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  • Japão suspende importação de carne de aves de Mato Grosso do Sul

    Japão suspende importação de carne de aves de Mato Grosso do Sul

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que foi notificado pelo governo japonês de que, diante da confirmação de um foco de influenza aviária no município de Bonito (MS), está suspensa, temporariamente, a importação de ovos, aves vivas, carne de aves e seus subprodutos que tenham como origem o Mato Grosso do Sul.

    A comercialização com outras unidades federativas está mantida, segundo informou o ministério. Em nota, a pasta diz que a notificação foi recebida na terça-feira (18) e que medidas necessárias já foram adotadas.

    “As medidas sanitárias estão sendo aplicadas pelo Serviço Veterinário Oficial para contenção e erradicação do foco, bem como estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região. Não há estabelecimentos avícolas industriais nas áreas de risco epidemiológico ao redor do foco”, diz a nota do Mapa.

    Ainda segundo o ministério, até o momento nenhum foco da doença foi confirmado em produção comercial. “Desta forma, o país segue com status livre de influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)”, acrescentou.

    Segundo o Mapa, o Brasil é líder nas exportações de frango para o mundo, respondendo por 35% do mercado global. “Segundo dados do AgroStat [sistema de estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro], Mato Grosso do Sul exporta ao país [Japão] 18,4% de sua produção de carne de frango in natura”, detalhou.

    Edição: Fernando Fraga
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  • Mercado de chocolate é promissor em produção, exportação e empregos

    Mercado de chocolate é promissor em produção, exportação e empregos

    O cenário do mercado brasileiro de chocolates hoje é promissor, tanto em termos de produção e exportação, quanto de geração de empregos. A indústria de chocolates responde pela geração de cerca de 23 mil empregos diretos, de acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), relatório de informações socioeconômicas solicitado pelo Ministério do Trabalho e Emprego às pessoas jurídicas e outros empregadores anualmente.

    Para a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), o número evidencia a importância do setor para o mercado de trabalho. A entidade celebra nesta sexta-feira (7) o Dia Mundial do Chocolate.

    Levantamento realizado pela Abicab, em parceria com a Consultoria KPMG, revela crescimento de 9,8% na produção de chocolates no primeiro trimestre de 2023, em comparação ao mesmo período do ano passado. O volume atingido foi de 219 mil toneladas. Em 2022, a produção chegou a 760 mil toneladas, representando expansão de 8% em relação a 2021.

    A Abicab analisou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o Brasil é um dos poucos países que tem toda a cadeia produtiva de chocolates, desde a produção de amêndoas de cacau até as indústrias responsáveis pela fabricação do produto final. Essa integração, segundo a entidade, permite uma produção de alta qualidade, apreciada pelo grande consumo nacional e internacional.

    Consumo

    O consumo de chocolates no Brasil atingiu 3,6 kg/per capita, ou seja, por pessoa, em 2022, contra 3,2 kg per capita em 2021. A Abicab avaliou que o consumo nacional aumenta a cada ano, porém ainda existe um grande mercado a ser aproveitado. Os fatores favoráveis para isso são o aumento da renda e a diminuição de desemprego, que ampliam o poder de compra da população.

    De acordo com pesquisa da Euromonitor, os países europeus são os que apresentam maior consumo per capita de chocolate. O ranking é liderado pela Estônia, com 8,5kg/por pessoa, seguido pela Alemanha (8,4 kg), Áustria (8 kg) e Suíça (7,9 kg).

    A Abicab informou que os produtos oferecidos pela indústria são de consumo eventual. “Assim, estimulamos o consumo responsável e consciente, sempre no contexto de uma dieta equilibrada, associada a hábitos alimentares saudáveis e aliada a exercícios físicos”.

