Tag: feminicídios

  • Mato Grosso registra aumento de feminicídios em 2023

    Mato Grosso registra aumento de feminicídios em 2023

    O número de feminicídios em Mato Grosso aumentou em 2023, segundo dados da Polícia Civil e Militar. Ao todo, 47 mulheres foram vítimas de crimes motivados por gênero no ano passado. Cuiabá, Sinop e Várzea Grande lideram o ranking de municípios com maior número de casos, com quatro ocorrências cada.

    Os dados revelam que a violência contra a mulher continua sendo um grave problema em Mato Grosso. Os crimes aconteceram em 29 dos 142 municípios do estado.

    Além das três cidades que lideram o ranking, Água Boa registrou três casos, enquanto Juara, Lucas do Rio Verde, Paranatinga, Peixoto de Azevedo, Rondonópolis e São José dos Quatro Marcos tiveram dois feminicídios cada.

    Medidas de combate à violência

    Para combater a violência contra a mulher, o governo de Mato Grosso instituiu, em 2023, o programa SER Família Mulher. A iniciativa oferece auxílio-moradia para mulheres em situação de vulnerabilidade, atendidas por medidas protetivas da Lei Maria da Penha.

    Segundo o último balanço da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), 445 mulheres estão amparadas pelo programa, e até dezembro do ano passado foram pagos aproximadamente R$ 2,5 milhões.

  • Ministério das Mulheres lança guia sobre prevenção a feminicídios

    Ministério das Mulheres lança guia sobre prevenção a feminicídios

    O Ministério das Mulheres está divulgando uma cartilha do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, produzida em parceria com a ONU Mulheres, com o objetivo de prevenir todas as formas de violência de gênero, discriminação e misoginia contra meninas e mulheres, por meio da implementação de ações governamentais em diferentes setores.

    Dividido em quatro partes, o guia mostra o cenário da violência contra as mulheres no Brasil, relatando o histórico das políticas de enfrentamento ao problema e traz explicações sobre estereótipos de gênero, empoderamento e características da violência baseada em gênero.

    A cartilha também identifica e explica quais os tipos mais frequentes de violência contra mulheres, quais são as características primárias e secundárias das agressões baseadas em gênero e quais as diferenças entre os tipos de feminicídio.

    O guia pode ser baixado no site do Ministério das Mulheres.

    Laço Branco

    Nesta sexta-feira (6), é celebrado o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Instituída no país pela Lei nº 11.489/2007, a data é conhecida como Campanha do Laço Braço e faz parte da jornada dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, e destaca que o engajamento dos homens é um passo fundamental rumo à erradicação da violência de gênero.

    O Ministério das Mulheres tem buscado mais diálogo com os homens por meio da mobilização nacional permanente pelo Feminicídio Zero, que busca conscientizar e engajar os diversos setores da sociedade brasileira no compromisso de por fim a todas as formas de violência contra as mulheres. Entre os principais parceiros da ação estão os clubes de futebol, visto que os registros de ameaça contra mulheres aumentaram 23,7% nos dias em que um dos times da cidade joga, segundo pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

    Em novembro deste ano, o Ministério das Mulheres e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) assinaram a Carta-Compromisso pelo Feminicídio Zero formalizando a adesão da entidade à mobilização nacional, e o Acordo de Cooperação Técnica para a implementação do Protocolo Não é Não em arenas esportivas.

    *Estagiária sob supervisão de Marcelo Brandão

  • Alerta! 80% dos feminicídios em Mato Grosso ocorreram dentro de casa

    Alerta! 80% dos feminicídios em Mato Grosso ocorreram dentro de casa

    Um levantamento divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso expõe um cenário alarmante de violência contra a mulher no estado.

    Os dados revelam que 80% dos feminicídios registrados no primeiro semestre de 2024 ocorreram dentro dos próprios lares das vítimas, demonstrando a vulnerabilidade das mulheres em seus próprios ambientes familiares.

