Tag: Ferrogrão

  • STF suspende execução da Ferrogrão e PGR recorre

    STF suspende execução da Ferrogrão e PGR recorre

    Nesta segunda-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender a eficácia da lei nº 13.452/2017, que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim para permitir a construção da Ferrogrão (EF-170), que deverá ligar Sinop ao porto de Miritituba, no Pará.

    Porém, agora no início da noite, a Procuradoria-Geral da República entrou com recurso na tentativa de suspender a liminar concedida pelo ministro Alexandre de Moraes.

    A redução de 0.054% do Parque Nacional do Jamanxim para viabilização de estudos para a instalação de ferrovia destinada ao escoamento de grãos (Ferrogrão – EF 170) ajusta-se ao princípio do desenvolvimento sustentável como fator de equilíbrio entre economia e ecologia“. Esse é o entendimento do procurador-geral da República, Augusto Aras, em manifestação pelo não referendo de liminar concedida, nesta segunda-feira (15), pelo ministro Alexandre de Moraes, e que suspendeu a eficácia da Lei 13.452/2017.

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu ao pedido do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.553, na qual a legenda questiona a supressão de hectares do Parque Nacional do Jamanxim para a construção da ferrovia, prevista pela lei resultante da Medida Provisória 758/2016. No parecer enviado ao STF nesta segunda-feira, Aras também manifesta-se pela improcedência da ação.

    O procurador-geral destaca que a redução da área do Parque Nacional do Jamanxim para a construção de ferrovia destinada ao escoamento de produção agrícola, “além de diminuir a emissão de poluentes por caminhões de transporte de cargas, ajusta-se com fidelidade ao princípio constitucional do desenvolvimento sustentável“. Segundo ele, eventuais danos ambientais que possam advir do traçado da chamada Ferrogrão (EF-170), em razão da inadequação da rodovia (BR-163) para a passagem da ferrovia e da existência de áreas alagadas no percurso, deverão ser analisados concretamente no processo de licenciamento ambiental pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e pelos demais órgãos da administração pública federal, conforme determina expressamente a Lei 13.452/2017.

    Aras ressalta que a norma também prevê que, se, porventura, não for instalada a Ferrogão (EF-170) por razões de eventuais danos ambientais concretos – verificados por ocasião do licenciamento ambiental em razão do traçado previsto – ou mesmo quando instalada a ferrovia, a área reduzida ou as frações dela que não forem efetivamente utilizadas serão reintegradas ao Parque Nacional do Jamanxim.

    Destaca que a destinação de 0,054% da área do parque para permitir a construção de ferrovia (EF-170), com retorno das áreas não utilizadas ao final das obras, concretiza o princípio do desenvolvimento sustentável, uma vez que há uma pequena redução da área de proteção ambiental em relação ao desenvolvimento econômico proporcionado pela construção da ferrovia.

    Debate – Para o PGR, não procede a alegação do Psol de afronta ao artigo 225, parágrafo 1º, inciso III, da Constituição Federal, que exige a edição de lei em sentido formal para a alteração ou a supressão de áreas de proteção ambiental. Ele explica que essa exigência leva em conta os debates técnicos e o controle social que normalmente ocorrem no Parlamento, sem os prazos exíguos de análise de uma medida provisória. No entanto, o procurador-geral entende que não há, no texto aprovado da Lei 13.452/2017, “prejuízo ambiental relevante que reclame ampla participação da sociedade civil e dos órgãos de proteção do meio ambiente em processo legislativo ordinário”, ressaltando que a área prevista para a rodovia corresponde a 0,054% do parque nacional.

    Aras salienta que o artigo 3º da lei é expresso no sentido de que a destinação da área para a implantação da ferrovia “não exime o empreendedor da prévia obtenção dos licenciamentos e do cumprimento das obrigações com os órgãos competentes do Sisnama e com os demais órgãos da administração pública federal, necessários à efetivação das obras e atividades relativas à implantação e à operação da EF-170”.

    O PGR ainda cita que, originalmente, a MP 758/2016 previa saldo ambiental positivo, com acréscimo de 51.135 hectares à unidade de conservação, mas a proposta foi suprimida por emenda parlamentar no projeto de lei de conversão. Por fim, o procurador-geral aponta que a ação direta de inconstitucionalidade não se presta ao exame dos eventuais prejuízos ambientais concretos decorrentes dos estudos apresentados para o traçado da Ferrogrão. Segundo ele, essa análise deve ser realizada no procedimento de licenciamento ambiental pelos órgãos competentes.

