Tag: exportações

  • Exportações de carne bovina de Mato Grosso registram aumento na atratividade em janeiro, mas destinos impactam rentabilidade

    Exportações de carne bovina de Mato Grosso registram aumento na atratividade em janeiro, mas destinos impactam rentabilidade

    O Índice de Atratividade das Exportações de carne bovina de Mato Grosso registrou alta de 1,96% em janeiro de 2025, comparado ao mesmo período do ano anterior, atingindo 80,60 arrobas por tonelada, conforme levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O aumento reflete a valorização da carne em alguns mercados internacionais, mas a rentabilidade variou conforme o destino das exportações.

    A União Europeia, apesar de representar uma fatia menor no volume total exportado, pagou preços mais elevados pela carne mato-grossense, alcançando um valor de 126,60 arrobas por tonelada, o que representa um crescimento anual de 4,40%. Em contrapartida, a China, principal destino das exportações do estado, apresentou menor valor pago pela tonelada do produto, o que afetou sua posição no ranking de atratividade. O índice destinado ao mercado chinês foi de 79,90 arrobas por tonelada, refletindo uma leve queda de 0,61% em relação ao ano anterior.

    A diferença nos preços pagos pelos países compradores mostra que, apesar da alta geral no índice, a atratividade das exportações de Mato Grosso segue dependente da valorização imposta pelos principais mercados. A China continua sendo o maior comprador, mas o menor valor pago reduz o impacto positivo do crescimento no índice geral. Essa dinâmica reforça a importância da diversificação de destinos e da busca por mercados que ofereçam melhor rentabilidade aos exportadores do estado.

  • Medidas unilaterais são ruins para economia global, diz Haddad

    Medidas unilaterais são ruins para economia global, diz Haddad

    Medidas unilaterais como as tarifas comerciais impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, são ruins para a economia global, disse nesta terça-feira (11) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, o impacto sobre a economia brasileira ainda não foi avaliado e o governo ainda está levantando informações para decidir se reagirá à sobretaxação em 25% do aço e do alumínio importados pelos Estados Unidos.

    “A avaliação é de que medidas unilaterais desse tipo são contraproducentes para a melhoria da economia global. A economia global perde com isso, com essa retração, a desglobalização que está acontecendo. Isso não significa defender a velha globalização que trouxe outros desequilíbrios, mas defender um tipo de globalização sustentável do ponto de vista social, do ponto de vista ambiental”, declarou Haddad.

    Haddad informou que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) está organizando as informações sobre a decisão de Trump. Segundo o ministro, os dados sobre o impacto na economia brasileira serão levados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tomará uma decisão.

    Ressaltando que a tarifa sobre o aço e o alumínio não se refletem apenas sobre o Brasil, Haddad disse que há espaço para o governo brasileiro negociar, com base nas diretrizes do G20 (grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana).

    “Não é uma decisão contra o Brasil. [A sobretaxação do aço e do alumínio] é uma coisa genérica para todo mundo. Então, observamos as reações do México, do Canadá, da China a esse respeito”, declarou Haddad. “Na linha do que nós propusemos no G20, estamos imaginando voltar para a mesa de negociação com propostas nessa direção. Acho que há espaço então para negociar.”

    O ministro comentou que o Itamaraty também está participando das discussões e que não há, até agora, avaliações sobre os impactos na economia brasileira. Sobre as reações das indústrias de alumínio e de aço, Haddad informou que deve se reunir com os setores afetados pelo tarifaço após voltar da viagem que fará ao Oriente Médio, nesta e na próxima semana.

    CNI

    Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lamentou a decisão de Trump. Segundo a entidade, a decisão atinge diretamente a indústria brasileira porque o Brasil é o quarto maior exportador de ferro e de aço aos Estados Unidos, destino de 54% das vendas externas dos dois produtos.

    A confederação ressaltou que o Brasil não representa uma ameaça comercial aos Estados Unidos. “A balança comercial entre os países é, desde 2008, favorável aos americanos, ao contrário do que ocorre entre os EUA e Canadá, China e México. Em 2024, o Brasil exportou US$ 40,4 bilhões e importou US$ 40,7 bilhões”, prosseguiu o comunicado.

