Tag: exportações

  • Em 2025, suinocultura deve seguir apostando no mercado externo

    Em 2025, suinocultura deve seguir apostando no mercado externo

    Depois de registrar um 2024 bom no mercado interno e externo, com as exportações recordes e preços internos nas máximas nominais, as perspectivas para o setor produtivo de suínos seguem positivas para 2025. Tudo indica que as demandas mundial e brasileira pela carne devem seguir aquecidas.

    Do lado oferta, estimativas preliminares do Cepea apontam aumento na produção do setor. No front externo, o setor suinícola nacional deve continuar apostando no mercado externo, visando reforçar e/ou melhorar sua posição no ranking dos maiores players internacionais.

    O excelente desempenho das exportações nos últimos anos está atrelado aos esforços do setor em aumentar a capilaridade no mercado global, em meio à redução gradual (iniciada em meados de 2022) das importações por parte da China.

    Assim, mesmo diante das reduções nos envios ao país asiático, os embarques a outros parceiros comerciais devem garantir mais um ano de bom desempenho das exportações.

    Estudos do Cepea apontam que, em 2025, as vendas externas de carne suína podem crescer até 6,6% em relação ao volume de 2024, alcançando 1,22 milhão de toneladas.

    No mercado interno, a demanda por carne suína deve permanecer firme em 2025, sobretudo considerando que os preços da carne bovina estão elevados.

    Estimativas do USDA apontam crescimento de 1,8% no consumo per capita de carne suína no Brasil em 2025. Desta forma, para que as demandas externa e interna pela proteína brasileira sejam sustentavelmente atendidas ao longo do ano de 2025, pesquisadores do Cepea indicam que o volume produzido de carne de suína deverá atingir cerca de 5,53 milhões de toneladas neste ano, aumento de 2,8% em relação ao projetado para 2024.

  • Exportações de soja e milho do Brasil registram resultados distintos em novembro de 2024

    Exportações de soja e milho do Brasil registram resultados distintos em novembro de 2024

    As exportações brasileiras de soja e milho apresentaram desempenhos contrastantes em novembro de 2024, conforme dados do Boletim Logístico divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na última semana. A soja enfrentou um desempenho abaixo das expectativas, enquanto o milho teve resultados mais positivos.

    A soja, que já havia mostrado um desempenho aquém das projeções em meses anteriores, continuou sua trajetória de queda em novembro, com 2,55 milhões de toneladas exportadas. Esse valor representa uma queda de 45,8% em relação ao mês anterior. A principal razão para essa queda é a quebra na safra 2023/24, o que tem impactado o volume exportado. No entanto, as perspectivas para a próxima temporada são mais otimistas, com a recuperação da produção. A expectativa é que as exportações de soja atinjam cerca de 105,48 milhões de toneladas na próxima safra, superando as vendas do ciclo atual.

    Em termos de volume acumulado, o Brasil exportou 96,8 milhões de toneladas de soja entre janeiro e novembro de 2024, uma queda em comparação aos 101,8 milhões de toneladas registrados no mesmo período de 2023. Esse declínio é reflexo da quebra de safra e da queda nos preços internacionais da oleaginosa. Com isso, a soja perdeu a liderança nas exportações brasileiras para o petróleo, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A última vez que a soja não liderou a receita exportadora do Brasil foi em 2021, quando o minério de ferro ocupou o topo.

    No que diz respeito aos portos, os do Arco Norte se mantiveram como os principais pontos de escoamento, respondendo por 35% das exportações de soja em novembro de 2024, um aumento em relação aos 33,8% registrados no mesmo mês de 2023. O Porto de Santos, embora ainda significativo, teve uma leve queda na sua participação, passando de 30% para 28,9%. O Porto de Paranaguá também teve uma ligeira redução na participação, com 13,9% das exportações, contra 14,1% no mesmo período de 2023.

    Milho tem desempenho positivo e Arco Norte cresce na movimentação

    No setor do milho, as exportações também apresentaram crescimento, com uma distribuição mais equitativa pelos portos do Brasil. Até novembro de 2024, os portos do Arco Norte foram responsáveis por 47,2% das exportações de milho, um aumento significativo em relação aos 41,6% registrados no mesmo período de 2023.

