Tag: feijão

  • Movimento de queda do feijão é interrompido no encerramento de abril

    Movimento de queda do feijão é interrompido no encerramento de abril

    Os preços dos feijões foram pressionados em abril na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Porém, na última semana do mês, a menor disponibilidade do produto e a resistência vendedora interromperam o movimento de queda e deram certo suporte aos preços.

    Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que a demanda esteve mais ativa por parte de indústrias e do mercado varejista. Esses compradores visaram repor estoques com produtos de maior qualidade, o que contribuiu para que as ofertas de valores mais altos fossem aceitas.

    No campo, a colheita da primeira safra brasileira de feijão alcançou 85,6% da área até o dia 26 de abril, segundo dados da Conab.

    Neste momento, agentes do setor de feijão começam a direcionar suas atenções para as novas ofertas provenientes da segunda safra dos estados do Sul – o volume disponível no mercado doméstico deve crescer, o que, por sua vez, tende a influenciar diretamente as cotações.

  • Negociações de feijão carioca seguem lentas e preços continuam em queda

    Negociações de feijão carioca seguem lentas e preços continuam em queda

    O mercado do feijão carioca de notas 9 ou superior manteve ritmo lento de negócios na última semana, influenciado pela cautela da indústria nas reposições, segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Apesar da retração dos compradores, produtores têm segurado a oferta dos lotes de melhor qualidade na tentativa de sustentar os preços.

    Entretanto, os levantamentos do Cepea mostram que o avanço da colheita e o aumento na disponibilidade de grãos de qualidade inferior continuam pressionando os valores de negociação para baixo.

    No campo, dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que, até o dia 19 de abril, 83,2% da área destinada à primeira safra de feijão no Brasil já havia sido colhida.

  • Negócios são pontuais, e preços do feijão seguem em queda

    Negócios são pontuais, e preços do feijão seguem em queda

    As negociações envolvendo o feijão de notas 9 ou superior seguiram pontuais ao longo da semana passada, conforme mostra levantamento do Cepea.

    Quanto aos preços, produtores seguem sustentando posições firmes nas ofertas dos lotes de melhor qualidade, mas os valores continuaram pressionados pela maior disponibilidade e pela demanda retraída. No campo, até 13 de abril, 79,2% da área da primeira safra nacional havia sido colhida, segundo informações da Conab.

    Estimativas

    Os novos dados de oferta e demanda divulgados pela Conab neste mês apontam certa estabilidade (-0,9%) na disponibilidade interna de feijão para 2025.

    Entretanto, os números sinalizam que a produção de primeira safra, em fase final de colheita, deve sustentar a oferta brasileira, já que a segunda a terceira safras devem ser menores. Mas é a oferta de feijão preto que deve ter o maior crescimento anual, de 20%, fato que reforça a queda de preços.

  • Mapa publica novo Zarc para a semeadura do feijão

    Mapa publica novo Zarc para a semeadura do feijão

    Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou no Diário Oficial da União, de sexta-feira (11), as Portarias nº 28 a nº 66 para atualização do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) da cultura do feijão comum. O estudo abrange o cultivo de sequeiro e irrigado e indica os melhores períodos e locais para o estabelecimento de lavouras de feijão no Brasil, conforme estimativas de níveis de risco de perda associada ao clima.

    As recomendações do Zarc sobre as melhores época de plantio embasam o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). O zoneamento também é uma ferramenta de consulta para o planejamento das lavouras, utilizada por técnicos e assessores rurais, agricultores e operadores financeiros de linhas de crédito.

    O feijão foi uma das primeiras culturas do País a integrar o Zarc, em meados da década de 1990. De lá para cá, o Zarc Feijão Comum vem sendo aprimorado periodicamente, partindo de técnicas agrometeorológicas e de geoprocessamento aplicadas às bases de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), assim como do sistema HidroWeb, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), além de redes estaduais de apoio mantidas por instituições ou empresas públicas.

    Ao longo dos anos, o resultado trazido pelo Zarc Feijão Comum é a possibilidade de planejar o estabelecimento de lavouras em janelas de plantio mais propícias a uma boa colheita em determinada época e localidade, buscando diminuir os efeitos negativos de irregularidades na distribuição pluvial diante das necessidades de água para o desenvolvimento da planta de feijão. Isso significa que o Zarc Feijão Comum é uma avaliação de risco exclusivamente agroclimático, pois parte do pressuposto de que todas as demais necessidades da cultura serão atendidas pelo manejo agronômico.

