Tag: Ferronorte

  • Ferronorte chega a Lucas do Rio Verde: Nova fase impulsiona exportação de grãos pelo Porto de Santos

    Ferronorte chega a Lucas do Rio Verde: Nova fase impulsiona exportação de grãos pelo Porto de Santos

    A cidade de Lucas do Rio Verde, um dos polos agrícolas de Mato Grosso, está no centro das atenções com a expansão da Ferronorte, um projeto estratégico que promete transformar o escoamento de grãos da região. Segundo Pedro Palma, CEO da Rumo, a ferrovia já está em fase de implantação e, nos próximos cinco anos, deverá transportar uma quantidade significativa de carga para o Porto de Santos, aumentando ainda mais a capacidade de exportação do agronegócio mato-grossense.

    A ampliação da Ferronorte, que terá terminais em pontos estratégicos a cada 150 ou 200 quilômetros, visa garantir que a crescente produção de grãos no estado seja escoada com eficiência. O primeiro terminal da extensão ferroviária já está sendo construído em Primavera do Leste, a 160 quilômetros de Rondonópolis, e a ferrovia seguirá até Lucas do Rio Verde, consolidando o município como um ponto crucial para o agronegócio.

    O Porto de Santos, por sua vez, será ampliado para atender à nova demanda, com previsão de aumento de 10 milhões de toneladas na capacidade de carga. O foco da Rumo é garantir que o escoamento pelo porto paulista atenda principalmente o mercado do Sudeste Asiático, que consome 85% da produção brasileira de grãos. Palma ressalta que, apesar das propostas de escoamento por outros portos, a geografia favorece Santos como o principal ponto de exportação.

    Rumo
    No total, a extensão da Ferronorte tem 730 quilômetros projetados e chega à cidade de Lucas do Rio Verde (MT).

    Além disso, investimentos na Malha Paulista e na Ferrovia Interna do Porto de Santos estão assegurados, garantindo que o aumento na produção agrícola de Mato Grosso chegue ao mercado internacional sem gargalos logísticos. A cidade de Lucas do Rio Verde, com sua crescente importância no cenário agrícola nacional, será um dos grandes beneficiados por essas melhorias, que viabilizarão o crescimento contínuo da produção e exportação de grãos na região.

    Com a infraestrutura ferroviária e portuária em desenvolvimento, o futuro de Lucas do Rio Verde está diretamente ligado ao avanço do agronegócio brasileiro. A expansão da Ferronorte representa não apenas uma oportunidade de crescimento econômico local, mas também o fortalecimento da posição de Mato Grosso como líder na exportação de grãos.

  • Ferrovias e estudos ambientais

    Ferrovias e estudos ambientais

    Em 2021, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado de Mato Grosso produziu 71.488.025 toneladas de grãos, esse número representou 28,49% da produção nacional, sendo os principais produtos soja e algodão. A construção de ferrovias com certeza é uma necessidade para o estado, sendo essa a melhor saída para escoar a crescente produção de grãos. Atualmente Mato Grosso possui apenas 366 km de ferrovias que fazem parte da Ferrovia Norte Brasil (FERRONORTE). Porém essa realidade pode mudar em breve, a Ferrovia Autorizada de Transporte Olacyr de Moraes (FATO), promete a construção de mais 730 km de ferrovias, enquanto a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) construirá no estado mais 140 km e a Ferrogrão mais 440 km. A implementação desses empreendimentos necessita de muitos estudos e acompanhamentos, entre eles sobre a formação de ravinas e voçorocas (erosões lineares de grande porte), tema que será abordado ao longo deste texto. 

    Caiubi Emanuel Souza Kuhn
    Caiubi Emanuel Souza Kuhn

    Ravinas e voçorocas são as formas mais agudas de erosões linear, podem chegar a ter mais de um quilometro de extensão, e dezenas de metros de largura e de profundidade. Normalmente o desenvolvimento deste processo está relacionado a características do meio físico, sejam elas geológicas-geotécnicas, tipos de solos e do relevo. Mudanças no uso da terra e na cobertura vegetal são outros fatores que pode desencadear o desenvolvimento da erosão. 