    O Porto de Santos, por sua vez, manteve sua posição de destaque, respondendo por 41,6% das exportações de milho. O Porto de Paranaguá e o Porto de São Francisco do Sul também participaram das exportações, com 3,3% e 5,4%, respectivamente. Os principais estados exportadores de milho incluem Mato Grosso, Goiás, Paraná e Maranhão.

    Fertilizantes: queda nas importações em novembro de 2024

    O boletim também indicou uma redução nas importações de fertilizantes em novembro de 2024. O Brasil recebeu 4,2 milhões de toneladas de fertilizantes, uma queda de 15% em relação ao mês anterior, embora tenha registrado um aumento de 8,8% em comparação com o mesmo mês de 2023.

    No acumulado de janeiro a novembro de 2024, os portos brasileiros receberam 36,73 milhões de toneladas de fertilizantes, uma leve queda de 0,8% em relação ao ano anterior. Paranaguá e Santos continuam sendo os principais portos de desembarque, com 8,9 milhões e 7,19 milhões de toneladas, respectivamente. Os portos do Arco Norte também desempenharam um papel relevante, com 6,39 milhões de toneladas recebidas.

    Reconfiguração logística e perspectivas para 2025

    De acordo com a Conab, as mudanças nas rotas de exportação e o aumento do uso dos portos do Arco Norte refletem uma reconfiguração nas práticas logísticas, que tem potencial para melhorar a eficiência no escoamento de produtos agrícolas e insumos.

    Com isso, espera-se um cenário de crescimento nas exportações nos próximos anos, com uma maior participação dos portos do Arco Norte, favorecendo a competitividade do Brasil no comércio internacional.

  • Agro brasileiro bate recorde: 300 mercados abertos em menos de dois anos

    Agro brasileiro bate recorde: 300 mercados abertos em menos de dois anos

    O Brasil alcançou um marco histórico no agronegócio com a abertura de 300 novos mercados internacionais em menos de dois anos. O feito consolida o país como um dos principais players globais do setor.

    O resultado foi obtido em pouco mais de 23 meses, graças ao esforço conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 62 novos destinos foram incorporados à pauta exportadora brasileira, ampliando a diversidade de mercados e produtos alcançados.

    “Hoje celebramos uma conquista histórica para o setor agropecuário brasileiro. São 300 mercados abertos durante o terceiro mandato do presidente Lula, gerando emprego e oportunidades para nossos agricultores, pecuaristas, e todos os que fazem parte dessa cadeia produtiva. Em 2025, seguiremos com o mesmo empenho e determinação, buscando ainda mais conquistas para o agro, garantindo que o Brasil continue a crescer, oferecendo mais oportunidades para os brasileiros”, declarou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    A diversificação foi um dos fatores-chave para o sucesso. Além das exportações tradicionais de carnes e grãos, itens como embriões, gergelim, uvas frescas, erva-mate, sorgo, açaí em pó, sementes, noz-pecã e produtos de reciclagem animal, como penas de aves, passaram a integrar a pauta internacional do agronegócio brasileiro, encontrando espaço em mercados estrangeiros.

    Outro destaque foi a ampliação da rede de adidos agrícolas. Com a criação de 11 novos postos estratégicos, o Brasil conta agora com 40 representantes no exterior. Esses profissionais desempenham papel essencial na superação de barreiras técnicas e na promoção dos produtos brasileiros no exterior.

    “Um ano para entrar na história. Sob a liderança do ministro Carlos Fávaro, recorde de aberturas e ampliações de mercado, maior incremento no número de adidos agrícolas, com resultados já visíveis na diversificação da pauta exportadora do nosso agronegócio. Para 2025, reforçaremos ainda mais as ações de promoção comercial em conjunto com a ApexBrasil e o MRE para que todas as oportunidades que estão sendo geradas possam ser efetivadas de maneira que o Brasil continue reforçando sua posição na geopolítica da paz”, destacou o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua.

    Com perspectivas positivas para 2025, a expectativa é de continuidade na abertura de novos mercados, fortalecimento das parcerias já estabelecidas como a parceria com a ApexBrasil e a intensificação das ações de promoção comercial. Esses fatores devem contribuir para avanços significativos nas exportações do agronegócio brasileiro, tanto em volume quanto em valor.

