Tag: Ferrogrão

  • AGU se manifesta a favor da inconstitucionalidade da lei que alterou limites da área do Projeto Ferrogrão

    AGU se manifesta a favor da inconstitucionalidade da lei que alterou limites da área do Projeto Ferrogrão

    AAdvocacia-Geral da União (AGU) ingressou hoje (26/05) com uma manifestação na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.553, em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF), que aprecia pedido do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) relativo à construção da Estrada de Ferro (EF-170). Conhecido como Ferrogrão, o empreendimento está previsto para ser implementado na área do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará.

    Na peça, a AGU informa que, em razão de novas informações técnicas prestadas por órgãos ambientais federais, modificou seu posicionamento expresso em fases anteriores do processo, manifestando-se agora pela procedência do pedido realizado pelo PSOL. O partido busca na Corte a declaração de inconstitucionalidade da Lei nº 13.452/2017, que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim.

    A Advocacia-Geral destaca no documento que reconhece a relevância da ferrovia para o país, empreendimento que possibilitará o escoamento da produção de diversos produtos de Mato Grosso ao Porto de Mirituba (PA). Sustenta ainda que a Ferrogrão propiciará a geração de empregos diretos em sua construção, além da redução no custo do frete do transporte de cargas.

    Na manifestação encaminhada ao STF, a AGU esclarece que o texto veiculado na peça processual não representa posicionamento institucional no sentido de que a implantação da estrada de ferro, seria por si só, lesiva ao meio ambiente. Por esse motivo, informa à Corte que não se opõe ao regular prosseguimento dos procedimentos administrativos relacionados à construção da ferrovia, “desde que observem todos os condicionantes legais, inclusive sócio-ambientais”.

    Ausência de compensação ambiental

    Na manifestação, a AGU faz um resumo dos fatos que levaram à propositura da ação na Suprema Corte. Recorda que a Lei nº 13.452/2017 foi aprovada pelo Congresso Nacional a partir da conversão da Medida Provisória (MP) nº 758/2016. Essa última previa em seu texto, como medida compensatória pela construção da ferrovia, a incorporação ao Jamanxim da Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós, de 51 mil hectares. No entanto, embora houvesse previsão normativa de compensação, ela não foi mantida no processo de conversão em lei da MP.

    A AGU argumenta que a supressão de parte da área do Parque Nacional do Jamanxim, unidade de conservação de proteção integral, também foi implementada pela nova lei sem que houvesse qualquer contrapartida ambiental. Do mesmo modo, argumenta, a retirada da medida compensatória prevista na MP ocorreu sem que “fosse antecedida de estudos prévios que concluíssem pela adequação, do ponto de vista ecológico, de tal medida”.

    A manifestação ressalta ainda que a realização de estudos técnicos constitui requisito indispensável para a modificação dos limites de unidades de conservação ambiental, com preveem precedentes do próprio STF. Para a AGU, a supressão de área no Jamanxim deveria ser precedida por estudos prévios realizados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão especializado e legalmente competente para a tarefa, cujos estudos conferem lastro técnico-científico para a efetividade da proteção ecologicamente equilibrada do meio ambiente.

    Na conclusão do documento, além de se manifestar pela procedência da ação proposta pelo PSOL, a Advocacia-Geral pede a revogação parcial da medida cautelar deferida pelo relator da ação no STF, ministro Alexandre de Moraes, em março de 2021, que suspendeu a eficácia da Lei nº 13.452/2017. Segundo a AGU, essa revogação é necessária para permitir “o regular prosseguimento de processos administrativos relacionados à Ferrogrão, inclusive no que tange à atualização dos estudos, observadas todas as condicionantes legais, inclusive sócio-ambientais”.

  • Ferrovias e estudos ambientais

    Ferrovias e estudos ambientais

    Em 2021, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado de Mato Grosso produziu 71.488.025 toneladas de grãos, esse número representou 28,49% da produção nacional, sendo os principais produtos soja e algodão. A construção de ferrovias com certeza é uma necessidade para o estado, sendo essa a melhor saída para escoar a crescente produção de grãos. Atualmente Mato Grosso possui apenas 366 km de ferrovias que fazem parte da Ferrovia Norte Brasil (FERRONORTE). Porém essa realidade pode mudar em breve, a Ferrovia Autorizada de Transporte Olacyr de Moraes (FATO), promete a construção de mais 730 km de ferrovias, enquanto a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) construirá no estado mais 140 km e a Ferrogrão mais 440 km. A implementação desses empreendimentos necessita de muitos estudos e acompanhamentos, entre eles sobre a formação de ravinas e voçorocas (erosões lineares de grande porte), tema que será abordado ao longo deste texto. 

