Tag: Exportação

  • Brasil fecha novas vendas para Austrália e Costa Rica

    Brasil fecha novas vendas para Austrália e Costa Rica

    O Ministério da Agricultura e Pecuária informou que o governo da Austrália aprovou a importação de pescados do Brasil, enquanto o governo da Costa Rica aprovou o ingresso de produtos à base de células-tronco mesenquimais (cães, gatos e equinos) com fins terapêuticos. De acordo com a pasta, os dois mercados se somam a outros 11 abertos este ano, totalizando 91 desde o início do ano passado.

    “Essas aberturas deverão contribuir para aumentar o fluxo comercial com esses dois importantes mercados e reafirmam a confiança internacional no sistema de controle sanitário do Brasil”, destacou o ministério, em nota.

    O comunicado avalia a Costa Rica como importante destino para produtos agrícolas brasileiros que, em 2023, somaram US$ 272 milhões em exportações para aquele mercado. Os principais itens foram cereais, farinhas e preparações, produtos florestais e produtos do complexo soja. Somente em janeiro deste ano, as exportações agrícolas para a Costa Rica alcançaram cerca de US$ 30 milhões.

    Já para a Austrália, o Brasil exportou produtos do agronegócio no valor de US$ 293 milhões em 2023, com destaque para café, produtos florestais, produtos de origem animal e sucos que juntos representaram 74% do total das vendas agrícolas brasileiras para aquele país. Em 2024, segundo a pasta, as exportações de produtos agrícolas ao mercado australiano já somam mais de US$ 24 milhões.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Balança comercial tem superávit de US$ 6,527 bilhões em janeiro

    Balança comercial tem superávit de US$ 6,527 bilhões em janeiro

    Beneficiada pela queda nas importações de combustíveis, compostos químicos e pela safra recorde de soja e de café, a balança comercial – diferença entre exportações e importações – fechou janeiro com superávit de US$ 6,527 bilhões, divulgou nesta quarta-feira (7) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado é o melhor para meses de janeiro, e representa alta de 185,6% em relação ao mesmo mês do ano passado.

    Em relação ao resultado mensal, as exportações subiram, enquanto as importações ficaram estáveis em janeiro. No mês passado, o Brasil vendeu US$ 27,016 bilhões para o exterior, alta de 18,5% em relação ao mesmo mês de 2023. Esse é o maior valor exportado para meses de janeiro desde o início da série histórica. As compras do exterior somaram US$ 20,49 bilhões, recuo de apenas 0,1%.

    Do lado das exportações, a safra recorde de grãos e a recuperação do preço do açúcar e do minério de ferro compensaram a queda internacional no preço de algumas commodities – bens primários com cotação internacional. Do lado das importações, o recuo nas compras de petróleo, de derivados e de compostos químicos foi o principal responsável pela retração.

    Após baterem recorde em 2022, depois do início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuam desde a metade de 2023. A principal exceção é o minério de ferro, cuja cotação vem reagindo por causa dos estímulos econômicos da China, a principal compradora do produto.

    No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 22,1%, enquanto os preços caíram 3,1% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada subiu 13%, mas os preços médios recuaram 12,6%.

    Setores

    No setor agropecuário, a safra recorde de grãos pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 42,3% em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2023, enquanto o preço médio caiu 13,9%. Na indústria de transformação, a quantidade subiu 6,9%, com o preço médio recuando 2,3%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 44,3%, enquanto os preços médios aumentaram 6,1%.

    Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram soja (191,1%), algodão bruto (106,5%) e café não torrado (17,9%). Em valores absolutos, o destaque positivo é a soja, cujas exportações subiram US$ 956,4 milhões em relação a janeiro do ano passado. A safra recorde fez o volume de embarques de soja aumentar 240%, mesmo com o preço médio tendo caído 14,4%.

    Na indústria extrativa, as principais altas foram registradas em minério de ferro (56,9%), minérios de cobre (100,9%) e óleos brutos de petróleo (53,4%). No caso do ferro, a quantidade exportada aumentou 20%, e o preço médio subiu 30,8%.