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  • Mato Grosso Gera US$ 25,95 Bilhões em Exportações para 157 Países em 2024

    Mato Grosso Gera US$ 25,95 Bilhões em Exportações para 157 Países em 2024

    Mato Grosso exportou 161 tipos de produtos para 157 países, gerando US$ 25,95 bilhões entre janeiro e novembro de 2024, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

    Os principais destinos foram China, Vietnã, Tailândia e Turquia, com o Estado registrando 8,31% de participação nas exportações nacionais. Produtos como soja em grão, milho, algodão, bagaço de soja e carne bovina desossada congelada representaram cerca de 90% das vendas externas.

    Embora o valor tenha caído em relação a 2023, quando o Estado exportou US$ 30,09 bilhões, setores como algodão e carne bovina apresentaram desempenhos notáveis. Em algodão, Mato Grosso exportou 186,80 mil toneladas em novembro, marcando o maior volume mensal do ano. Já as exportações de carne bovina atingiram 539 mil toneladas até novembro, também um recorde histórico.

    De acordo com Vinicius Hideki, coordenador do Data Hub da Sedec, os recordes foram impulsionados pela demanda de países como China, Vietnã, Emirados Árabes e Estados Unidos. O aumento nas vendas demonstra a resiliência do setor agrícola do Estado, que compensa as quedas de soja e milho, impactadas por condições climáticas adversas e baixa demanda internacional.

    Exportações em Mato Grosso: Soja e Milho em Queda

    A soja, que tradicionalmente lidera as exportações do Estado, sofreu uma retração significativa. Em novembro de 2024, Mato Grosso exportou apenas 95,25 mil toneladas, representando uma queda de 82% em comparação a novembro de 2023. No acumulado do ano, a redução foi de 11,79%, com 24,64 milhões de toneladas exportadas.

    O milho também registrou queda de 8,65%, atribuída à menor produção no ciclo 2023/2024 e à redução das importações chinesas.

    Recordes em Algodão e Carne Bovina Impulsionam Crescimento

    Enquanto alguns setores enfrentaram dificuldades, o algodão e a carne bovina destacaram-se em 2024. O algodão somou 1,54 milhão de toneladas exportadas entre janeiro e novembro, gerando US$ 2,91 bilhões, o maior volume e valor já registrados.

    A carne bovina também atingiu novos patamares, com 539 mil toneladas exportadas no acumulado do ano. Países como os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos aumentaram significativamente suas importações, reforçando a importância de Mato Grosso no cenário global.

    O secretário César Miranda destacou a necessidade de investir em pesquisa e sustentabilidade para manter o crescimento, diversificar mercados e consolidar Mato Grosso como líder nas exportações brasileiras.

  • Abertura de mercado no Chile para exportação de abacate hass do Brasil

    Abertura de mercado no Chile para exportação de abacate hass do Brasil

    O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pelo governo do Chile, da autorização para que o Brasil exporte abacate da variedade hass para aquele país.

    A autorização abre novas oportunidades para a fruticultura brasileira, ao mesmo tempo que amplia a oferta de frutas para o consumidor chileno. O Chile é um mercado de crescente importância para exportadores de abacate; o consumo “per capita” dessa fruta no país é de 8,2kg por ano.

    Com o anúncio, o Brasil alcançou 222 aberturas de mercado em 2024, totalizando 300 novas oportunidades de negócio em 62 destinos desde o início de 2023.

    Esse resultado é fruto da ação coordenada entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

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  • Exportações de soja em Mato Grosso devem crescer quase 8% em 2025, aponta Imea

    Exportações de soja em Mato Grosso devem crescer quase 8% em 2025, aponta Imea

    O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) projeta um avanço significativo nas exportações de soja do estado para o ano de 2025. Segundo o levantamento mais recente, a exportação da oleaginosa deve atingir 26,91 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 7,80% em comparação à safra anterior. Esse desempenho está atrelado a fatores como o aumento da área cultivada, melhora na produtividade e o avanço na comercialização da safra.

    A área destinada ao cultivo de soja em Mato Grosso foi estimada em 12,66 milhões de hectares para a safra 2024/25, o que equivale a um incremento de 1,47% em relação à safra anterior. Apesar de o início do plantio ter enfrentado um ritmo lento devido ao atraso das chuvas, a situação foi normalizada na segunda quinzena de outubro de 2024, quando mais de 50% da área já havia sido semeada em apenas duas semanas. Essa recuperação acelerada contribuiu para que as lavouras apresentassem condições dentro do esperado até o momento, alimentando expectativas positivas sobre a produtividade.