    Caiubi Emanuel Souza Kuhn
    Caiubi Emanuel Souza Kuhn

    Ravinas e voçorocas são as formas mais agudas de erosões linear, podem chegar a ter mais de um quilometro de extensão, e dezenas de metros de largura e de profundidade. Normalmente o desenvolvimento deste processo está relacionado a características do meio físico, sejam elas geológicas-geotécnicas, tipos de solos e do relevo. Mudanças no uso da terra e na cobertura vegetal são outros fatores que pode desencadear o desenvolvimento da erosão. 

    O desenvolvimento de ravinas e voçorocas podem causar uma série de impactos sociais e ambientais. A destruição de casas, rodovias, infraestruturas urbanas e rurais e a inviabilização de áreas produtivas significativas, são alguns dos impactos econômicos que podem ser citados. Além disso, as erosões lineares afetam a cobertura vegetal, removem grandes quantidades de solo, podem causar o rebaixamento do aquífero, o assoreamento de rios, açudes entre outros corpos hídricos. A estabilização das erosões pode demorar anos ou até décadas. 

    Empreendimentos como o desenvolvimento de novas rodovias e ferrovias, precisam em sua implementação, realizar estudos detalhados de susceptibilidade a erosão e a outros processos do meio físico, como deslizamentos e corridas de detritos. Estes estudos são fundamentais para garantir a segurança no empreendimento e para evitar impactos ambientais e sociais na área de entorno. 

    Em outros locais, como no estado de São Paulo, sérios problemas com erosões lineares ocorrem relacionadas a construção de ferrovias. As características do meio físico de algumas regiões do estado de Mato Grosso, indicam que problemas similares podem ocorrer, caso não sejam realizados os estudos adequados e o correto monitoramentos destas áreas. É comum em muitas regiões do estado problemas com erosões que foram causadas devido ao uso do solo sem que seja considerada os estudos técnicos. Porém, este tipo de situação não pode e nem deve ocorrer em empreendimentos bilionários, que possuem tranquilamente condições financeiras e técnicas para realizar todas as análises e estudos necessários. Caso isso não seja feito, além de poder ter problemas na fase de construção das ferrovias, após concluída pode se iniciar inúmeros debates sobre como sanar os impactos causados e sobre quem irá pagar a conta dos danos proporcionados pelas erosões. 

    A construção das ferrovias em Mato Grosso é uma necessidade, porém é preciso que a sociedade acompanhe e debate de forma séria todos os fatores que envolvem o empreendimento. Neste sentido, as universidades e centros de pesquisa podem contribuir muito nas análises técnicas dos empreendimentos. A sociedade civil precisa acompanhar e debater sobre o tema, para que se tenha transparência na busca de soluções para eventuais problemas. O conhecimento e gestão técnica são o caminho para o estado garantir o desenvolvimento sustentável. 

    Caiubi Kuhn, Professor na Faculdade de Engenharia (UFMT), geólogo, especialista em Gestão Pública (UFMT), mestre em Geociências (UFMT).

  • Entidades empresariais peticionam junto ao STF participação nas decisões sobre a retomada da Ferrogrão

    Entidades empresariais peticionam junto ao STF participação nas decisões sobre a retomada da Ferrogrão

    Para pleitear a retomada das obras de construção da ferrovia Ferrogrão, que interligará Sinop (MT) a Miritituba, em Itaituba (PA), e reforçar a importância do projeto para o desenvolvimento econômico e social da região, entidades representativas do setor produtivo do Pará entraram na segunda-feira, 14, com uma petição junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), na condição de Amicus Curiae. O objetivo é garantir que órgãos, entidades e especialistas possam participar das discussões, argumentar e contribuir com a solução jurídica a ser definida pela Corte.

    Por atuarem diretamente na defesa dos interesses dos segmentos da indústria, comércio, serviços, agricultura e pecuária, as entidades entendem possuir a legitimidade necessária para discorrer diante do Tribunal sobre os graves impactos que a suspensão do projeto tratará ao setor e à própria sociedade. A petição é assinada pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Associação Comercial do Pará (ACP), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará (Faciapa), Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Sindicato da Indústria da Construção do Estado Do Pará (Sinduscon) e Centro das Indústrias do Pará (CIP).

    “Como parte interessada e legítima, as entidades empresariais estão pedindo o seu ingresso como Amicus Curiae para que possam acompanhar e colaborar com o processo, se colocando favoravelmente e solicitando que os processos relativos à Ferrogrão voltem a tramitar. Se o ministro do STF acatar nosso pedido, ele pode autorizar que essas entidades tenham direito à voz, ou seja, possam se manifestar durante o julgamento”, esclarece o advogado Vitor Fonseca. A intervenção processual na qualidade de Amicus Curiae assegura a intervenção de terceiros em demandas que extrapolam o interesse meramente subjetivo de uma causa.