  • Prefeito de Lucas do Rio Verde defende reativação do CIDESA para desenvolvimento da região Médio-Norte de Mato Grosso

    Prefeito de Lucas do Rio Verde defende reativação do CIDESA para desenvolvimento da região Médio-Norte de Mato Grosso

    Otimista, o prefeito de Lucas do Rio Verde-MT, Miguel Vaz, defende a retomada das atividades do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (CIDESA) como ferramenta importante para o desenvolvimento dos municípios do Médio-Norte de Mato Grosso, localizados no eixo da BR-163.

    Criado durante a primeira gestão do ex-prefeito Otaviano Pivetta (97/2000), o CIDESA reunia 17 municípios, que juntos uniram forças que atraíram investimentos regionais. Porém, o consórcio permanece desativado há vários anos, e se tornou um dos objetivos de Miguel Vaz, a sua reativação.

    Na última semana, durante encontro com os prefeitos, que fazem parte do Consórcio Intermunicipal de Saúde – Vale do Teles Pires – o prefeito de Lucas do Rio Verde colocou em discussão a retomada do CIDESA.

    Nesse encontro ficou definido que eu e o prefeito de Sorriso, Ari Lafin, tomássemos a frente para a reativação e reorganização do CIDESA e depois criarmos uma diretoria para gerenciar o consórcio”, comentou Vaz. “Ele se faz importante, pois é um sistema de blocos com 15 municípios onde serão tratados temas regionais, como por exemplo, à duplicação da BR-163, a instalação das ferrovias, entre outros importantes assuntos”, completou.

    De acordo com Vaz, a união entre os gestores municipais por meio do CIDESA, gerará força para que as demandas sejam encaminhadas paras as esferas estaduais e federais.

    Por exemplo, vamos tratar tema segurança em bloco, vamos tratar sobre saúde para a vinda de mais hospitais, criação de novos leitos, enfim, vamos tratar em blocos e assim tornar a região equipada com esses serviços, e que possa atender a todos os municípios. Esse é o sentido do CIDESA, tratar temas de interesse regional na área econômica, social e ambiental”.

    FERROVIAS EM MATO GROSSO

    A chegada dos trilhos das ferrovias na nossa região será tema constantemente debatido dentro do CIDESA, até porque, se formos analisar, todos os municípios gostariam de ter a ferrovia passando em seus territórios. Evidentemente que já se tem um traçado prévio definido. Mas, quando se olha para a Rumo Logística, que hoje está em Rondonópolis, e que tem projeto para chegar até Lucas do Rio Verde, provavelmente é de interesse do município de Sorriso que chegue até lá também. Idem para Lucas do Rio Verde com relação a Ferrogrão, que ligará Sinop aos portos de Miritituba no Pará. Então nesse sentido há o interesse regional. Também temos o projeto definido da ferrovia de integração Centro-Oeste (FICO) que ligará Goiás a Água Boa, e de lá até Lucas do Rio Verde, essa vamos continuar defendendo que o projeto fique aqui. Mas as outras duas, tanto Ferrogrão quanto a Rumo, nós gostaríamos que de alguma forma as duas se encontrassem e quem ganha com isso é a região, pois todos os municípios serão valorizados e poderão receber grandes e importantes investimentos”, explicou Vaz.

  • EM 2021: FICO e BR 163 mudarão realidade do eixo rodoferroviário de MT

    EM 2021: FICO e BR 163 mudarão realidade do eixo rodoferroviário de MT

    Após o anúncio da liberação da licença ambiental para as obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), entre os municípios de Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT), foi a vez do ministro de Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas comunicar, ontem, quarta-feira (30.09), a duplicação da BR 163 de Rondonópolis à Cuiabá e a solução para o trecho concessionado de Cuiabá a Sinop.

    A questão da duplicação da BR-163 está muito próxima, com previsão de início das obras no trecho de Rondonópolis a Cuiabá já no início de 2021. Já o trecho que está sob concessão da Rota Oeste queremos chegar na solução definitiva até final deste ano”, disse Tarcísio em reunião com os coordenadores de Bancadas Estaduais da Região Centro-Oeste.

