Tag: ferrovia

  • PGR é contra suspensão de estudos da Ferrogrão e vê respeito às exigências do STF

    PGR é contra suspensão de estudos da Ferrogrão e vê respeito às exigências do STF

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou contra o pedido do Psol para que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda novamente os estudos da ferrovia Ferrogrão (EF-170), que ligará Sinop (MT) a Miritituba (PA). Em manifestação oficial, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o governo federal e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estão respeitando os limites determinados pela Corte em relação à área do Parque Nacional do Jamanxim, situado nos municípios paraenses de Itaituba e Trairão.

    Segundo Gonet, até o momento não há evidências de descumprimento da decisão judicial que suspendeu o projeto em 2021. A PGR argumenta que os estudos de viabilidade estão em fase inicial e que a sociedade tem sido ouvida por meio de grupos de trabalho (GTs) criados especificamente para discutir o traçado da ferrovia. O procurador também destacou que o projeto foi ajustado para seguir o eixo da BR-163, afastando-se de áreas protegidas.

    A manifestação da PGR contesta as alegações do Psol e de organizações indígenas, que sustentam que não houve diálogo efetivo com a sociedade civil e os povos tradicionais. Eles afirmam ainda que a ANTT estaria preparando um leilão em desrespeito à decisão cautelar do STF, sem apresentar alternativas de traçado que evitassem o Parque Nacional do Jamanxim.

    No entanto, a PGR reforça que não há leilão previsto, e que o projeto está restrito à fase de Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), o que, na avaliação do órgão, não configura descumprimento da decisão judicial vigente.

    A decisão final sobre o futuro da Ferrogrão continua nas mãos do Supremo, que ainda deve analisar o mérito da ação que questiona a legalidade do traçado sobre áreas protegidas da Amazônia. Enquanto isso, o debate sobre desenvolvimento logístico e preservação ambiental permanece no centro das atenções.

  • Plano para implantação de corredor bioceânico pode refletir investimentos em Lucas do Rio Verde

    Plano para implantação de corredor bioceânico pode refletir investimentos em Lucas do Rio Verde

    Lucas do Rio Verde poderá se tornar, no futuro, um dos principais pontos logísticos do Brasil para exportações rumo ao Pacífico. Um novo ramal ferroviário deverá partir do município mato-grossense em direção ao Peru, integrando-se à futura malha do Corredor Bioceânico Brasil-Peru, que conectará o país ao porto de Chancay, a cerca de 80 quilômetros de Lima. A proposta foi reforçada durante visita de uma delegação de engenheiros ferroviários do governo chinês a obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia, na última semana.

    A iniciativa prevê que as ferrovias Fiol e Fico, atualmente em construção, avancem até Lucas do Rio Verde, de onde partirá o novo trecho rumo ao oeste do continente, atravessando estados como Rondônia e Acre até alcançar o território peruano. A ligação direta ao Pacífico encurtará o caminho das exportações brasileiras para a Ásia, especialmente para a China, principal parceira comercial do país. A estimativa é de que a rota reduza em cerca de 10 dias o tempo de viagem dos navios entre o Brasil e os portos asiáticos.

    “A partir de Lucas do Rio Verde será possível construir a ferrovia em direção ao Pacífico, para transportar carga até o porto de Chancay no Peru”, afirmou Leonardo Ribeiro, secretário Nacional de Transporte Ferroviário. Segundo ele, o corredor permitirá escoar de forma mais eficiente, econômica e sustentável a produção de grãos e minérios de estados estratégicos como Mato Grosso, Goiás e Bahia.

    O projeto é considerado prioritário no Novo PAC e compreende cerca de 2,7 mil quilômetros de extensão entre a Bahia e o centro-oeste brasileiro, com a interligação à Ferrovia Norte-Sul. Os trechos da Fico (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste) e da Fiol serão concedidos à iniciativa privada, com investimentos estimados em R$ 28,7 bilhões.