    O desenvolvimento de ravinas e voçorocas podem causar uma série de impactos sociais e ambientais. A destruição de casas, rodovias, infraestruturas urbanas e rurais e a inviabilização de áreas produtivas significativas, são alguns dos impactos econômicos que podem ser citados. Além disso, as erosões lineares afetam a cobertura vegetal, removem grandes quantidades de solo, podem causar o rebaixamento do aquífero, o assoreamento de rios, açudes entre outros corpos hídricos. A estabilização das erosões pode demorar anos ou até décadas. 

    Empreendimentos como o desenvolvimento de novas rodovias e ferrovias, precisam em sua implementação, realizar estudos detalhados de susceptibilidade a erosão e a outros processos do meio físico, como deslizamentos e corridas de detritos. Estes estudos são fundamentais para garantir a segurança no empreendimento e para evitar impactos ambientais e sociais na área de entorno. 

    Em outros locais, como no estado de São Paulo, sérios problemas com erosões lineares ocorrem relacionadas a construção de ferrovias. As características do meio físico de algumas regiões do estado de Mato Grosso, indicam que problemas similares podem ocorrer, caso não sejam realizados os estudos adequados e o correto monitoramentos destas áreas. É comum em muitas regiões do estado problemas com erosões que foram causadas devido ao uso do solo sem que seja considerada os estudos técnicos. Porém, este tipo de situação não pode e nem deve ocorrer em empreendimentos bilionários, que possuem tranquilamente condições financeiras e técnicas para realizar todas as análises e estudos necessários. Caso isso não seja feito, além de poder ter problemas na fase de construção das ferrovias, após concluída pode se iniciar inúmeros debates sobre como sanar os impactos causados e sobre quem irá pagar a conta dos danos proporcionados pelas erosões. 

    A construção das ferrovias em Mato Grosso é uma necessidade, porém é preciso que a sociedade acompanhe e debate de forma séria todos os fatores que envolvem o empreendimento. Neste sentido, as universidades e centros de pesquisa podem contribuir muito nas análises técnicas dos empreendimentos. A sociedade civil precisa acompanhar e debater sobre o tema, para que se tenha transparência na busca de soluções para eventuais problemas. O conhecimento e gestão técnica são o caminho para o estado garantir o desenvolvimento sustentável. 

    Caiubi Kuhn, Professor na Faculdade de Engenharia (UFMT), geólogo, especialista em Gestão Pública (UFMT), mestre em Geociências (UFMT).

  • Mendes crê em concorrência de modais para beneficiar setor produtivo regional

    Mendes crê em concorrência de modais para beneficiar setor produtivo regional

    O governo do Estado formalizou, nesta segunda-feira (20), o contrato de adesão junto à Rumo Logística S/A para a construção, implantação e exploração da primeira ferrovia estadual de Mato Grosso. O governador Mauro Mendes, acompanhado de comitiva, visitou as cidades de Nova Mutum e Lucas do Rio Verde para celebrar a assinatura do contrato.

    A assinatura do contrato autoriza a empresa a iniciar a construção de 730 quilômetros de linha férrea que vão interligar os municípios de Rondonópolis a Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. O projeto prevê investimento de R$ 11,2 bilhões para a implantação da ferrovia estadual.

    Antes da cerimônia, em Lucas do Rio Verde, Mendes conversou com a imprensa. Questionado sobre eventual monopólio da empresa na operação da linha férrea, o governador disse acreditar numa concorrência entre modais, de modo a beneficiar os produtores rurais.

    “A partir do momento que a ferrovia chega aqui, ela começa a brigar por carga com a saída do arco norte, ela começa a brigar com carga lá pela saída do Rio Madeira. Pra tomar carga destes outros modais ela vai ter que abaixar o preço do frete. Abaixando o preço do frete, as demais, pra não perder carga, vão ter que abaixar também. Há uma competição entre a saída do Arco Norte, a saída sul, a saída pela região leste do Estado com a Fico”, assinalou Mendes.

    O prefeito Miguel Vaz declarou que a assinatura do contrato significa um marco para a história e representa o desenvolvimento para Mato Grosso. Durante a cerimônia, Vaz ressaltou a decisão do governador pela autorização da 1ª ferrovia de Mato Grosso e a rapidez com que ocorreu o processo, desde a autorização até a assinatura do contrato. “Essa decisão foi determinante para o sucesso de toda a ação desse investimento grandioso que vai beneficiar toda a região”, pontuou.