    A CNI informou que buscará diálogo e negociará alternativas para reverter a elevação das tarifas. “O caminho do diálogo, portanto, é preferencial a medidas de retaliação que podem prejudicar outros setores produtivos cuja importação de produtos norte-americanos seja importante para a produção brasileira”, destacou o presidente da CNI, Ricardo Alban, na nota.

  • Brasil espera EUA concretizarem taxação do aço para se manifestar

    Brasil espera EUA concretizarem taxação do aço para se manifestar

    O governo brasileiro aguarda o governo dos Estados Unidos (EUA) oficializar a taxação do aço em 25% sobre as importações de aço e alumínio para se manifestar sobre o tema, assim como anunciar medidas em resposta ao aumento dos custos para exportar esses produtos para o país da América do Norte.

    A informação é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que comentou, nesta segunda-feira (10), o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump.

    “O governo tomou a decisão de só se manifestar, oportunamente, com base em decisões concretas, e não em anúncios que podem ser mal interpretados ou revistos. O governo vai aguardar a decisão oficialmente antes de fazer qualquer manifestação”, disse Haddad a jornalistas.

    O Brasil é o segundo principal fornecedor de aço para os EUA, que são o principal destino das exportações do produto brasileiro. Questionado se o governo discute taxar, em retaliação, as big techs – as gigantes da tecnologia, como Google, Meta e X, Haddad respondeu que o governo vai “aguardar a orientação do presidente da República depois das medidas efetivamente implementadas”.

    Aço - CenárioMT
    Aço – CenárioMT

    Em entrevista a rádios mineiras na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil tem direito de usar a lei da reciprocidade. “Para nós, o que seria importante seria os EUA baixarem a taxação e nós baixarmos a taxação. Mas, se ele e qualquer país aumentar a taxação do Brasil, nós iremos taxá-los também. Isso é simples e muito democrático”, disse Lula.

    Durante o seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas sobre o aço e o alumínio, mas concedeu depois cotas de isenção para parceiros, incluindo Canadá, México e Brasil, que são os principais fornecedores desses produtos.

    Segundo dados da Administração de Comércio Internacional do governo dos EUA, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para o país em 2024, perdendo apenas para o Canadá. Já levantamento do Instituto do Aço Brasil, com base em dados oficiais do governo brasileiro, afirma que os EUA foram o principal destino do aço do país, representando 49% de todo o aço que o Brasil exportou em 2023.

  • Faturamento em dólar com exportação do agronegócio recua em 2024

    Faturamento em dólar com exportação do agronegócio recua em 2024

    O faturamento em dólar com as exportações brasileiras de produtos do agronegócio caiu 1,3% em 2024 frente ao ano anterior, somando US$ 164,4 bilhões, conforme mostram pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizadas com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), da Secretaria de Comércio Exterior (sistema Siscomex). Esse cenário foi verificado depois de o faturamento em dólar com as vendas externas do agronegócio ter registrado avanços e recordes consecutivos por quatro anos (2020, 2021, 2022 e 2023).

    Pesquisadores do Cepea ressaltam, contudo, que, como a moeda nacional apresentou forte desvalorização de 6% frente ao dólar em 2024 – já descontada a inflação brasileira –, o faturamento em Reais cresceu 4,6%.

    No caso da queda no faturamento em dólar, pesquisadores do Cepea indicam que esteve atrelada à redução de 3% no volume escoado em 2024, tendo em vista que o preço médio anual em dólar avançou 1,7%.

    E a baixa na quantidade total exportada pelo agronegócio brasileiro, por sua vez, se deve sobretudo à diminuição nos envios de produtos do complexo soja (grão, farelo e óleo) e do milho, de expressivos 28,8%. Por outro lado, foram verificados aumentos nos volumes escoados de algodão em pluma (+71%), café (+30%), açúcar (+22%) e carne bovina (+26%).

    Expectativa para 2025

    A oferta brasileira da safra 2024/25 de soja, milho e algodão deve crescer, o que pode garantir maior disponibilidade para o consumo doméstico e para exportação. Os preços em dólar, contudo, dependerão da oferta mundial, que conta com suprimento de importantes produtores além do Brasil, como Argentina, Estados Unidos e Ucrânia. No caso da carne bovina, em 2025, ainda deve prevalecer alguma restrição na oferta de animais por conta do ciclo pecuário, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos; a demanda chinesa deve influenciar os preços da carne, já que o país asiático adquire mais da metade do volume de vendas externas do Brasil.