    Além da admissão na qualidade amicus curiae, para participação ativa na ação, as entidades também requerem que a ADI seja julgada improcedente, e que sejam retomados os processos relacionados à Ferrogrão, em especial os que tramitam na Agência Nacional de Transportes Terrestres, Ministério da Infraestrutura e no Tribunal de Contas da União.

    Situação atual

    O projeto Ferrogrão está paralisado desde março do ano passado por decisão liminar do ministro Alexandre de Moraes, do STF, acatando a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pelo PSOL que – levando em consideração a Lei nº 13.452/2017 (decorrente da Medida Provisória nº. 758/2016), que alterou os limites das áreas do Parque Nacional do Jamanxim – argumentou que a ferrovia ofereceria riscos ambientais para a região. Entretanto, de acordo com informações apresentadas pela Advocacia-Geral da União, a MP 758/16, ao mesmo tempo em que promoveu a exclusão de 862 hectares do Parque Nacional do Jamanxim, ampliou os limites da unidade de conservação de proteção integral, com a inclusão de área contígua de aproximadamente 51 mil hectares, resultando assim em ganho ambiental significativo, contrariando a presunção de prejuízo ambiental alegada pelo PSOL.

    Segundo dados da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT), o investimento previsto para a ferrovia é de R$ 8,42 bilhões, podendo chegar em até R$ 21,5 bilhões de aplicações ao longo da operação. Serão 933 km de trilhos, entre a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao Pará, desembocando no Porto de Miritituba. Na petição junto ao STF, as entidades apresentam o atual contexto e a necessidade da construção de corredores de escoamento da produção do país, em especial da produção agrícola, que será obtido com o Projeto Ferrogrão. Reforçam ainda a significativa redução do custo logístico e a inexistência de prejuízo ambiental decorrente da Lei nº 13.452, de 19 de junho de 2017 (Conversão da Medida Provisória nº 758, de 2016).

    Debates 

    Desde o início do ano, a FIEPA vem promovendo encontros de trabalho para discutir e buscar soluções, juntamente com as demais entidades do setor, que viabilizem a retomada da Ferrovia, considerada estratégica para o escoamento da produção no País. Segundo o presidente do CIP e vice-presidente da FIEPA, José Maria Mendonça, a tese que aponta impacto ambiental e que provocou a paralisação do projeto não se sustenta, uma vez que se trata de uma iniciativa ambientalmente viável que passará por áreas já suprimidas ou antropizadas. “O que percebemos é que o impasse sobre o andamento do projeto não é de origem técnica, mas sim, política, porque além de se tratar do uso de área já antropizada, os estudos do componente indígena apontam que o impacto sobre as comunidades ali existentes é quase zero, já que em seu traçado final a ferrovia ficará bem afastada das terras indígenas, sendo que as duas comunidades próximas ao eixo da ferrovia são as da Praia do Índio e da Praia do Mangue situadas na zona urbana de Itaituba, enquanto que a ferrovia passará na margem contrária à sede do município, tendo o rio Tapajós separando as comunidades da ferrovia”, detalha Mendonça.

    Para o economista Clóvis Carneiro, presidente da ACP e vice-presidente da FIEPA, a petição representa a manifestação dos empresários paraenses que consideram a Ferrogrão um projeto fundamental para o resgate do desenvolvimento econômico da região Oeste do Pará. “Com a construção da Ferrogrão, nós teremos a redução de até 55% no frete interno; a redução no custo da logística total em relação ao preço do produto exportado brasileiro de 26 para 21,2%; redução do custo de manutenção da BR 163; redução de 37% das emissões de CO2 em relação ao transporte rodoviário por unidade de peso; diminuição dos riscos de acidentes no transporte da safra pela BR 163; possibilidade de eletrificação da linha férrea, zerado as emissões de CO2 e criação de um corredor logístico interno para cargas da Amazônia Ocidental em direção às grandes praças de consumo brasileiras, São Paulo, Rio e Belo Horizonte”, detalha Clóvis Carneiro.

    Representante do agronegócio no Estado do Pará, Carlos Xavier, presidente da FAEPA, afirma que é de extrema importância a construção da Ferrogrão, não apenas para o Estado do Pará, mas para o Brasil. “Estamos juntos com esta ação porque nós paraenses, com todas as potencialidades que temos na nossa região, somos um dos menores índices de desenvolvimento humano do Brasil e não dá para a gente conviver com isso. Temos que estar juntos pelo desenvolvimento da região amazônica e a viabilidade econômica do escoamento da produção brasileira passa pela Ferrogrão”, analisa o presidente da FAEPA.