    “Será impactante na logística, no comércio, indústria e no agronegócio e vai representar muito mais competitividade para a produção e indústrias mato-grossenses. A ferrovia vai permitir que nossos produtos cheguem aos grandes centros com frete mais barato e também garantir a chegada de mais matéria-prima. Essa é a ferrovia do agronegócio, da indústria, do comércio e da geração de empregos em todo o Estado de Mato Grosso”, destacou Mauro Mendes.

    Segurança jurídica

    O CEO da Rumo, João Alberto Abreu, destacou a segurança jurídica dada pela gestão estadual no decorrer do processo de autorização da ferrovia para efetuar o investimento de mais de R$ 11 bilhões. “Quero deixar registrado que cumprimos nossos prazos e vamos lutar para que a ferrovia chegue a Lucas do Rio Verde antes daquele que estabelecemos em contrato. É um compromisso que estamos assumindo”, disse.

    O início das obras está previsto para o próximo ano. O cronograma prevê que o trecho entre Rondonópolis e Cuiabá esteja concluído e em funcionamento no ano de 2025. Já a operação no trecho Cuiabá a Lucas do Rio Verde deverá começar em 2028.

    Extensão até Sinop

    Os prefeitos de Sinop e Sorriso, Roberto Dorner e Ari Lafin, defenderam que os trilhos da Ferronorte sejam estendidos até os dois municípios. Ambos entendem que a chegada até Nova Mutum e Lucas do Rio Verde ajudarão a desenvolver a região norte e médio norte. “Vamos pedir, junto ao Governo do Estado, que estas extensões cheguem aos municípios de Sorriso e Sinop, também. O importante é apoiar as ações”, defendeu Lafin.

    “É uma ação importante pro Médio Norte e nós também depois queremos pedir a governador que estenda pra Sorriso e Sinop, porque ela é importante e nós queremos que vá até o norte”, acrescentou Dorner.

    O governador comentou que a possibilidade de estender a linha até Sinop existe. Porém, é necessário desenvolver o projeto cumprindo cada etapa. “Não adianta nós sonharmos, que vamos fazer daqui a 10 anos, 20 anos, e não fazermos aquilo que nós podemos fazer agora. Foi aquilo que o governo fez. Se tinha a possibilidade de fazer entrar mais 730 quilômetros, nós fizemos”, comentou.

    Mendes concluiu dizendo que o ideal é continuar ‘brigando’ pela Ferrogrão e pela Fico, duas outras ferrovias que estão no planejamento do Governo Federal. “Ele (governo federal) que tem que dar os passos, de maneira concreta, enfrentar os problemas ambientais, judiciais e eu tenho certeza que ele vai fazer”, comentou.

  • Proposta para construção de ferrovia de Rondonópolis até Lucas do Rio Verde é homologada

    Proposta para construção de ferrovia de Rondonópolis até Lucas do Rio Verde é homologada

    Uma semana após a abertura do envelope, o Governo de Mato Grosso aprovou a proposta apresentada pela Rumo Logística S/A para a construção da primeira ferrovia estadual, a extensão da Ferronorte, partindo de Rondonópolis até Lucas do Rio Verde. A homologação dos documentos foi publicada na edição extra do Diário Oficial do Estado que circulou nesta sexta-feira (10).

    Segundo a proposta da empresa, serão investidos R$ 11,2 bilhões para a implantação da ferrovia estadual que terá 730 km de extensão, com início da obra já em 2022.

    O cronograma da Rumo aponta que o primeiro trecho, de Rondonópolis até Cuiabá, deve entrar em operação em 2025. Já o segundo trecho, de Cuiabá até Lucas do Rio Verde, passando por Nova Mutum, deve entrar em operação em 2028.

    “É mais um passo muito importante para a habilitação, ou seja, para o projeto de extensão da ferrovia de Rondonópolis até Lucas do Rio Verde. A primeira fase foi o chamamento público, numa atitude corajosa do governador do Estado em trazer para si a responsabilidade de autorização desse projeto. Vencida essa fase, passamos agora para a etapa final, que é a assinatura do contrato”, disse o prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz.

    O governador do Estado, Mauro Mendes, deve confirmar até amanhã, terça-feira (14), a vinda ao município na próxima quinta (16), junto de comitiva, para assinar o contrato com a empresa habilitada para a construção da ferrovia estadual.