    A visita dos chineses é parte de um esforço conjunto entre os governos do Brasil e da China para viabilizar o Corredor Bioceânico. Além da Fiol e do Porto Sul, na Bahia, a comitiva percorreu a interligação entre a Fico-Fiol e a Ferrovia Norte-Sul em Mara Rosa (GO), foi recebida na Casa Civil em Brasília e seguirá para o Porto de Santos (SP), avaliando toda a infraestrutura logística brasileira. A missão técnica antecede a viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim, nos dias 12 e 13 de maio, quando será realizada a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com o governo chinês.

    O porto de Chancay, atualmente em construção com investimentos da China, será peça-chave para a integração logística entre os oceanos Atlântico e Pacífico, criando uma nova rota comercial entre América do Sul e Ásia. A implantação desse corredor logístico via Lucas do Rio Verde não só fortalecerá a presença brasileira no comércio internacional, como consolidará o município como um dos principais nós ferroviários do continente.

  • Workshop destaca avanços nas obras da FICO em MT e GO

    Workshop destaca avanços nas obras da FICO em MT e GO

    O avanço das obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) foi tema de um workshop promovido pela Infra S.A. com a participação da Vale, empresa responsável pela construção do primeiro trecho da ferrovia, com 383 quilômetros entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT). O encontro, realizado na última semana, teve como foco alinhar ações para a execução do projeto e detalhar os progressos obtidos.

    Durante a reunião, foram apresentados os dados das desapropriações realizadas em 2023, que somaram 247 km de frente de obras liberadas, equivalente à totalidade do trecho da ferrovia no estado de Goiás. O resultado foi impulsionado por três mutirões de conciliação, promovidos para agilizar os processos com os proprietários de áreas afetadas.

    A Vale também apresentou os contratos já em andamento para as etapas de drenagem e terraplanagem, incluindo a construção da ponte sobre o Rio Araguaia. Outros avanços apontados foram a aquisição de 25 mil dormentes e a aprovação de projetos executivos de mais duas etapas pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

    O diretor-presidente da Infra S.A., Jorge Bastos, destacou a importância do alinhamento técnico para acelerar a execução da ferrovia. “O andamento das obras é fundamental para o desenvolvimento da infraestrutura do Brasil. A Infra S.A. tem atuado para garantir que os investimentos na ferrovia sejam feitos dentro do prazo e qualidade estabelecidos pelo Ministério dos Transportes”, afirmou.

    Obra estratégica para a logística nacional

    As obras da FICO são executadas pela Vale como contrapartida da prorrogação antecipada da concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas, firmada em dezembro de 2020. Após a conclusão do trecho Mara Rosa–Água Boa, a Infra S.A. poderá realizar a subconcessão do ativo à iniciativa privada, revertendo os recursos arrecadados em novos investimentos na malha ferroviária do país.

    A FICO (EF-354) integra a política de desenvolvimento logístico do Brasil, conectando os polos produtores de grãos do Centro-Oeste à Ferrovia Norte-Sul, possibilitando o escoamento da produção até os portos de São Luís (MA), Santos (SP) e Paranaguá (PR). A ferrovia completa terá 888 km de extensão, com o segundo trecho projetado entre Água Boa e Lucas do Rio Verde (MT).

    O projeto da FICO foi iniciado em 2010, com a elaboração do primeiro traçado de Campinorte (GO) a Água Boa (MT). Em 2012, foi concluído o trecho de Água Boa a Lucas do Rio Verde. Após revisão técnica, o traçado inicial foi otimizado e alterado para iniciar em Mara Rosa, o que resultou em ganhos operacionais sem aumento no custo de implantação.

    Além do trecho da FICO, o acordo de Investimentos Cruzados firmado entre a Vale, ANTT e Infra S.A. também prevê o fornecimento de insumos para a FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), entre Caetité e Barreiras, na Bahia.

    A construção da FICO é considerada uma das mais relevantes iniciativas para ampliar a competitividade do agronegócio brasileiro, reduzindo custos logísticos e promovendo desenvolvimento regional nos estados de Goiás e Mato Grosso.