    O dólar deve permanecer mais elevado neste ano, acima de R$ 5,50, favorecendo o desempenho do setor agroexportador. No entanto, as incertezas devem aumentar, em decorrência da imposição de tarifas, o que pode afetar o preço dos produtos nos mercados consumidores e também provocar um reordenamento das parcerias comerciais entre os países.

    2024

  • Exportações de suco de laranja da safra 2024/25 apresentam queda histórica em volume, mas receita bate recorde

    Exportações de suco de laranja da safra 2024/25 apresentam queda histórica em volume, mas receita bate recorde

    Dados da Comex Stat analisados pelo Cepea mostram que as exportações brasileiras de suco de laranja da safra 2024/25 já refletem os efeitos da menor oferta de frutas e dos estoques reduzidos. Entre julho e dezembro de 2024, o país embarcou 448,5 mil toneladas de suco de laranja, no equivalente concentrado (FCOJ 66 Brix), representando uma queda de 23% em relação ao mesmo período da safra anterior. Este é o menor volume exportado desde o início da série histórica da Comex Stat, em 1997.

    Apesar do recuo no volume, a receita gerada com as exportações atingiu um recorde de US$ 1,96 bilhão, alta de 37% no mesmo comparativo. Esse resultado é atribuído ao aumento dos preços no mercado internacional, consequência da oferta limitada.

    A CitrusBR projeta que o desempenho das exportações no primeiro semestre de 2025, que encerra a safra 2024/25, pode ser ainda mais modesto. O período de entressafra em São Paulo, principal região produtora, deve restringir ainda mais a disponibilidade de suco para o mercado externo.

  • Piscicultura brasileira apresenta aumento recorde nas exportações

    Piscicultura brasileira apresenta aumento recorde nas exportações

    As exportações da piscicultura brasileira tiveram um crescimento recorde de valor em 2024: aumento de 138%, em relação a 2023, chegando a 59 milhões de dólares. Em volume, o crescimento foi de 102%, passando de 6.815 toneladas para 13.792 toneladas. É o maior aumento no volume exportado desde 2021. O aumento dos embarques de arquivos frescos foi o principal fator responsável pelo incremento das exportações em 2024, atingindo US$ 36 milhões. Os peixes inteiros congelados foram a segunda categoria mais exportados com US$ 17 milhões. Essas e outras informações constam na mais nova edição do Informativo Comércio Exterior da Piscicultura , produzido pela Embrapa Pesca e Aquicultura, em parceria com a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR).

    De acordo com Manoel Pedroza, pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura, o motivo do aumento de 138% no valor exportado deve-se à redução no preço da tilápia no mercado interno. “Houve uma importante queda no preço da tilápia paga ao produtor ao longo de 2024. Se,  no final de 2023,  o preço da tilápia paga ao produtor chega a uma média de R$ 9,73 o quilo, ao término de 2024 esse o valor caiu para R$ 7,85, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea . Isso estimulou que algumas empresas passassem a mirar o mercado externo”, explicou.

    O aumento da cotação do dólar frente ao real também é outro fator que justifica o aumento das exportações, além do aumento da produção da tilápia. “Houve um aumento de produção da espécie, e o mercado interno não absorveu a maior oferta. Com isso, as empresas procuraram outros países para vender o pescado”, explica Pedroza.

    Tilápia responde por 94% das exportações

    A tilápia representa 94% das exportações na piscicultura nacional, totalizando US$ 55,6 milhões – crescimento de 138% em relação ao ano anterior. Em volume, houve um crescimento de 92%, atingindo 12.463 toneladas de tilápia vendidas a outros países. Os curimatás ocuparam a segunda posição, com US$ 1,2 milhão e crescimento de 437% em valor.

    Os Estados Unidos foram o país que mais importou o peixe brasileiro, sendo responsáveis ​​por 89% das exportações nacionais da piscicultura em 2024, totalizando US$ 52,3 milhões. A principal espécie vendida aos norte-americanos foi a tilápia. Já os peixes nativos foram a preferência do Peru, que importou US$ 1,1 milhão de curimatá, US$ 746 mil de pacu e US$ 571 mil do nosso tambaqui.

