Tag: Exportação

  • Setor pecuário se atenta aos impactos das tarifas impostas pelos EUA

    Setor pecuário se atenta aos impactos das tarifas impostas pelos EUA

    O setor pecuário brasileiro também segue atento aos impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Segundo avaliam pesquisadores do Cepea, de um lado, as tarifas tendem a reforçar a demanda por produtos agropecuários brasileiros.

    Ainda que países importadores de carne bovina tenham reflexos negativos em suas economias, é possível que a demanda externa por carne bovina do Brasil se mantenha em bom patamar.

    Por outro lado, ainda conforme o Centro de Pesquisas, as tarifas diretas dos Estados Unidos ao Brasil e também a turbulência na economia de outros países devem impactar – direta ou indiretamente – vários setores nacionais. Isso tende a acarretar redução dos investimentos, desemprego e diminuição da renda dos brasileiros para o consumo de carne e outros bens.

    No ano passado, as exportações representaram 28,16% da produção da carne bovina nacional – calculado com base em dados do IBGE e da Secex.

    Portanto, pesquisadores do Cepea reforçam que o escoamento de quase três quartos depende da renda dos brasileiros.

  • Embrapa e ICMBio assinam acordo para rastrear atum brasileiro

    Embrapa e ICMBio assinam acordo para rastrear atum brasileiro

    O projeto de rastreabilidade eletrônica dos atuns e afins para exportação será desenvolvido em uma parceria da Embrapa, responsável pelo Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade, o SIBRAAR, e da Paiche Consultoria com o Instituto Chico Mendes através de acordo de cooperação técnica.

    A rastreabilidade e a adoção de boas práticas na produção e exportação de pescado são essenciais para atender os padrões regulatórios internacionais e garantir a qualidade do produto. A Embrapa reconhece a importância desses processos e propôs o desafio de inovação para desenvolver soluções digitais e ciber-físicas que apoiam a identificação e certificação de produtos de origem animal e vegetal.

    Com a tecnologia Sibraar, a Embrapa busca padronizar e facilitar o acesso  às informações sobre a origem das matérias primas, contribuindo para a transparência dos processos de agroindustrialização. A colaboração com instituições como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela Gestão e fiscalização de quatro Unidades de Conservação Federal, integrantes do Núcleo de Gestão Integrada Grandes Unidades Oceânicas, que representam 25% da Zona Econômica Exclusiva do Brasil é fundamental para ampliar o alcance do Sibraar no setor pesqueiro permitindo que os consumidores tenham acesso a informações detalhadas sobre as práticas produtivas e extrativistas, especialmente do atum. Esta parceria com o ICMBio tem potencial não só de beneficiar os consumidores, fornecendo-lhes maior segurança alimentar, mas também apoia a sustentabilidade e a competitividade da indústria pesqueira nacional.

    A Embrapa participa do projeto piloto, utilizando o Sibraar, o qual rastreia de forma digital toda a cadeia produtiva do pescado ao customizar e colocar o atum como o primeiro pescado rastreado da pesca marinha. Todas as etapas, totalmente auditáveis, desde a sua origem no mar, passando pelo beneficiamento e transporte, até o consumidor final. Além de beneficiar a economia da cadeia produtiva – abrindo uma oportunidade de negócios com mercados mais exigentes – a rastreabilidade é um passo essencial no caminho pela sustentabilidade da pesca, no Brasil e no mundo. Participarão das ações no Projeto as unidades de pesquisa da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Agricultura Digital,Clima Temperado e Pesca e Aquicultura.

    Para a analista ambiental Mônica Peres, que coordena a área de Inovação na Pesca, do ICMBio Grandes Unidades Oceânicas, a iniciativa é bastante ousada e um grande desafio, mas também um enorme passo para estimular e incentivar a proteção da biodiversidade marinha.

    O pesquisador Alexandre de Castro, da Embrapa Clima Temperado, ressalta a importância de se incentivar uma cultura de rastreabilidade para permitir que os consumidores tenham acesso às informações sobre o pescado que consomem, além de agregar valor competitivo para o setor pesqueiro nacional.

    Segundo Cintia Miyaji, consultora da Paiche, a rastreabilidade na cadeia do pescado é uma exigência de mercados conscientes, de compradores responsáveis e de todos que se preocupam com a conservação dos recursos pesqueiros. O comprometimento de todos nesta iniciativa já é um grande passo para o seu sucesso.

