Tag: Fábrica

  • Polícia faz nesta quinta-feira perícia em fábrica que pegou fogo

    Polícia faz nesta quinta-feira perícia em fábrica que pegou fogo

    A Polícia Civil informou que fará, nesta quinta-feira (13), uma perícia na confecção de roupas Maximus, que pegou fogo ontem (13) em Ramos, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, a 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso), que investiga as causas do incêndio, está analisando se havia furto de energia elétrica no local, por meio de ligações clandestinas.

    A Light, concessionária responsável pelo fornecimento de energia da região, informou que também realizará perícia na rede elétrica do imóvel. “Assim que foi notificada pelas autoridades, a concessionária mobilizou uma equipe para o local”.

    O fornecimento de energia elétrica foi interrompido em trechos de ruas da região devido ao incêndio, a pedido dos bombeiros, para auxiliar no combate às chamas.

    O Corpo de Bombeiros informou que o prédio da fábrica não tinha o certificado de aprovação da corporação, que comprova que a edificação cumpre a legislação estadual anti-incêndio.

    A Defesa Civil Municipal interditou totalmente a fábrica e o prédio anexo atingidos pelo incêndio. Técnicos do órgão constataram danos à estrutura do prédio anexo à fábrica e, portanto, há risco de desabamento da estrutura interna.

    Já o edifício vizinho (número 117 da Rua Roberto Silva) não corre risco de desabamento, mas a área de serviço do térreo foi isolada por medida de segurança. No prédio, os técnicos verificaram que há rachaduras nas paredes do segundo e terceiro pavimentos, atingidos pelo calor do fogo.

    Vítimas

    Segundo o Corpo de Bombeiros, pelo menos 21 pessoas foram resgatadas do imóvel após o início do incêndio e receberam atendimento médico. No Hospital Getúlio Vargas, por exemplo, foram encaminhadas dez vítimas, com queimaduras nas vias aéreas. Oito pacientes, sendo três homens e cinco mulheres, estão em estado grave. Duas mulheres estão em situação estável, de acordo com a direção do hospital.

    Outras oito vítimas deram entrada nas unidades da rede municipal de saúde, das quais três permanecem internadas, sendo uma em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar. Quatro pessoas já receberam alta e uma saiu de alta à revelia no Hospital Municipal Salgado Filho.

    Dos três internados no Hospital Federal de Bonsucesso, um teve alta e duas mulheres continuam internadas. Uma delas deverá receber alta nesta quinta-feira e outra segue em observação.

    Carnaval

    A confecção Maximus produzia fantasias para várias escolas da Série Ouro, o grupo de acesso das escolas de samba do Rio de Janeiro. Algumas delas tiveram perda significativa de suas fantasias, como a Império Serrano, a Unidos da Ponte e a Unidos de Bangu.

    Diante da situação, a Liga-RJ, que coordena o carnaval da Série Ouro, decidiu que as três escolas mais afetadas pelo incêndio não serão receberão notas no carnaval deste ano e, portanto, não poderão ser rebaixadas para a Série Prata.

    O governador fluminense, Cláudio Castro, anunciou que aumentará de R$ 10 milhões para R$ 16 milhões o repasse para as escolas de samba da Série Ouro.

    “O Carnaval é parte da nossa identidade e vamos trabalhar juntos para minimizar os impactos dessa tragédia”,​ afirmou Castro.

  • Brasil retoma produção de insulina capaz de suprir demanda nacional

    Brasil retoma produção de insulina capaz de suprir demanda nacional

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta sexta-feira (26), da inauguração da fábrica de insulina da empresa Biomm, em Nova Lima, Minas Gerais. Com a nova unidade, o Brasil retoma a produção do hormônio no país, com capacidade de suprir a demanda nacional de insulina.

    Durante discurso, Lula destacou a importância da fábriica para o acesso da população ao insumo e homenageou o trabalho de Walfrido dos Mares Guia, que é um dos sócios-fundadores e membro do conselho de administração da Biomm. Com história na política, Walfrido é amigo de Lula e foi ministro durante os dois primeiros mandatos do presidente, entre 2003 e 2007.