    Destacou que as indústrias investem constantemente em inovação e estão empenhadas na melhoria constante de seus processos produtivos e portfólio para a oferta de produtos de qualidade. “As indústrias oferecem ampla variedade de produtos de diferentes tamanhos, pequenas porções e demandas específicas dos consumidores, como zero açúcar, diferentes intensidades de cacau, sem lactose”. A Abicab disse manter contato permanente com o Ministério da Agricultura, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a Câmara do Cacau e outras entidades, “para trabalhar em conjunto em favor da cadeia”.

    Exportações

    A Abicab destacou que o Brasil é reconhecido internacionalmente como produtor de chocolates de qualidade. “Atualmente, nossos produtos chegam a 135 países, com destaque para Argentina, o Chile e Paraguai”. Os dados são do ComexStat.

    Em 2022, as exportações totalizaram 35,8 mil toneladas, correspondendo a US$ 141,3 milhões. No primeiro semestre de 2023, já foram exportadas 17,5 mil toneladas, correspondendo a U$ 71,8 milhões.

    Levantamento do Instituto Kantar, divisão Worldpanel, feito para a Abicab, aponta crescimento de 16,2% em faturamento para o setor de chocolates em 2022, em comparação ao ano anterior. De acordo com a associação, o principal fator positivo para esse resultado, e que permanece em expansão após o período da pandemia da covid-19, é o consumo fora de casa, embora tenha sido registrado aumento também no consumo dentro de casa. As duas modalidades de consumo contribuíram com incremento no volume e valor arrecadados no período.

    Em relação aos benefícios trazidos pelo consumo de chocolates para a saúde, a Abicab citou o estudo Chocolates Industrializados: alimentos para socialização e nutrição, feito pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Com apoio da Abicab, foram analisadas as composições e os valores nutricionais de 483 produtos de chocolate, em que foi possível identificar que 99,6% não incluem antioxidantes, 98,1% não têm conservantes e 95,2% são isentas de corantes.

    O estudo comprovou ainda, segundo a Abicab, a presença de teores de proteínas, fibras e polifenóis, além dos estímulos sensoriais capazes de gerar bem-estar. Outras pesquisas destacam o potencial dos chocolates como alimentos provedores de compostos fenólicos, cuja presença faz com que o consumo de cacau e derivados mostre relação positiva com a saúde humana.

    Amêndoas da África

    Os produtores de cacau nacionais que fornecem a matéria-prima para as indústrias sediadas no país são contrários à importação de amêndoas africanas e alegam que esse produto não apresenta questões sanitárias adequadas. Indagada sobre essa questão pela Agência Brasil, a Abicab disse entender que a produção nacional de cacau não é autossuficiente. “Por esse motivo, é necessária a importação do produto para atender o consumo do mercado nacional e exportação. Desta forma, a indústria moageira já consome todo o cacau  produzido nacionalmente”.

    A Abicab explicou que todas as análises exigidas por resoluções dos órgãos competentes, como o Ministério da Agricultura, são realizadas para que não haja riscos fitossanitários à produção nacional. “O Mapa é responsável por garantir que tanto a importação quanto a exportação de produtos animais e vegetais ocorram dentro dos critérios mais rígidos, seguindo as legislações nacionais e internacionais. E, no cacau, é da mesma forma”, garantiu.

    Crise

    A presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC), Vanuza Lima Barroso, disse que o mercado do produto está em crise desde a década de 80, quando as lavouras da Bahia foram dizimadas pela doença chamada vassoura de bruxa. “De lá para cá, o mercado de cacau ainda não se recuperou”. Ela lembrou que os produtores estão conseguindo se reerguer sozinhos, sem ajuda de políticas públicas. “Não existe nenhuma política pública direcionada ao cacau”, afirmou.

    Segundo Vanuza, o grande problema enfrentado pelos produtores nacionais é a importação de amêndoas “desnecessária”, feita pela indústria. A entidade luta para conter essa importação porque traz risco de pragas e doenças inexistentes no Brasil e permite à indústria “manipular o preço das amêndoas brasileiras”. A entidade pede mudança da instrução normativa que liberou a importação do produto africano.