    Em relação aos óleos brutos de petróleo, também classificados dentro da indústria extrativa, as exportações subiram 53,4%. Os preços médios recuaram 5,2% em relação a janeiro do ano passado, enquanto a quantidade embarcada aumentou 61,8%.

    Na indústria de transformação, as maiores altas ocorreram em açúcares e melaços (88,5%), farelos de soja e outros alimentos para animais (30,7%) e óleos combustíveis de petróleo (20,6%). A crise econômica na Argentina, principal destino das manufaturas brasileiras, também influenciou no crescimento das exportações dessa categoria. As vendas para o país vizinho caíram 25,4% em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado.

    Em relação às importações, os principais recuos foram registrados na cevada não moída (55,6%), milho não moído, exceto milho doce (35,3%) e cacau bruto ou torrado (47,1%), na agropecuária; minérios de cobre (100%), carvão não aglomerado (13,4%) e óleos brutos de petróleo (41,8%), na indústria extrativa; compostos organo-inorgânicos (32,5%), medicamentos e produtos farmacêuticos (16,3%) e adubos ou fertilizantes químicos (27,5%), na indústria de transformação.

    Em relação aos fertilizantes, cujas compras do exterior ainda são impactadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, os preços médios caíram 37%, mas a quantidade importada subiu 15,1%.

    Estimativa

    Apesar da desvalorização das commodities, o governo projeta superávit de US$ 94,4 bilhões este ano, com queda de 4,5% em relação a 2023. A próxima projeção será divulgada em abril.

    Segundo o MDIC, as exportações subirão 2,5% em 2024, encerrando o ano em US$ 348,2 bilhões. As importações avançarão 5,4% e fecharão o ano em US$ 253,8 bilhões. As compras do exterior deverão subir por causa da recuperação da economia, que aumenta o consumo, num cenário de preços internacionais menos voláteis do que no início do conflito entre Rússia e Ucrânia.

    As previsões estão um pouco mais otimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 76,9 bilhões neste ano.

  • Índia abre as portas para Mato Grosso: oportunidade para agricultores

    Índia abre as portas para Mato Grosso: oportunidade para agricultores

    A Índia, que ultrapassou a China em número de habitantes, deve se tornar um dos principais parceiros comerciais do Brasil nos próximos anos. Mato Grosso, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, está pronto para aproveitar essa oportunidade.

    A relação econômica entre os dois países ainda é discreta, mas o potencial de crescimento é enorme. Em 2023, Mato Grosso exportou cerca de US$ 600 milhões de dólares para a Índia, principalmente ouro e óleo de soja. No quesito importação, foram US$ 175 milhões de dólares, principalmente defensivos agrícolas.

    Os agricultores mato-grossenses podem aproveitar essa oportunidade para exportar mais alimentos para a Índia. O país tem uma população de 1,4 bilhão de pessoas e uma demanda crescente por alimentos.

    Além disso, a Índia também pode ser uma fonte de investimentos para o setor agropecuário de Mato Grosso. O país tem uma forte indústria de tecnologia e pode ajudar os agricultores mato-grossenses a melhorar a produtividade e a eficiência.

  • Países produtores de café importaram 2,35 milhões de sacas dos Cafés do Brasil em 2023

    Países produtores de café importaram 2,35 milhões de sacas dos Cafés do Brasil em 2023

    No total acumulado de 12 meses, especificamente no período de janeiro a dezembro de 2023, dezessete países produtores das duas espécies de cafés cultivadas e comercializadas no mundo, Coffea arabica (café arábica) e Coffea canephora (café robusta + café conilon), importaram um volume físico equivalente a 2,35 milhões de sacas de 60kg dos Cafés do Brasil. Em relação ao mesmo período anterior do ano de 2022, tais importações dos concorrentes do produto brasileiro registraram um incremento de 15,8%.

    Neste contexto, merece destacar nesta análise quais foram os seis principais países, no caso, por também serem produtores de café, que adquiriram os Cafés do Brasil, no total acumulado do ano de 2023, obviamente para suprir o próprio consumo interno e/ou realizar as suas respectivas exportações para os tradicionais mercados importadores.