    Foi anunciada também a previsão de recursos para o início da pavimentação da BR-158 pelo contorno do Parque Marãiwatsédé, mediante a obtenção de Licença de Instalação – LI, além do contorno de Barra do Garças, dragagem da Hidrovia do Paraguai e recursos para o aeroporto de Matupá.

    A reunião foi realizada para apresentar as ações prioritárias do MINFRA no Projeto de Lei Orçamentária Anual – PLOA 2021. “Precisamos do apoio das bancadas dos estados uma vez que temos R$ 36,8 milhões já no orçamento para a duplicação da BR 163 mas, precisamos alocar mais R$ 40 mi”, expôs o ministro.

    imageO líder da bancada mato-grossense, deputado federal Neri Geller comprometeu-se em pautar o tema já na próxima reunião dos parlamentares.

    Esta notícia da FICO é muito importante para nós ministro. Assim como a duplicação da BR 163 no trecho que vai de Cuiabá a Sinop. Quanto à demanda de orçamento, no ano passado a bancada já colocou 20% dos recursos para o DNIT, mas levarei essa discussão de hoje com todo o carinho para tentar ajudar ao máximo o MINFRA”, ponderou Geller.

    fico ferrovia

    Ibama concede licença para construção da Ferrovia que passará por Lucas do Rio Verde

    A Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) vai ser realidade em Mato Grosso. Conforme o CenárioMT informou, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou em visita ao estado no dia 18 de setembro que a Ferrogrão sairá de Lucas do Rio Verde e a Fico nascerá no município. “Mato Grosso é a grande fronteira do mundo, a ferrovia vai sair graças a coragem de Bolsonaro, e Presidente, iremos assinar o contrato dela em novembro, começando as obras ano que vem, de Agua Boa até Goiás, depois se estenderá até Lucas“. [Veja mais]

  • Ministro exalta Lucas do Rio Verde e confirma Ferrogrão e FICO na cidade

    Ministro exalta Lucas do Rio Verde e confirma Ferrogrão e FICO na cidade

    O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta sexta-feira, 18, em visita a Mato Grosso, que a Ferrogrão sairá de Lucas do Rio Verde e a Fico nascerá no município. “Mato Grosso é a grande fronteira do mundo, a ferrovia vai sair graças a coragem de Bolsonaro, e Presidente, iremos assinar o contrato dela em novembro, começando as obras ano que vem, de Agua Boa até Goiás, depois se estenderá até Lucas“.

    Tarcísio afirma ainda que vai trazer a Ferronorte até Lucas do Rio Verde, e que a Ferrogrão será uma realidade.

    Confira o Vídeo de Tarcísio de Freitas falando de Lucas do Rio Verde

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  • Com extensão da Ferrovia até Lucas do Rio Verde MT terá opção logística eficiente para o escoamento da produção de grãos

    Com extensão da Ferrovia até Lucas do Rio Verde MT terá opção logística eficiente para o escoamento da produção de grãos

    Governo de Mato Grosso aposta em ferrovias para baratear frete; entenda

    Empenhado no barateamento do frete para o escoamento da produção, o Governo de Mato Grosso trabalha para ajudar na implementação de ferrovias que considera essenciais para infraestrutura do Estado, sendo elas RumoFerrovia Vicente Vuolo (Ferronorte), Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) e Ferrogrão.

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    A Rumo Logística passou a explorar em abril de 2015 o trecho que atualmente liga o Porto de Santos a Rondonópolis, chamado Rumo Malha Norte S.A. A proposta é estender os trilhos da ferrovia até Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. Uma das condições da empresa para isso era a renovação da outorga da malha paulista, o que foi obtido em maio deste ano.

    Com a pendência resolvida após contrapartida de investimento de R$ 7 bilhões no Estado de São Paulo, onde fica a parte mais antiga dos trilhos, da época dos cafezais, a diretoria da empresa luta pela expansão dos trilhos em Mato Grosso, ao lado do governador Mauro Mendes e da bancada mato-grossense em Brasília.

    A autorização está a cargo do Ministério da Infraestrutura e estão previstos investimentos que variam entre R$ 9 bilhões e R$ 11 bilhões em caso de resposta positiva.

    O terminal intermodal de cargas de Rondonópolis foi inaugurado em setembro de 2013.  Há também os de Alto Taquari, Alto Araguaia e Itiquira. Atualmente, a malha ferroviária de Santos a Rondonópolis transporta aproximadamente 30 milhões de toneladas, enquanto a expectativa com a expansão para Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde é chegar a 75 milhões de toneladas.