    Vanuza informou que a produção de cacau está aumentando no Brasil. Não há culturas somente na Bahia, no Pará e Espírito Santo, mas em outros estados, como Rondônia, Roraima, Acre, Amazonas, Mato Grosso, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. “Mas a nossa produção nunca aumenta, apesar de o IBGE dizer que somos autossustentáveis”. Ela garantiu que o setor não tem nenhum incentivo para plantar. “Nós não temos previsão de safra”.

    Dados da ANPC relatam que a produção nacional foi de 290 mil toneladas no ano passado, atingindo 302 mil toneladas em 2021. Vanuza argumenta que se a produção atinge 290 mil toneladas, por que a indústria de moagem tem que importar? Disse ainda que o processo do cacau é todo manual, desde o plantio até a finalização da amêndoa. Diante desse cenário, afirmou que neste Dia Mundial do Chocolate, “não há nada a comemorar”.

    Outro lado

    A Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) lançou nesta sexta-feira (7) vídeo comemorativo do Dia Mundial do Chocolate, dentro do projeto Educacau. Criado em março deste ano, o projeto visa a disseminar informações sobre diferentes aspectos da cacauicultura, que envolvem desde produtores rurais, técnicos, fornecedores de insumos e indústrias, até organizações sociais e os governos federal e estaduais.

    A AIPC tem como associadas, até o momento, três DAS maiores empresas de alimentos do Brasil e do mundo (Barry Callebaut, Cargill e Olam). Existem outras processadoras menores, mas não são associadas à entidade. A presidente executiva da AIPC, Anna Paula Losi, informou que a média, nos últimos cinco anos, é de 230 mil toneladas de amêndoas de cacau processadas por ano. Ela estima que, a partir deste ano, o número deve aumentar, porque será computado o processamento de algumas empresas de menor porte.

    As três companhias associadas à AIPC respondem pelo processamento de cerca de 95% do cacau produzido no Brasil. “No ano passado, recebemos mais ou menos 202 mil toneladas”. As chocolateiras artesanais utilizam cerca de mil toneladas de cacau/ano para fabricação de produtos próprios.

    Ao contrário da Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC), Anna Paula Losi afirmou que, tirando a previsão de safra feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – “dado estimativo”, em nenhum outro lugar se tem números que confirmem que a safra chega perto de 290 mil toneladas. “Muito pelo contrário”. Segundo a executiva, órgãos oficiais como o Ministério da Agricultura e a Ceplac trabalham com número inferior ao do IBGE. “Isso acontece porque não se verifica se a previsão do IBGE de fato aconteceu por ocasião da colheita”, explicou.

    Volume

    Para Anna Paula, a melhor forma de se ter noção da produção de cacau é o volume comercializado. Ela argumentou que se “no ano passado, foram recebidas mais ou menos 202 mil toneladas e as chocolateiras artesanais utilizam cerca de mil toneladas de cacau/ano, a produção em 2022 foi em torno de 215 mil toneladas”. De acordo com a presidente executiva da AIPC, não há nenhum dado que confirme que a produção nacional alcança perto de 290 mil toneladas.

    Para suprir a necessidade, a indústria importa cacau de outros países. Isso se deve porque o Brasil hoje é o único país da América do Sul que tem produção de derivados de cacau e consegue atender o mercado sul-americano com manteiga de cacau e cacau em pó. Os principais países compradores de derivados de cacau do Brasil são Argentina, Chile, Uruguai, Estados Unidos e Canadá. “O Brasil é um importante ‘player’ de derivados de cacau”. Cem por cento do que o país importa são para atender o mercado internacional.