    A pesquisa também indica que armas brancas foram utilizadas em mais de 50% dos casos, revelando a brutalidade dos crimes.

    Ao todo, 20 mulheres foram assassinadas em decorrência de gênero nos seis primeiros meses do ano. Em todos os casos, os autores foram identificados e a maioria já está presa.

    Sinais de um relacionamento abusivo

    Reconhecer um relacionamento abusivo pode ser desafiador, pois muitas vezes os sinais não são óbvios no início. No entanto, é crucial estar atento a certos comportamentos e padrões que podem indicar abuso. Aqui estão alguns sinais comuns de um relacionamento abusivo:

    1. Controle excessivo

    • Isolamento: O parceiro tenta isolar a vítima de amigos e familiares.
    • Controle de Atividades: Monitora onde a vítima vai, com quem fala e o que faz.
    • Decisões Unilaterais: Toma decisões importantes sem consultar a vítima.

    2. Comportamento possessivo e ciumento

    • Ciúmes Extremos: Demonstra ciúmes exagerados e infundados.
    • Acusações Falsas: Acusa a vítima de flertar ou trair sem evidências.

    3. Manipulação emocional

    • Culpa: Faz a vítima se sentir culpada por problemas no relacionamento.
    • Desvalorização: Desvaloriza os sentimentos, opiniões e realizações da vítima.
    • Dependência Emocional: Cria uma dependência emocional onde a vítima sente que não pode viver sem o abusador.

    4. Ameaças e intimidações

    • Ameaças: Ameaça machucar a vítima, a si mesmo ou pessoas queridas.
    • Comportamento Intimidante: Usa olhares, gestos ou ações para intimidar.

    5. Violência física

    • Agressão: Qualquer forma de violência física, incluindo empurrões, tapas, socos ou estrangulamento.
    • Destruição de Propriedade: Danifica ou destrói objetos pessoais da vítima.

    6. Abuso sexual

    • Coerção Sexual: Força a vítima a realizar atos sexuais contra a vontade.
    • Desrespeito aos Limites: Ignora os limites sexuais estabelecidos pela vítima.

    7. Manipulação financeira

    • Controle Financeiro: Controla todo o dinheiro, deixando a vítima sem acesso a recursos financeiros.
    • Proibição de Trabalho: Impede a vítima de trabalhar ou controla estritamente seus ganhos.

    8. Desprezo e humilhação

    • Humilhação Pública: Ridiculariza a vítima em público ou na frente de outras pessoas.
    • Críticas Constantes: Critica constantemente a aparência, inteligência ou habilidades da vítima.

    9. Comportamento ciclo de abuso

    • Ciclo de Tensão: O relacionamento passa por fases de aumento de tensão, explosão de abuso e, em seguida, reconciliação com promessas de mudança.
    • Pedidos de Desculpas: Após o abuso, o parceiro pode se desculpar profusamente e prometer que não acontecerá novamente, mas o comportamento abusivo continua.

    O que fazer se você estiver em um relacionamento abusivo

    1. Reconheça o Abuso: O primeiro passo é reconhecer que você está em um relacionamento abusivo.
    2. Fale com Alguém: Compartilhe sua situação com alguém de confiança, seja um amigo, familiar ou conselheiro.
    3. Planeje a Segurança: Desenvolva um plano de segurança que inclua um local seguro para ir e maneiras de sair rapidamente de situações perigosas.
    4. Procure Ajuda Profissional: Entre em contato com organizações que oferecem suporte a vítimas de abuso, como abrigos e linhas diretas de ajuda.
    5. Considere Ações Legais: Informe-se sobre suas opções legais, como ordens de restrição ou medidas protetivas.
  • Violência não letal contra mulheres aumenta 19% em 5 anos no Brasil

    Violência não letal contra mulheres aumenta 19% em 5 anos no Brasil

    Entre 2018 e 2022, todos os tipos não letais de violência contra mulheres cresceram 19% no Brasil. Essas formas de agressão incluem a patrimonial, a física, a sexual, a psicológica e a moral e, com exceção da última, foram acompanhadas pelo Instituto Igarapé, que realizou levantamento sobre o assunto, em parceria com a Uber.