  • Pareceres técnicos afirmam que há falhas na Ferrogrão

    Pareceres técnicos afirmam que há falhas na Ferrogrão

    Organizações da sociedade civil entregaram nesta semana, em Brasília (DF), pareceres técnicos que apontam impactos socioambientais e falhas no planejamento da Ferrogrão (EF-170). A ferrovia está prevista para ligar Sinop (MT) a Miritituba (PA), criando um corredor logístico para escoamento da produção agrícola da região Norte. Os documentos foram entregues aos ministérios dos Transportes e de Portos e Hidrovias, durante agenda presencial e online. O Ministério dos Transportes, responsável pelo projeto, comprometeu-se a analisar o conteúdo.

    Um dos pareceres, coordenado pelo GT Infraestrutura e elaborado em coautoria com a organização Terra de Direitos, critica o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) atualizado pela consultoria Tetra e pela Estação da Luz Participações (EDLP), no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Concluído em 2024, o estudo apresenta lacunas técnicas importantes, segundo os especialistas.

    A assessora jurídica da Terra de Direitos, Bruna Balbi, destacou a ausência de consulta prévia, livre e informada às populações indígenas e comunidades tradicionais afetadas pela ferrovia – direito previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, em vigor no Brasil desde 2004. “A entrega dos pareceres aos ministérios é um passo importante para que o Estado brasileiro escute as vozes historicamente silenciadas nos processos decisórios”, afirmou Bruna. “Mais do que garantir o cumprimento legal, trata-se de reconhecer o protagonismo dos povos indígenas e tradicionais na defesa da Amazônia.”

    Lideranças indígenas reforçam a crítica. A ativista Alessandra Korap Munduruku, liderança do povo Munduruku (PA), recorda que nenhuma audiência pública foi realizada nas aldeias, apenas nas cidades. “Os povos Munduruku, Kayapó e Panará têm seus protocolos de consulta, que precisam ser respeitados. Eles são nossa arma de defesa”, declarou durante o Tribunal Popular realizado em Santarém, em 2024, que condenou a Ferrogrão ao cancelamento.

    Nos pareceres entregues, as organizações alertam que o EVTEA não considerou de forma adequada os riscos sociais e ambientais, como o aumento do desmatamento, a intensificação de conflitos fundiários e os impactos cumulativos de empreendimentos na região. O estudo, segundo os especialistas, ignora também as fragilidades da governança territorial nos estados de Mato Grosso e Pará, onde o projeto será implantado.

    A agenda contou com a participação de instituições como o Instituto Socioambiental, Universidade de São Paulo (USP), Observatório do Clima, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).

    Denúncias também foram levadas ao Acampamento Terra Livre

    No dia 8 de abril, as críticas ao projeto da Ferrogrão também marcaram o 21º Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília. Durante reunião com o Ministério de Portos e Aeroportos, lideranças indígenas do Baixo Tapajós, movimentos e organizações como o Conselho Indígena Tapajós Arapiuns, o Movimento Tapajós Vivo, o Conselho Indígena Tupinambá e a Terra de Direitos reforçaram a necessidade de respeito aos direitos dos povos tradicionais no planejamento de hidrovias, portos e grandes empreendimentos.

    As lideranças denunciaram que, apesar da importância do Rio Tapajós para seus modos de vida, nenhum dos 27 portos graneleiros em operação em Santarém, Itaituba e Rurópolis realizou a consulta prévia às populações afetadas, conforme aponta o estudo “Portos e Licenciamento Ambiental no Tapajós”, da Terra de Direitos. No caso da Ferrogrão, também foram apresentadas evidências de irregularidades no processo de viabilidade ambiental.

    Outra denúncia apresentada foi a dragagem recente no Rio Tapajós, autorizada pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará, supostamente sem consulta aos povos e sem licenciamento ambiental adequado. O Ministério de Portos e Aeroportos informou que investigará o caso.

    As organizações afirmaram que seguirão acompanhando os desdobramentos e cobrando o cumprimento de direitos. A mobilização ganhou força durante a segunda marcha do ATL 2025, que levou milhares de indígenas às ruas da capital federal para denunciar os impactos da infraestrutura sem consulta e sem proteção territorial.