    Marco Legal

    A extensão da Ferronorte faz parte do novo Marco Legal das Ferrovias, previsto na Medida Provisória nº 1.065/2021 assinada pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, no dia 30 de agosto. O programa cria condições para aumentar os investimentos privados no setor ferroviário, além de reduzir a burocracia para a construção de novas ferrovias e inovar no aproveitamento de trechos ociosos e na prestação do serviço de transporte ferroviário.

    Entre as mudanças previstas no texto está a permissão da construção de novas ferrovias por autorização, à semelhança do que já ocorre na exploração de infraestrutura em setores como telecomunicações, energia elétrica, portuário e aeroportuário.

  • Empresa apresenta proposta para extensão da Ferronorte até Lucas do Rio Verde

    Empresa apresenta proposta para extensão da Ferronorte até Lucas do Rio Verde

    O processo de extensão da Ferronorte, de Rondonópolis a Lucas do Rio Verde, avançou nesta sexta-feira (03). No Palácio do Paiaguás, em Cuiabá, o Governo do Estado realizou a abertura da proposta da empresa interessada em atuar no trecho ferroviário.

    A Rumo Logística, concessionária que atua no setor ferroviário, foi a única empresa que apresentou proposta para construção e atuação no novo trecho de 730 quilômetros entre os municípios de Mato Grosso. A partir de agora, o Estado inicia outra fase do Processo de Chamamento Público, que é a análise da documentação. A previsão é que o resultado final saia em 15 dias.

    O novo trecho, tratado como Ferrovia Estadual, deve integrar diversos municípios de Mato Grosso à malha ferroviária nacional, em direção ao porto de Santos (SP).

    Miguel Vaz, prefeito de Lucas do Rio Verde, se mostrou confiante com o próximo passo do Chamamento Público, que é a homologação com a empresa, caso ela apresente todos os requisitos previstos no edital do Estado.

    “A torcida é muito grande, agora com essa etapa vencida, temos uma outra importante etapa final. Esperamos que seja concretizada a assinatura do contrato, e logo inicie a execução da obra”, disse o prefeito.

    Na última quinta-feira (03), no Palácio do Planalto, Mauro Mendes, governador de Mato Grosso, e Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura, assinaram acordo de cooperação técnica para dar segurança jurídica ao projeto da primeira Ferrovia Estadual.

    “Com essa assinatura, o Governo Federal valida essa decisão do Governo do Estado, do chamamento público e isso reforça a legalidade desse processo. Com isso, a gente fica mais próximo da concretização desse projeto de execução, dessa importante ferrovia que é a extensão da Ferronorte, de Rondonópolis a Lucas do Rio Verde”, destacou Miguel.

  • Lucas do Rio Verde caminha para se tornar um grande entroncamento ferroviário

    Lucas do Rio Verde caminha para se tornar um grande entroncamento ferroviário

    Com o objetivo de melhorar a logística da produção de Mato Grosso, Lucas do Rio Verde caminha para se tornar um grande entroncamento ferroviário. A notícia ganhou ainda mais destaque após o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, lembrar do município luverdense durante evento realizado em Contagem, Minas Gerais, sobre a entrega da 500ª locomotiva de corrente alternada (AC44) produzida no Brasil.

    O primeiro passo para o entroncamento ferroviário será a extensão da Ferronorte, de Rondonópolis até Lucas do Rio Verde. Durante o evento, Tarcísio disse que o assunto é tratado como prioridade no ministério.

    “Eu imagino que Lucas do Rio Verde vai ser o grande entroncamento ferroviário do Brasil, de onde vai nascer a Ferrogrão chegando até Miritituba, a Ferronorte passando por Rondonópolis, Aparecida do Taboado, ligando a malha Paulista, e a Fico que vai começar em Lucas do Rio Verde e vai terminar em Ilhéus”, destacou o ministro.

    Ainda segundo Tarcísio de Freitas, a extensão da Ferronorte será a primeira autorização do Ministério na modalidade de contrato de adesão para terminais privados.

    Para o diretor executivo de Governo de Lucas do Rio Verde, Aluízio Bassani, a notícia é motivadora. “É muito gratificante receber essa notícia do ministro, que será concedida autorização para que a Ferronorte chegue até Lucas do Rio Verde. Nós já tínhamos uma notícia do próprio ministro que aqui, possivelmente, será um dos maiores entroncamento ferroviário da América Latina, e isso nos motiva ainda mais para trabalhar com muita responsabilidade, preparando o município  para receber essa avalanche de investimentos”.