    De acordo com o Instituto Igarapé, na última década, tais ocorrências aumentaram 92%. Para elaborar o relatório que contém esses dados, foram extraídas estatísticas dos sistemas oficiais de saúde e dos órgãos de segurança pública.

    No apanhado dos pesquisadores, contabilizam-se ocorrências, o que significa que uma mesma mulher pode ter sido vítima de mais de uma das formas de violência registradas.

    Ao longo da apuração dos dados, constatou-se que as mulheres negras são os principais alvos da violência de gênero não letais, independentemente da forma que as agressões assumem. Em 2018, mulheres pretas e pardas apareciam em 52% dos registros. No ano passado, elas eram as vítimas em 56,5% das ocorrências.

    Segundo os responsáveis pelo levantamento, somente no ano passado, em média, quatro mulheres foram vítimas de feminicídio, que é o homicídio motivado por ódio contra o gênero feminino, ou seja, contra mulheres, pelo fato de serem mulheres. Em 2018, os feminicídios representavam cerca de 27% das mortes violentas, porcentagem que subiu para 35% em 2022.

    A violência patrimonial, que se configura quando o parceiro da vítima restringe, por exemplo, o acesso a contas bancárias, ou se apropria do dinheiro ganho por ela, foi a que mais aumentou nos últimos cinco anos, 56,4%. Em 2022, seis mulheres a cada 100 sofreram esse tipo de violência, a maior taxa já registrada na série histórica sistematizada pelo levantamento, que se iniciou em 2009.

    O segundo maior crescimento foi o da violência sexual: 45,7%. Na última década, os casos que envolveram esse tipo de agressão duplicaram.

    A violência psicológica aumentou 23,2%, entre 2018 e 2022. Nesse caso, o que os pesquisadores ressaltam é o fato de que companheiros e ex-companheiros das mulheres são também seus principais agressores, correspondendo a mais da metade dos registros.

    Embora seja o tipo mais comum entre os quatro analisados no estudo, a violência física, que representa 53% dos casos registrados, cresceu 8,3% no período. Somente em 2022, foram notificadas mais de 140 mil agressões do tipo, gerando uma média de 16 por hora.

    Edição: Nádia Franco

    — news —

  • Senado cria CPIs das Apostas Esportivas e da Violência Doméstica

    Senado cria CPIs das Apostas Esportivas e da Violência Doméstica

    O Senado Federal criou duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) nessa terça-feira (12), uma para investigar as denúncias e suspeitas de manipulação de resultados de jogos de futebol e outra para investigar a violência contra a mulher no Brasil.

    A CPI das Apostas Esportivas foi pedida pelo senador Romário (PL-RJ). Ao solicitar a instalação da comissão, o parlamentar lembrou que as apostas esportivas movimentam muito dinheiro, possibilitando o aliciamento de jogadores e dirigentes.

    “Em razão dos grandes volumes envolvidos em apostas e do largo tempo em que esse ambiente esteve desregulamentado, teme-se que inúmeros casos envolvendo o aliciamento de jogadores e dirigentes estejam ainda ocorrendo, colocando em risco a integridade do jogo, o bom ambiente de negócios e a paixão de milhões de brasileiros”, destacou Romário, ex-jogador da Seleção Brasileira.

    Ele ainda citou que várias denúncias surgiram nos últimos dias. A empresa SportRadar, disse o senador, divulgou recentemente um relatório que coloca sob suspeita de manipulação 109 jogos de futebol no ano passado.