    A importação depende do cenário da safra no país. No ano passado, foram importadas 11 mil toneladas, com uma safra de 200 mil, “muito boa”. Já teve ano, porém, em que foram importadas 60 mil toneladas. Em 2023, até agora, foram importadas 30 mil toneladas. O importante, disse Anna Paula, é que tanto a indústria moageira, qunto a chocolateira, os governos e outras instituições de produtores estão trabalhando em conjunto para que o país volte a ser autossuficiente até 2030. Ela já vê uma queda considerável na importação a partir de 2025, porque “novos projetos estão entrando e a produtividade está melhorando”.

    A Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC) combate a importação de amêndoas de cacau, sobretudo as provenientes da Costa do Marfim, na África, porque representariam riscos fitossanitários para o Brasil. Anna Paula Losi afirmou, contudo, que os critérios para importação são definidos pelo Ministério da Agricultura, após análise dos riscos, o que “gera análise super criteriosa, inclusive visitando in loco o país produtor e indicando critérios que devem ser adotados pela indústria daquele local.

    Praga

    A AIPC está empenhada, junto com a coalizão de produtores e o governo, no combate à monilíase, a grande praga que traz riscos sérios para a cacauicultura brasileira, uma vez que tem a capacidade de dizimar a produção. O risco apresentado pela monilíase é muito maior que o da vassoura de bruxa, disse Anna. A praga chegou no Brasil procedente do Equador e do Peru, tem foco no Acre e Amazônia “e está cada vez mais próxima da região produtora”. Nos locais onde são identificados focos, elimina-se a plantação e é estabelecida uma área de cuidado. Pessoas que procedem de áreas contaminadas têm que passar por quarentena e os equipamentos por elas usados, como celulares e computadores, passam por processo de desinfecção.

    Anna Paula informou que a indústria importa amêndoas secas e fermentadas, que têm pré-beneficiamento. Isso significa que o produto não vem in natura. Relatório do Ministério da Agricultura indica que os riscos são minimizados pelos procedimentos adotados na Costa do Marfim e pela indústria, seguindo a legislação nacional e internacional. Em relação aos riscos fitossanitários, de acordo com a entidade, “o Ministério da Agricultura já emitiu nota técnica informando que o risco é muito baixo para as pragas Striga spp (planta daninha) e Phytophthora megakarya (fungo) e, portanto, não justifica a regulamentação. Assegura também que, até o momento, não houve registro de interceptação dessas pragas nas importações da Costa do Marfim.

    Por ser produzido na floresta amazônica e na Mata Atlântica, conservando os dois biomas, o cacau brasileiro pode ser considerado o mais sustentável do mundo. “E se a gente conseguir ter volume para atender o mercado interno e volume para exportar, o nosso cacau vai ser disputado pelo mundo inteiro, porque é diferenciado”, afirmou Anna Paula Losi. Para 2023, a expectativa da AIPC é que a moagem ficará entre 230 mil toneladas e 235 mil. Para a produção, a previsão é de que não vai superar o resultado de 2022, “que foi uma safra muito boa”.

    Edição: Graça Adjuto

  • China diz que vai importar carne suína e frango de unidade da BRF de Lucas do Rio Verde

    China diz que vai importar carne suína e frango de unidade da BRF de Lucas do Rio Verde

    Suínos e frangos produzidos na planta da BRF em Lucas do Rio Verde estão habilitados para exportação para a China. A informação é da direção da empresa em comunicado feito nesta terça-feira (16).

    A comunicação foi feita à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A autorização para o fornecimento dos alimentos foi feita pela General Administration of Customs China (GACC).

    “A nova habilitação proporciona relevante capacidade de produção e comercialização de proteínas, além de promover flexibilidade e maior agilidade para capturar as melhores oportunidades de mercado”, afirma a empresa.

    Sem restrição

    Em vídeo produzido por sua assessoria, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Fávaro, reforçou que não há restrição de nenhum mercado aos produtos brasileiros. Fávaro lembrou que não há mais registro de gripe aviária no país.