    Um dos setores que serão beneficiados pela implantação deste novo modal ferroviário no Estado é o da Construção Civil. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon), Alex Carvalho, entidade que também assina a petição, um projeto da envergadura da Ferrogrão notoriamente trará desenvolvimento e grandes oportunidades de obras e serviços de engenharia ao longo e ao fim da rodovia ao chegar em Miritituba. “Por isso, reforço que é dever nosso defender a construção dessa rodovia para que tenhamos dentro do nosso Estado a perpetuação do desenvolvimento sustentável”, conclui Carvalho.

  • Parlamentares vão ao STF tentar destravar Ferrogrão

    Parlamentares vão ao STF tentar destravar Ferrogrão

    O deputado federal José Medeiros (Pode) vai se reunir com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, nesta quarta-feira (16), para tentar destravar a construção da Ferrogrão.

    O projeto da ferrovia está paralisado em virtude de uma decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que atendeu um pedido do PSOL e suspendeu a licitação da obra em função da Ferrogrão passar por cerca de 400 hectares de 1 milhão que compõe a reserva do Parque Nacional do Jamanxin (PA).

    A pedido de Medeiros, a reunião com Gilmar Mendes foi solicitada pelo coordenador da bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional, deputado Leonardo Albuquerque, e deve contar com a participação de outros parlamentares do estado.

    “Precisamos discutir os entraves jurídicos que paralisaram a obra e estão prejudicando o desenvolvimento econômico do nosso país. O Judiciário, Executivo e Legislativo precisam buscar um consenso sobre o assunto para que o Brasil possa ser beneficiado com esse importante modal de transporte, que é um dos principais projetos do Governo Federal. A Ferrogrão vai substituir o transporte rodoviário e tornar o Brasil mais competitivo, reduzindo em quase R$ 20 bilhões o custo logístico da produção. A expectativa do governo é de que a ferrovia, que tem pouco impacto ambiental, movimente 48,6 milhões de toneladas em 30 anos e gere cerca de 160 mil empregos direto e indireto”, comenta o parlamentar.

    Membro da Comissão de Viação e Transporte da Câmara Federal, Medeiros vem discutindo o assunto dentro do Congresso Nacional juntamente com os parlamentares de Mato Grosso e do Pará, uma vez que a Ferrogrão será o principal meio de escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do Centro-Oeste pelo Arco Norte do país, ligando Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA). “Já propus convidar o ministro Alexandre de Moraes e representantes do Ministério da Infraestrutura para debater o assunto na Comissão de Viação e Transporte. O Legislativo quer contribuir de forma efetiva para tirar essa obra do papel.

    Além dos entraves jurídicos, o parlamentar lamenta o lobby que existe para impedir a redução do frete com a construção de ferrovias. “O lobby é grande para impedir a redução do frete e manter o monopólio, mas o governo Bolsonaro é o primeiro que vem enfrentando com coragem tudo isso e trabalhando efetivamente para melhorar o escoamento da produção de Mato Grosso e de outros estados. A Ferrogrão e FICO (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste) vão provocar uma redução dos fretes rodoviários. Precisamos unir forças com o judiciário e a sociedade para impedir essa manobra”, frisa Medeiros, que é vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal.

  • Câmara Federal fará audiência pública sobre a Ferrogrão

    Câmara Federal fará audiência pública sobre a Ferrogrão

    A Comissão de Viação e Transporte da Câmara Federal aprovou o requerimento do deputado federal José Medeiros (PODE), atendendo solicitação do prefeito Roberto Dorner, para realização de uma audiência pública para debater a implantação da Ferrogrão. O objetivo é discutir os benefícios do empreendimento e dar mais celeridade no andamento do projeto. A previsão é que a audiência ocorra ainda este ano.

    A ferrovia terá 933 km de trilhos e cumprirá um papel estruturante para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja, prevendo-se ainda o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo. O investimento na concessão será de R$ 21,5 bilhões.

    “Além de discutir a importância da Ferrogrão para Mato Grosso e o país, vamos promover um debate sobre os entraves jurídicos que paralisaram a licitação. Vamos convidar o ministro Alexandre de Moraes e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, na tentativa de buscar um consenso sobre o assunto”, frisou o deputado federal José Medeiros, que é membro da Comissão de Viação e Transporte.

    A estimativa é de que sejam transportadas mais de 20 milhões de toneladas de cargas no início da operação, prevista para 2030, e de cerca 50 milhões de toneladas ao final do período de 69 anos de concessão. O empreendimento terá arrecadação tributária de R$625 milhões e de R$5,3 bilhões com a operação, com geração de mais de 300 mil empregos. A ferrovia também irá promover uma redução de R$19,2 bilhões no custo do frete em relação à rodovia, com eficiência ambiental e redução de 50% do total de emissões de CO2.