    Emocionado, o presidente contou a experiência de sua bisneta Analua, de 7 anos, que vive com diabetes mellitus tipo 1. “Ela vive com aparelho no ombro, [conectado] com celular, cada coisa que ela come, ela tem que controlar. E o que é fantástico é que ela pede para mãe e para o pai aplicar a insulina nela, ela já não tem mais medo, já faz parte da vida dela. […] Então, eu quero que a minha bisneta Analua saiba que esta figura simpática aqui [Walfrido] vai te dar tranquilidade para você viver mais do que eu e mais do ele está vivendo, porque a vida precisa que os bons vivam muito e que os maus descansem logo”, disse.

    O diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. A insulina tem a função de quebrar as moléculas de glicose (açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do organismo. O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.

    De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, há mais de 20 anos o Brasil não tinha produção nacional de insulina e dependia apenas de produtos importados. “Para ter uma política de ciência e tecnologia em saúde que leve os produtos à população, temos que ter política industrial”, disse.

    O investimento da empresa biofarmacêutica na construção da nova estrutura foi de R$ 800 milhões. A fábrica terá capacidade para 20 milhões de unidades de refis de insulina glargina (de ação prolongada) por ano – e, na sequência, de canetas de insulina. Além disso, poderá fabricar 20 milhões de frascos de outros biomedicamentos, como a insulina humana recombinante. A estimativa é de que a unidade gere 300 empregos diretos e 1,2 mil indiretos.

    O Brasil é um dos países com maior incidência de diabetes no mundo, com 15,7 milhões de pacientes adultos, segundo dados do Atlas da Federação Internacional de Diabetes, divulgados pelo governo. “O que se faz aqui é garantia de vida para uma doença que nós temos que trabalhar com prevenção, mas sabemos que, em muitos casos, não fugiremos da medicação, da insulina e de outros medicamentos que o SUS já fornece na assistência farmacêutica e Farmácia Popular”, disse a ministra Nísia.

    A insulina glargina é indicada para o tratamento de diabetes mellitus tipos 1 e 2. No ano passado, em meio à risco de desabastecimento, o Ministério da Saúde fez uma compra emergencial de 1,3 milhão de unidades de insulina asparte (de ação rápida) indicada para tratar diabetes mellitus tipo 1, que concentra de 5% a 10% das pessoas diagnosticadas com a doença. Na ocasião, a pasta informou que as demais insulinas regulares mais consumidas estavam com estoque adequado para atender a rede do SUS.

    Parceria

    A Biomm é considerada uma pioneira no setor de biomedicamentos no Brasil e está inserida na Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), lançada pelo governo em setembro de 2023. Até 2026, a previsão é de R$ 42 bilhões em investimentos públicos e privados neste setor industrial para reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros.

    No contexto da estratégia, a empresa participa do Programa de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo do Ministério da Saúde, que envolve a articulação do governo com o setor privado. Fundada em 2001, a Biomm é uma empresa brasileira e atua na oferta de fármacos acessíveis para o tratamento de doenças crônicas no país.

    Para implantar a nova unidade industrial em Nova Lima, a Biomm obteve R$ 203 milhões de crédito via Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), além de R$ 133 milhões aportados via equity (participação acionária) pelo BNDES e BDMG.

    Ainda durante o evento, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Biomm assinaram um protocolo de intenções sobre plataformas de produção de medicamentos para o tratamento de doenças metabólicas, que tem como pano de fundo o fortalecimento do CEIS e a maior autonomia do Brasil na produção de medicamentos para o SUS.