    No final de 2023, a regulamentação das bets, como são chamadas essas apostas esportivas, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No fim de janeiro deste ano, o Ministério da Fazenda criou uma secretaria para fiscalizar essas apostas.

    Violência Doméstica

    A segunda CPI criada foi resultado de requerimento do senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Ele argumentou que “a violência psicológica, assédio sexual e moral e até o feminicídio” têm feito parte do cotidiano das mulheres brasileiras, “cenário que não tem apresentado sinais de reversão”.

    “Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, referentes ao primeiro semestre de 2023, apontam que os feminicídios e homicídios femininos tiveram crescimento de 26% quando comparados com o mesmo período do ano anterior, enquanto os estupros e estupros de vulnerável apresentaram crescimento de 16,3%”, justificou o parlamentar.

    Diante desses números, o requerimento que pede a criação da CPI diz que é necessário investigar a violência contra a mulher no Brasil. “Os números demonstram que o Estado brasileiro segue falhando na tarefa de proteger suas meninas e mulheres contra a violência”, ponderou.

    Ambas as CPIs, para serem criadas, contaram com o apoio de, no mínimo, 27 senadores. Cada comissão terá 11 senadores titulares e sete suplentes, com previsão de durar 180 dias cada uma.

    Com a autorização para criação das comissões, os partidos e blocos de legendas devem indicar seus representantes para cada CPI de acordo com a proporcionalidade de parlamentares de cada legenda ou bloco no total de senadores. Após indicados os membros, as comissões poderão ser instaladas e escolher os respectivos presidentes e relatores.

    Edição: Kleber Sampaio

    — news —

  • Brasil registra 10,6 mil feminicídios em oito anos; Mato Grosso registrou a maior taxa

    Brasil registra 10,6 mil feminicídios em oito anos; Mato Grosso registrou a maior taxa

    Enquanto o país registra aumento de 1,6% nos feminicídios, Mato Grosso apresenta a maior taxa do crime, com 2,5 mortes para cada 100 mil mulheres.

    De 2015 até 2023, foram vítimas de feminicídio no Brasil 10,6 mil mulheres, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). No ano passado, foram mortas 1,4 mil mulheres, de acordo com a pesquisa.

    O feminicídio é uma qualificação do crime de homicídio doloso, quando há a intenção de matar. É o assassinato decorrente de violência contra a mulher, em razão da condição do sexo ou quando demonstrado desprezo pela condição de mulher. A lei que instituiu o dispositivo foi sancionada em março de 2015.

    No ano passado, foram 1,46 mil vítimas desse tipo de crime no Brasil, o que representa uma taxa de 1,4 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. O número apresenta um crescimento de 1,6% em relação a 2022.

    Mato Grosso registrou a maior taxa de feminicídios, com 2,5 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Em números absolutos, foram 46 feminicídios no ano passado.

    São Paulo tem o maior número absoluto de feminicídios, com 221 casos em 2023. A taxa do estado, entretanto, é menor do que a média nacional, com uma morte para cada grupo de 100 mil mulheres. Em comparação com 2022, foi registrada alta de 13,3% no número de feminicídios no estado.

    O maior índice de crescimento de feminicídio foi registrado em Roraima, que passou de três para seis em 2023. A taxa no ano passado ficou em 1,9 mulheres para cada 100 mil.

    No Distrito Federal, houve crescimento de 78,9% nos feminicídios de 2022 para 2023, chegando a 34 casos no ano passado. Com a alta, a taxa chegou a 2,3 mortes para cada 100 mil mulheres.

    Em segundo lugar nas mais altas taxas de feminicídios estão os estados do Acre, Rondônia e Tocantins, com 2,4 mortes para cada 100 mil mulheres.

    No Acre, houve crescimento de 11,1% de um ano para o outro, registrando dez feminicídios no ano passado. Em Rondônia houve queda de 20,8% nesse tipo de crime, com 19 casos em 2023. Enquanto Tocantins teve um aumento de 28,6%, com 18 mortes no ano passado.