    Ao defender a Ferrogrão, Medeiros lembra que existe um lobby para impedir a redução do frete com as ferroviais. “O lobby é grande para impedir a redução do frete e manter o monopólio, mas o governo Bolsonaro é o primeiro que vem enfrentando com coragem tudo isso e trabalhando efetivamente para melhorar o escoamento da produção de Mato Grosso e de outros estados”.

    O projeto da ferrovia está paralisado desde março em função de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Atendendo um pedido do PSOL, o ministro do STF Alexandre de Moraes suspendeu a licitação da obra em função da Ferrogrão passar por cerca de 400 hectares de 1 milhão que compõem a reserva do Parque Nacional do Jamanxin (PA).

    Em agosto, o município de Sinop foi sede de um encontro, que reuniu lideranças de toda a região, com a presença do Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para debater e fortalecer o apoio à implantação da Ferrogrão. O evento foi organizado pela Prefeitura de Sinop, Câmara de Vereadores e Unesin (União das Entidades de Sinop), com apoio do Sindicato Rural, lideranças políticas Federais, Estaduais e do setor produtivo de Mato Grosso e do Pará, por onde a ferrovia será construída.

  • Vice-prefeito e demais representantes de Sorriso buscam ajuda de Temer para destravar questão logística

    Vice-prefeito e demais representantes de Sorriso buscam ajuda de Temer para destravar questão logística

    Ampliar o diálogo, buscar novos interlocutores, aumentar a potência vocal buscando manter a afinação entre todos os integrantes do grupo. Nesta sexta-feira (5), enquanto um grupo de representantes sorrisenses, capitaneados pelo vice-prefeito, Gerson Bicego, busca, em São Paulo, apoio do ex-presidente Michel Temer para interceder junto a líderes de poderes constituídos em prol do atendimento  de pautas ligadas ao agronegócio e logística, em Sorriso, o prefeito de Sorriso, Ari Lafin, recebe o deputado federal Neri Geller para também pedir apoio no mesmo sentido.

    Jurista renomado, advogado e professor, o ex-presidente deve trazer ao grupo uma luz no tocante ao processo que suspende a licitação da Ferrogrão. Além disso, foi Temer que, em 2016, quando presidente da República, editou a medida provisória que autorizava o projeto.  Junto com o vice sorrisense em São Paulo, estão o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Marcelo Lincoln; o vereador Acácio Ambrosini; o presidente do Sindicato Rural, Silvano Felipetto; os representantes da Aprosoja Nathan Belusso e Wellington Andrade; e o produtor rural Calebe Francio.

    vice prefeito e demais representantes de sorriso buscam ajuda de temer para destravar questao logistica

    A necessidade de um “plus” logístico que subsidie a continuidade do desenvolvimento sustentável, não só da Capital Nacional do Agro, assim como de toda a região, e por consequência, de todo o país, tem sido constante e intensamente discutida em Sorriso. Desde julho, todas as terças-feiras têm sido marcadas por reuniões da Comissão Pró-Logística, constituída por representantes, não só da Prefeitura e da Câmara de Vereadores, mas também por líderes de entidades classistas, com destaque para as ligadas ao agro, como o Sindicato Rural e a Aprosoja.

    Em pauta, questões como as ferrovias e a necessidade urgente de viabilização do Anel Viário Leste, que vai tirar os “pesados” do centro da cidade, garantindo mais segurança ao trânsito, melhores condições de trabalho para os profissionais do volante e, principalmente, subsidiando o Plano de Desenvolvimento Logístico de Sorriso. O assunto não é novidade, e, enquanto se aguarda o destravamento de recursos de emendas parlamentares, ao mesmo tempo se avança na interlocução com proprietários para liberar a passagem do traçado que deverá fazer a ligação entre a BR/MT 242 e a BR 163, ali nas proximidades do Aeroporto Regional Adolino Bedin.

    “São pouco mais de 30 quilômetros e, mesmo que não consigamos destravar os recursos de R$ 38 milhões, já alocados pelo deputado federal Neri Geller, a quem agradeço pessoalmente por este empenho, e também pelo senador Fávaro, vamos dar início à implantação deste novo traçado, ainda que, provisoriamente, sem asfalto”, declara o prefeito de Sorriso, Ari Lafin, lembrando que, mesmo que o trecho seja “de terra”, é preciso que todo o traçado seja devidamente projetado e 100% aprovado por todos os proprietários da região.

    Assim como em São Paulo, em Sorriso o tema “ferrovia” também esteve em análise. O deputado foi enfático ao afirmar o ganho que toda a região vai ter ao poder enviar a produção, pelos trilhos, aos portos de Miritituba, Ilhéus, e também de Santos.