    Conforme explica o coordenador do estudo, o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão Alexandre Bryan Heinemann, o Zarc Feijão Comum foi realizado incorporando o modelo de processo CROPGRO-Drybean. Esse modelo integra dados diários climáticos, de solo e características de um genótipo de feijoeiro para estimar a produtividade em um determinado ano e data de semeadura. Dessa forma, agregaram-se melhorias no Zarc, como as fases do feijoeiro não são mais fixas, variam, ano a ano, conforme as condições climáticas. Além disso, utilizando esse modelo é possível selecionar diferentes produtividades esperadas de acordo com o nível de manejo, por exemplo, para irrigado e sequeiro.

    Ainda segundo Alexandre Bryan, nos resultados, foram feitas sugestões de instituições parceiras que participaram das reuniões de validação do Zarc do feijoeiro. “Apesar dessas reuniões de validação com as instituições parceiras não serem uma novidade no Zarc Feijão Comum, essa iniciativa permitiu conferir ajuste fino aos resultados do Zarc nos ambientes de produção”, explica o pesquisador.

    Os períodos de semeadura do Zarc Feijão Comum podem ser consultados de duas maneiras. Por meio da plataforma “Painel de Indicação de Riscos”, no site do Mapa ou pelo aplicativo Zarc Plantio Certo, para acesso pelos sistemas operacionais Android e iOS, de forma gratuita.

  • Negócios com feijão perdem ritmo e preços recuam com avanço da colheita

    Negócios com feijão perdem ritmo e preços recuam com avanço da colheita

    O mercado do feijão registrou semana de lentidão nas negociações e queda nos preços em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Mesmo com a oferta ainda restrita de grãos de melhor qualidade, o avanço da colheita em algumas áreas do país e a postura mais cautelosa da indústria acabaram pressionando os valores para baixo, especialmente no segmento do feijão carioca.

    Produtores até tentaram restringir a oferta, sobretudo dos lotes armazenados em câmaras frias, mas a necessidade de escoar grãos de qualidade inferior falou mais alto e acabou dominando as transações da semana. Esse movimento contribuiu para a desvalorização generalizada nas cotações.

    No campo, os números da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam que até o dia 5 de abril 77,1% da área da primeira safra 2024/25 já havia sido colhida no Brasil, o que reforça a maior disponibilidade do produto e ajuda a explicar o comportamento do mercado nos últimos dias.

  • Feijões preto e carioca seguem tendências opostas nos preços, aponta Cepea

    Feijões preto e carioca seguem tendências opostas nos preços, aponta Cepea

    Os preços dos feijões preto e carioca seguiram direções contrárias na última semana, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O feijão preto registrou queda nas cotações, especialmente nas regiões do Paraná e de São Paulo, devido ao aumento da oferta com a chegada da nova safra. Já o feijão carioca apresentou leve alta, impulsionada pela menor disponibilidade de lotes de qualidade e pela maior disputa entre compradores.

    No caso do feijão preto, a pressão de baixa tem relação direta com a maior disponibilidade no mercado. A intensificação da colheita aumentou o volume do grão, o que reduziu o poder de negociação dos produtores. Por outro lado, o feijão carioca mantém preços firmes, com produtores resistindo a reduzir os valores diante da escassez de grãos com padrão elevado.

    Segundo o Cepea, esse comportamento reforça a importância da qualidade como fator determinante na formação de preços no mercado do feijão, especialmente em períodos de transição de safra. A expectativa é de que, nas próximas semanas, a movimentação nos preços siga atrelada ao ritmo de colheita e à regularidade na oferta dos dois tipos de feijão.

  • Queda no preço do feijão preto reflete alta oferta e proximidade da segunda safra

    Queda no preço do feijão preto reflete alta oferta e proximidade da segunda safra

    O mercado do feijão preto encerrou a última semana em queda, refletindo o aumento da oferta proveniente da primeira safra e a proximidade da colheita da segunda. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a abundância do produto no mercado tem exercido forte pressão sobre os preços, com destaque para as baixas mais expressivas registradas no Paraná, estado que concentra uma parcela significativa da produção nacional.

