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  • Projeto Fazenda Pantaneira Sustentável é destaque na COP 16

    Projeto Fazenda Pantaneira Sustentável é destaque na COP 16

    O Projeto Fazenda Pantaneira Sustentável, desenvolvido pelo Sistema Famato, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), é destaque na 16ª Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP 16), realizada entre os dias 21 de outubro e 1º de novembro, em Cali, na Colômbia.

    O projeto foi representado pela Embrapa Pantanal e pela coalizão Pontes Pantaneiras, ampliando sua visibilidade à conservação da biodiversidade e ao desenvolvimento sustentável. A apresentação ressaltou como o Projeto Fazenda Pantaneira Sustentável promove a integração entre a conservação ambiental e a sustentabilidade da produção agropecuária, pilares essenciais para a preservação e valorização dos campos nativos do Pantanal.

    Modelo de Sustentabilidade no Pantanal

    A Famato e o Senar-MT, comprometidos com a disseminação de práticas sustentáveis no agronegócio, têm atuado em parceria com instituições de pesquisa, como a Embrapa Pantanal, e coalizões como as Pontes Pantaneiras, iniciativa que também conta com a participação do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ). A missão conjunta é demonstrar que é possível aliar o desenvolvimento econômico à conservação da biodiversidade, respeitando a legislação ambiental e promovendo a conscientização dos produtores rurais.

    A 16ª edição da COP serviu como uma plataforma para compartilhar essas experiências com outros países, mostrando o Pantanal como um exemplo de que as práticas de manejo ecológicas podem ser aplicadas em áreas sensíveis e ricas em biodiversidade. O evento abordou questões centrais como a definição do que é produção sustentável, os desafios impostos pela legislação ambiental e a percepção dos produtores sobre a biodiversidade em suas propriedades.

    Outro tema foi a discussão sobre as Outras Medidas Efetivas de Conservação baseadas em área (OMECs), que são ferramentas complementares às unidades de conservação tradicionais. Elas permitem que áreas produtivas que adotam práticas de conservação possam ser reconhecidas e incentivadas, um conceito que tem ganhado força no contexto das políticas ambientais globais. A mesa de debate discutiu o potencial das OMECs como um incentivo adicional para os produtores do Pantanal, estimulando a conservação sem comprometer a produção.

    Além disso, foram abordadas políticas públicas e estratégias para avançar nas metas globais da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), particularmente nas metas 1, 3, 8, 10, 14 e 21. A apresentação do projeto na COP 16 reforçou o compromisso do Brasil em alcançar essas metas, utilizando o Pantanal como modelo para demonstrar que o desenvolvimento sustentável é possível em harmonia com a conservação.

    Impacto e Perspectivas para o Futuro

    O Projeto Fazenda Pantaneira Sustentável demonstra que Mato Grosso está avançando na agricultura sustentável no Brasil, servindo como um modelo que pode ser expandido para outros biomas e regiões do país. O sucesso da iniciativa na COP 16 sinaliza novas oportunidades para expandir práticas sustentáveis, ampliar parcerias e fortalecer o compromisso do setor agropecuário com o meio ambiente.

  • Programa Fazenda Pantaneira Sustentável irá expandir atendimentos a produtores

    Programa Fazenda Pantaneira Sustentável irá expandir atendimentos a produtores

    Criado para auxiliar produtores rurais do bioma Pantanal de Mato Grosso a se desenvolverem no âmbito econômico, social e ambiental, o Fazenda Pantaneira Sustentável está dando novos passos para ampliar o atendimento a mais produtores no bioma. O programa é coordenado pelo Sistema Famato, em parceria com a Embrapa Pantanal e os produtores são atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) de maneira gratuita.

    Durante a primeira semana de setembro, a equipe da Fazenda Pantaneira Sustentável composta por representantes das instituições envolvidas, realizou encontros com produtores e representantes dos Sindicatos Rurais nos municípios de Cáceres, Poconé, Cuiabá, Santo Antônio do Leverger e Itiquira para apresentar o programa para produtores, seus resultados ao longo dos anos de assistência, além de palestras que abordaram as iniciativas e conquistas do programa, incluindo a relevância da Lei do Pantanal e os Decretos relacionados.

    O projeto piloto que começou em 2018 realizou diagnósticos ambientais, sociais e econômicos em cada uma das 15 propriedades rurais assistidas, localizadas em cinco municípios do estado: Poconé, Cáceres, Santo Antônio do Leverger, Itiquira e Barão de Melgaço.

    Os trabalhos contam com um time de técnicos das entidades envolvidas que visitam as propriedades rurais periodicamente para fazer o levantamento das informações e orientam os produtores conforme as particularidades de cada fazenda. Mais de 80 produtores se interessaram em participar do programa.

    Segundo o presidente da Famato, Vilmondes Tomain, o programa trás esperança para a produção sustentável com o uso de tecnologias.  “ Para a Famato é gratificante ver todo reconhecimento que o projeto vem recebendo de várias instituições, como o MAPA. O projeto foi apresentado em um evento do ABC + em Brasília e foi reconhecido como um dos melhores projetos de sustentabilidade para o bioma e isso é significante para o trabalho que estamos desempenhando”, completou Tomain.

    O chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e um dos idealizadores da Fazenda Pantaneira Sustentável, Jorge Lara, explica que o foco do programa é buscar um sistema que agregasse a importância econômica do Pantanal, o desenvolvimento social e a garantia da estabilidade da região. Assim, Há 10 anos foi desenvolvido pela Embrapa um software que avalia o quão sustentáveis são as propriedades rurais e o potencial máximo que elas podem atingir.

    Jorge conta que o resultado do piloto foi um sucesso permitindo a expansão com segurança.

    “A nossa expectativa para os próximos passos da FPS é aprimorar o software que já existe, incluindo sistemas de inteligência artificial para que a gente possa dar respostas cada vez mais assertivas para cada produtor participante. Além da construção da cadeia de todos os elos comerciais que possam levar, não só o produto, o bezerro, de qualidade sustentável, mas também a questões de certificação, conquista de mercados e também o diferencial do Pantanal em relação a outras regiões de produtoras de bovinos ou mesmo carne quando na terminação”, projeta Jorge.