    Assim, caso seja elaborado um ranking, verifica-se que a Colômbia importou do Brasil um volume físico equivalente a 1,09 milhão de sacas de 60kg, o qual corresponde a 46,4% do total vendido para países produtores, performance que coloca esse país na primeira posição dessas compras. E na segunda posição destaca-se o México, cujas compras somaram 545,36 mil sacas (23,2%), o qual que vem seguido pela Indonésia, em terceiro, por ter adquirido o equivalente a 189,71 mil sacas (8,1%).

    Na sequência desse ranking, na quarta posição, figura a República Dominicana, com a compra de 162,16 mil sacas (6,9%); em quinto lugar vem o Vietnam por ter adquirido 146,66 mil sacas (6,2%); e, por fim, na sexta posição, o Equador que comprou o equivalente 87,02 mil sacas de 60kg dos Cafés do Brasil, volume corresponde a 3,7% do total objeto dessa análise. Demais países importadores completam o volume total (2,35 milhões de sacas de 60kg) vendido do produto brasileiro para países também produtores de cafés.

    Antes de prosseguir com esta análise, convém esclarecer que os dados que estão sendo objeto desta divulgação em tela, por meio do Observatório do Café, tem como referência o Relatório mensal de exportações de dezembro de 2023, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CECAFÉ, instituição que divulga mensalmente os dados estatísticos das performances das exportações dos Cafés do Brasil, números que obviamente estão fundamentando o presente estudo no âmbito do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café.

    Complementado esta análise, vale registrar que as exportações totais dos Cafés do Brasil, no ano-cafeeiro de 2023, atingiram o volume físico equivalente a 39,24 milhões de sacas de 60kg, performance praticamente igual à desempenhada no mesmo período anterior, haja vista que em 2022 tal volume atingiu a soma de 39,41 milhões de sacas (-0,4%). Entretanto, como a receita cambial totalizou o correspondente a US$ 8,04 bilhões no acumulado de 2023, tal desempenho registrou uma redução de 13%, no comparativo com ano anterior de 2022.

    Em contrapartida, merece também registrar nesta análise que, exclusivamente no mês de dezembro de 2023, as exportações dos Cafés do Brasil atingiram um volume físico de 4,11 milhões de sacas de 60kg, o qual gerou uma receita cambial de US$ 800,1 milhões, desempenhos que representaram altas de 27,1% no volume exportado, e de 11,6% na arrecadação cambial, em comparação com o mesmo mês do ano de 2022.

    Finalmente, vale registrar que no acumulado dos seis primeiros meses do ano-safra em curso (2023-2024), o qual contempla o período de julho a dezembro de 2023, que as exportações dos Cafés do Brasil totalizaram o equivalente a 22,99 milhões de sacas de 60kg, número que denota um crescimento de 18,5%, na comparação com os dados registrados no período de julho a dezembro de 2022. Entretanto, a despeito de a receita cambial ter somado US$ 4,48 bilhões, nesses seis meses do ano-cafeeiro de 2023 citado, tal cifra registrou um ligeiro recuo de 2,2%, na comparação com o mesmo período anterior.

  • Em 2024, preços da carne bovina devem depender da oferta

    Em 2024, preços da carne bovina devem depender da oferta

    As exportações brasileiras de carne bovina devem continuar firmes em 2024, e a demanda interna deve ter alguma recuperação. Diante disso, a oferta é que deve influenciar possíveis altas ou quedas dos preços da arroba e da carne no correr de 2024.

    Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a contribuição das vendas externas para o desenvolvimento da pecuária brasileira e sustentação dos preços domésticos está consolidada. A indústria brasileira se profissionalizou no atendimento a clientes em diferentes partes do mundo e encontra nos pecuaristas fornecedores de animais ao gosto dos variados mercados.