    — news —

  • Polícia de Mato Grosso tem alta taxa de solução de crimes contra a mulher e homicídios

    Polícia de Mato Grosso tem alta taxa de solução de crimes contra a mulher e homicídios

    A Polícia Civil de Mato Grosso concluiu 2023 com perentual de 88% de resolução dos casos de homicídios registrados em todo o Estado. Em relação às investigações de feminicídios, o índice é ainda maior e chega a 98% de solução. Ao todo, de 927 inquéritos de homicídios concluídos, 739 apontaram a autoria do crime e resultaram em prisões em flagrante ou por mandados judiciais contra os responsáveis pelas mortes violentas.

    Nos casos de feminicídios, foram 59 inquéritos concluídos, sendo 56 com autoria definida.

    Em cinco municípios mato-grossenses, o esclarecimento chegou a 100%, entre elas Guarantã do Norte (49 casos com autoria definida), Marcelândia (7), Matupá (9), Itaúba (2) e Terra Nova do Norte (2).

    Os dados da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil fazem referência às investigações realizadas pelas delegacias das 15 regionais do estado, de janeiro a novembro.

    Para a delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel, os números demonstram a evolução das investigações realizadas pela Polícia Civil de Mato Grosso, com investimentos em tecnologia, a criação de diversas ferramentas que trouxeram agilidade, segurança e eficácia nas atividades investigativas, empenho dos policiais, além do papel fundamental da área de inteligência na elucidação dos crimes.

    “Mesmo nas investigações mais complexas, que exigem um trabalho mais minucioso e, às vezes demorado, a Polícia Civil de Mato Grosso vem se destacando, devido à implantação de grandes tecnologias como o inquérito eletrônico, moderno e eficiente sistema Geia de banco de dados e outras funcionalidades, qualificação, da capacitação continuada de seus profissionais e acima de tudo, pelo comprometimento dos delegados, escrivães e investigadores de polícia presentes nas unidades policiais”, disse.

    investigacoes da policia civil solucionam 98 dos feminicidios e 88 dos homicidios registrados em mt interna 1 2023 12 29 66347606
    Os índices foram levantados com base em inquéritos policiais que apuraram crimes dolosos contra a vida instaurados em delegacias das Regionais de Água Boa, Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Guarantã do Norte, Juína, Nova Mutum, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra e Vila Rica, assim como as unidades da Diretoria Metropolitana, nas Regionais de Cuiabá e Várzea Grande, e da Diretoria de Atividades Especiais.

    A Regional de Guarantã do Norte se destacou com um dos índices mais altos de resolutividade de homicídios, de 99% dos casos elucidados.

    Outra Regional com destaque nas investigações de homicídios foi Sinop, que alcançou o percentual de 96,6% dos casos elucidados. Entre os 78 inquéritos policiais de homicídios investigados na regional, foram 25 em Sinop, 37 em Sorriso, oito em Cláudia, cinco em Nova Ubiratã e dois em Vera, totalizando 75 concluídos com autoria definida.

    Operação em Sorriso

    As investigações conduzidas pela Delegacia de Sorriso resultaram na maior operação policial deflagrada na história da cidade, que teve como alvo uma organização criminosa, envolvida em crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, e responsável por ordenar assassinatos no município e região. Em três fases da Operação Recovery foram cumpridas mais de 200 ordens judiciais, que resultaram nas prisões de 95 criminosos.

    investigacoes da policia civil solucionam 98 dos feminicidios e 88 dos homicidios registrados em mt interna 2 2023 12 29 2132201485

    Em unidades da Região Metropolitana de Cuiabá, o índice de resolutividade ficou em 85%, englobando crimes ocorridos na Capital e em Várzea Grande investigados pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP); homicídios na direção de veículo automotor, apurados pela Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), além de investigações conduzidas pelas Delegacias de Chapada dos Guimarães, Nobres, Poconé, e Rosário Oeste.