    Com extensão de 348 quilômetros, a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) vai propor uma opção logística eficiente para o escoamento da produção de grãos da região Centro Oeste, principalmente de Mato Grosso, em direção aos grandes portos brasileiros, como Itaqui, no Maranhão, ou o Porto de Santos, mediante os trilhos da Rumo Malha Norte SA.

    Governo de Mato Grosso aposta em ferrovias para baratear frete; entenda 2020 08 28 20:11:57

    Com a aprovação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) pela renovação antecipada da concessão da Ferrovia VitóriaMinas, da Companhia Vale, parte do valor da outorga será usado na implantação da Fico, entre Água Boa e Mara Rosa, em Goiás, onde os trilhos vão se conectar com a Ferrovia Norte-Sul.

    Conforme o Ministério da Infraestrutura, as obras da Fico estão previstas para começar no início do próximo ano, beneficiando primeiramente a região do Vale do Araguaia.

    Uma iniciativa das próprias tradings, a Ferrogrão conta com 1.142 quilômetros às margens da BR-163, no trecho entre Sinop e o porto fluvial de Mititituba (PA). O projeto foi apresentado em 2014, sendo que à época eram sócias no projeto Amaggi, ADM, Bunge, Cargill, Dreyfus e a EDLP. Estudos apontam que a obra custará R$ 12,6 bilhões ao longo de cinco anos.

  • “Brasil é um pais ferroviário”, afirma Miguel Vaz, ao comentar sobre análise do TCU sobre edital de construção da Ferrogrão

    “Brasil é um pais ferroviário”, afirma Miguel Vaz, ao comentar sobre análise do TCU sobre edital de construção da Ferrogrão

    “Quando olhamos para o Brasil, quando enxergamos o mapa do Brasil e, em especial as regiões de muita movimentação de carga, em especial para o grão produzido, você nota um Brasil ferroviário”, afirmou o empresário do agronegócio Miguel Vaz Ribeiro, ao ser procurado pelo CenárioMT para falar sobre o processos de análise do projeto de concessão da Ferrogrão por parte do Tribunal de Contas da União – TCU.

    A Ferrogrão vai ligar Sinop, no norte de Mato Grosso (MT) A Itaituba, no Pará (PA). O documento foi protocolado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na última sexta-feira (10). Cabe ao TCU, agora, a análise da documentação para a publicação do edital de licitação ainda este ano.

    “Esse é um passo importante que sai da fase do projeto executivo em si, e entra em uma análise jurídica sobre o modelo de concessão. O Tribunal de Contas vai analisar o projeto e vai solicitar ajustes ou não. Então é um passo muito importante antes de colocar na mesa para concessão”, analisa Vaz.

    De acordo com Miguel Vaz, para que definitivamente a Ferrogrão esteja em operação, levará de seis a dez anos a partir da assinatura do contrato de concessão. Os recursos para construção da ferrovia que ligará o norte de Mato Grosso ao chamado ‘Arco Norte’ de escoamento através do Rio Amazonas terão como origem as trends.

    “Até porque quando eu olho para o processo que está em andamento também, que é a concessão para manutenção da BR-163, do trecho de Sinop a Miritituba, esse plano é para 10 anos, podendo ser prorrogado por mais dois. Pois nesse tempo existe a previsão de conclusão da Ferrogrão”, destacou o empresário.

    Diferente de países como os Estados Unidos, que grande parte de sua produção é escoada por meio de navegação, no Brasil mais de 70% da produção é transportada por meio de rodovias.

    “A ferrovia para o Brasil, ela tem que ocupar um espaço maior do que a tímida malha ferroviária que temos hoje. A Ferrogrão é sem dúvida de muito ganho e de muita economia para o custo do transporte, dessa logística. E essa diferença vai ficar nas regiões produtoras com a agregação de valores, geração de renda, mais oportunidade e assim, por diante. Hoje o frete consome uma fatia muito grande comparado a outros países”, sinaliza.    

    O plano, acompanhado dos estudos técnicos e das minutas de edital e de contrato foi assinado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, após liberação da diretoria da ANTT, na terça-feira (7). São esperados investimentos de R$ 8,4 bilhões no projeto de concessão.

    De acordo cor o ministério, a Ferrogrão será uma das vias mais importantes do país e um dos ativos mais aguardados pelos investidores. Com 933 quilômetros (km) de extensão, a ferrovia terá papel logístico fundamental para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do estado de Mato Grosso, prevendo-se também o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo.