  • Delegação chinesa avalia potencial logístico e agrícola de Mato Grosso em reunião sobre ferrovia interoceânica

    Delegação chinesa avalia potencial logístico e agrícola de Mato Grosso em reunião sobre ferrovia interoceânica

    Em encontro realizado nesta terça-feira (15), em Brasília, o governo brasileiro apresentou a representantes da China os potenciais logístico e agrícola de Mato Grosso como parte das discussões sobre a Ferrovia Bioceânica, projeto que prevê a ligação ferroviária entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico.

    A reunião, de caráter híbrido, reuniu autoridades brasileiras e uma delegação técnica do país asiático para tratar de possíveis parcerias no setor de transportes. O projeto da ferrovia contempla um traçado que se estende do Porto Sul, na Bahia, até o Porto de Chancay, no Peru, atravessando ainda os estados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre.

    Durante a apresentação, foi ressaltado que Mato Grosso é hoje o maior produtor de grãos e carne bovina do Brasil, com 60% de seu território preservado. Também foi destacado que o estado responde por 31,6% da produção nacional de grãos e possui um rebanho de 32,8 milhões de cabeças de gado. Na área de biocombustíveis, concentra 73% da produção brasileira de etanol de milho, com 21 usinas em operação — 11 delas voltadas exclusivamente para esse tipo de matéria-prima.

    Dados apresentados indicam que, nas últimas três décadas, a produção agrícola estadual teve crescimento acumulado de 1.612%. Para a safra 2024/2025, a expectativa é alcançar 101 milhões de toneladas, com projeções de até 140 milhões de toneladas em 2030.

    Os estados inseridos na rota proposta também expuseram seus dados e necessidades, com foco em atrair o interesse chinês para viabilizar o investimento. Mato Grosso destacou os avanços em infraestrutura, como a ferrovia estadual em construção e a pavimentação de 6 mil quilômetros de rodovias, buscando superar gargalos logísticos e garantir competitividade no mercado internacional.

  • Ferrovia de Integração Centro-Oeste é destaque em Fórum Econômico no Vietnã

    Ferrovia de Integração Centro-Oeste é destaque em Fórum Econômico no Vietnã

    O fortalecimento da infraestrutura ferroviária do Brasil esteve no centro do discurso do ministro dos Transportes, Renan Filho, durante o Fórum Econômico Brasil-Vietnã, realizado no sábado (29) em Hanói, capital vietnamita. O ministro destacou os esforços do Governo Federal para atrair investimentos privados para o setor, ressaltando a importância da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) dentro da estratégia de ampliação da malha ferroviária nacional.

    A FICO faz parte do Corredor Ferroviário Leste-Oeste, um projeto prioritário do Novo PAC, que visa conectar o Brasil de leste a oeste, percorrendo 2.697 quilômetros de trilhos. Essa ferrovia tem papel fundamental na logística brasileira ao interligar as regiões produtoras do Centro-Oeste com portos estratégicos no Nordeste e no Sul da Bahia, garantindo maior eficiência no escoamento da safra agrícola. “Trata-se de uma das mais transformadoras ferrovias do mundo para a garantia da segurança alimentar, permitindo que o Brasil continue atendendo à crescente demanda global por alimentos”, afirmou Renan Filho.

    Durante sua participação no evento, o ministro reforçou que o Brasil vem se consolidando como referência mundial na atração de investimentos para infraestrutura de transportes. “Temos hoje o maior pipeline de concessões rodoviárias do mundo. Somente em 2025, realizaremos 15 leilões na Bolsa de Valores de São Paulo para concessões de rodovias, além do avanço de projetos ferroviários estratégicos como a Ferrovia de Integração Centro-Oeste”, ressaltou.