    O atual cenário reflete um comportamento típico do mercado em períodos de transição entre safras. Com a primeira safra já colhida e disponível, a entrada iminente da nova produção gera um efeito psicológico sobre os compradores, que aguardam um possível recuo ainda maior nos preços antes de realizar novas aquisições. Além disso, as negociações seguem em ritmo lento, uma vez que muitos produtores com maior capacidade de armazenagem optam por segurar seus estoques, esperando por melhores condições de mercado.

    Outro fator que contribui para a retração nas cotações é o comportamento da demanda. Apesar do feijão preto ser um item essencial na alimentação dos brasileiros, a procura não tem sido suficiente para absorver o volume ofertado no momento, o que mantém o cenário de pressão sobre os preços. A tendência para as próximas semanas dependerá do avanço da colheita da segunda safra e do ritmo de escoamento do produto no mercado interno.

    A expectativa dos analistas é de que, caso a demanda não apresente um aquecimento significativo, os preços possam continuar pressionados. No entanto, fatores como a qualidade do feijão colhido e possíveis problemas climáticos que afetem a produtividade da segunda safra podem influenciar mudanças no cenário, tornando o mercado mais volátil no curto prazo.

  • Escassez mantém alta no preço do feijão carioca de alta qualidade

    Escassez mantém alta no preço do feijão carioca de alta qualidade

    O mercado do feijão carioca de alta qualidade segue em ritmo de valorização. Segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os preços continuam em alta devido à postura firme dos produtores, que restringem as ofertas e mantêm expectativas de novos aumentos. A estratégia está fundamentada na escassez de grãos superiores no mercado, especialmente aqueles com padrão visual e qualidade de cocção mais elevados.

    Pesquisadores do Cepea explicam que os lotes considerados de melhor qualidade são raros, encontrados principalmente em estoques armazenados em câmaras frias ou em algumas regiões específicas que tiveram condições climáticas mais favoráveis, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

    De acordo com dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), até o dia 16 de março, cerca de 61,8% da área destinada à primeira safra de feijão no Brasil já havia sido colhida. Apesar do avanço da colheita, a oferta de grãos com qualidade superior não tem sido suficiente para equilibrar a demanda, o que reforça a tendência de preços firmes no curto prazo.

  • Alta do feijão carioca é destaque; safra 24/25 deve crescer 1,5%

    Alta do feijão carioca é destaque; safra 24/25 deve crescer 1,5%

    A valorização do feijão carioca de alta qualidade vem sendo destaque, conforme apontam levantamentos do Cepea.

    Além da necessidade das empacotadoras de repor os estoques, o Centro de Pesquisas indica que, produtores, conscientes da oferta restrita desses lotes, mantêm-se firmes nas negociações, buscando preços mais elevados.

    Segundo dados da Conab, a produção nacional de feijão da safra 2024/25 deve atingir 3,3 milhões de toneladas, crescimento de 1,5% em relação ao ciclo anterior.

    Quanto às exportações, números da Secex analisados pelo Cepea mostram que, em fevereiro, foram embarcadas 14,9 mil toneladas de feijão, o maior volume para o mês desde 1997, embora essa quantidade represente queda de 61% em relação a janeiro. Os envios no acumulado de 12 meses continuam sendo recordes, somando 388,21 mil toneladas.

  • Conab estima safra de grãos acima de 328 milhões de toneladas

    Conab estima safra de grãos acima de 328 milhões de toneladas

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quinta-feira (13), o sexto levantamento da safra de grãos 2024/25, que atualiza a produção nacional para 328,3 milhões de toneladas.

    A atual estimativa representa uma alta de 10,3%, se comparada ao volume colhido no ciclo anterior (2023/24), com acréscimo de 30,6 milhões de toneladas de 16 grãos a serem colhidos.  Se as projeções se confirmarem, será um novo recorde para a produção de grãos no Brasil.

    Segundo a Conab, o resultado reflete o aumento na área plantada, estimada em 81,6 milhões de hectares, e a recuperação na produtividade média das lavouras, projetada em 4,02 toneladas por hectare.

    Ao compartilhar os números, o presidente da companhia, Edegar Pretto, disse que será uma safra histórica.