    A implementação da Ferrogrão irá consolidar o novo corredor ferroviário de exportação do Brasil pelo Arco Norte, ligando Sinop (MT) ao Porto de Itaituba (PA). Estão previstos, também, o ramal de Santarenzinho, entre Itaituba e Santarenzinho, no município de Rurópolis (PA), com 32 km, e o ramal de Itapacurá, com 11 km.

  • Análise do TCU é último passo para edital de construção da Ferrogrão

    Análise do TCU é último passo para edital de construção da Ferrogrão

     

    Já está com o Tribunal de Contas da União (TCU) o projeto de concessão da Ferrogrão, nova ferrovia que ligará Sinop, no norte de Mato Grosso (MT), a Itaituba, no Pará (PA). O documento foi protocolado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), na última sexta-feira (10). Cabe ao TCU, agora, a análise da documentação para a publicação do edital de licitação ainda este ano.ebc

    O plano, acompanhado dos estudos técnicos e das minutas de edital e de contrato foi assinado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, após liberação da diretoria da ANTT, na terá-feira (7). São esperados investimentos de R$ 8,4 bilhões no projeto de concessão.

    “Hoje, mais de 70% da safra matro-grossense é escoada pelos portos de Santos, no estado de São Paulo, e de Paranaguá, no Paraná, a mais de 2 mil quilômetros da origem. Esse cenário mostra a relevância do projeto dentro do sistema logístico de cargas do país, sendo um diferencial para a sua atratividade junto a potenciais investidores”, disse o ministro, Tarcísio Freitas.

    De acordo cor o ministério, a Ferrogrão será uma das vias mais importantes do país e um dos ativos mais aguardados pelos investidores. Com 933 quilômetros (km) de extensão, a ferrovia terá papel logístico fundamental para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do estado de Mato Grosso, prevendo-se também o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo.

    A implementação da Ferrogrão irá consolidar o novo corredor ferroviário de exportação do Brasil pelo Arco Norte, ligando Sinop (MT) ao Porto de Itaituba (PA). Estão previstos, também, o ramal de Santarenzinho, entre Itaituba e Santarenzinho, no município de Rurópolis (PA), com 32 km, e o ramal de Itapacurá, com 11 km.

    “O projeto faz frente à expansão da fronteira agrícola brasileira e à demanda por uma infraestrutura integrada de transportes de carga. O empreendimento aliviará as condições de tráfego na BR-163/PA, diminuindo o fluxo de caminhões pesados e os custos com a conservação e a manutenção”, segundo o ministério.

    *Com informações do Ministério da Infraestrutura

    https://www.cenariomt.com.br/2020/01/02/ferrograo-e-o-fim-dos-gargalos/

  • Em reunião, ministro garante a governador retomada das obras na BR-163

    Em reunião, ministro garante a governador retomada das obras na BR-163

    O ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, garantiu ao governador Mauro Mendes que as obras da duplicação da BR-163 serão retomadas “o mais rápido possível”.

    A fala ocorreu durante reunião em Brasília, na última quarta-feira (1º de julho), que também contou com a participação do deputado federal Neri Geller, representando a bancada federal de Mato Grosso.

    No encontro, Mendes destacou a importância dessa rodovia para Mato Grosso, uma vez que é um dos principais meios de escoamento da produção agrícola do Estado.

    “Falamos sobre a BR-163, a concessão e os problemas que temos enfrentado. O ministro mostrou o planejamento que o Ministério tem para os próximos meses e, com isso, será possível resolver esse problema da duplicação de Cuiabá até Sinop. Acreditamos no trabalho do ministério, do ministro, e que o Governo Jair Bolsonaro vai dar uma solução rápida para a conclusão dessa duplicação”, relatou o governador.

    De acordo com o ministro, a previsão é que até o próximo ano a duplicação já esteja em andamento.

    “Em relação à BR-163, estamos firmes no compromisso de retomar o mais rápido possível. Estamos perto do desfecho. Com certeza no ano que vem já estaremos com as obras acontecendo”, disse Freitas

    Infraestrutura

    O governador também questionou sobre outras obras de interesse da população mato-grossense, como a BR-158, que há anos está “travada” por conta de um trecho que passaria dentro de reserva indígena, e também sobre as ferrovias.