    A operação na Ferronorte é responsabilidade da Rumo Logística. Representantes da empresa devem cumprir agenda nesta quarta-feira (14) com o Prefeito Miguel Vaz e autoridades do Executivo. Em pauta estará a expansão da malha ferroviária, chegando ao município luverdense.

    “Esperamos que essa autorização seja o mais breve possível. Isso faz com que os investimentos aconteçam aqui na região, que é muito importante no cenário nacional com relação à produção de grãos, de carnes, enfim, uma notícia muito importante para todo o Mato Grosso”, destacou Miguel Vaz.

    Entroncamento Ferroviário
    São três ferrovias que terão o encontro em Lucas do Rio Verde. A primeira delas é a extensão da Ferrovia Senador Vicente Vuolo (Ferronorte), que atualmente liga o Porto de Santos a Rondonópolis. O novo trecho deve seguir até Cuiabá e Lucas do Rio Verde.

    A segunda, a Ferrogrão, sairá de Lucas do Rio Verde, passando por Sorriso, Sinop até o Porto de Miritituba, no Rio Tapajós.

    Já a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) ligará Água Boa, passando por Lucas do Rio Verde, ao município de Mara Rosa (GO), onde está a Norte-Sul.

    Confira a declaração do ministro Tarcísio de Freitas sobre o entroncamento ferroviário em Lucas do Rio Verde:

     

     

     

    DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

  • Movimento Pró 3 Ferrovias será lançado dia 25 de junho em Lucas do Rio Verde

    Movimento Pró 3 Ferrovias será lançado dia 25 de junho em Lucas do Rio Verde

    Será lançado no próximo dia 25, em Lucas do Rio Verde, o Movimento Pró 3 Ferrovias. A proposta de criação do movimento é do economista e cientista político Vicente Vuolo. Ele faz contato com lideranças luverdenses para fortalecer o movimento. Vuolo é filho do ex-senador Vicente Emílio Vuolo, que faleceu em 2001, e que deu nome à ferrovia que liga Rondonópolis a Santa Fé do Sul-SP.

    Atualmente existem três projetos ferroviários para Mato Grosso. A Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que vem de Goiás até Água Boa e futuramente vai chegar a Lucas do Rio Verde, integrando o estado de leste a oeste. Outro projeto é da Ferrogrão, saindo Miritituba com destino a Sinop e Sorriso. O terceiro é ampliação da Ferrovia Vicente Vuolo (Ferronorte) que interligará Rondonópolis a Lucas do Rio Verde.

    O presidente da Acilve (Associação Comercial e Empresarial de Lucas do Rio Verde), Vilson Kirst, está auxiliando Vuolo na mobilização de lideranças locais. Esta semana, os dois tiveram várias conversas telefônicas. Kirst fez a ponte para que o coordenador se aproximasse de representantes políticos, como o senador Carlos Fávaro e deputado Neri Geller, Prefeito Miguel Vaz, presidente da Câmara de Vereadores Daltro Figur, Vice-Governador Otaviano Pivetta, Marino Franz, Jocci Piccini, representantes da CDL, OAB, Rotary Club, Sindicato dos Produtores, entre outras lideranças de segmentos como do agronegócio.

    “Foi uma conversa quase diária. Pediu informações da região, de nomes que pudesse indicar, que são lideranças do município”, comentou. “Ele me procurou para ajudar a organizar esse encontro agora no mês de junho”.

    Kirst observou que a proposta é fortalecer os projetos que definirão as 3 ferrovias que possibilitarão a instalação de um porto seco em Lucas do Rio Verde. “O nosso município é estratégico na indústria e no agronegócio. Um grande produtor de grãos, de carne, de etanol e de biodiesel. Por isso, ele, que trabalha há muitos anos em questões ferroviárias, está se envolvendo tanto neste projeto”, destacou.

    Investimentos

    A implantação das ferrovias vai atrair investimentos para Lucas do Rio Verde. Vilson Kirst acredita que todos os segmentos serão beneficiados. Ele acredita que produtores rurais, empresários e trabalhadores vão ganhar com a condição de Lucas do Rio Verde como entroncamento rodoferroviário. Até mesmo o setor de transporte rodoviário tende a ganhar com a vinda das ferrovias. “Às vezes caminhoneiro pensa que vai tirar frete. Não. Os fretes têm que vir até Lucas, a nossa região é muito grande e vai precisar do transportador”, aposta Kirst. “Através dessa ferrovia vai vir os insumos que vem para Lucas e região, seja adubo ou outros produtos. Não existe prejuízo pra ninguém”.