    Quanto ao mercado doméstico, a inflação tende a estar mais controlada, e o PIB deve ter pequena expansão. Tais condições macroeconômicas podem resultar em um aumento modesto da demanda pela carne bovina – cálculos do Cepea apontam que o consumo de carne bovina in natura cresceria 1,79% em 2024.

    Apesar de pequeno, o avanço é positivo, sobretudo diante do encolhimento do consumo interno em anos anteriores.

    Há de se considerar, ainda, que reduções dos preços elevam as vendas no varejo, ou seja, se a arroba se desvaloriza, o consumo pode melhorar.

    Em relação à oferta, a sazonalidade anual mostra que, a partir de março, costuma aumentar o volume disponibilizado, o que gera pressão sobre os valores. E o volume de animais para abate no primeiro semestre de 2024 pode ser reforçado por vacas que não emprenharam no ano passado.

  • Vendas externas devem manter aumento na produção de frango em 2024

    Vendas externas devem manter aumento na produção de frango em 2024

    O setor avícola brasileiro projeta um crescimento contínuo na produção de carne de frango em 2024, impulsionado principalmente pelo vigoroso desempenho das vendas externas. Estimativas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que a expansão das exportações é o fator determinante para a manutenção desse movimento positivo.

    Os pesquisadores do Cepea destacam o aumento das missões comerciais, campanhas de promoção de exportação e investimentos no mercado de frango brasileiro como elementos fundamentais para a consolidação desses resultados. A abertura de novos mercados é uma realidade, e parceiros já estabelecidos, como a China, tendem a intensificar suas compras. Dados preliminares do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam que as exportações da carne de frango brasileira devem crescer quase 4% em 2024, superando a média mundial que não chegará a 3%.

    O Brasil, que atualmente responde por mais de um terço de toda carne de frango transacionada globalmente, está em posição privilegiada para ampliar ainda mais sua participação em 2024. A competitividade dos preços da carne nacional e os impactos da Influenza Aviária em importantes players do mercado global de frango são fatores que contribuem para fortalecer essa posição.

    Ressalta-se, no entanto, que eventos globais imprevisíveis podem alterar esse cenário. A dinâmica do mercado internacional é suscetível a mudanças repentinas, e o Brasil está atento a essas variáveis para tomar medidas adequadas.

    No âmbito interno, além do desempenho da economia brasileira, as perspectivas de crescimento do setor de avicultura estão vinculadas à manutenção da ausência de casos de Influenza Aviária em granjas comerciais. A saúde das aves e a garantia da qualidade dos produtos continuam sendo prioridades para a sustentabilidade e a expansão do setor no mercado doméstico.

    O Brasil, como protagonista global na produção de carne de frango, está bem posicionado para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam em 2024. A contínua eficiência do setor, aliada à busca por novos mercados e à manutenção de padrões sanitários elevados, contribuirá para o fortalecimento da indústria avícola brasileira no cenário internacional.

  • Brasil pode liderar as exportações globais de algodão em pluma em 2024

    Brasil pode liderar as exportações globais de algodão em pluma em 2024

    A dinâmica global do mercado de algodão está prestes a passar por uma mudança significativa, com previsões indicando que o Brasil está caminhando para se tornar o maior exportador mundial de algodão em pluma em 2024. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam para um expressivo excedente brasileiro e uma oferta norte-americana relativamente menor como fatores impulsionadores desse cenário.

    De acordo com as análises do Cepea, o cultivo na temporada 2023/24 no Brasil será estimulado pelos atrasos na semeadura de soja no Cerrado. Essa conjuntura favorável não apenas incentiva a produção local, mas também sugere que o excedente interno brasileiro permanecerá robusto ao longo de 2024 e parte de 2025.

    A expectativa é que, com essa perspectiva otimista, o Brasil não apenas mantenha sua posição no mercado global, mas supere os Estados Unidos, consolidando-se como o terceiro maior produtor de algodão do mundo na temporada 2023/24. Esse possível feito reflete não apenas a excelência agrícola do país, mas também a capacidade de adaptação dos produtores às condições específicas do mercado.

