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  • Maioria dos consumidores volta a ficar inadimplente menos de um ano após limpar o nome, aponta SPC Brasil

    Maioria dos consumidores volta a ficar inadimplente menos de um ano após limpar o nome, aponta SPC Brasil

    Oito em cada dez consumidores brasileiros que quitam suas dívidas acabam retornando aos cadastros de inadimplência em menos de um ano. É o que revela o Indicador de Reincidência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgado com base nos dados de março de 2025. Segundo o levantamento, 83,33% das negativações registradas no mês foram de pessoas que já haviam aparecido como devedoras nos 12 meses anteriores.

    Do total de reincidentes, 60,10% são consumidores que seguem com dívidas antigas em aberto, enquanto 23,23% haviam conseguido limpar o nome, mas voltaram a atrasar pagamentos dentro de um ano. Outros 16,67% dos negativados em março não constavam como inadimplentes no ano anterior e, portanto, não foram classificados como reincidentes.

    O estudo mostra ainda que o tempo médio para o consumidor reincidir na inadimplência é de apenas 75 dias — cerca de dois meses e meio após o primeiro atraso. Esse dado reforça a fragilidade no orçamento das famílias brasileiras, especialmente diante do cenário de juros altos e inflação persistente.

    “A alta reincidência é um reflexo direto da deterioração da renda real das famílias, impactada fortemente pela inflação dos alimentos e pelos juros elevados. Isso comprime o consumo e dificulta o planejamento financeiro. O retorno rápido à inadimplência mostra que muitas renegociações são feitas sem sustentabilidade”, afirmou o presidente da CNDL, José César da Costa.

    A distribuição dos devedores reincidentes também revela um perfil predominante: a faixa etária de 30 a 39 anos concentra 25,93% dos reincidentes. Por gênero, a participação é equilibrada: 53,52% são mulheres e 46,48% homens.

    Apesar do alto número de reincidências, o indicador acumulado de 12 meses encerrado em março de 2025 registrou queda de 5,70% no número total de devedores reincidentes em relação aos 12 meses anteriores.

    O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, relaciona esse comportamento ao contexto macroeconômico. “A possibilidade de nova alta da inflação nos Estados Unidos pode manter os juros elevados por mais tempo, pressionando o dólar e alimentando a inflação importada no Brasil. Isso contribui para que a Selic continue alta, dificultando ainda mais o acesso ao crédito”, comentou.

    Menos brasileiros conseguiram quitar dívidas em 12 meses

    O Indicador de Recuperação de Crédito do SPC Brasil também mostra que caiu o número de brasileiros que conseguiram sair da inadimplência. Nos 12 meses encerrados em março de 2025, a quantidade de consumidores que quitaram todas as dívidas recuou 8,82% em comparação ao período anterior.

    A maior retração foi entre os consumidores que levaram de 91 dias a um ano para pagar suas pendências, com queda de 13,94% na recuperação desse grupo. Já na análise por faixa etária, a maior taxa de recuperação ocorreu entre pessoas de 50 a 64 anos (23,54%). A divisão por gênero também se mantém próxima do equilíbrio: 52,22% dos consumidores que regularizaram a situação financeira eram mulheres e 47,78% homens.

    Em média, cada consumidor recuperado pagou R$ 2.073,94 para quitar todas as suas dívidas em atraso. No entanto, a maioria, 59,49%, resolveu pendências com valores de até R$ 500.

    Os números reforçam os desafios enfrentados pelas famílias brasileiras no cenário atual, evidenciando a importância de políticas públicas, educação financeira e condições mais favoráveis de crédito para reduzir a reincidência e ampliar o acesso ao consumo de forma sustentável.

  • Brasil tem 69,6 milhões de inadimplentes em março e bate recorde histórico

    Brasil tem 69,6 milhões de inadimplentes em março e bate recorde histórico

    O número de brasileiros com contas em atraso atingiu novo recorde em março de 2025, com 69,66 milhões de consumidores negativados — o equivalente a 42,01% da população adulta do país. O dado consta do Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil, que mostram ainda um crescimento de 3,89% em relação a março do ano passado. Na comparação com fevereiro, o aumento foi de 1,54%.

    Segundo a CNDL, trata-se do maior número já registrado na série histórica do levantamento, que considera informações de todas as unidades da federação. A situação financeira das famílias segue preocupante e exige cautela. “O momento é delicado. É preciso priorizar o pagamento das dívidas antes de assumir novos compromissos”, alertou o presidente da CNDL, José César da Costa.