    O governo estima que os investimentos destinados à malha ferroviária somem cerca de US$ 15 bilhões (R$ 2,6 bilhões), dentro de um montante total de US$ 50 bilhões (R$ 300 bilhões) para infraestrutura de transportes. Esse volume de investimentos vem impulsionando um salto histórico na exportação de alimentos, que passou de oito milhões de toneladas há três décadas para 180 milhões de toneladas em 2024. O Vietnã, quinto maior destino dos produtos agropecuários brasileiros, importa 70% da soja e 37% da carne suína de origem brasileira, consolidando-se como um mercado estratégico para o agronegócio nacional.

    Além das discussões econômicas, o evento marcou a assinatura do Plano de Ação para Implementação da Parceria Estratégica Brasil-Vietnã, que fortalecerá a cooperação bilateral entre os dois países em diversas áreas, incluindo infraestrutura, comércio e inovação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que expandir parcerias comerciais é essencial para impulsionar o desenvolvimento sustentável e melhorar a qualidade de vida da população brasileira.

    O Vietnã, com uma população de cerca de 101 milhões de habitantes, se destaca pelo dinamismo econômico e pelos investimentos em infraestrutura. Atualmente, o comércio bilateral entre Brasil e Vietnã movimenta US$ 7,9 bilhões (R$ 45,5 bilhões), e a meta é elevar esse valor para US$ 15 bilhões (R$ 86,4 bilhões) até 2030. O país asiático já se consolidou como principal destino das exportações brasileiras na Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e segue ampliando sua relevância como parceiro estratégico do Brasil no cenário global.

    A delegação brasileira encerrou sua missão oficial ao Vietnã neste sábado (29), após uma série de compromissos e assinaturas de acordos que reforçam a presença do Brasil no cenário econômico internacional, com a infraestrutura ferroviária como um dos pilares para o futuro da logística nacional.

  • Show Safra Mato Grosso encerra edição 2025 com recorde de público e projeções para o futuro

    Show Safra Mato Grosso encerra edição 2025 com recorde de público e projeções para o futuro

    O Show Safra Mato Grosso 2025 chegou ao fim nesta sexta-feira (28), consolidando-se como um dos principais eventos do agronegócio brasileiro. Durante os cinco dias de feira, mais de 170 mil pessoas participaram do evento em Lucas do Rio Verde, incluindo visitantes, expositores e empresários do setor.

    Além de ser um espaço para negócios e inovação, a feira também teve grande representatividade política. O governador Mauro Mendes e o vice, Otaviano Pivetta, participaram do evento, anunciando obras e investimentos importantes para a infraestrutura regional, como a duplicação da BR-163 entre Lucas do Rio Verde e Sorriso.

    O presidente da Fundação Rio Verde, Joci Piccini, destacou o sucesso da edição 2025 e já projeta melhorias para os próximos anos. “Agora já estamos projetando o Show Safra Mato Grosso até 2030, visualizando crescimento estrutural, avanço da tecnologia e mantendo a qualidade da feira”, afirmou.

    O diretor executivo da Fundação Rio Verde, Rodrigo Pasqualli, ressaltou a importância estadual da feira e a confiança das mais de 1,5 mil marcas presentes. “Conseguimos apresentar a força do nosso agronegócio para todo o Brasil. Para 2026, queremos manter a qualidade e garantir que a feira ganhe ainda mais evidência”, disse.

    O prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz, reforçou a relevância do evento para o município e para o setor agroindustrial. “Além das inovações e infraestrutura melhorada, discutimos temas essenciais, como a duplicação da BR-163 e a necessidade de ferrovias para fortalecer a logística do agronegócio mato-grossense”, destacou.

    A edição de 2026 já tem data marcada: ocorrerá de 23 a 27 de março. A expectativa é aprimorar a infraestrutura e proporcionar ainda mais conforto aos visitantes, fortalecendo as relações comerciais e o desenvolvimento do setor.

  • Malha ferroviária impulsiona novo ciclo logístico e econômico em MT

    Malha ferroviária impulsiona novo ciclo logístico e econômico em MT

    A malha ferroviária de Mato Grosso está prestes a redefinir o futuro logístico e econômico do estado, com promessas de transformar profundamente a forma como a produção agropecuária é escoada e distribuída. Esse foi o tema central do Painel Logístico: Eixos de Integração Ferroviários, realizado esta semana dentro da programação do Show Safra Mato Grosso 2025, no auditório principal da Fundação Rio Verde, em Lucas do Rio Verde.