    Os atrasos na semeadura de soja no Cerrado, uma das principais regiões agrícolas do Brasil, desempenham um papel fundamental nesse cenário. Ao incentivar o cultivo do algodão, esses atrasos não apenas ampliam a oferta, mas também contribuem para a manutenção de um excedente interno que fortalece a posição do Brasil como protagonista no mercado global de algodão.

    O setor agrícola brasileiro, conhecido por sua eficiência e inovação, está respondendo de maneira proativa às oportunidades apresentadas pelo mercado internacional. A ascensão do Brasil como líder na exportação de algodão em pluma reflete não apenas a qualidade do produto, mas também a capacidade de adaptação e antecipação das tendências por parte dos agricultores brasileiros.

    Esse possível marco na história do agronegócio brasileiro não apenas impulsionará a economia do país, mas também reforçará a posição do Brasil como um dos principais players no mercado global de commodities agrícolas.

  • Milho/Cepea: Ritmo é lento, mas exportações seguem aquecidas

    Milho/Cepea: Ritmo é lento, mas exportações seguem aquecidas

    Enquanto o ritmo de negócios segue lento no mercado interno de milho, as exportações do cereal continuam aquecidas, podendo superar o volume de 2022.

    Segundo pesquisadores do Cepea,  (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, produtores brasileiros permanecem atentos ao desenvolvimento da safra verão e aos impactos dos atrasos na semeadura da segunda safra para 2024. Consumidores, por sua vez, têm priorizado o uso dos estoques negociados antecipadamente.

    Dados da Secex indicam que, nos 11 primeiros dias úteis de dezembro, foram embarcadas 3,68 milhões de toneladas do cereal, o que já representa 59% do exportado em todo o mês de dezembro de 2022 (de 6,24 milhões de toneladas).

    A média diária supera em 18% a do mesmo período do ano anterior, com os embarques totais podendo superar 7 milhões de toneladas, caso o atual ritmo se mantenha.

  • Frango/Cepea: exportação cai em novembro, mas volume deve ser recorde em 2023

    Frango/Cepea: exportação cai em novembro, mas volume deve ser recorde em 2023

    As exportações brasileiras de carne de frango (considerando-se produtos processados e in natura) tiveram forte recuo em novembro, em comparação ao mês anterior. Mesmo assim, o volume pode ser recorde em 2023.

    Agentes consultados pelo Cepea  (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, estão confiantes de que o volume a ser embarcado em todo 2023 renove o recorde atingido em 2022.

    Na parcial deste ano (de janeiro a novembro), dados da Secex mostram que o setor avícola nacional já exportou 4,6 milhões de toneladas da carne, restando apenas 137,1 mil toneladas para superar o volume anual recorde de 2022 (de 4,8 milhões de toneladas).

    Como exemplo, a média de embarques dos últimos cinco dezembros (de 2018 a 2022) foi de 384,7 mil toneladas, evidenciando que é muito provável que o Brasil atinja um novo recorde em 2023.

  • Contas externas têm saldo negativo de US$ 778 milhões em agosto

    Contas externas têm saldo negativo de US$ 778 milhões em agosto

    Com alta no superávit comercial, as contas externas do país tiveram saldo negativo menor em agosto, chegando a US$ 778 milhões, informou nesta segunda-feira (25) o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2022, o déficit foi de US$ 7,016 bilhões nas transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países.

    A diferença na comparação interanual é resultado do superávit comercial, que aumentou R$ 5,1 bilhões. Colaborando para o resultado, o déficit em serviços recuou US$ 869 milhões, assim como o déficit em renda primária (pagamento de juros e lucros e dividendos de empresas) em US$ 504 milhões.

    Em 12 meses encerrados em agosto, o déficit em transações correntes foi de US$ 45,223 bilhões, 2,21% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país), ante o saldo negativo de US$ 51,573 bilhões (2,54% do PIB) em julho deste ano e déficit de US$ 53,635 bilhões (2,94% do PIB) no período equivalente terminado em agosto de 2022.