    O crescimento anual foi puxado principalmente pela inclusão de devedores com inadimplência entre 3 e 4 anos, que registraram alta de 43,97%. A faixa etária com maior número de negativados é a de 30 a 39 anos, com 17,25 milhões de pessoas — ou 50,79% dos adultos dessa idade. Em relação ao gênero, os devedores estão quase igualmente divididos: 51,06% são mulheres e 48,94% homens.

    Cada inadimplente devia, em média, R$ 4.604,54 em março, considerando a soma de todas as dívidas. Em geral, essas pessoas tinham pendências com pelo menos 2,16 empresas diferentes. Apesar do valor médio elevado, 30,47% dos consumidores deviam até R$ 500, e 44,11% tinham dívidas inferiores a R$ 1.000.

    O número de dívidas em atraso cresceu 6,95% em relação a março de 2024. De fevereiro para março, o avanço foi de 2,05%. O setor bancário foi o principal responsável por esse aumento, com alta de 10,83% nas dívidas. Já os setores de água e luz (-7,81%), comércio (-3,32%) e comunicação (-1,45%) registraram queda.

    Atualmente, os bancos concentram 66,74% do total de dívidas em atraso no país. Em seguida vêm os setores de água e luz (9,87%), comércio (9,73%) e outros (8,02%).

    Regionalmente, o Centro-Oeste apresenta o maior percentual de inadimplentes do Brasil: 45,91% da população adulta. Em contrapartida, o Sul tem o menor índice, com 37,59%. No que diz respeito ao aumento no número de dívidas, o Centro-Oeste também lidera, com crescimento de 12,75%, seguido pelas regiões Norte (6,92%), Sudeste (5,79%), Nordeste (5,38%) e Sul (4,71%).

    Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, o momento exige inteligência no uso do crédito. “É hora de trocar dívidas mais caras por outras com juros menores, não de fazer novas compras”, recomendou.

  • Cerca de 103 milhões de consumidores devem realizar compras para a Páscoa em 2025, aponta CNDL/SPC Brasil

    Cerca de 103 milhões de consumidores devem realizar compras para a Páscoa em 2025, aponta CNDL/SPC Brasil

    O consumidor brasileiro está mais cauteloso em relação aos gastos com a Páscoa deste ano. Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, aponta que a data deve levar 102,6 milhões de consumidores às compras, uma queda nominal de 4 milhões em relação à Páscoa de 2024.

    De acordo com o levantamento, 63% dos entrevistados pretendem fazer compras para a Páscoa de 2025. O principal motivo destacado pelos consumidores que não pretendem fazer compras esse ano é economizar (23%), enquanto 21% estão endividados e irão priorizar o pagamento de dívidas, 20% estão desempregados e 16% não gostam / não tem costume de comprar presentes e chocolates para Páscoa.

    Já entre os que pretendem comprar algum presente na Páscoa, 33% dizem gostar de chocolates ou pretender presentear pessoas que também gostam, 26% afirmam ser uma tradição da qual gostam de fazer parte e 25% têm o costume de presentear as pessoas que gostam.

    Os filhos (55%) serão os principais presenteados, em seguida as mães (39%), cônjuge (39%), sobrinhos (27%) e o próprio entrevistado (26%).

    Os consumidores pretendem gastar, em média, um total de R$247 com as compras de Páscoa; adquirindo em média 5 produtos.

    “O consumidor está com dificuldade em manter as contas em dia, o orçamento está apertado, por isso temos uma queda no número de pessoas que irão às compras. Mesmo assim, a data tem uma movimentação importante no comércio de todo o país. Neste momento vale a criatividade do lojista em ter opções mais baratas e de lembranças que caibam no bolso das pessoas. Sabemos que o brasileiro tem a tradição de comemorar a data, por isso apesar da cautela, as pessoas não deixarão de fazer alguma compra”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    Ovos e bombons industrializados serão os itens mais comprados na Páscoa. PIX lidera como forma de pagamento preferida

    Os ovos de chocolate industrializados (55%) serão os principais itens procurados pelos consumidores, seguidos pelos bombons industrializados (41%), ovos de Páscoa caseiros/artesanais (37%), bombons e barras de chocolate caseiros/artesanais (33%) e barras de chocolate industrializadas (28%).

    Entre os que pretendem comprar ovos industrializados, 58% irão comprar itens direcionados para crianças e para adultos, 27% somente para adultos e 13% somente para crianças.

    Entre os motivos apontados pelos que pretendem comprar barras de chocolate e/ou bombons, 54% se importam com a celebração e não a forma do chocolate e 34% por ser mais barato.