  • Colheita de milho avança lentamente no Brasil, com estiagem afetando produtividade

    Colheita de milho avança lentamente no Brasil, com estiagem afetando produtividade

    Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que, até o fechamento do último levantamento, 34,5% da área da primeira safra de milho havia sido colhida no país. No entanto, a falta de chuvas em regiões produtoras tem impactado o potencial produtivo, especialmente em lavouras plantadas tardiamente.

    Em Minas Gerais, a colheita segue em ritmo lento, concentrando-se nas áreas irrigadas, enquanto a região Noroeste enfrenta redução na produtividade devido à seca. No Rio Grande do Sul, os rendimentos diminuem à medida que a colheita avança. Já na Bahia, a estiagem prejudica o desenvolvimento das lavouras no Centro-Sul e Norte.

    No Paraná, a diminuição das chuvas afeta o enchimento de grãos, mas facilita a colheita. Em Santa Catarina, as precipitações recentes beneficiaram as lavouras tardias.

    Quanto ao milho segunda safra, 83,1% da área já foi semeada. Mato Grosso apresenta lavouras com bom vigor vegetativo, enquanto no Paraná a escassez de chuvas prejudica o desenvolvimento no Oeste e Noroeste. Mato Grosso do Sul registra condições favoráveis de umidade, mas em Goiás, o plantio foi interrompido no Leste devido à seca. Em Minas Gerais, a semeadura também está paralisada, com impactos em algumas regiões.

    Exportações caem, mas cenário externo pode aquecer demanda

    Em fevereiro de 2025, as exportações brasileiras de milho totalizaram 5 milhões de toneladas, queda de 23% em relação ao mesmo período de 2024 (6,5 milhões de t). A demanda global, no entanto, pode ser impulsionada por possíveis restrições da China às importações dos EUA, o que beneficiaria o Brasil.

    Os portos do Arco Norte responderam por 30,5% do escoamento de milho, ante 43,9% em 2024. Santos liderou com 34,1%, seguido por Paranaguá (12,8%) e São Francisco do Sul (17,4%). Os maiores exportadores foram MT, PR, GO e RS.

    Com a estiagem pressionando a produção, o mercado segue atento aos efeitos no abastecimento e nos preços do cereal.

  • Amelonado é o principal tipo de cacau produzido no Brasil

    Amelonado é o principal tipo de cacau produzido no Brasil

    Utilizado desde o tempo dos incas e astecas para consumo, o cacaueiro é originário da região Amazônica. Com o passar dos séculos, o fruto foi obtendo cada vez mais notoriedade, com seu produto farol que é o chocolate, ganhando até mesmo, um dia para chamar de seu. Neste 26 de março, é celebrado anualmente o Dia do Cacau.

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), atua no fomento da cadeia produtiva do cacau.

    Atualmente, existem dez tipos de frutos de cacau ou grupos genéticos, sendo que, no Brasil, predomina o tipo Amelonado. É a variedade mais cultivada mundialmente e possui a casca mais amarela e lisa, com um aroma mais sútil.

    A Ceplac conta com uma das mais ricas coleções de cacau do mundo, reunindo as dez variedades e, em especial, a mais diversa coleção de cacau da Amazônia – conhecida como Centro de Origem do Cacaueiro.

    O cacau usado na Ceplac serve para diversas finalidades de pesquisa, que incluem o melhoramento genético, visando à produção de tipos (ou variedades) cada vez mais produtivas, resistentes às doenças e resilientes às mudanças climáticas, e que são distribuídas para os produtores de cacau do país, assim como para estudos visando novas formulações de chocolate.

    O cacaueiro inicia a produção, em geral, aos três anos de idade e pode produzir por até 100 anos. O Brasil é o sexto maior produtor de cacau do mundo, e o cultivo brasileiro tem crescido no país, com utilização de práticas sustentáveis.

    Para incentivar as práticas sustentáveis na cadeia da cacauicultura brasileira, foi sancionada no ano passado a Lei nº 14.877/24 que cria os selos verdes Cacau Cabruca e Cacau Amazônia. Para ganhar os selos, os cacauicultores precisarão atender um conjunto de boas práticas.

     

  • Exportações de carne bovina de MT têm queda em fevereiro, mas registram 2º maior volume para o mês

    Exportações de carne bovina de MT têm queda em fevereiro, mas registram 2º maior volume para o mês

    Apesar da redução no volume embarcado em relação ao mês anterior, as exportações de carne bovina de Mato Grosso em fevereiro de 2025 apresentaram desempenho expressivo no contexto histórico. Segundo dados da Comex-Stat, foram exportadas 49,39 mil toneladas equivalentes de carcaça (TEC) ao longo do mês, uma queda de 9,09% em comparação a janeiro. No entanto, o volume representa o segundo maior já registrado para o mês de fevereiro.