    Feminicídios

    As investigações de casos de mortes violentas ocorridas em razão de gênero e por violência doméstica tiveram um índice de resolutividade ainda maior, chegando a 98% de casos elucidados em Mato Grosso. Em 11 regionais do estado – Água Boa, Alta Floresta, Cáceres, Guarantã do Norte, Juína, Nova Mutum, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Tangará da Serra, Várzea Grande e Vila Rica – os inquéritos foram concluídos com autoria definida em 100% dos casos investigados.

    Um dos casos rapidamente solucionados pela Polícia Civil foi a chacina que vitimou mãe e três filhas, em Sorriso, em que as vítimas foram estupradas e posteriormente degoladas pelo autor. O crime ganhou repercussão nacional e comoveu a cidade.

    O criminoso foi preso pela Polícia Civil no mesmo dia em que os corpos da família foram encontrados. Autor confesso, ele foi indiciado quatro vezes pelo homicídio das vítimas, com as qualificadoras de meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima, garantir a execução de outro crime e menosprezo à condição de mulher (feminicídio). Foi indiciado também pelo estupro contra as duas vítimas adultas e por estupro de vulnerável da vítima de 12 anos.
    — news —

  • Feminicídios no DF cresceram 45% neste ano em relação a 2022

    Feminicídios no DF cresceram 45% neste ano em relação a 2022

    Faltando quatromeses para acabar o ano, o número de mulheres assassinadas em 2023 no Distrito Federal (DF) já supera em mais de 45% os feminicídios do ano passado inteiro.

    Enquanto em 2022foram 17 casos, neste ano o número já chega a 25. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do DF e foram atualizados até o dia 29 de agosto.

    Oito emcada dezmulheres assassinadas eram mães e praticamente seteem cada 10 foram mortas dentro de casa. Em 84% dos casos, as mulheres já tinham sofrido violência antes de serem assassinadas.

    Gisele Ferreira, secretária da Mulher do DF, diz que não dá para colocar um policial em cada casa e por isso é preciso que a mulher denuncie os abusos antes que o pior aconteça.

    Nós estamos intensificando cada vez mais o acolhimento, falandoque a mulher tem que procurar ajuda, tem que denunciar e que existem várias formas de violência, porque antes do feminicídio eles dão sinais: começam com um empurrão, com palavras, disse Gisele.Então, a gente tem que colocar toda a sociedade para unir esforços”.

    Só que os próprios dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que em mais da metade dos casos (52%), registrados nesteano, as mulheres já tinham feito boletins de ocorrência.

    Para o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, é preciso que a solução para o problema seja cobrada não só do Poder Público, mas de toda a sociedade.

    “É necessária essa integração de várias areas de governo, mas não só isso.Há que se cobrar o engajamento da sociedade civil. Tem que participar. A imprensa é importantissima nesse processo. Então, a gente tem difundido na Secretaria de Segurança Pública,como uma meta, esse engajamento da população por meiodas denúncias e isso demanda mudança de cultura.

    Thaís Oliveira, doMovimento de Mulheres Olga Benário, defende a reabertura da Casa Ieda Delgado, referência no atendimento a mulheres vítimas de violência e que funcionava em um imóvel abandonado no Guará, região administrativa do DF.Uma ação de reintegração de posse movida pelo próprio governo do Distrito Federal fechou o serviço. Ela explica que o processo para a reabertura do local está na Justiça, mas que o governovem argumentando no tribunal que os serviços que prestajá são suficientes.

    “Gostaríamosde ter um imóvel que estivesse abandonado pra conseguir fazer esse atendimento às mulheres, proporcionar abrigo, acolhimento e também ser um centro de informação sobrecomo se prevenir, quais os equipamentos do Estado estão disponíveis para o combate àviolência contra a mulher. Oprincipal argumento deles é que o governo já faz o suficiente, que o governo dispõe de equipamentos como o pró-vitima, como a casa da mulher brasileira.Ou seja, para o governo os feminicídios que existem são números pequenos.

