística

    A FICO, ao se conectar com a Ferrovia Norte-Sul, vai facilitar o acesso aos portos de Santos, em São Paulo, e São Luís, no Maranhão. Isso representa um avanço na integração logística, redução de custos de transporte e maior competitividade para os produtos brasileiros no mercado internacional.

    Com a conclusão da FICO, Mato Grosso, especialmente municípios como Lucas do Rio Verde, terá uma nova ferramenta para potencializar sua produtividade e fortalecer sua posição como um dos maiores exportadores agrícolas do Brasil. O projeto reafirma o compromisso do Governo Federal com o desenvolvimento sustentável e a infraestrutura estratégica do país.

  • Ferrovia de R$ 14 bilhões promete transformar logística e impulsionar agronegócio no Mato Grosso

    Ferrovia de R$ 14 bilhões promete transformar logística e impulsionar agronegócio no Mato Grosso

    A construção da Ferrovia Estadual de Mato Grosso já está movimentando o setor logístico brasileiro. Com um investimento recorde de R$ 14 bilhões pela Rumo Logística, a obra de 730 km de extensão promete conectar Rondonópolis a Lucas do Rio Verde, trazendo um novo horizonte para o transporte de grãos e a exportação no estado.

    Rumo à eficiência logística no agronegócio

    Ferrovia impulsiona entrega de fertilizantes em Mato Grosso

    A ferrovia surge como solução para antigos gargalos logísticos, reduzindo custos de transporte e promovendo benefícios ambientais. Com a integração ao Porto de Santos, principal destino de exportação do país, o tempo de transporte será reduzido e a eficiência aumentada. Para o agronegócio, é um marco estratégico, aliviando rodovias sobrecarregadas e oferecendo uma alternativa sustentável ao transporte rodoviário.

    Atualmente, o transporte ferroviário emite até seis vezes menos gases poluentes em comparação com o modal rodoviário. Esse impacto positivo na sustentabilidade fortalece a posição do Mato Grosso como líder no mercado agrícola.

    Geração de empregos e avanço da obra

    Em ritmo acelerado, o projeto já emprega mais de 4.500 trabalhadores, com previsão de ultrapassar 5.000 empregos no auge da construção. Obras como o viaduto de 107 metros na BR-163/364, em Rondonópolis, mostram o compromisso da empresa com segurança e eficiência.

    Os primeiros 160 km da ferrovia estarão operacionais em 2026, e a conclusão total está prevista para 2030, consolidando o Mato Grosso como um dos maiores hubs logísticos do país.

    Sustentabilidade e o futuro da logística no Brasil

    Com foco em responsabilidade ambiental, a ferrovia incorpora iniciativas para preservar a flora e fauna locais. A Rumo Logística também investe em programas sociais para beneficiar as comunidades próximas às obras.

    Desafios como licenças ambientais e parcerias público-privadas fazem parte do processo, mas o projeto já é visto como um divisor de águas. Ele não apenas moderniza a infraestrutura logística, mas também inspira outros estados a apostarem no transporte ferroviário.

    Será que a Ferrovia Estadual de Mato Grosso será a chave para destravar o potencial logístico do Brasil? A resposta está nos trilhos.