    Outro destaque do período foi o preço médio pago pela tonelada exportada, que atingiu o quarto maior valor da série histórica para meses de fevereiro. O resultado demonstra que, mesmo com retração no volume, a carne bovina mato-grossense segue valorizada no mercado internacional.

    A performance positiva em termos de preço reforça a competitividade da proteína brasileira, mesmo diante de um cenário global marcado por ajustes na demanda e desafios logísticos. Mato Grosso, maior produtor nacional de bovinos, mantém posição de destaque nas exportações do setor.

  • Mato Grosso responde por dois terços das exportações brasileiras de algodão em fevereiro

    Mato Grosso responde por dois terços das exportações brasileiras de algodão em fevereiro

    O Brasil exportou 274,63 mil toneladas de algodão em pluma no mês de fevereiro de 2025, o que representa um aumento de 6,37% em relação ao mesmo mês do ano passado. Mato Grosso, maior produtor da fibra no país, foi responsável por 66,32% desse volume, com 182,14 mil toneladas embarcadas.

    No acumulado da safra 2024/25, entre agosto de 2024 e fevereiro de 2025, o estado já exportou 1,18 milhão de toneladas de algodão, o que representa um crescimento de 17,35% em comparação ao mesmo período do ciclo anterior. Os dados confirmam a liderança de Mato Grosso nas exportações nacionais e reforçam o papel estratégico do estado no abastecimento global da fibra.

    O desempenho positivo reflete não apenas a competitividade da produção mato-grossense, mas também a crescente demanda internacional por algodão brasileiro, especialmente em mercados asiáticos.

  • Exportações brasileiras de café batem recorde na safra 2024/25, apesar de recuo em fevereiro

    Exportações brasileiras de café batem recorde na safra 2024/25, apesar de recuo em fevereiro

    Apesar da queda observada em fevereiro, as exportações brasileiras de café acumulam 33,45 milhões de sacas na parcial da safra 2024/25 (de julho/24 a fevereiro/25), alcançando um recorde para esse período, conforme aponta a série histórica do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

    Pesquisadores do Cepea ressaltam que a atual temporada tem sido marcada por volumes elevados de embarques. Esse movimento foi impulsionado pela legislação da União Europeia sobre a importação de produtos livres de desmatamento, o que levou a uma antecipação expressiva das exportações antes do adiamento da regulamentação.

    Caso essa legislação entrasse em vigor em 2025, os embarques brasileiros de café poderiam enfrentar restrições. Para os próximos meses, no entanto, a tendência é de enfraquecimento das exportações, devido à menor disponibilidade de grãos da safra 2024/25 ainda passível de negociação e ao período de entressafra.

  • Trigo em alta: entressafra reduz oferta e impulsiona preços no Brasil

    Trigo em alta: entressafra reduz oferta e impulsiona preços no Brasil

    O mercado brasileiro de trigo segue pressionado pela oferta limitada, mantendo os preços em alta neste período de entressafra. Pesquisadores do Cepea apontam que os vendedores que ainda possuem estoques estão relutantes em negociar, enquanto a demanda segue firme, com compradores em busca de novos lotes. Diante desse cenário, muitos demandantes têm recorrido às importações, que, segundo agentes do setor, apresentam valores mais competitivos.

    Para a safra de 2025, as previsões iniciais da Conab indicam um crescimento expressivo de 15,6% na produção em comparação com 2024, totalizando 9,117 milhões de toneladas. A produtividade também deve se recuperar, aumentando 18% e chegando a 3,04 toneladas por hectare. No entanto, a área de cultivo deve sofrer uma leve redução de 2,1%, aproximando-se dos 3 milhões de hectares.

    A retração na área plantada reflete as incertezas do mercado e do clima, fatores que ainda podem influenciar o desempenho do setor nos próximos meses. Enquanto isso, a combinação de baixa oferta e demanda aquecida mantém os preços do trigo em patamares elevados no Brasil.

  • China habilita 21 empresas brasileiras para exportação de gergelim

    China habilita 21 empresas brasileiras para exportação de gergelim

    O governo chinês autorizou a habilitação das primeiras 21 empresas brasileiras para exportação de gergelim. O país asiático, maior importador global do produto, responde por 38,4% do consumo mundial da semente, o que demonstra o potencial como um mercado estratégico para o agronegócio brasileiro.