    A produtividade projetada pelo Imea para a safra 2024/25 é de 57,97 sacas por hectare, o que configura um aumento expressivo de 11,15% em relação à safra passada. Em termos de volume total, a produção deverá alcançar 44,04 milhões de toneladas, registrando um crescimento de 12,78% em comparação ao ciclo anterior. Esses números reforçam o otimismo em torno do agronegócio no estado, que se consolida como líder nacional na produção de soja.

    Outro fator que sustenta o cenário positivo é o avanço nas negociações da safra. Até novembro de 2024, 41,09% da produção já havia sido comercializada, superando em 3,85 pontos percentuais o percentual negociado no mesmo período da safra anterior. Essa antecipação nas vendas reflete a confiança dos produtores e compradores nas perspectivas do mercado, além de possibilitar uma melhor organização logística para atender à demanda interna e externa.

    O aumento previsto nas exportações está diretamente ligado à robustez da produção estadual e à competitividade da soja mato-grossense no mercado internacional. O volume estimado de 26,91 milhões de toneladas reforça a posição estratégica do estado como grande exportador global, contribuindo para a balança comercial brasileira e consolidando a importância de Mato Grosso no cenário agroexportador.

    Apesar do otimismo, o atraso inicial nas chuvas que marcou o plantio da safra 2024/25 é um ponto de atenção para a colheita, podendo impactar o calendário agrícola. No entanto, as condições climáticas regulares observadas até o momento sustentam as expectativas de uma safra robusta, capaz de atender à crescente demanda global por soja, especialmente no contexto de mercados asiáticos e europeus em expansão.

    Com esses números, Mato Grosso reforça seu protagonismo no agronegócio brasileiro, e as exportações de soja para 2025 devem manter a trajetória de crescimento, contribuindo não apenas para a economia local, mas também para o fortalecimento do Brasil como líder mundial no comércio de grãos.

  • Exportações do agronegócio ultrapassam 153 bilhões de dólares no acumulado de 2024

    Exportações do agronegócio ultrapassam 153 bilhões de dólares no acumulado de 2024

    De janeiro a novembro de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram 152,63 bilhões de dólares, representando 48,9% do total das exportações brasileiras no período. Este foi o segundo melhor desempenho já registrado na série histórica. A redução de 5,2% no índice de preços internacionais foi parcialmente compensada pelo aumento de 5,2% no volume exportado.

    Os principais setores responsáveis por esse desempenho foram o complexo soja (52,19 bilhões de dólares), carnes (23,93 bilhões de dólares) e o complexo sucroalcooleiro (18,27 bilhões de dólares), que juntos responderam por mais de 60% do total exportado. Apesar de uma redução de 18,7%, o complexo soja manteve sua posição de destaque, enquanto carnes e açúcar registraram crescimentos significativos, impulsionados por recordes de embarques e diversificação de mercados.

    Dentre os produtos exportados, o café solúvel merece destaque, com um acumulado de 792 milhões de dólares no período. Outro produto que chamou a atenção foi o óleo essencial de laranja, com mais de 365 milhões de dólares em exportações até novembro de 2024. Esses resultados mostram como o agronegócio brasileiro vem ampliando horizontes, levando ao mundo uma variedade de produtos de alto valor agregado e reafirmando sua força em mercados cada vez mais diversificados.

    Resultados de novembro

    Em novembro de 2024, as exportações do agronegócio somaram 12,66 bilhões de dólares, o que equivale a 45,2% do total exportado pelo Brasil no mês. Apesar de uma retração de 5,8% em relação a novembro de 2023, setores como carnes, café e produtos florestais tiveram resultados significativos, compensando parcialmente a queda nas vendas de grãos.

    O setor de carnes foi o principal destaque do mês, com um recorde histórico de exportações para novembro, atingindo 2,45 bilhões de dólares (+30,2%). A carne bovina foi o principal produto, com 1,23 bilhão de dólares (+29,9%), seguida pela carne de frango (876,92 milhões de dólares, +31,8%) e pela carne suína (289,40 milhões de dólares, +30,8%). Esse crescimento foi impulsionado por maiores volumes exportados e preços médios mais altos.

    As exportações de café também alcançaram um recorde histórico para novembro, com 1,47 bilhão de dólares (+84,4%), impulsionadas por um aumento de 21,8% no volume exportado e de 51,4% nos preços internacionais. A União Europeia, Estados Unidos e México foram os principais destinos do café verde brasileiro. Já os produtos florestais cresceram 29,1%, totalizando 1,51 bilhão de dólares, liderados pela celulose, com 877,34 milhões de dólares em receitas.