    O ministro visitou o Departamento de Saúde Animal do Mapa e ressaltou o empenho da equipe e demais órgãos que atuam na prevenção da gripe aviária.

    “Até o momento não tivemos mais nenhum caso registrado. Estamos em alerta para continuar garantindo o sistema funcionando e Brasil livre da gripe aviária em granjas comerciais, o que vai garantir oportunidades de emprego, de aumento das exportações. Tudo isso está funcionando muito bem”, destacou.

    “Não há nenhum país com qualquer indício de restrição ao mercado brasileiro. A China fez uma consulta sobre a situação e nossa equipe passou todas as informações e o país se deu por satisfeito. Podem continuar consumindo carne de frango à vontade. É seguro e atestado pelo Ministério da Agricultura”, enfatizou o ministro.

  • PIB cresceu 0,3% em abril, aponta Ibre-FGV

    PIB cresceu 0,3% em abril, aponta Ibre-FGV

    O Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 0,3% na atividade econômica em abril na comparação com o mês anterior, considerando-se dados com ajuste sazonal. Na comparação interanual, a economia cresceu 3,6% em abril e 2,8% no trimestre móvel terminado em abril.

    Os dados foram divulgados hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

    Segundo a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, o crescimento de 0,3% do PIB em abril em comparação a março é o terceiro consecutivo, embora seja a uma taxa menor que as anteriores.

    “A despeito do crescimento da agropecuária e da indústria, o setor de serviços parou de contribuir para o PIB da mesma forma que vinha contribuindo, principalmente devido a retração de comércio e transporte. Pela ótica da demanda, o consumo das famílias também cresce pelo terceiro mês consecutivo. O único segmento de consumo a retrair foi o de produtos duráveis, o que pode ser reflexo da elevação da taxa de juros e das incertezas com relação ao desempenho econômico e político no ano eleitoral”, explicou Juliana.

    Em termos monetários, estima-se que o acumulado do PIB até abril, em valores correntes, foi de R$ 2,98 trilhões.

    Consumo das famílias

    O consumo das famílias cresceu 4,8% no trimestre móvel findo em abril em comparação ao mesmo período do ano passado. O consumo de serviços (7,5%), de bens não duráveis (2,1%) e de bens semiduráveis (13,3%) foram os responsáveis por esse crescimento. Em contrapartida, o consumo de bens duráveis foi o único componente em queda.

    Investimentos

    A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que são os investimentos, teve retração de 5,2% no trimestre móvel terminado em abril em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. Esse resultado negativo foi influenciado pela elevada queda no componente de máquinas e equipamentos (10,7%). Esse componente apresenta taxas negativas desde o início de 2022.

    Exportação

    Segundo o Ipea, a exportação de bens e serviços apresentou crescimento de 1,5% no trimestre móvel findo em abril em comparação ao mesmo período do ano passado. A exportação de bens intermediários, de bens de consumo e de produtos agropecuários reduziu muito sua contribuição nas exportações, o que explica o menor crescimento das exportações de bens.

    Importação

    A importação de bens e serviços apresentou retração de 8,2% no trimestre móvel findo em abril em comparação ao mesmo período do ano passado. Essa queda foi influenciada principalmente pelo desempenho negativo na importação de bens intermediários (14,5%).

  • Safra de grãos 2021/22 deve ser 6,4% maior que a anterior

    Safra de grãos 2021/22 deve ser 6,4% maior que a anterior

    O volume de grãos colhidos na safra 2021/22 deve ser de 271,8 milhões de toneladas. Isso representa um aumento de 6,4% em relação à safra anterior. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (12/05) pelo Governo Federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no 8º Levantamento da Safra de Grãos 2021/22. O resultado mostra também um aumento de 2,5 milhões de toneladas em relação à estimativa anterior.

    A melhora na produção é resultado da maior área plantada de milho na segunda safra, além do desenvolvimento positivo no final do ciclo das lavouras, em especial de arroz, milho e soja, de acordo com a Conab.