    “Somos favoráveis aos projetos, queremos que aconteçam e pedimos que os trilhos contemplem  Sorriso, seja via Rumo, seja via Ferrogrão, seja via Fico”, destaca Ari, reforçando que é preciso pensar no desenvolvimento regional, permitindo que Sorriso possa continuar crescendo, assim como todo o bloco de municípios.

  • Governador de Mato Grosso defende importância da Ferrogrão em reunião com ministro do STF

    Governador de Mato Grosso defende importância da Ferrogrão em reunião com ministro do STF

    O governador Mauro Mendes defendeu a importância do projeto da Ferrogrão para Mato Grosso, durante reunião virtual com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    A reunião ocorreu na tarde desta quinta-feira (07.10). Com 933 km de extensão, a Ferrogrão é um projeto de ferrovia federal que vai ligar o município de Sinop até o porto de Miritituba, no Pará, e será um dos principais pontos de escoamento da produção de Mato Grosso.

    governador defende importancia da ferrograo em reuniao com ministro do stf

    Porém, os processos para que a ferrovia saia do papel foram suspensos em março, por uma decisão liminar (provisória) do ministro, a pedido do partido Rede Sustentabilidade. Os procedimentos tramitam em órgãos federais, como a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), Ministério da Infraestrutura e Tribunal de Contas da União.

    “A Ferrogrão tem grande importância para o Estado de Mato Grosso, e para o escoamento da nossa produção, já que somos o maior produtor nacional de grãos. Apesar dos grandes esforços que temos feito com construção de estradas e pontes, a logística ainda é um grande desafio e a Ferrogrão é fundamental para a competitividade do agronegócio”, afirmou o governador, que já ingressou com pedido para que o Estado seja “amicus curae” (espécie de auxiliar) no processo judicial.

    Mauro Mendes citou ao ministro que a previsão é que a produção em Mato Grosso salte dos atuais 73 milhões de toneladas anuais, para 130 milhões até 2030.

    Ao contrário do que dizem alguns ambientalistas contrários, o chefe do Executivo explicou que construir a Ferrogrão é uma alternativa muito mais sustentável.

    “Se não criarmos essa alternativa da ferrovia, nós praticamente teremos que fazer um investimento muito mais danoso ao meio ambiente, que é duplicar a BR-163 até Miritituba, a um custo social, de investimento, e ambiental muito maior, porque aí nós teríamos milhares de caminhões por dia queimando combustível fóssil”, relatou.

    “Peço a Vossa Excelência, na prerrogativa de ministro da Suprema Corte, que analise essa questão com muito carinho, pensando nos brasileiros, na competitividade do agro, e na importância que a logística tem para o Estado de Mato Grosso”, finalizou o governador.

     

  • Principal projeto logístico, Ferrogrão impulsionará escoamento de grão pelo norte do país

    Principal projeto logístico, Ferrogrão impulsionará escoamento de grão pelo norte do país

    Projeto fundamental para o escoamento da produção do Mato Grosso pelo Arco Norte do país, a Ferrogrão hoje é o principal empreendimento para transformar a logística brasileira. A avaliação é do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que participou neste sábado (21) de um ato em favor da obra em Sinop (MT), promovido pela prefeitura de Sinop com o apoio da União das Entidades de Sinop (Unesin) e da Câmara municipal de vereadores.

    “Investir em logística é reduzir gastos e preços de tarifas e não temos nada mais que vai transformar a logística no Brasil como a Ferrogrão. Mato Grosso quer a ferrovia, o Brasil quer a Ferrogrão. E a única coisa que podemos fazer é trabalhar para que ela aconteça, pois nosso produtor precisa de eficiência é agora”, disse o ministro.

    A obra, que terá mais de 900 quilômetros de extensão, será importante principalmente para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do Centro-Oeste pelo Arco Norte do país, ligando Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA). Estão previstos investimentos de R$ 8,4 bilhões, exclusivos da iniciativa privada, sem aporte do caixa da União.

    Com a Ferrogrão, haverá uma economia de cerca de R$ 20 bilhões no custo do frete em relação à rodovia. Hoje, a vazão de mais de 70% da safra de Mato Grosso depende da BR-163, que foi duplicada pelo Governo Federal e recentemente concedida à iniciativa privada. “Nós trabalhamos em três pilares: a concessão de ferrovias, a renovação antecipada de concessões e novas autorizações”, destacou o ministro, ao citar a quantidade de portos hoje interligados com ferrovias no país. “Como, por exemplo, os grãos que chegarão ao Porto de Ilhéus (BA) pela Ferrovia Norte-Sul”, disse.