    Apesar do crescimento recorde nas exportações em 2024, a balança comercial de produtos da piscicultura fechou com déficit de US$ 992 milhões, devido ao aumento das despesas que atingiram US$ 1 bilhão. O salmão é a principal espécie importada na piscicultura pelo Brasil, seguida pelo pangasius. “Houve um aumento de 9% em valor da importação do salmão e de 5% em volume, atingindo a marca de 909 milhões de dólares. Isso corresponde a 87% do volume total importado pelo país”, afirma Pedroza.

  • Exportações brasileiras de algodão começam 2025 em alta e podem atingir recorde mensal

    Exportações brasileiras de algodão começam 2025 em alta e podem atingir recorde mensal

    As exportações de algodão em pluma do Brasil iniciaram 2025 com forte desempenho, impulsionadas pelo amplo excedente interno e pelo avanço de contratos a termo. De acordo com pesquisadores do Cepea, os exportadores têm aproveitado os atuais patamares do câmbio para obter receitas superiores às praticadas no mercado interno.

    Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Cepea, mostram que, nos primeiros 12 dias úteis de janeiro, o país embarcou 265,6 mil toneladas de algodão, superando em 6,1% o volume registrado no mesmo período de 2024. A média diária de exportação subiu para 22,1 mil toneladas, quase o dobro das 11,4 mil toneladas observadas em janeiro de 2024.

    Se o ritmo atual de embarques for mantido até o fim do mês, o Brasil pode superar a marca de 480 mil toneladas exportadas, estabelecendo um novo recorde mensal.

    No mercado interno, as negociações da pluma seguem em ritmo lento. Muitas indústrias estão retomando as atividades com estoques adquiridos anteriormente, o que mantém o foco do setor voltado para as exportações neste início de ano.

  • Brasil bate recorde de exportações para os EUA em 2024

    Brasil bate recorde de exportações para os EUA em 2024

    Levantamento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) mostra que as exportações brasileiras para os Estados Unidos em 2024 atingiram a marca recorde de US$ 40,3 bilhões, uma elevação de 9,2% sobre o ano anterior. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (16), em São Paulo, estão no estudo Monitor do Comércio 2024.

    O volume exportado também alcançou níveis inéditos, com a venda aos Estados Unidos de 40,7 milhões de toneladas em produtos, representando aumento de 9,9% sobre 2023.

    A indústria brasileira registrou um recorde de US$ 31,6 bilhões em suas vendas aos EUA em 2024, um incremento de 5,8% em relação a 2023.

    Os produtos industriais representaram 78,3% de todas as exportações brasileiras para os EUA, consolidando o país como o principal destino das vendas desse setor pelo nono ano consecutivo.

    Europa

    As exportações da indústria brasileira, em 2024, para a União Europeia somaram US$ 22,4 bilhões e para o Mercosul, US$ 18,8 bilhões.

    Entre os principais produtos da indústria brasileira exportados para os Estados Unidos estão petróleo bruto, aeronaves, café, celulose e carne bovina.

    Já as importações brasileiras de produtos norte-americanos cresceram 6,9% em 2024, atingindo US$ 40,6 bilhões. Setores como motores, máquinas não elétricas e aeronaves tiveram resultados significativos, contribuindo para o segundo maior valor histórico de importações, atrás apenas de 2022 (US$ 51,3 bilhões).

  • Frango inicia janeiro com preços firmes e exportações batem recorde em 2024

    Frango inicia janeiro com preços firmes e exportações batem recorde em 2024

    Ao contrário da tendência histórica de queda nos preços da carne de frango em janeiro, devido à renda restrita da população, o início de 2025 apresenta cotações firmes para o setor. Levantamentos realizados pelo Cepea indicam que o fluxo de vendas tem mantido um bom ritmo, permitindo ajustes positivos nos valores, mesmo em um período tradicionalmente marcado por menor consumo.

    No cenário internacional, o desempenho do setor em 2024 foi histórico. Dados da Secex, analisados pelo Cepea, apontam que as exportações brasileiras de carne de frango – somando o produto in natura e o industrializado – alcançaram 5,29 milhões de toneladas ao longo do ano, superando em 2,8% o recorde anterior de 2023, que foi de 5,1 milhões de toneladas.