    Neste sentido, o presidente da Acilve assinala que o custo para transportar cargas de grãos para a região de portos vai diminuir. Hoje, além de eventuais prejuízos por causa da infraestrutura rodoviária, os transportadores, autônomos ou empresariais, convivem com problemas de roubos de cargas. “Nossas estradas são precárias, o caminhoneiro fica muito tempo longe da família, acidentes, problemas de assalto, enfim. É muito importante você estar próximo de sua casa”, observou.

    Local do evento

    Sobre o evento, Vilson Kirst cita que há 3 locais disponíveis para o encontro. O auditório do Sindicato Rural foi colocado à disposição para realizar o lançamento do Movimento Pró 3 Ferrovias. Contudo, estão sendo analisadas várias situações, como a participação de público. Como atualmente existem regras de prevenção ao novo coronavírus. E um deles, é evitar aglomeração de pessoas. Por isso, o presidente da Acilve acredita que o evento acontecerá na Câmara de Vereadores, que reúne condições para essa finalidade.

  • “Lucas do Rio Verde será um grande entroncamento ferroviário” diz ministro da Infraestrutura

    “Lucas do Rio Verde será um grande entroncamento ferroviário” diz ministro da Infraestrutura

    O ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) disse que a construção da Ferrogrão, ferrovia de quase 1.000 quilômetros ligando Sinop (MT) ao Porto de Miritituba, no Pará, é “inescapável”. “A Ferrogrão vai ser o grande modulador de tarifas. É um projeto sensacional. Não faz o mínimo sentido discutir se devemos ou não ter a ferrovia”, acrescentou.

    Freitas disse ainda que, além de um ramal norte-sul, teremos um grande ramal Leste-Oeste que vai ser sistema FICOFIOL, que no futuro vai parar em Lucas do Rio Verde, interligando Lucas do Rio Verde/MT a Ilhéus/BA. Disse também que em Lucas do Rio Verde vai nascer a Ferrogrão e vai morrer a Ferronorte, será um grande entroncamento ferroviário, e a vida do produtor será transformada de uma maneira não vista antes.

    Confira abaixo as declarações do ministro Tarcísio Gomes

     

    A FICO, entre Mara Rosa/GO e Água Boa/MT, será construída pela Vale como contrapartida da renovação antecipada da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). O projeto do trecho 2 da FICO está sendo elaborado, prevendo ligação entre Água Boa/MT e Lucas do Rio Verde/MT.

     

  • Deputados se mobilizam para que o traçado da Ferronorte passe por Cuiabá

    Deputados se mobilizam para que o traçado da Ferronorte passe por Cuiabá

    Mato Grosso pode explorar a concessão da Ferronorte e a Assembleia se mobiliza para que o traçado passe por Cuiabá.

    Ontem, quinta-feira(7), foi aprovada uma Proposta de emenda à Constituição (nº 16/20) que altera o artigo 131 para permitir a exploração direta e indireta de serviços públicos.

    Apesar de se tratar de uma ferrovia de responsabilidade da União, o autor da proposta, presidente da AL Eduardo Botelho (DEM) explica que não há conflito de competência na PEC, pois “a legislação federal fala interestadual, então dentro do Estado tem sim essa prerrogativa para fazer”.

    Ele garante que a empresa responsável pela Ferronorte, a Rumo, tem interesse e já procurou os parlamentares e o governo para viabilizar a obra. Espera que, com a permissão da AL, já inicie a construção neste ano e a estimativa é que seja entregue o trecho de Rondonópolis a Cuiabá em dois anos.

    Explica ainda que o Estado “já tinha permissão para fazer concessões de rodovias, concessões marítimas, mas não tinha ainda de ferrovia. Essa PEC está permitindo que o Estado faça essa concessão, porque a ferrovia está parada em Rondonópolis, e dentro do Estado o governo tem o poder de fazer isso”. A PEC foi aprovada por 22 deputados que estavam presentes na sessão e o presidente não votou, seguindo regimento. (com RDNews)

    Ferronorte

    A chegada da ferrovia na capital, proporcionará desenvolvimento econômico, novos negócios, novas indústrias, geração de emprego, redução nos custos de transporte e das mercadorias são alguns dos benefícios que serão gerados com a chegada da ferrovia até Cuiabá.

