Tag: Feminicídio Zero

  • Feminicídio Zero estreia no Carnaval do Rio com faixa na Sapucaí

    Feminicídio Zero estreia no Carnaval do Rio com faixa na Sapucaí

    Dando início ao mês internacional das mulheres, a mobilização nacional pelo “Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”, do Ministério das Mulheres, estreou nos desfiles oficiais do Sambódromo da Marquês de Sapucaí (RJ) neste domingo (2/3), primeiro dia em que as escolas do Grupo Especial passam pela Avenida. Uma faixa com o slogan da campanha foi levada por dezenas de mulheres antes da entrada de Unidos de Padre Miguel, Imperatriz Leopoldinense, Viradouro e Mangueira.

    Fizeram parte do grupo as ministras Cida Gonçalves (Mulheres), Anielle Franco (Igualdade Racial), Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas), além de parlamentares e mulheres de diversos movimentos sociais e de comunidades do Rio de Janeiro.

    A ação da faixa também irá acontecer nesta segunda (3/2) e terça-feira (4/2), completando todos os três dias de desfile oficial na Sapucaí, além do dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres e desfile das campeãs, quando a ministra Cida Gonçalves e outras autoridades também estarão presentes. As peças da campanha Feminicídio Zero também estão presentes em diversos espaços do Sambódromo, como paineis, cubos de frisa, adesivos nas portas dos banheiros, bottons e materiais gráficos.

    As mensagens da campanha lembram que o Carnaval é um momento de festejar, livre de assédio, e que enfrentar e interromper a violência contra a mulher é papel também dos homens. Outro destaque da campanha é reforçar, em todas as peças, a divulgação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, disponível também no WhastApp (61) 9610-0180. A Central funciona 24 horas por dia, sete dias por semana.

    “É uma forma de a gente tentar contactar homens e mulheres que não estão no debate todos os dias sobre a questão da violência, que às vezes acham que encostar é normal, que o cara passar a mão na mulher sem consentimento é normal. Nós estamos ali para dizer que não, não é normal. Não é não. Se a mulher não quer, você não pode”, afirmou a ministra Cida Gonçalves.

    “A mobilização, que vem desde agosto do ano passado, busca fazer com que a sociedade brasileira entenda que ela precisa se meter na violência contra as mulheres. Então nós já fomos para os estádios de futebol e agora estamos no Carnaval, que é outra paixão nacional. A nossa ida às quadras das comunidades, aos ensaios das escolas, é exatamente para estabelecer a relação com a comunidade para que possamos ter uma continuidade efetiva na mobilização”, acrescentou a ministra das Mulheres.

    A iniciativa é uma parceria do Ministério das Mulheres com o Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa). A campanha é uma mobilização nacional permanente e nesta ação no carnaval carioca espera impactar mais de 5 milhões de espectadores que passarão pela Sapucaí, considerando também os dias de ensaios técnicos. Outras ações foram realizadas durante os ensaios nas quadras, junto às comunidades, com distribuição de materiais e mensagens de enfrentamento à violência contra as mulheres.

    Próximos dias

    No dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, acontecerá o desfile das campeãs no Sambódromo, quando ocorrerá uma nova ação: a inserção de mensagens da campanha na locução do desfile. As principais atrações do Carnaval do Rio neste dia são Ivete Sangalo e Anitta.

  • Mobilização nacional pelo fim do feminicídio marca mais um gol, no Mineirão

    Mobilização nacional pelo fim do feminicídio marca mais um gol, no Mineirão

    A mobilização pelo Feminicídio Zero chegou na sexta-feira (18/10) ao estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG, na partida entre Cruzeiro e Bahia, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ao representar a ministra Cida Gonçalves, Macaé Evaristo, titular dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), chamou atenção para o fato de que a mobilização de times de futebol alcança considerável parte da população do país.

    “É uma agenda para a gente romper com números assustadores de crescimento da violência contra a mulher. Para isso, é preciso uma grande conscientização da sociedade sobre os direitos e a defesa das mulheres”, enfatizou a gestora ao longo da partida, que teve os times do Cruzeiro e Bahia comprometidos com a pauta, ampliando a divulgação do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher.