    “Mais de 70% da produção do milho vem da segunda safra. Ela é quase uma corrida porque tem o plantio da soja e colheita para o plantio do milho na mesma terra, e ela é sempre pontuada por períodos de chuva, instabilidade climática”, explicou o diretor-executivo de informações agropecuárias e políticas agrícolas da Conab, Sergio De Zen.

    A expectativa é que o milho alcance uma produção de 116,19 milhões de toneladas, elevação de 33,4% em comparação com a safra 2020/21. De acordo com a Conab, a janela mais alongada para o plantio da segunda safra, somada às condições de mercado, favoreceu o crescimento de área do milho.

    Em relação à área plantada da safra de grãos, o 8° levantamento mostra que a área total é estimada em 73,7 milhões de hectares, crescimento de 5,6% se comparada à safra 2020/21. Os maiores incrementos são observados na soja, 4,4%, ou 1,73 milhão de hectares, e no milho, 9,4%, ou 1,87 milhão de hectares.

    Estimativas por culturas

    Algodão: as condições climáticas têm favorecido o desenvolvimento da cultura que, aliada ao ganho de área, resulta numa produção de 2,82 milhões de toneladas de pluma, 19,5% superior à safra passada.

    Arroz: a produção está estimada em 10,7 milhões de toneladas, 9,1% inferior ao volume produzido na safra passada. Dessas, 9,9 milhões de toneladas são de cultivo irrigado e 0,8 milhão de toneladas de áreas com plantio de sequeiro.

    Feijão: produção estimada em 3,14 milhões de toneladas, 8,4% superior à safra anterior. A primeira safra está com colheita encerrada, e a segunda safra está em andamento.

    Soja: produção estimada em 123,8 milhões de toneladas, redução de 10,4% em relação à safra anterior.

    Culturas de inverno – aveia, canola, centeio, cevada trigo e triticale: plantio ainda incipiente. Estima-se uma produção de 8,1 milhões de toneladas para o trigo.

    Exportações

    Neste 8º levantamento, não houve alteração nas estimativas de importação de nenhum produto em relação ao anterior. Já as exportações de milho para 2022 foram aumentadas, passando de 37 milhões de toneladas para 38 milhões de toneladas.

    Caso se confirmem, os embarques previstos para o mercado externo terão um incremento de 82,6% em relação à safra anterior. Esse aumento se dá pelo crescimento da produção brasileira alinhada à demanda internacional aquecida.

    Safra de grãos

    A Conab faz o acompanhamento constante da safra de grãos, monitorando as condições de desenvolvimento das principais culturas do país, abrangendo os seguintes produtos: algodão, amendoim, arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale.

     

  • Infraestrutura dos Emirados Árabes pode atrair empresas brasileiras

    Infraestrutura dos Emirados Árabes pode atrair empresas brasileiras

    As empresas brasileiras interessadas na exportação podem encontrar no Oriente Médio soluções de logística e distribuição de mercadorias para diversos países. Por esse motivo, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) defende o aprofundamento das relações entre as nações.

    Os Emirados Árabes Unidos, onde estão localizados Dubai e Abu Dhabi, transformaram-se, nas últimas décadas, em um dos maiores centros comerciais mundiais devido à larga infraestrutura marítima na região do Golfo Pérsico e terminais aéreos para carga. Com foco na redistribuição de mercadorias ao redor do mundo, o país conta com uma zona franca voltada a diversos segmentos econômicos.

    O embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja, destaca a localização privilegiada do país árabe.

    “Os Emirados ocupam uma posição estratégica em termos geográficos, na entrada do Golfo. São o país, talvez, de maior estabilidade política e econômica em todo o Oriente Médio e Norte da África, características que justificam a presença brasileira”, completou.

