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  • Poder de compra do avicultor cai com aumento do custo do farelo de soja

    Poder de compra do avicultor cai com aumento do custo do farelo de soja

    Em maio, os preços médios do frango vivo caíram em comparação a abril, enquanto o farelo de soja, um insumo essencial na produção avícola, teve um aumento acentuado. De acordo com cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa combinação resultou na diminuição do poder de compra dos avicultores em relação ao derivado de soja, atingindo o menor nível desde dezembro do ano passado.

    Dados do Cepea revelam que, até o dia 22 de maio, a venda de um quilo de frango vivo permitia ao avicultor adquirir apenas 2,28 quilos de farelo de soja. Este número representa uma queda significativa de 13,1% em comparação ao mês de abril, marcando o menor volume possível de compra neste ano.

    Os pesquisadores do Cepea atribuem a desvalorização do frango vivo ao enfraquecimento das vendas de proteínas no mercado interno e ao aumento da disponibilidade do produto. Essa combinação fez com que muitos frigoríficos reduzissem a compra de novos lotes, evitando o acúmulo de carne em estoque.

    A redução no poder de compra dos avicultores frente ao farelo de soja é preocupante para o setor avícola, que depende desse insumo para a alimentação dos frangos. A alta nos preços do farelo de soja, aliado à desvalorização do frango vivo, pressiona as margens de lucro dos produtores, tornando a atividade mais desafiadora.

    Essa situação destaca a importância de monitorar os custos de insumos e buscar estratégias para mitigar os impactos das variações de preço no mercado de frango e farelo de soja.

  • Greve na Argentina direciona importadores de derivados de soja para o Brasil

    Greve na Argentina direciona importadores de derivados de soja para o Brasil

    A greve na Argentina, que é a maior exportadora mundial de farelo e óleo de soja, está tendo um impacto significativo no mercado global de derivados da oleaginosa. Com a paralisação, importadores desses produtos estão buscando alternativas no Brasil, o segundo maior fornecedor global. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), essa mudança está causando um aumento nos prêmios de exportação e nos preços internos no Brasil, à medida que consumidores domésticos competem com compradores estrangeiros.

    Impacto no Mercado Brasileiro

    A demanda adicional por derivados de soja brasileiros, decorrente da greve argentina, intensifica a competição entre o mercado interno e externo. Isso resulta em um aumento nos prêmios de exportação, que são adicionais pagos sobre o preço da commodity para assegurar a compra, e eleva os preços internos dos derivados de soja no Brasil. Esse cenário pode pressionar ainda mais os custos para os consumidores domésticos, que já enfrentam um ambiente econômico desafiador.

    Produção Brasileira de Soja

    A situação é ainda mais complicada pela expectativa de queda na produção brasileira de soja para a safra 2023/24. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção de 147,68 milhões de toneladas, uma redução em relação a previsões anteriores. Este ajuste deve-se, em grande parte, aos alagamentos no Rio Grande do Sul, que podem afetar negativamente a produtividade.

    Perspectivas Futuras

    A Conab já indicou que podem ocorrer novos reajustes negativos nas estimativas de produção, dependendo da evolução das condições climáticas. Os alagamentos no Rio Grande do Sul representam um risco contínuo para a safra, potencialmente reduzindo ainda mais a produção e exacerbando a pressão sobre os preços.

    Implicações Econômicas

    Esses fatores combinados — a greve na Argentina, o aumento na demanda por produtos brasileiros e a queda na produção esperada — criam um cenário de incerteza para o mercado de soja e seus derivados. Para os produtores brasileiros, isso pode significar maiores receitas de exportação a curto prazo, mas também desafios logísticos e de capacidade para atender tanto a demanda interna quanto externa. Para os consumidores, tanto domésticos quanto internacionais, os preços mais altos podem traduzir-se em custos maiores para alimentação e outros produtos derivados de soja.

    A situação atual destaca a interdependência dos mercados globais de commodities e como eventos locais, como uma greve na Argentina ou alagamentos no Brasil, podem ter repercussões significativas em escala global. À medida que a situação se desenrola, tanto produtores quanto consumidores precisarão se adaptar às mudanças e às pressões do mercado, buscando equilibrar a oferta e a demanda em um ambiente cada vez mais volátil.

    As implicações dessa dinâmica continuam a ser monitoradas por analistas e stakeholders do setor, que devem ajustar suas estratégias conforme novos dados e previsões se tornem disponíveis.

  • Poder de compra dos suinocultores paulistas em queda devido à alta do farelo de soja

    Poder de compra dos suinocultores paulistas em queda devido à alta do farelo de soja

    Os suinocultores paulistas têm enfrentado um cenário de queda no poder de compra frente ao farelo de soja na parcial de maio, conforme indicam levantamentos do Cepea. A valorização da oleaginosa, impulsionada pela demanda aquecida, tem superado o aumento dos preços do animal vivo, pressionando as margens dos produtores de suínos.

    A maior procura pela proteína suína tem levado frigoríficos a buscar lotes extras de animais para abate, sustentando os preços do suíno vivo. No entanto, esse movimento não tem sido suficiente para acompanhar a escalada dos preços do farelo de soja. De acordo com a Equipe Grãos/Cepea, as recentes chuvas no Rio Grande do Sul impactaram negativamente a produção de soja, reduzindo a oferta nacional do grão. Este fator já tem levado compradores a garantir novos volumes de farelo para assegurar seus estoques, contribuindo para a alta dos preços.

    Além das questões climáticas, a forte demanda internacional por soja e seus derivados tem reforçado o cenário de aumento nos preços. A competição no mercado global, somada à oferta restrita, pressiona ainda mais os custos para os suinocultores que dependem do farelo de soja para a alimentação de seus animais.

    Neste contexto, os suinocultores paulistas devem redobrar a atenção em suas estratégias de compra e manejo de insumos. A busca por alternativas alimentares e a negociação antecipada de contratos podem ser medidas paliativas para mitigar os efeitos da alta nos custos de produção. A situação destaca a importância da gestão eficiente e da adaptação rápida às variações do mercado para manter a sustentabilidade econômica da atividade suinícola.