    No caso dos chocolates caseiros/artesanais, 28% destacam a qualidade do chocolate, 26% a preferência por algo mais personalizado e 23% querem ajudar as pessoas que vendem.

    O pagamento à vista será o mais utilizado nas compras de Páscoa (72%), sendo principalmente por PIX (51%) e cartão de débito (36%). Já 56% pretendem pagar à prazo, sendo a média de 4 parcelas. Nesta modalidade 33% utilizarão o cartão de crédito parcelado.

    Lojas físicas lideram na preferência das compras, principalmente nos supermercados

    As lojas físicas se destacam na preferência dos consumidores na hora de fazer pesquisa de preço (82%), mas também no momento da compra. Nove em cada dez consumidores (95%) pretendem fazer as compras em lojas físicas, com destaque para os supermercados (57%), lojas especializadas em chocolates (45%) e lojas de grandes varejistas (40%). 22% devem fazer as compras pela internet.

    O consumidor também pretende fazer pesquisa de preço (85%) antes das compras, sendo que 46% pretendem pesquisar sobre todos os tipos de chocolate e 27% somente os ovos de páscoa.

    Sete em cada dez consumidores (69%) acham que os preços dos produtos estão mais caros este ano frente ao ano passado, 20% que estão na mesma faixa de preço e 7% que estão mais baratos.

    43% farão compras na semana da Páscoa. Preço e qualidade são os principais fatores na hora da compra

    De acordo com os entrevistados, os principais fatores que influenciam na escolha dos locais de compra são o preço (51%), a qualidade dos produtos (49%), promoções e os descontos (36%) e a diversidade de produtos (24%).

    44% devem fazer as compras ao longo do mês de março. Mas o comércio deve se preparar para os atrasadinhos, uma vez que 43% pretendem realizar as compras na semana antes da Páscoa, com isto estima-se que cerca de 44,4 milhões de consumidores devem deixar as compras para última hora nesta data.

    A maioria (55%) pretende comemorar a data em casa, enquanto 19% irão para a casa dos pais e 13% na casa de outros parentes.

    33% dos que pretendem comprar chocolates e presentes possuem contas em atraso

    A pesquisa aponta um dado preocupante em relação ao controle de gastos dos consumidores, uma vez que 33% dos que pretendem comprar chocolates e presentes possuem contas em atraso, sendo que 76% destes estão com o nome sujo.

    Neste mesmo cenário, 21% dos que vão fazer compras na data este ano admitem que costumam gastar mais do que suas finanças permitem para presentear na Páscoa e 8% até deixarão de pagar alguma conta para comprar chocolates ou produtos neste ano. 12% admitem que foram negativados devido as compras feitas na Páscoa de 2024.

    “A alta inadimplência é um fator preocupante no país, que impacta diretamente no poder de compra do consumidor. É importante que se faça um planejamento de quanto pode gastar antes de sair de casa, usar a criatividade para dar lembrancinhas e não fazer novas dívidas. A prioridade deve ser o pagamento das contas”, alerta o presidente da CNDL.

  • Mais da metade dos consumidores admitem que fazem compras por impulso na internet, aponta estudo CNDL/SPC Brasil

    Mais da metade dos consumidores admitem que fazem compras por impulso na internet, aponta estudo CNDL/SPC Brasil

    As notificações de lojas e produtos em promoções podem ser grandes aliados dos consumidores na hora de fazer uma pesquisa de preço ou até mesmo se organizar para fazer uma compra quando estiver com desconto. Por outro lado, resistir aos anúncios que surgem a todo instante em cada clique na internet é uma tarefa que exige controle emocional. Este cenário fica ainda mais desafiador no final do ano, com as compras de Natal e as comemorações de final de ano.

    De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise, 51% dos entrevistados admitem que às vezes fazem compras por impulso na internet e 9% sempre. Segundo os consumidores, as ações que mais estimulam as compras por impulso na internet são as notificações de ofertas de aplicativos de lojas (48%), seguido de e-mail com ofertas e promoções (42%), Instagram (37%) e WhatsApp recebido diretamente das lojas (35%).

    Os produtos mais comprados por impulso pela internet são moda e vestuário (42%), itens para a casa (28%), cosméticos, perfumes, produtos de beleza (27%), comidas e bebidas por delivery (26%) e eletrônicos / informática (19%).

    Entre as razões declaradas para as compras impulsivas, 46% disseram que acabam comprando após ver o produto em promoção, com preço mais baixo, 33% porque ficam navegando na loja e acabam gostando de produtos, 21% recebem ofertas de novos produtos / lançamentos e 16% ficam navegando no Instagram, Tik Tok e/ou Facebook, veem algo que gostam e acabam comprando.