    O evento reuniu autoridades, especialistas e representantes do setor ferroviário em um debate estratégico sobre como a ampliação da infraestrutura ferroviária pode reduzir custos, aumentar a competitividade regional e fortalecer a posição do estado no cenário nacional e internacional. Um dos destaques do painel foi a participação do Superintendente de Transporte Ferroviário da ANTT (SUFER/ANTT), Alessandro Baumgartner, que trouxe importantes reflexões sobre o papel da agência reguladora no avanço dos projetos ferroviários no país.

    Baumgartner destacou que o momento é decisivo para a infraestrutura logística de Mato Grosso. Para ele, a expansão ferroviária não é apenas uma obra estrutural, mas um verdadeiro divisor de águas para o desenvolvimento sustentável da região. “Estamos diante de um momento estratégico para a infraestrutura logística de Mato Grosso. A ampliação da malha ferroviária não é apenas um avanço estrutural, mas um divisor de águas para o crescimento sustentável da região. Nosso compromisso na ANTT é garantir que essa expansão ocorra com segurança, eficiência e previsibilidade, beneficiando toda a cadeia produtiva”, enfatizou.

    Com uma das maiores produções agrícolas do Brasil, Mato Grosso há anos enfrenta o desafio logístico de escoar toneladas de grãos, carnes e insumos por rodovias sobrecarregadas. A predominância do transporte rodoviário impõe custos elevados, gargalos operacionais e grande impacto ambiental. A chegada das ferrovias representa uma solução eficiente e necessária para diversificar os modais de transporte, tornando a logística mais ágil, sustentável e econômica.

    Durante o painel, os especialistas apontaram que a integração ferroviária pode gerar uma redução de até 30% nos custos logísticos, ao mesmo tempo em que mitiga os problemas crônicos das rodovias e garante mais competitividade aos produtos mato-grossenses. A conexão dos polos produtivos aos portos brasileiros encurta distâncias, acelera exportações e posiciona o estado como protagonista no comércio internacional de commodities agrícolas.

    A presença da iniciativa privada foi destacada como essencial nesse processo. Os debatedores ressaltaram a necessidade de atrair investimentos e estabelecer marcos regulatórios bem definidos, que assegurem previsibilidade e segurança jurídica aos empreendedores. Para Baumgartner, é justamente esse trabalho conjunto entre governo, setor privado e agências reguladoras que permitirá a consolidação de um sistema ferroviário moderno e eficiente.

    “O crescimento ferroviário de Mato Grosso precisa ser tratado com planejamento e visão de longo prazo. A ANTT trabalha para que os contratos de concessão, as novas ferrovias e as expansões sigam critérios técnicos rigorosos, garantindo previsibilidade para os investidores e benefícios reais para a população e para o estado”, explicou o superintendente.

    Além da eficiência operacional, o modal ferroviário também oferece ganhos ambientais significativos. Segundo dados apresentados no painel, o transporte ferroviário emite até 75% menos dióxido de carbono por tonelada transportada em comparação ao transporte rodoviário. Isso coloca as ferrovias em posição de destaque em um cenário global cada vez mais exigente quanto à sustentabilidade e à redução de emissões.

    O painel também discutiu os próximos passos para o setor ferroviário mato-grossense. Há investimentos já previstos, projetos em análise e um esforço coordenado para garantir que Mato Grosso se torne um dos principais hubs ferroviários do país nos próximos anos. O sucesso dessa transformação dependerá da continuidade dos debates técnicos, da mobilização dos atores envolvidos e da manutenção de um ambiente propício ao desenvolvimento.

    “A ferrovia é o caminho para um transporte mais eficiente, seguro e sustentável. Estamos avançando na regulamentação e implementação desses projetos para que Mato Grosso e o Brasil colham os frutos dessa transformação”, concluiu Baumgartner.