    Já no acumulado do ano, o déficit é de US$ 19,459 bilhões, contra saldo negativo de US$ 27,742 bilhões nos primeiros oito meses de 2022.

    Balança comercial e serviços

    As exportações de bens totalizaram US$ 31,432 bilhões em agosto, aumento de 0,8% em relação a igual mês de 2022. As importações somaram US$ 23,814 bilhões, queda de 16,8% na comparação com agosto do ano passado. Com esses resultados, a balança comercial fechou com o superávit de US$ 7,618 bilhões no mês passado, ante saldo positivo de US$ 2,552 bilhões em agosto de 2022.

    O déficit na conta de serviços – viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros, entre outros – somou US$ 2,878 bilhões em agosto, diminuição de 23,2% ante os US$ 3,748 bilhões em igual mês de 2022. Houve redução no déficit em transporte e viagens e aumento em aluguel de equipamentos.

    O déficit na rubrica de transportes passou US$ 1,985 bilhão em agosto de 2022 para US$ 1,023 bilhão no mês passado, recuo de 48,5%. A melhora foi influenciada por menores gastos em fretes, que tiveram redução devido à queda nos preços internacionais.

    No caso das viagens internacionais, há trajetória de recuperação, mas o crescimento do déficit segue em patamares inferiores do período antes da pandemia da covid-19. Seguindo a tendência dos meses recentes, as receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil cresceram 52,5% na comparação interanual e chegaram a US$ 657 milhões em agosto, contra US$ 431 milhões no mesmo mês de 2022.

    As despesas de brasileiros no exterior passaram de US$ 1,051 bilhão em agosto do ano passado para em US$ 1,272 bilhão no mesmo mês de 2023, aumento de 21,1%. Com isso, a conta de viagens fechou o mês em patamar próximo ao observado em agosto de 2022, chegando a US$ 615 milhões, ante déficit de US$ 620 milhões no mesmo mês do ano passado.

    Já em aluguel de equipamentos, as despesas líquidas somaram US$ 794 milhões, aumento de 12,9% em comparação a agosto de 2022, que ficou em US$ 704 milhões.

    Rendas

    Em agosto, o déficit em renda primária – lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários – chegou a US$ 5,642 bilhões, redução de 8,2% ante os US$ 6,146 bilhões no mesmo mês de 2022. Normalmente, essa conta é deficitária, já que há mais investimentos de estrangeiros no Brasil – e eles remetem os lucros para fora do país – do que de brasileiros no exterior.

    As despesas líquidas com juros passaram de US$ 1,259 bilhão em agosto de 2022 para US$ 1,781 bilhão no mês passado. No caso dos lucros e dividendos associados aos investimentos direto e em carteira, houve déficit de US$ 3,891 bilhões no mês de agosto deste ano, frente ao observado em agosto de 2022, de US$ 4,897 bilhões.

    A conta de renda secundária – gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens – teve resultado positivo de US$ 124 milhões no mês passado, contra superávit US$ 326 milhões em agosto de 2022.

    Financiamento

    Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) foram menores na comparação interanual. Eles somaram US$ 4,270 bilhões em agosto último, ante US$ 10,014 bilhões em agosto de 2022.

    O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 65,918 bilhões (3,21% do PIB) em agosto de 2023, ante US$ 71,663 bilhões (3,53% do PIB) no mês anterior e US$ 64,851 bilhões (3,55% do PIB) no período encerrado em agosto de 2022.

    Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, porque os recursos são aplicados no setor produtivo e costumam ser investimentos de longo prazo.

    No caso dos investimentos em carteira no mercado doméstico, houve saídas líquidas de US$ 807 milhões em agosto de 2023, compostas por saídas líquidas de US$ 2,335 bilhões em ações e fundos de investimento e por ingressos líquidos de US$ 1,528 bilhão em títulos de dívida. Nos 12 meses encerrados em agosto, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$ 11,3 bilhões.

    O estoque de reservas internacionais atingiu US$ 344,177 bilhões em agosto, redução de US$ 1,298 bilhão em comparação ao mês anterior.

    Edição: Fernando Fraga
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