    A Ferronorte ou Ferrovia Norte Brasil (EF-364), é uma ferrovia diagonal brasileira com 755 km de extensão, em bitola larga, que passa pelos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, ligando Santa Fé do Sul (SP) à Rondonópolis (MT).

  • Obras da ferrovia que ligará o Araguaia à Norte-Sul começam em abril

    Obras da ferrovia que ligará o Araguaia à Norte-Sul começam em abril

    A Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), ligando a cidade de Mara Rosa, em Goiás, até Água Boa, em Mato Grosso, começará a ser construída em abril. A previsão de conclusão será de cinco anos. A informação foi confirmada ao senador Wellington Fagundes (PL-MT), presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura (Frenlogi), e pelo presidente da Valec Engenharia, André Kuhn. A Valec será a responsável técnica pela obra.

    O prazo para início das obras foi também confirmado pelo diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Davi Barreto. Ele informou ao senador que até o final deste mês ou começo de dezembro o contrato da Vale para o empreendimento deverá ser oficialmente assinado.

    Além de tratar de conhecer detalhes do projeto, as duas reuniões – com a Valec e ANTT – teve como finalidade discutir aspectos dos impactos sociais sobre as comunidades na região de influência dos trilhos. Fagundes manifestou forte preocupação com a preparação dos municípios para receber os empreendimentos, ao lembrar dos efeitos negativos causados às cidades que receberam os trilhos da Ferronorte.

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    “Quando começaram a montar os canteiros de obra, não houve uma preocupação com os impactos na saúde, na educação e, sobretudo, na segurança. Tivemos casos de cidades que, após desativado o canteiro de obras, se formou um verdadeiro bolsão de pobreza e miséria, e tudo isso recaiu sobre a responsabilidade dos municípios. Não podemos cometer esse erro novamente” – disse o senador.

    A reunião contou com a presença do prefeito eleito de Água Boa, Mariano Kolankiewicz Filho e do superintendente da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Nelson Fraga, além de técnicos e consultores da Frente Parlamentar. Fraga informou que a autarquia reúne condições de desenvolver um amplo projeto de capacitação profissional para ocupação da mão de obra e de arranjos produtivos ao longo da ferrovia.

    A ligação entre Água Boa e Mara Rosa terá 382 quilômetros de trilhos. As obras se iniciarão por Goiás, avançando em direção a Mato Grosso. Além de Água Boa, estão na área de influência da ferrovia em Mato Grosso os municípios de Cocalinho e Nova Nazaré.

    A FICO tem como objetivo inicial propor uma opção logística ferroviária eficiente para o escoamento da produção de grãos da região Centro-Oeste (maior produtor nacional), em direção aos portos brasileiros de grande capacidade, acessados a partir da Ferrovia Norte-Sul e, consequentemente, à malha nacional.

    Na implantação da ferrovia estão previstos dez pátios de cruzamento, um pátio de formação de trens em Mara Rosa (GO), dois pátios de carga e descarga, sendo o primeiro localizado em Nova Crixás/GO e o segundo em Água Boa.

    De acordo com o senador Wellington, a ferrovia vai impactar no desenvolvimento econômico do Vale do Araguaia. Outrora chamado de ‘Vale dos Esquecidos’, a região, segundo Fagundes, pode, sozinha, produzir tudo o que Mato Grosso já produz. “E com um detalhe: sem derrubar uma árvore sequer. Por isso saio dessa reunião entusiasmado” – disse.

    CENTRO LOGÍSTICO – Mato Grosso caminha para ter um dos maiores centros logístico do país. Durante solenidade de posse do novo diretor-presidente da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, confirmou que já trabalha para estender os trilhos da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, de Água Boa até Lucas do Rio Verde.

    Esse projeto, segundo ele, está dentro do contexto da concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que liga o Porto de Ilhéus (BA) à Ferrovia Norte-Sul, em fase de implantação.

    Além da FICO, Mato Grosso deverá em breve a extensão da Ferronorte, de Rondonópolis para Cuiabá, e depois seguindo para o Norte do Estado e também a Ferrogrão, que sairá de Sinop e chegará a Itaituba, no Pará, onde deverá se conectar com os portos do Arco Norte da Logística a partir de Miritituba.