    Por outro lado, o complexo soja sofreu uma retração de 50,3%, com exportações de 1,86 bilhão de dólares, devido à quebra de safra e redução nos estoques. O milho também apresentou queda, totalizando 967,89 milhões de dólares (-41,7%) devido à redução de 36,2% na quantidade embarcada.

    Importações em alta

    As importações de produtos agropecuários totalizaram 1,54 bilhão de dólares em novembro de 2024, um aumento de 14,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre os principais itens importados estão trigo (102,16 milhões de dólares; +21,2%) e salmões (76,05 milhões de dólares; +14,1%).

    Expectativas futuras

    De acordo com o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, os resultados da diversificação de mercados e produtos começam a aparecer de forma concreta na balança comercial. “Os produtos menos tradicionais da pauta exportadora incrementaram 7,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com as boas perspectivas de safra para 2025, a continuidade das aberturas de novos mercados, a maturação comercial das aberturas já realizadas e a intensificação das ações de promoção comercial com uma série de novos instrumentos, esperamos ainda mais avanços qualitativos e quantitativos nas exportações do agronegócio brasileiro”, destacou.

  • Superávit comercial do Brasil deve chegar a US$ 93,048 bilhões em 2025

    Superávit comercial do Brasil deve chegar a US$ 93,048 bilhões em 2025

    A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) projetou um aumento de 5,7% nas exportações do ano que vem na comparação com 2024. Segundo estimativa da entidade, as vendas para o exterior em 2025 devem somar US$ 358,828 bilhões.

    São US$ 19,443 bilhões a mais que neste ano, uma vez que a projeção das exportações para 2024 está em US$ 339,385 bilhões.

    Em relação às importações, o país deve comprar do exterior US$ 265,780 bilhões no ano que vem, contra os US$ 264,171 bilhões projetados para 2024.

    O superávit calculado pela AEB deve ser de US$ 93,048 bilhões em 2025, um aumento de 23,7% em relação aos US$ 75,214 bilhões previstos para este ano.

    “As projeções para o comércio exterior em 2025 sinalizam sustentabilidade aparente com leve aumento de preços e incremento de volumes, cujas previsões atuais indicam maior produção de soja, milho, petróleo, carne bovina, carne de frango, entre outros, porém, com possibilidades de ajustes nos preços para patamares inferiores aos atuais”, informa a AEB.

    O levantamento da entidade aponta também que as exportações de produtos brasileiros têm seu principal destino nos mercados vizinhos da América do Sul. “Embora neste momento estejamos assistindo a uma agressiva política comercial da China nesta região, retirando a liderança brasileira nas exportações para seus vizinhos.”

    O relatório da AEB destaca ainda algumas “particularidades”. Segundo o documento, as exportações de petróleo projetam devem atingir em 2024 US$ 44,360 bilhões, um recorde para um único produto, “superando os US$ 43,078 bilhões previstos para a soja” neste ano.

    Mas, conforme o estudo, “salvo problemas de queda de safra”, a soja deve recuperar o posto de principal produto exportado do Brasil em 2025, com uma projeção de US$ 49,5 bilhões em vendas ao exterior, com o petróleo ficando em segundo lugar, com US$ 44,1 bilhões.

    Como nos exercícios anteriores, soja petróleo e minério deverão responder por 34,04% das exportações totais previstas para 2025, o que significa uma pequena redução diante dos prováveis 37,09% deste ano.

  • Queda nas compras chinesas de soja em outubro reflete menor oferta e tendência de mercado

    Queda nas compras chinesas de soja em outubro reflete menor oferta e tendência de mercado

    Em outubro de 2024, a China reduziu significativamente as importações de soja do Brasil e dos Estados Unidos. Dados mostram que as exportações brasileiras para o gigante asiático somaram 3,52 milhões de toneladas , representando uma queda de 28,14% em relação ao mesmo período de 2023. Essa redução reflete a menor disponibilidade de soja no Brasil , atribuída à quebra de safra nos principais estados produtores.

    Nos EUA, o cenário também foi de retração, com a China adquirindo 2,42 milhões de toneladas , uma queda de 5,37% no comparativo anual.