    Edição: Maria Claudia

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  • Empresa automotiva chinesa anuncia fábrica no interior de São Paulo

    Empresa automotiva chinesa anuncia fábrica no interior de São Paulo

    A maior empresa automotiva chinesa de capital 100% privado, a Great Wall Motors (GWM), anunciou investimento de R$ 10 bilhões para montar a sua maior base de produção fora da China, na cidade de Iracemápolis, no interior de São Paulo, a 170 quilômetros da capital paulista. Segundo a montadora, será lançada no Brasil uma linha de produtos que terá somente SUVs e picapes, híbridos e elétricos.

    A fábrica terá sistema de produção inteligente e capacidade de produção instalada de 100 mil veículos por ano, com expectativa de faturamento anual de R$ 30 bilhões em 2025. Serão dois ciclos de investimento na nova planta: cerca de R$ 4 bilhões, de 2022 a 2025, e R$ 6 bilhões, de 2026 a 2032, com geração estimada de dois mil empregos diretos até 2025.

    Até 2025, no primeiro ciclo de investimento, serão lançados 10 modelos, com previsão de chegada do primeiro veículo no quarto trimestre de 2022, como importado. Já o primeiro veículo produzido no Brasil será lançado no segundo semestre de 2023.

    A unidade de Iracemápolis será a quarta base completa de produção da GWM no mundo, a primeira da América Latina e funcionará como centro de exportação para o continente americano. A GWM informou que pretende apoiar a produção de peças localmente, com o objetivo de alcançar um índice de nacionalização de 60% até 2025.

    “O mercado brasileiro não é apenas o líder na América Latina, mas também um dos dez maiores mercados onde a GWM inicia a produção local fora da China. O Brasil é definitivamente nosso pilar estratégico para fazer acontecer a nossa meta para 2025”, destacou Koma Li, Chief Operating Officer (COO), segundo comunicado da GWM Brasil.

    A empresa pretende ainda iniciar parcerias para estudos de uso de etanol como fonte de geração de hidrogênio para veículos com célula de combustível. A GWM é a primeira empresa na China que faz parte da Comissão Internacional do Hidrogênio.

    “Pretendemos utilizar a unidade no Brasil como base de conhecimento na realização de acordos com universidades e centros tecnológicos brasileiros visando desenvolver pesquisa que, por exemplo, inclua o uso do etanol como fonte de hidrogênio”, disse Pedro Bentancourt, Chief Relations Officer (CRO) da GWM Brasil.

    No Brasil, a GWM vai usar três de suas marcas, uma para cada linha de produtos. A Haval vai comercializar os SUVs on-road; a Tank, SUVs off-road; e a Poer, picapes inteligentes.

    A cerimônia de início das operações da GWM no Brasil ocorreu na manhã de ontem (27), em Iracemápolis (SP).

  • Volkswagen suspende produção por falta de semicondutores

    Volkswagen suspende produção por falta de semicondutores

    Por falta de insumos, a Volkswagen suspendeu a produção nas fábricas de Taubaté (SP) e de São José dos Pinhais (PR). A paralisação, de acordo com a empresa, vai durar 10 dias, e começa a partir de segunda-feira (7).

    A paralisação, informou a Volkswagen, foi provocada pela falta de semicondutores, componentes responsáveis pela comunicação interna dos equipamentos eletrônicos nos veículos. A escassez é um problema mundial e ocorre desde o final do ano passado.

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    Foto: Pixabay

    “Nos últimos meses, o time da Volkswagen do Brasil tem trabalhado intensamente e com sucesso, internamente e em parceria com a nossa matriz, para minimizar os efeitos da escassez de semicondutores para a produção em suas fábricas no Brasil. Até hoje, as nossas unidades no país não foram afetadas em maior escala. Entretanto, com o agravamento do cenário e com base na situação atual, presumimos que o fornecimento de semicondutores continuará a ser limitado ao longo das próximas semanas”, disse a empresa, em nota.

    Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), cerca de dois mil trabalhadores da fábrica serão colocados em férias coletivas na planta de Taubaté, que produz os veículos Gol e Voyage.

    A empresa não informou quantas pessoas trabalham na fábrica de São José dos Pinhais, que produz os veículos Fox e T-Cross.