    Em todo o Distrito Federal existem apenas duas delegacias especializadas de atendimento à mulher, uma na Asa Sul e outra na região administrativa de Ceilândia. Existe apenas uma Casa da Mulher Brasileira, também em Ceilândia, que oferece atendimento especializado a vítimas de violência.A unidade da Asa Norte foi interditada em 2018 pela Defesa Civil, porque o prédio apresentava problemas estruturais, e nunca foi reaberta.

    Edição: Graça Adjuto

  • Feminicídios diminuem 22% em Mato Grosso no primeiro semestre de 2023

    Feminicídios diminuem 22% em Mato Grosso no primeiro semestre de 2023

    Os crimes de feminicídio em Mato Grosso diminuíram 22% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, segundo o diagnóstico “Mortes Violentas de Mulheres e Meninas em Mato Grosso”, da Polícia Civil, divulgado nesta quinta-feira (03.08). Nesse período, 18 mulheres foram mortas em decorrência da da violência de gênero, violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de serem do sexo feminino, como é caracterizado esse tipe de crime. No mesmo período do ano passado, foram 23.

    Já os homicídios femininos no estado apresentaram redução de 16% em comparação com o mesmo período do ano passado, com 43 registros, contra 51 mortes em 2022. E essa é a maior redução nesse tipo de crime desde 2020, quando a Polícia Civil passou a produzir o estudo detalhado, baseado nos inquéritos policiais, a fim de traçar um perfil das vítimas diretas dos crimes, família e também os autores.

    O relatório analítico da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil traz todos os homicídios de mulheres registrados no estado, com base nos dados dos boletins de ocorrência e nas peças investigativas. O estudo traz um detalhamento sobre o local dos homicídios e meio empregado, solicitação de medidas protetivas, perfis das vítimas, vínculo entre vítimas e autores dos crimes, índice de resolução e prisões e os efeitos da violência contra mulheres.

    A delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel, aponta que o estudo ajuda a compreender melhor a violência doméstica, deixando claro o risco a que as mulheres estão submetidas quando vivem em situação de violação de direitos.

    “Além disso, esse panorama que reúne dados importantíssimos sobre quem é a vítima e como ocorreram esses crimes auxilia o Estado a conhecer e a trabalhar na elaboração de ações de enfrentamento a violência contra as mulheres, para a redução dos feminicídios em Mato Grosso”, pontuou a delegada.

    Meio empregado, local e motivação

    Das 43 mulheres mortas nos primeiros meses deste ano, entre feminicídios e homicídios, 79% estavam em plena idade produtiva e tinham entre 18 e 49 anos. Em relação às vítimas de feminicídios, 89% delas foram mortas por companheiros, namorados ou ex-parceiros.

    Do total dos crimes, 72% ocorreram no ambiente doméstico, ou seja, nas residências das vítimas. O principal meio empregado foi a arma de fogo, em 68% das mortes, seguido de outras armas brancas (faca, canivete, facão).

    O estudo da Polícia Civil aponta ainda que, em 36% dos assassinatos, as vítimas tinham envolvimento com organização criminosa e outros 20% foram motivados por rixa, vingança ou motivos fúteis.

    Histórico de violência

    Entre as 18 vítimas de feminicídio deste ano, quatro delas tinham medida protetiva e nove haviam registrado boletins de ocorrência relatando situações anteriores de violência cometidas pelos autores dos crimes.
    Reprodução | InternetReprodução | Internet
    “O relatório realça as regiões que precisam fortalecer as estratégias de prevenção à violência de gênero, aponta deficiências, boas práticas e a responsabilização dos autores nas investigações policiais. É uma análise humanizada dos números, causas e consequências da violência contra as mulheres, com o papel de alertar a instituição sobre a letalidade feminina,  bem como para mudança do olhar policial diante das mortes dolosas de mulheres e meninas no estado de Mato Grosso”, apontou o diretor de Inteligência, delegado Juliano Carvalho.