    No ano passado, por exemplo, Dubai importou 8 milhões de toneladas de alimentos e reexportou o equivalente a 6,277 milhões por meio de seus portos. Foram emitidos mais de 78 mil certificados sanitários de exportação.

    Em 2021, este centro de comércio e redistribuição alcançou o melhor resultado em atração de empresas internacionais, com 2.485 novas companhias. No ano anterior, foram 2.025 novas adesões. No total, o país conta com mais de 20 mil empresas associadas, desde a sua inauguração há 20 anos.

    A chefe operacional do escritório da Apex-Brasil em Dubai, Karen Jones, explica que a participação de empresas brasileiras nesse contexto é difícil de mensurar.

    “Até mesmo em parcerias com órgãos governamentais locais, a gente tem uma dificuldade em mapear números exatos. Os números que eles puxam, muitas vezes, contam com empresas que têm como representante um brasileiro”, disse.

    Apesar disso, a estimativa que é que existam entre 40 e 50 empresas do Brasil. Alguns exemplos são JBS, BRF, Embraer, Vale, Tramontina e Boticário.

    O setor aeroportuário de Abu Dhabi também apresentou bons resultados de tráfego de carga durante 2021. Houve aumento de 31,8% no volume transportado, passando de 540.144 toneladas em 2020 para 711.715 toneladas em 2021. O desempenho foi atribuído ao aumento nos embarques de carga geral e produtos especiais, como mercadorias expressas, com temperatura controlada e produtos farmacêuticos.

    *A repórter Fernanda Cruz e o fotógrafo Tomaz Silva viajaram a convite da Apex-Brasil

    https://www.cenariomt.com.br/cenario-politico/gov-mt/em-abu-dhabi-governador-se-reune-com-fundo-mubadala-segundo-maior-dos-emirados-arabes/

  • Unidade da BRF de Lucas do Rio Verde recebe habilitação para exportação para Singapura

    Unidade da BRF de Lucas do Rio Verde recebe habilitação para exportação para Singapura

    A unidade da BRF de Lucas do Rio Verde recebeu, na última semana, habilitação para a venda de suínos e seus miúdos para Singapura. Outras quatro unidades da empresa também foram habilitadas para exportar seus produtos para Singapura. As unidades de Uberlândia (MG), Concórdia (SC), Lajeado (RS) e Herval D´Oeste (SC) foram autorizadas a comercializar miúdos de suínos.

    BRF LUCASDORIOVERDE

    As novas habilitações reforçam a estratégia de aumentar a participação dos produtos da empresa no mercado asiático. A companhia já exporta para China, Japão, Vietnã, Coreia do Sul, Malásia e Filipinas, entre outros mercados.

    “Continuamos trabalhando para ampliar o número de unidades habilitadas para exportação, com o intuito de atender a demanda em Singapura e demais mercados do sudeste da Ásia, que apresentaram crescimento do consumo de proteína animal”, afirma Luiz Tavares, gerente executivo de Relações Institucionais da Companhia.

    Em Lucas do Rio Verde, uma das maiores unidades da América Latina, há linhas de produção importantes que atendem tanto o mercado nacional, quanto países na Ásia, África e América Latina.

    Já a unidade de Uberlândia, que conta sete mil colaboradores, recebeu investimentos este ano para um processo de modernização e ampliação da capacidade de produção. Na planta, são produzidos cortes de suínos e aves para diversos países asiáticos, além do Oriente Médio e América Latina.

    No sul do país, a partir de Lajeado, são exportados produtos de suínos e frangos para Ásia, América Latina, África do Sul e Oriente Médio. Já a unidade de Concórdia exporta cortes de suínos para Filipinas, Hong Kong e Vietnã, no sudeste da Ásia, e para a África do Sul. Em Herval D`Oeste, a planta tem habilitações para cortes suínos que são destinados para África do Sul, Albânia, Argentina, Hong Kong, Paraguai, Uruguai e Vietnã.