    A alta no volume exportado, aliada à valorização do dólar em 2024, resultou em um crescimento expressivo na receita do setor, que atingiu R$ 53,7 bilhões, uma alta de 9,8% em relação ao montante arrecadado no ano anterior. Esse desempenho consolida a carne de frango como um dos pilares das exportações brasileiras, impulsionando a balança comercial e fortalecendo a posição do Brasil no mercado global.

    Com um início de ano promissor no mercado interno e os resultados positivos no cenário externo, o setor avança com expectativas de consolidação e crescimento em 2025, tanto no consumo doméstico quanto nas exportações.

  • Marca histórica do agronegócio brasileiro destaca protagonismo na segurança alimentar global

    Marca histórica do agronegócio brasileiro destaca protagonismo na segurança alimentar global

    As exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$ 164,4 bilhões em 2024, consolidando o segundo maior valor da série histórica. O montante correspondeu a 49% das exportações totais do país e reflete a resiliência do setor, mesmo diante da retração dos preços internacionais de algumas das principais commodities.

    A redução nas vendas do complexo soja e de cereais, consequência de uma menor safra e de preços internacionais mais achatados, foi compensada pelo incremento das exportações de segmentos tradicionais, como carnes (+11,4%), complexo sucroalcooleiro (+13,3%), produtos florestais (+21,2%) e café (+52,6%). Outros setores, como fibras têxteis, sucos, cacau e seus derivados e produtos hortícolas, também registraram crescimento expressivo.

    Em 2024, diferentes setores apresentaram recordes em suas exportações, consolidando cada vez mais o papel e a relevância do Brasil entre os principais fornecedores de alimentos, fibras e energia para o mundo. Destacam-se açúcar, café, algodão, carne suína, carne bovina, carne de aves, celulose, suco de laranja e óleo essencial de laranja. Entre os produtos menos tradicionais da pauta exportadora, destaca-se limões e limas, chocolate e preparações alimentícias de cacau, alimentos para cães e gatos, gengibre, pasta de cacau e cebolas.

    A China manteve a liderança como o principal destino das exportações brasileiras, somando US$ 49,7 bilhões, seguida pela União Europeia (US$ 23,2 bilhões) e pelos Estados Unidos (US$ 12,1 bilhões). Mercados como África (+24,4%) e Oriente Médio (+20,4%) também ganharam relevância, impulsionados pela retomada das relações diplomáticas e por ações de promoção comercial.

    Os números vão ao encontro dos esforços do Governo para uma maior diversificação, tanto de produtos exportados quanto de destinos. O ano de 2024 apresentou recordes de exportação para diversos produtos nos quais o Brasil tem ampliado sua participação no mercado internacional, fruto de novas oportunidades geradas pelo número recorde de aberturas e ampliações de mercados. Ressalta-se também o aumento expressivo nas ações de promoção comercial dos produtos brasileiros no exterior, com enfoque nas cadeias produtivas ainda incipientes, mas com grande potencial de comércio.

    O crescimento da produção permitiu ao país ampliar a oferta ao mercado interno e gerar excedentes para exportação que trazem receitas cambiais e oportunizam a geração de empregos no Brasil, especialmente no interior do país.

    Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, “o setor manteve seu protagonismo ao responder por metade das exportações totais do país, desta vez trazendo resultados concretos do empenho do Governo e do setor privado para uma maior inserção internacional, por meio da diversificação de produtos e destinos”.

    O ministro Carlos Fávaro destacou que, para 2025, “as perspectivas de recordes de safra e de produção de diversos produtos do agronegócio, aliadas à manutenção do esforço para abertura e ampliação de mercados e ao incremento substancial das ações de promoção comercial realizadas em parceria com a Apex Brasil e o Ministério das Relações Exteriores, apontam para novos recordes em volume e valor no próximo ano”.

    Com a projeção de safra recorde em 2025, aliada ao fortalecimento das ações de promoção comercial e à abertura de novos mercados, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vislumbra um futuro promissor para o agronegócio brasileiro, reafirmando seu papel como pilar da economia nacional e do abastecimento global.