    Autores

    Quarenta e dois autores dos homicídios foram identificados e indiciados, o que corresponde a 58% dos inquéritos policiais já esclarecidos, concluídos e enviados ao Poder Judiciário.

    Entre os autores identificados. 20 deles têm ligação com facções criminosas, dois foram mortos e um cometeu suicídio.

     

  • Blitz no centro chama a atenção para a violência contra mulher em Lucas do Rio Verde

    Blitz no centro chama a atenção para a violência contra mulher em Lucas do Rio Verde

    Uma panfletagem realizada esta manhã no centro de Lucas do Rio Verde buscou conscientizar a população sobre a violência contra a mulher. A ação faz parte dos 21 dias de ativismo desenvolvido pela rede de enfrentamento à violência contra mulher. Centenas de condutores de veículos e pedestres foram abordados no cruzamento das Avenidas Mato Grosso e Paraná.

    A secretária de Assistência Social, Janice Ribeiro, disse que várias ações serão desenvolvidas ao longo dos 21 dias de ativismo com o objetivo de levar a sociedade a refletir sobre o tema.  “Nós acreditamos que em 2021, com tudo a gente ouve, com todas as informações que temos, não podemos aceitar, sem fazer nada, que a violência continue tão alta em nosso município no nosso país”, pontuou.

    Segundo a secretária, é necessário conscientizar a comunidade que as pessoas vítimas de violência precisam de ajuda e que as pessoas envolvidas em atos de violências precisam mudar a sua maneira de pensar.  “Pessoas que às vezes viveram uma vida inteira na violência e continuam praticando a violência. Então o nosso objetivo é esse. É levar informação, conscientização e contribuir pra que diminua essa violência”, ressaltou Janice.

    É preciso falar

    Mesmo diante das ações e informações acerca do assunto, o diálogo ainda é visto como essencial para combater a violência. Para conscientizar os homens a respeito do tema, o CREAS desenvolveu um programa chamado ‘É Preciso Falar’. “Nossas equipes vão até empresas que têm o público masculino maior e realiza essa roda de conversa, essa conscientização”, explicou a secretária. “Nós precisamos, sim, é oportunizar as pessoas a entender isso”.

    A investigadora de Polícia Civil, Glaci Lins, reforça a importância de multiplicar as informações. Ela acredita que receber o panfleto com informações sobre como buscar ajuda contra a violência pode ajudar a cessar o ciclo. “Ela passa a ler um pouquinho mais, ela passa a se informar um pouquinho mais. A informação ela liberta. E a nossa intenção é libertar essas mulheres desse ciclo pra que a gente não venha a ter novos feminicídios na nossa cidade”, assinalou.

    Feminicídios

    Além de combater a violência contra a mulher, ações como os 21 dias de ativismo buscam evitar feminicídios. Este ano, foram registrados 3 feminicídios, todos ocorridos no primeiro semestre. “Graças a Deus neste semestre nós não tivemos nenhum. Nós estamos sempre combatendo, lutando pra evitar que novos feminicídios aconteçam no nosso município”.

    Ações

    Desde o início dos 21 dias de ativismo, várias ações foram realizadas. Nos próximos dias, novas ações serão realizadas. Nesta sexta-feira (26), por exemplo, duas desembargadoras do Tribunal de Justiça virão a Lucas do Rio Verde participar de palestras acerca dos 21 de ativismo. “As desembargadoras Maria Aparecida Ribeiro e a Maria Erotides Kneip estarão aqui para conscientizar a nossa rede, em primeiro lugar, nossa equipe para que a gente possa estar trazendo mais novas ações, pra que a gente consiga amenizar esse problema”, finalizou a secretária.