    O Show Safra Mato Grosso 2025 se consolida, mais uma vez, como um espaço fundamental para o debate de temas estratégicos que impactam o presente e o futuro do agronegócio. A discussão sobre ferrovias é apenas um dos muitos caminhos trilhados pelo evento para promover inovação, desenvolvimento e integração entre os setores produtivos e a sociedade.

  • Integração Ferroviária Oeste-Leste: futuro logístico de Mato Grosso é debatido no Show Safra

    Integração Ferroviária Oeste-Leste: futuro logístico de Mato Grosso é debatido no Show Safra

    O avanço da infraestrutura e logística de Mato Grosso foi o tema central do Painel Eixo de Integração Ferroviário Oeste-Leste, realizado na manhã desta quarta-feira (26), no auditório principal da Fundação Rio Verde, durante a programação do Show Safra Mato Grosso. O evento reuniu lideranças do setor público e privado, especialistas renomados e representantes de grandes empresas ferroviárias para discutir os impactos da nova integração ferroviária na economia do estado e a modernização do transporte regional.

    A ferrovia é uma das principais apostas para otimizar o escoamento da produção agropecuária, reduzir custos logísticos e ampliar a competitividade de Mato Grosso nos mercados nacional e internacional. Durante o painel, os participantes abordaram desafios e oportunidades dessa transformação, destacando a infraestrutura como fator essencial para o crescimento sustentável do agronegócio e da indústria.

    Entre as personalidades presentes, o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, coordenou o painel e enfatizou a relevância de Lucas do Rio Verde como ponto estratégico para o entroncamento da ferrovia. Segundo ele, os projetos ferroviários planejados para a região são fundamentais para o desenvolvimento logístico e econômico.

    “Estamos diante de um momento histórico que definirá os rumos do município e de toda a região nos próximos dez anos. A consolidação desse entroncamento ferroviário não apenas impulsionará o crescimento local, mas também permitirá a distribuição de alimentos a um custo mais acessível, beneficiando não só o Brasil, mas o mundo todo”, afirmou Pagot.

    O painel foi um dos destaques da programação do Show Safra Mato Grosso, reforçando a necessidade de investimentos estratégicos em infraestrutura para garantir o desenvolvimento econômico da região. A integração ferroviária promete ser um divisor de águas para o estado, conectando Mato Grosso aos principais portos do país e consolidando sua posição como referência no setor produtivo.

  • Show Safra 2025: Painel sobre Integração Ferroviária acontece nesta quarta (26)

    Show Safra 2025: Painel sobre Integração Ferroviária acontece nesta quarta (26)

    O Show Safra Mato Grosso 2025 será palco de um evento de grande importância para o futuro da logística e infraestrutura do estado. Nesta quarta-feira (26), às 10h, no auditório principal da Fundação Rio Verde, acontece o Painel Logístico: Eixos de Integração Ferroviários, um momento para discutir os desafios e oportunidades que a expansão ferroviária oferece para Mato Grosso.

    O evento reunirá líderes do setor público e privado, especialistas renomados e representantes de grandes empresas do setor ferroviário para um debate sobre como a integração da malha ferroviária pode transformar o estado, impulsionando a economia e modernizando a logística regional.

    Programação e painelistas

    Painel de Perspectivas e apresentação de estudos

    Painelistas:
    * Guilherme Quintela – EDLP – Estação da Luz Participações
    * José Osvaldo Cruz – VLI
    * Rodrigo Verardino de Stéfani – Rumo Logística

    Painel Integração dos Eixos Ferroviários

    Painelistas:
    * Cleiton Gauer – IMEA
    * Edeon Vaz – Movimento Pró-Logística
    * Alessandro Baumgartener – ANTT
    * Rodrigo Otaviano Vilaça – Administrador e Conselheiro de Administração, Produtor Rural, Diretor de Relações Institucionais da APSA, Head LIDE Transporte

    O evento contará ainda com a presença de diretores de secretarias, autarquias e ministérios, além de consultores especializados de órgãos e empresas.