    Coordenadora da campanha pelo Ministério das Mulheres, Lucimara Cardozo reforçou que em dias de jogo os boletins de ocorrência revelam crescimento da violência contra as mulheres em mais de 23%.

    “É um espaço que tem muitos homens. Por isso, os clubes de futebol são lugares onde encontramos a maneira de chegar a esse público”, contou Cardozo ao confirmar que 10 clubes já assinaram a carta-compromisso da articulação pelo fim do feminicídio, a fim de conscientizar jogadores e torcedores.

    CEO do Cruzeiro, Alexandre Mattos reforçou a importância social que o futebol exerce no país ao integrar a mobilização. “A humanidade tem que conseguir encerrar [violações de direitos contra mulheres] e evoluir”, classificou. “Com isso, o time se compromete a realizar ações de educação, conscientização e prevenção contra a violência e a discriminação de gênero”, publicou o Cruzeiro por meio das redes sociais.

    De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cada seis horas, uma mulher é vítima de feminicídio no país.

    Mobilização nacional

    Lançada em agosto em Brasília com o mote “Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”, a mobilização pelo Feminicídio Zero tem estado presente nos estádios com faixas em campo levada pelos jogadores, selo do Feminicídio Zero e do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher – nos uniformes, exibição do vídeo da campanha nos telões do estádio, entre outras ações.

    Além da partida desta sexta-feira (18) no Mineirão, as ações do Feminicídio Zero já ocorreram durante a final do Campeonato Brasileiro Feminino entre Corinthians e São Paulo em 22 de setembro; e nas seguintes partidas das séries A, B e C do Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana: Vasco e Fluminense e Flamengo e Palmeiras no fim de semana de 10 e 11 de agosto; Remo e Londrina e Botafogo e Flamengo no fim de semana de 17 e 18 de agosto; Corinthians e Bragantino em 20 de agosto; Corinthians x Kindermann (feminino) em 21 de agosto; Fortaleza e Corinthians em 25 de agosto; Ceará e Novorizontino e Paysandu e Mirassol em 26 de agosto; e Flamengo e Vasco em 15 de setembro.

    A mobilização também conta com o apoio de artistas, influenciadores digitais, formadores de opinião, empresas públicas e privadas, ministérios, movimentos sociais, organizações não governamentais, entre outros parceiros.

    Com informações do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC)

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  • Ligue 180: aumento expressivo de denúncias de violência contra a mulher em Mato Grosso

    Ligue 180: aumento expressivo de denúncias de violência contra a mulher em Mato Grosso

    O número de denúncias de violência contra a mulher em Mato Grosso disparou nos últimos meses. De acordo com dados do Ligue 180, a Central de Atendimento à Mulher, o estado registrou um aumento de 113,48% nas denúncias em 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado.

    O perfil das vítimas de violência em Mato Grosso revela um cenário preocupante. A maioria das denúncias (751) foi feita pelas próprias mulheres, enquanto 341 foram registradas por terceiros. O lar continua sendo o local onde a maioria dos casos de violência ocorre, com 587 denúncias relatando agressões dentro de casa.

    Mulheres entre 40 e 44 anos são as mais atingidas, representando 411 denúncias. Mulheres negras também são as principais vítimas, com 777 casos registrados. A maior parte das agressões é cometida pelos companheiros ou ex-companheiros das vítimas (378 casos).

    Campanha “Feminicídio Zero” em Mato Grosso

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    Diante desse cenário alarmante, o Ministério das Mulheres lançou a campanha “Feminicídio Zero — Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”. O objetivo da campanha é conscientizar a população sobre a importância de denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher e oferecer suporte às vítimas.

    A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou a importância do Ligue 180 como canal de denúncia e informação: “O 180 tem a característica de ser muito mais preventivo e colaborativo. Se você precisa de informações, Ligue 180. Se você está em uma situação de emergência, ligue 190”.

    O governo federal anunciou a reestruturação do Ligue 180, que agora funciona de forma independente à Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. A medida visa fortalecer o serviço e garantir um atendimento mais eficiente às mulheres em situação de violência.

    Com a atualização da base de dados, o Ligue 180 conta com informações sobre mais de 2,5 mil serviços especializados em todo o país, facilitando o encaminhamento das vítimas para atendimento adequado.