    “Sobre a BR-158, o ministro confirmou para nós que vai sair pelo contorno, ou seja, por fora da reserva indígena, que é a forma mais rápida, efetiva e eficiente de dar continuidade nessa obra”, adiantou.

    “Também falamos da BR-242, da Ferrogrão, da Fico, da Ferronorte, que são assuntos importantes para o nosso estado que é um grande exportador e precisa de uma logistica eficiente”, comentou o governador.

    O ministro adiantou que haverá boas novidades para Mato Grosso nesse âmbito.

    “A Fico vai se tornar uma realidade em contrato ainda este ano, e ano que vem a gente deve ter a obra já andando. Nessa sexta-feira (03.07) vamos entregar oito pontes na BR-242. Estamos animados com o que vem pela frente para o Estado de Mato Grosso, que demanda muita infraestrutura”, concluiu.

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  • Ferrogrão e o fim dos gargalos

    Ferrogrão e o fim dos gargalos

    Miguel Vaz Ribeiro*

    02301320092019 Miguel Vaz Ribeiro
    Miguel Vaz Ribeiro

    O governo federal planeja promover 44 leilões de concessões na área de transportes no próximo ano, com a meta de atrair R$ 101 bilhões de investimentos em rodovias, ferrovias, aeroportos e portos.

    Segundo o Ministério de Infraestrutura, alguns dos destaques são a concessão da BR-163 no trecho entre Mato Grosso e Pará e a concessão da ferrovia Ferrogrão, no trecho de 1.142 quilômetros entre Lucas do Rio Verde (MT) e Miritituba (PA).

    Como o estado de Mato Grosso é o maior produtor de grãos do país e o setor agropecuário é responsável por mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB), é inconcebível que a logística continue sendo o principal gargalo para essa produção. Por isso, esse anúncio do governo federal é recebido com muita satisfação pelo setor produtivo.

    A pavimentação da BR-163 foi concluída este ano, o que já significa um grande avanço para os estados do Pará e de Mato Grosso.  Mas, quem passa por lá sabe que o principal corredor para o transporte da produção agrícola do Estado tem um fluxo diário muito alto e que o tráfego costuma ficar lento, considerando que grande parte da rodovia ainda é de pista simples.

    Essa situação abre um questionamento sobre o prazo para que a concessionária responsável pela rodovia conclua a duplicação até o município de Sinop, que venceu em abril de 2019. É preciso saber quando essa obra será de fato encerrada, pois se trata de um eixo singular na produção agrícola do país e pelo qual todos que atravessam pagam pedágio.

    É inquestionável a importância da BR-163 como rota de escoamento da produção agropecuária de Mato Grosso, e essa concessão significa aumento de eficiência e fluidez. O cenário é animador, já que, hoje, a capacidade instalada no porto de Miritituba (PA) é de 15 milhões de toneladas e uma série de projetos está na fila para ser instalada na região.

    Na parte de ferrovias o destaque vai para a concessão da Ferrogrão, no trecho entre Lucas do Rio Verde e Miritituba. A perspectiva da real construção da Ferrogrão é uma injeção de ânimo para o agronegócio mato-grossense e para sua população. O projeto de construção da ferrovia aponta a possibilidade de geração de 13 mil postos de trabalho durante a fase de obras. É um movimento importantíssimo nesse momento em que a geração de empregos é uma das prioridades dos brasileiros.

    E como o maior desafio dos municípios da região médio norte de Mato Grosso é o escoamento da safra, o projeto da Ferrogrão abrirá espaço para expansão da produção de soja, milho, algodão e outras culturas, além de ser uma alternativa mais eficiente do ponto de vista ambiental e energético para o escoamento dessa carga do Estado.

    O investimento de R$ 12,6 bilhões deverá reduzir em 30% o custo de escoamento da produção agropecuária de Mato Grosso, segundo estudo realizado e apresentado por seis empresas ao governo federal. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) prevê uma capacidade de escoar 58 milhões de toneladas de grãos por ano.

    Segundo o estudo de viabilidade, se a ferrovia estivesse funcionando, o custo do frete seria de R$ 110 por tonelada, quase a metade do valor pago no frete rodoviário. Além de reduzir os custos para escoamento da produção e com a manutenção das rodovias, as ferrovias ainda significam mais segurança nas estradas com a diminuição do fluxo de veículos pesados.