    Sustentabilidade

    Um ponto importante do projeto é a sustentabilidade ambiental aliada com o desenvolvimento logístico, que prevê a criação de uma barreira verde, com plantio conservatório, segurando a expansão fundiária e retirando gás carbônico da atmosfera. Desenvolvido com a Climate Bond Initiative, a Ferrogrão terá a captação de “green bonds”, reduzindo em 50% a emissão dos gases do efeito estufa. Cerca de 1 milhão de toneladas de CO2 serão retiradas da atmosfera da Amazônia.

    Além disso, o projeto passa exclusivamente na faixa de domínio da BR-163/MT, não cortando qualquer terra indígena. As mais próximas são Praia do Mangue, distante quatro quilômetros da linha férrea, e Praia do Índio, a sete quilômetros.

    Mais sobre Ferrovias, clique aqui

     

  • Sinop reúne lideranças em evento em apoio a Ferrogrão

    Sinop reúne lideranças em evento em apoio a Ferrogrão

    O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, participou na manhã desse sábado (21) de um importante encontro, para debater e fortalecer o apoio à implantação da Ferrogrão. O evento foi organizado pela Prefeitura de Sinop, Câmara de Vereadores e Unesin (União das Entidades de Sinop), com apoio do Sindicato Rural, lideranças políticas Federais, Estaduais e do setor produtivo de Mato Grosso e do Pará, por onde a ferrovia será construída. O empreendimento cumprirá um papel estruturante para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja, prevendo-se ainda o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo. O investimento na concessão será de R$ 21,5 bilhões.

    O anfitrião do evento e Prefeito de Sinop, Roberto Dorner, abriu o encontro agradecendo a presença do Ministro Tarcísio e de todas as entidades e lideranças políticas, que fortaleceram e trouxeram magnitude ao evento. “Nosso pedido é unanime, a nossa ferrovia. Fico feliz de estar aqui em frente a todos vocês, para ouvir do Ministro a explicação sobre o processo da ferrovia. Pra nós é uma satisfação muito grande do Ministro estar aqui hoje, junto com toda a região e o sul do Pará, com o objetivo de batalhar e dar esperança ao nosso povo, que a ferrovia seja concluída. Queremos que essas obras comecem e terminem, estamos ansiosos pra isso, pontuou o prefeito”.

    A Ferrogrão

    A Ferrogrão ou tecnicamente chamada de EF-170, transportará, pelos seus 933 km de trilhos, soja, farelo de soja e milho, principalmente. A estimativa é de que sejam transportadas mais de 20 milhões de toneladas de cargas no início da operação, prevista para 2030, e de cerca 50 milhões de toneladas ao final do período de 69 anos de concessão. O empreendimento terá arrecadação tributária de R$625 milhões e de R$5,3 bilhões com a operação, com geração de mais de 300 mil empregos.

    Segundo o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o projeto nasceu do interesse do protagonismo da iniciativa privada. “Dos 34 projetos qualificados como prioridade nacional, 33 foram entregues, o único ainda não entregue foi esse aqui, talvez por ser também o mais desafiador. É o mais desafiador e também o mais transformador. Não tem nada que vai transformar mais a logística do Brasil do que o projeto da ferrogrão. Vamos aumentar a participação do transporte ferroviário, privilegiando o modo de transporte menos poluente, significa redução do tempo de viagem e no custo de transporte de cargas. A ferrogrão vai promover competição, com um sistema que virá com o aumento do transporte ferroviário e possibilidade de acessar portos e mais logística exportadora e competitiva”, explicou o Ministro.

    Apesar de todo o otimismo e a certeza dos benefícios que a ferrogrão trará para a região centro-oeste e para o país, Freitas tem plena consciência de que o caminho para chegar à sua concretização e funcionamento é bastante tortuoso. “O maior entrave hoje é a ação que está no STF, mas acreditamos que isso irá se resolver e vamos lançar o edital e fazer o leilão. Eu entendo que nós temos o povo direito do nosso lado, levamos para o Supremo argumentos muito fortes e consistentes e acredito em uma reconsideração do ministro relator. Por isso confio que essa liminar vai cair e nós vamos conseguir prosseguir”.

    Conhecedor da vasta extensão territorial que Mato Grosso tem e, totalmente, ciente da importância das reservas naturais, o governador do Estado, Mauro Mendes, se postou como um grande aliado na luta para que a ferrogrão se torna realidade. “Nós vamos ganhar essa guerra e lutar com todas as armas necessárias. Quero mostrar aos críticos que nós vamos fazer a ferrogrão sem matar um único índio. Quero receber as ONGS em meu gabinete e mostrar que produzimos muito, com mais de 60% do território preservado. Então, senhor Ministro, o que depender do Governo do Estado, a ferrovia terá 1.000% de apoio pra que esse sonho se torne realidade nos próximos anos”, pontuou, ele [governador], em sua fala, durante o evento.