    Quando estão fazendo uma compra na internet e recebem ofertas para compra de produtos adicionais, 10% admitem que normalmente acabam comprando e 52% às vezes compram.

    “O consumidor deve ficar atento para não cair em tentação a cada clique. Sabemos que no período do Natal as pessoas fazem suas compras, mas é preciso cautela e saber utilizar a seu favor os mecanismos de busca para conseguir um bom preço e planejar as compras. O que não pode é ceder aos impulsos. Toda compra deve ser antes bem avaliada para não ultrapassar o orçamento”, alerta o presidente da CNDL, José César da Costa.

    52% pesquisam informações de produtos e serviços antes de ir as compras

    De acordo com os internautas, os canais mais utilizados para compras de produtos e serviços são os sites de lojas (82%), aplicativos de lojas (82%), supermercados (70%), shopping center (53%) e lojas de rua (53%).

    A pesquisa mostra que os canais online são os mais considerados para busca de informação de produtos e serviços para compras (93%), com destaque para sites e aplicativos de lojas varejistas (31%), buscadores (29%) e os sites e aplicativos de comparação de preços e produtos (20%). Por sua vez, 32% utilizam os canais físicos, principalmente amigos e família (15%) e lojas de rua ou shopping (10%).

    Mais da metade dos entrevistados (52%) pesquisam informações de produtos e serviços antes de ir as compras, para 36% não há uma rotina, depende do produto e situação e 12% quando estão na loja.

    Os consumidores (96%) também costumam fazer pesquisa de preço antes de definir uma compra pela internet, sendo que 47% utilizam os buscadores de informação, 44% sites e aplicativos de lojas varejistas, 39% sites e aplicativos de comparação de preço e funcionalidades dos produtos e 35% site/aplicativo do fabricante.

    Quando o preço da loja física é diferente das lojas online, 68% dos entrevistados propõem ao vendedor da loja física cobrir oferta, mas 33% não conseguem cobrir. Por outro lado, 35% cobrem a oferta, seja comprando pelo site e mandando entregar em casa sem custo de frete (16%), cobrindo a oferta com o mesmo desconto (13%) ou cobrindo a oferta com desconto ainda maior (7%).

    Sites e lojas físicas empatam em relação à melhor experiência de compra

    De forma geral, as lojas físicas e os sites ou aplicativos empataram no que diz respeito à melhor experiência de compra. Sites e aplicativos são considerados nos melhores preços (76%), variedade de produtos (68%), horários de atendimento de vendas (64%), mais opções de formas de pagamento (55%) e maior facilidade para escolher produtos (53%).

    Já as lojas físicas se destacaram nos quesitos ligados a presença humana: facilidade da troca (65%), melhor atendimento (60%), melhor demonstração do produto (57%), facilidade na negociação de preço (56%) e pós-vendas (39%). As redes sociais continuam praticamente estáveis quando comparado ao ano passado, ainda não tendo relevância comparado aos outros canais.

    Seis em cada dez entrevistados (59%) preferem o WhatsApp como canal de comunicação preferido para contato comercial com lojas e prestadores de serviços, seguido do “Fale Conosco” ou Chat da empresa (36%) e equipe de vendas presencial (28%).

    Já a maioria (90%) gosta de receber comunicação online das empresas – seja por email, whatsapp ou mensagens, sendo que 66% gostam de receber informações sobre ofertas e promoções, 45% lançamentos de novos produtos ou serviços e 33% contato pós-venda.

    No que diz respeito a experiência da compra multicanal, 73% se sentem frustrados quando não encontram as informações que precisam sobre as lojas físicas na internet, 65% costumam abrir emails que recebem de empresas com ofertas e promoções e 43% deixam salvo seus dados bancários e de cartões em lojas online para agilizar os pagamentos em compras futuras.

    Metodologia

    Público-alvo: homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas, e que realizaram compras pela internet nos últimos 12 meses.

    Método de coleta: pesquisa quantitativa realizada pela web e pós-ponderada por sexo, idade, estado e renda.

    Tamanho amostral da Pesquisa: foram realizados 1.117 contatos em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas que compraram pela internet nos últimos 12 meses. Em seguida, continuaram a responder o questionário 821 casos, que fizeram alguma compra ao longo deste período. Resultando, respectivamente, uma margem de erro no geral de 2,93 p.p e 3,42 p.p para um nível de confiança de 95% para mais ou para menos.