    “As previsões deste sexto levantamento são mais positivas ainda do que as do quinto levantamento”, afirmou Edegar Pretto.

    Soja

    A soja continua a ser o principal produto cultivado na primeira safra. Na safra de 2024/25, a produção deve atingir 167,4 milhões de toneladas, com aumento de 13,3% em relação à safra passada.  A área plantada de soja é de 47,45 milhões de hectares, com crescimento de 2,8%, na comparação com a última safra. Os números consolidam o Brasil na posição de liderança da produção de soja no mercado global.

    O presidente da Conab lembrou o excesso de chuvas em janeiro, que provocou atrasos no plantio e tornou o início de colheita mais lento em alguns estados, mas ressaltou que a estiagem de fevereiro já possibilitou o avanço da colheita de 60,9% da área total.

    “A diminuição das chuvas no Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, que trouxe uma quebra na produção da soja [local], teve uma extraordinária recuperação nas demais regiões, como o Centro-oeste”, avaliou Edegar Pretto.

    Milho

    A produção de milho estimada pela Conab para a safra 2024/2025 é de 122,76 milhões de toneladas, crescimento de 6,1% na comparação com a última safra. A
    área plantada deve alcançar 21,14 milhões hectares, o que representa aumento de 0,4% em relação à última safra do cereal.

    A segunda safra de milho registra 83,1% da área prevista já plantada. O índice está abaixo do registrado no último ciclo.

    Pretto disse que a diminuição das chuvas “traz certa preocupação para o fim do plantio do milho” e que a Conab acompanha com atenção a situação, porque o milho é o principal componente da ração animal, fornecendo proteína para aves, suínos e bovinos.

    “Ter mais milho em oferta, tanto para o nosso Brasil quanto para o exterior, é importante para a economia. O governo tem uma atenção especial para a ração animal e também sobre o preço da carne para os consumidores.”

    Feijão e arroz

    Também para o arroz os técnicos da Conab verificaram aumento de 6,5% na área plantada, chegando a 1,7 milhão de hectares, maior área nos últimos sete anos. As condições climáticas têm favorecido as lavouras, permitindo a recuperação de 7,3% na produtividade média, estimada em 7.063 quilos por hectare.

    Mantendo-se o cenário atual, a estimativa para a produção neste levantamento passa para 12,1 milhões de toneladas. “O que é muito positivo porque [o arroz] é uma das culturas importante para o nosso consumo interno”, disse Pretto, ao explicar que a colheita deve ser superior à do mesmo período da safra passada em quase todos os principais estados produtores.

    Outro item típico da culinária brasileira, o feijão, deve registrar ligeiro aumento (1,5%) na produção total na safra 2024/25, estimada em 3,29 milhões de toneladas. De acordo com a Conab, o resultado é influenciado principalmente pela expectativa de melhora na produtividade média das lavouras, uma vez que a área destinada ao feijão se mantém praticamente estável.

    O presidente da Conab, que é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, enfatizou que a política de apoio aos produtores da agricultura familiar tem juros mais baixos para produção de alimentos como arroz e feijão, além de outras culturas destinadas ao consumo interno. “Neste ano, estamos fazendo a colheita das boas políticas plantadas, no ano passado”, comemorou o gestor.

    “A Conab acompanha, com assessoramento técnico, a montagem do próximo plano safra. Nossa recomendação é que o governo federal continue com as boas políticas de incentivos para alcançar com a mão amiga o produtor, de modo a aumentar a oferta de alimentos no país e equilibrar os preços, que sejam justos aos consumidores”, disse Edegar Pretto

    Outras lavouras

    No caso do algodão, a expectativa é que o aumento na área semeada, estimada em cerca de 2 milhões de hectares, resulte na produção de 3,82 milhões de toneladas de algodão em pluma, um novo recorde, se confirmado o crescimento de 3,3%, em comparação com a última safra.

    Já o trigo tem expectativa de produção de 9,11 milhões de toneladas, com incremento de 15,6% em comparação com a última safra, apesar da redução de 2,1% da área plantada deste grão. Com isso, a lavoura deve alcançar a área plantada de 2,99 milhões de hectares. A Conab projeta que as condições climáticas até o fim do inverno serão favoráveis para a produção de trigo.

    As informações completas do sexto boletim sobre a safra de grãos 2024/25 estão no site da Conab.