    Entre os objetivos da construção da ferrovia, o Ministro destacou:
    -Reequilibrar a matriz de transportes, privilegiando modais menos poluentes
    -Reduzir o tempo e o custo do transporte de cargas
    -Promover competição
    -Estabelecer alternativas para os fluxos de cargas ao mercado consumidor
    -Promover uma logística exportadora competitiva para a região do Arco Norte
    -Movimentar mais de 40 milhões de TU até 2060

    A ferrovia também irá promover uma redução de R$19,2 bilhões no custo do frete em relação à rodovia. O projeto também se destaca pelo eficiência ambiental, com a redução de 50% do total de emissões de CO2 gerado a BR 163, e sem invadir nenhuma área indígena. Outro ponto é a redução de R$6,1 bilhões de externalidades (acidentes, congestionamentos, etc.).

    O trecho objeto da concessão compreende o segmento ferroviário entre os municípios de Sinop/MT e Miritituba, distrito do município de Itaituba/PA, onde serão instalados os portos. Possui aproximadamente 933 km de extensão, sendo complementado por dois ramais: Santarenzinho, entre Itaituba/PA e Santarenzinho, distrito do município de Rurópolis/PA, com cerca de 32 km de extensão; e Itapacurá, localizado integralmente no município de Itaituba/PA, com aproximadamente 11 km de extensão.

    https://www.cenariomt.com.br/mato-grosso/sinop/a-ferrograo-tem-1000-de-apoio-do-governo-de-mato-grosso-afirma-mauro-mendes/

  • “A Ferrogrão tem 1000% de apoio do Governo de Mato Grosso”, afirma Mauro Mendes

    “A Ferrogrão tem 1000% de apoio do Governo de Mato Grosso”, afirma Mauro Mendes

    O governador Mauro Mendes afirmou que o lançamento da Ferrogrão, que tem sido articulado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, “tem 1000% de apoio do Governo de Mato Grosso”.

    Mauro Mendes participou do ato em defesa da Ferrogrão, em Sinop, na manhã deste sábado (21.08), junto com o ministro e diversas autoridades federais, estaduais e municipais.

    A Ferrogrão vai ligar o município de Sinop até o porto de Miritituba, no Pará, e será um dos principais pontos de escoamento da produção de Mato Grosso.

    “O ministro é o grande protagonista desse encontro. A Ferrogrão liga dois estados e é de competência exclusivamente federal. No que depender do Estado de Mato Grosso, enquanto eu for governador, em qualquer iniciativa que for necessária, não terá 100%, mas 1000% de apoio do Estado de Mato Grosso para que este sonho se torne realidade nós próximos anos”, declarou Mauro, durante o discurso.

    O governador ressaltou que o Estado tem feito grandes investimentos para a melhoria da logística em todas as regiões de Mato Grosso. Somente nesta gestão, já foram entregues 825 km de asfalto novo e, nos próximos meses, haverá outros 1500 km de asfalto para serem executados pelas empreiteiras.

    Além das melhorias na malha rodoviária, o Governo do Estado também tem avançado para construir a primeira Ferrovia Estadual, cujo chamamento público foi lançado há algumas semanas.

    A ferrovia vai ligar Cuiabá a Rondonópolis, e Rondonopolis a Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, bem como se conectar com a malha ferroviária nacional.
    “Mas nós precisamos de muito mais. Precisamos também da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico). E vamos lutar com todas as armas pela Ferrogrão. Vamos vencer essa guerra”, declarou, ao ressaltar que Mato Grosso é o único estado que pode dobrar a produção de alimentos nos próximos anos e precisa da infraestrutura adequada para tal.

    O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, destacou que a Ferrogrão é um projeto totalmente sustentável e possui previsão de reduzir em até 50% as emissões de CO² na atmosfera, que são gerados pelo tráfego na BR-163.

    “Nós precisamos e vamos fazer a Ferrogrão. Ela vai acontecer e se tornar uma realidade. A nossa missão é fazer com que essa realidade seja transposta mais para o nosso presente. Para valorizar o esforço de todas essas pessoas que fizeram o agronegócio”, disse.

    Tarcísio Freitas ressaltou que os estudos do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) apontam que a produção de Mato Grosso nos próximos nove anos, que é de 70 milhões de toneladas, deve chegar a mais de 130 milhões de toneladas.

    “A Ferrogrão é necessária para que a gente dê mais competitividade, mais resultado e que isso traga mais investimento. Para que mais empregos sejam gerados e para que o Brasil cresça muito mais. Vamos preparar a logística que o agronegócio merece. Esse projeto só vai ser possível se todos acreditarem”, finalizou.