    Apesar do retorno mensal, o acumulado do ano (janeiro de outubro de 2024) revela uma alta de 3,50% nas compras chinesas de soja brasileira em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, o consumo da oleaginosa norte-americana pela China caiu 10,38% no mesmo intervalo, refletindo mudanças nas dinâmicas de mercado e na competitividade entre os dois países.

    Tendências para 2025

    Para o próximo ano, os analistas esperam que a China amplie suas compras de soja brasileira, caso o governo norte-americano implemente promessas de campanha do ex-presidente Donald Trump, semelhantes às políticas protecionistas adotadas entre 2018 e 2019. Se for aprovada, essa mudança poderá favorecendo ainda mais o Brasil, consolidando sua posição como principal fornecedor de soja para o mercado chinês.

    O cenário reflete não apenas questões de oferta e demanda, mas também as implicações geopolíticas e comerciais que moldam o comércio global de commodities agrícolas.

  • Mato Grosso se destaca na COP 29 com ações de sustentabilidade no agronegócio

    Mato Grosso se destaca na COP 29 com ações de sustentabilidade no agronegócio

    O Mato Grosso, maior produtor de carne bovina do Brasil, reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental durante sua participação na 29ª Conferência das Nações Unidas Sobre Mudança Climática (COP 29), realizada em Baku, Azerbaijão.

    Representado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o estado apresentou iniciativas que integram tecnologia, rastreabilidade e boas práticas no setor pecuário, posicionando-se como referência global em produção sustentável.

    Com 60% de seu território preservado, Mato Grosso tem liderado iniciativas que conciliam desenvolvimento econômico e conservação ambiental. A rastreabilidade na cadeia produtiva de carne foi um dos temas centrais abordados na conferência, destacando como o estado combate o desmatamento ilegal, melhora a qualidade dos produtos exportados e incentiva práticas como dietas que reduzem emissões de metano.

    Além disso, o Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) tem fomentado tecnologias como o plantio direto e a integração lavoura-pecuária-floresta, promovendo uma agropecuária moderna e de baixo impacto ambiental.

    Os números impressionam: em 2023, Mato Grosso exportou 453 mil toneladas de carne bovina, gerando US$ 1,9 bilhão em receitas, com a China e outros grandes mercados como principais compradores. O estado foi responsável por 22,3% das exportações brasileiras de carne no ano, consolidando sua relevância no mercado global. Durante a COP 29, o Mato Grosso destacou-se como exemplo de que é possível unir sustentabilidade e produtividade, contribuindo para um futuro mais equilibrado e responsável.

    Rastreabilidade na cadeia produtiva como diferencial competitivo

    Abertura de mercado em Singapura para extrato de carne bovina

    Durante o painel “Rastreabilidade da Cadeia Pecuária” na COP 29, o secretário César Miranda ressaltou como Mato Grosso lidera a adoção de práticas inovadoras no setor.

    A rastreabilidade permite monitorar toda a cadeia de produção da carne, garantindo que a origem do produto esteja em conformidade com as normas ambientais e de qualidade.

    Essa transparência é fundamental para conquistar mercados internacionais exigentes e combater práticas como o desmatamento ilegal.

    Segundo o secretário, a rastreabilidade também viabiliza a implementação de tecnologias sustentáveis, como o uso de dietas que reduzem emissões de gases de efeito estufa.

    Essas iniciativas colocam o Brasil e, especialmente, Mato Grosso, na vanguarda do agronegócio sustentável, fortalecendo sua reputação como um parceiro confiável no mercado global.

    Impacto nas exportações de carne bovina em Mato Grosso

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     (Foto: Eder Pessoa/Indea)

    Outro destaque apresentado foi o Plano ABC, um programa que incentiva práticas agropecuárias sustentáveis no Mato Grosso. O estado tem se beneficiado de iniciativas como o plantio direto, que reduz a erosão do solo, e a integração lavoura-pecuária-floresta, que maximiza o uso eficiente das terras. Esses avanços contribuem diretamente para a redução das emissões de carbono e o fortalecimento da economia local.

    Em 2023, o sucesso dessas iniciativas refletiu-se no desempenho das exportações: 453 mil toneladas de carne bovina foram enviadas a países como China, Estados Unidos e Arábia Saudita, gerando US$ 1,9 bilhão em receitas.

    A qualidade e a sustentabilidade da produção são os principais atrativos para os mercados internacionais, consolidando o Mato Grosso como líder em exportações de carne e referência global no agronegócio sustentável.