    Torcemos, agora, para que o cenário se torne ainda mais favorável com a possibilidade da abertura de concessão para outros projetos de construção e ampliação ferroviária que cortem o Estado, tendo em vista que apenas com a concorrência entre as empresas e os modais de transporte se possa atingir o tão sonhado frete a preço justo para o escoamento de nossa produção. Além de que o transporte se dá com “mão e contramão”, ou seja, ao passo que se escoa também se recebe, abrindo ainda mais oportunidades e investimentos em Mato Grosso, que poderá refletir no bolso do cidadão ao ter acesso a produtos que possuirão fretes mais baratos e que chegarão em menor tempo nas prateleiras dos lojistas.

    *Miguel Vaz Ribeiro é produtor rural, empresário e membro do conselho executivo da Fiagril

  • Governador irá a Brasília tentar “destravar” BR-163 e Ferrogrão

    Governador irá a Brasília tentar “destravar” BR-163 e Ferrogrão

    O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, irá a Brasília (DF) na próxima semana para tentar destravar as obras da BR-163 e buscar a viabilização da Ferrogrão, visando melhorar a logística e o escoamento da produção do estado

    A informação foi dada nesta sexta-feira (15) em Sorriso (393 km de Cuiabá), durante o evento que marcou o encerramento da colheita de soja na safra 2018/2019.

    Mendes solicitou pessoalmente o apoio para as obras ao vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, que também esteve presente no evento.

    “Nós precisamos muito do apoio do Governo Federal, principalmente na Ferrogrão e no destravamento da BR-163. Na próxima semana, nós estaremos lá com alguns governadores para tentar destravar esse imbróglio, para que não se transforme em mais um projeto que envergonha Mato Grosso e o Brasil”, ressaltou o governador, em seu discurso.

    O vice-presidente respaldou a fala do governador e garantiu que empreenderá esforços para garantir investimentos do Governo Federal na infraestrutura e logística de Mato Grosso.

    “Temos que resolver o problema da BR-163 e esse problema será resolvido. A Ferrogrão vai sair do papel sim. Nós vamos trabalhar muito para o progresso do nosso país e para o progresso de Mato Grosso, e de Sorriso em particular”, destacou Mourão.

    Durante seu discurso, o governador Mauro Mendes recebeu vaias de parte dos produtores presentes no evento, assim como aplausos de outra parte.

    As vaias foram em protesto aos ajustes feitos por meio da aprovação do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), que reajustou as alíquotas sobre a comercialização de commodities em Mato Grosso.

    Mendes disse compreender a indignação dos produtores, mas explicou que precisou tomar medidas necessárias para buscar o reestabelecimento do equilíbrio financeiro de Mato Grosso, uma vez que recebeu o Estado com dívidas de restos a pagar na ordem de R$ 3,9 bilhões.

    “Respeitosamente eu acolho as vaias que vocês estão fazendo a mim neste momento. Vim aqui com muita tranquilidade para fazer esse diálogo com todos. Eu, como a maioria de vocês, sou um cidadão que veio aqui construir minha história. Assim como uma parte de vocês, que representam milhares de brasileiros, nós também nos indignamos muito com o que acontece no Estado brasileiro e no Estado de Mato Grosso. Eu, se estivesse aí na plateia, talvez estivesse vaiando o governador que aqui estivesse em meu lugar. Porque nós nos indignamos com um Brasil que cobra muito dos cidadãos, e devolve pouco”.

    “Em janeiro, o Estado arrecadou R$ 1,3 bilhão e ficamos devendo R$ 168 milhões só em relação às contas de janeiro. Eu estou sendo vaiado porque tomei medidas duras para consertar esse Estado. Governar um Estado não é apenas dizer aquilo que as pessoas querem ouvir. Não vai ser com medidas populistas ou com medidas não muito bem pensadas que vamos recuperar o Estado. Eu não quero ser aplaudido no início. Eu quero entregar um Estado melhor a todos os mato-grossenses”, completou.

    As obras

    O projeto da Ferrogrão, ferrovia de 933 quilômetros que deve ligar Sinop (MT) ao porto fluvial de Miritituba (PA), prevê a capacidade para transportar cerca de 58 milhões de toneladas.
    Além da economia que os produtores teriam com o transporte, a ferrovia facilitaria a logística do escoamento dos grãos e provocaria menos danos às rodovias.

    Já a BR-163 é a principal rota de escoamento da safra de grãos do Estado. Possui longos trechos sem a duplicação, fato que dificulta o transporte da produção.