    A conquista desse mercado aconteceu no final de 2024, em visita do Presidente chinês Xi Jinping ao Brasil, todavia, a liberação das empresas exportadoras só foi oficializada na última semana, em um processo normal de acreditação das empresas. Hoje, o Brasil ocupa a sétima posição no ranking mundial de exportação de gergelim, representando 5,31% do comércio global. Entre os principais estados produtores estão Mato Grosso, Goiás, Pará e Tocantins, enquanto Bahia, Minas Gerais, Maranhão e Rondônia apresentam grande potencial de crescimento na cultura.

    Em 2023, a China importou US$ 1,53 bilhão deste produto, um reflexo direto da alta demanda pelo produto e que torna a China o principal comprador internacional de gergelim. No Brasil, a semente vem ganhando espaço como opção de segunda safra, contribuindo para a diversificação e expansão do agronegócio nacional.

    Com essas novas oportunidades, o Brasil amplia sua presença no mercado internacional e fortalece sua produção agropecuária.

     

  • Exportações dos cafés diferenciados atingem volume físico de 1,01 milhão de sacas de 60kg no mês de janeiro de 2025

    Exportações dos cafés diferenciados atingem volume físico de 1,01 milhão de sacas de 60kg no mês de janeiro de 2025

    As exportações dos Cafés do Brasil realizadas no mês de janeiro de 2025, no caso específico apenas dos cafés diferenciados , atingiram o volume físico total equivalente a 1,01 milhão de sacas de 60kg, que foram vendidas aos importadores ao preço médio unitário de US$ 388,35. Essas vendas possibilitaram ao País arrecadar US$ 393,0 milhões de receita cambial no mês, montante que representou 29,9% do total geral obtido com as exportações de todas as formas de cafés. Tecnicamente são considerados cafés diferenciados os que possuem qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis.

    Neste mesmo contexto, vale também ressaltar que o total geral das exportações de todas as formas dos cafés brasileiros no mês somou o correspondente a 3,97 milhões de sacas de 60kg, as quais foram vendidas ao preço médio unitário de US$ 330,88 e geraram uma receita cambial total de US$ 1,31. É interessante ressaltar que o desempenho das exportações dos cafés diferenciados denota uma variação média positiva do preço em relação aos demais tipos de cafés entre o mínimo de 13,2% e o máximo de 35,8%.

    Os seis principais países destinos das exportações dos cafés diferenciados brasileiros no mês em destaque, em ordem decrescente, foram, em primeiro lugar, os Estados Unidos, que adquiriram o equivalente a 206,65 mil sacas de 60kg, e, dessa forma, tais sacas representaram 20,4% das vendas desse tipo de café. Na segunda posição figura a Bélgica, com 135,21 mil sacas (13,4%), seguida da Alemanha, em terceiro, com 134,74 mil sacas (13,3%).

    Complementando esse ranking, na quarta posição, destaca-se o Japão por ter importado o equivalente a 67,18 mil sacas de 60kg dos cafés diferenciados (6,6%), logo seguido dos Países Baixos, cujas compras somaram 57,86 mil sacas (5,7%). E, por fim, na sexta posição, vem a Itália, com a compra equivalente a 56,12 mil sacas de 60kg, que corresponderam a 5,5% do total exclusivamente dos cafés diferenciados no mês de janeiro de 2025. Demais países importadores completaram os 100% das vendas desse tipo de café.

    Por fim, merece também destacar a divulgação e análise das exportações dos Cafés do Brasil que, no acumulado dos últimos doze meses, especificamente no período de fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, o total geral das exportações de todas as formas de cafés somou o volume equivalente a 50,50 milhões de sacas de 60kg. E, mais que isso, que o preço médio da saca vendida desse volume no período foi de US$ 258,41, o que permitiu ao País obter uma receita cambial expressiva de US$ 13,05 bilhões.

    Detalhando tais vendas ao exterior, verifica-se que os cafés verdes atingiram o volume físico exportado de 46,25 milhões de sacas, dos quais em torno de 37,03 milhões de sacas de café arábica e mais 9,22 milhões de sacas de café robusta. Em complemento, foram exportadas o equivalente a 4,25 milhões de sacas de café industrializado, sendo em torno de 4,19 milhões de café solúvel, e, adicionalmente, pouco mais de 52 mil sacas de café torrado e moído.

    Finalmente, convém esclarecer que os dados que estão sendo objetos desta análise em tela, por meio do  Observatório do Café , tem como referência o  Relatório mensal de exportações de janeiro 2025 , do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil –  CECAFÉ , instituição que divulga mensalmente os dados estatísticos do desempenho das exportações dos Cafés do Brasil, estudo técnico que encontra-se a cada mês disponível no site do Consórcio Pesquisa Café  coordenado pela  Embrapa Café .