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  • Dubai: agritechs do Brasil apresentam benefícios da inovação no campo

    Dubai: agritechs do Brasil apresentam benefícios da inovação no campo

    Drones, inteligência artificial e robôs auxiliando o pequeno fazendeiro nos cenários mais longínquos do Brasil. A inovação tecnológica na agricultura pode integrar o cotidiano, não apenas do grande produtor, mas também da agricultura familiar, trazendo ganho de produtividade e redução de desperdícios.

    O assunto foi tema do evento Agritalks, promovido nesta quarta-feira (23) pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

    A inovação no setor agrícola inclui robôs catadores, que retiram ervas daninhas, plantam sementes e fazem colheita; os drones, que realizam mapeamento aéreo; os softwares de precisão, responsáveis por gerenciar a cadeia produtiva e os dados sobre a produção; além de máquinas autônomas, que recebem comandos a partir de um smartphone ou computador.

    Agritechs


    Francisco Jardim, fundador da SP Ventures, diz que criou o maior fundo de investimentos para capitalização de agritechs (empresas de tecnologia para agricultura) da América Latina, o terceiro maior em mercados emergentes, contando com mais 40 dessas empresas.

    No Brasil, as startups voltadas ao agronegócio cresceram 40% durante o último ano, na comparação com 2019, chegando a um total de 1.574. Atualmente, a média é de abertura de uma agritech por dia, no país.

    Entre as agritechs brasileiras apoiadas pelo fundo, estão exemplos que desenvolvem e comercializam agentes biológicos que combatem patógenos, como fungos e vírus. “Você substitui agroquímicos por outras soluções biológicas mais sustentáveis e econômicas para o produtor agrícola”, explica Jardim.

    Para atender aos pequenos e médios produtores, também foi criado um software de gestão na nuvem. “Aquele produtor que antes geria a sua fazenda no caderno, agora tem um software super sofisticado, barato e fácil de usar para ele poder tratar a fazenda como uma empresa de manufatura a céu aberto”, disse.

    O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Celso Moretti, também presente no evento em Dubai, destaca a relevância do investimento em ciência e inovação, especialmente nas parcerias entre Embrapa e as agritechs.

    Moretti cita algumas das tecnologias mais impressionantes em desenvolvimento no país, como o controle biológico usando drones para liberar insetos, a plataforma online que monitora a qualidade de água em tanques de peixes, além de uma fazenda vertical em São Paulo.

    Protagonismo

    Para o secretário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Fernando Camargo (imagem de destaque), a pandemia trouxe o avanço da digitalização no campo, além da preocupação com a segurança alimentar. “A população mundial está crescendo muito. Em 2050 seremos mais de 3,2 bilhões de pessoas”. Para ele, o agronegócio do Brasil é o protagonista nesse contexto.

    A inovação, nos últimos 30 anos, resultou num incremento de 159% na produtividade de carne no território brasileiro, alta de 122% na produção de carne. Se a preocupação com inovação não tivesse sido adotada pelo Brasil, seriam necessários mais 280,2 milhões de hectares de pastagem para obtenção do mesmo resultado.

    “Nós produzimos mais com a mesma área, podemos diversificar a produção e poupar terra”, disse ele.

    Produtividade, portanto, pode ser traduzida em redução de área utilizada e aumento de volume produzido, garantindo segurança alimentar.

    O Agritalks teve a sua primeira edição na Índia, em setembro de 2021. No mesmo ano, foi realizado, em dezembro, o evento nos Estados Unidos. Em 9 de fevereiro, ocorreu a edição do Reino Unido. A série de debates sobre agricultura busca ampliar o diálogo internacional sobre o assunto e promover o agronegócio brasileiro.

    * A repórter Fernanda Cruz e o fotógrafo Tomaz Silva viajaram a convite da Apex-Brasil

  • Infraestrutura dos Emirados Árabes pode atrair empresas brasileiras

    Infraestrutura dos Emirados Árabes pode atrair empresas brasileiras

    As empresas brasileiras interessadas na exportação podem encontrar no Oriente Médio soluções de logística e distribuição de mercadorias para diversos países. Por esse motivo, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) defende o aprofundamento das relações entre as nações.

    Os Emirados Árabes Unidos, onde estão localizados Dubai e Abu Dhabi, transformaram-se, nas últimas décadas, em um dos maiores centros comerciais mundiais devido à larga infraestrutura marítima na região do Golfo Pérsico e terminais aéreos para carga. Com foco na redistribuição de mercadorias ao redor do mundo, o país conta com uma zona franca voltada a diversos segmentos econômicos.

    O embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja, destaca a localização privilegiada do país árabe.

    “Os Emirados ocupam uma posição estratégica em termos geográficos, na entrada do Golfo. São o país, talvez, de maior estabilidade política e econômica em todo o Oriente Médio e Norte da África, características que justificam a presença brasileira”, completou.

    No ano passado, por exemplo, Dubai importou 8 milhões de toneladas de alimentos e reexportou o equivalente a 6,277 milhões por meio de seus portos. Foram emitidos mais de 78 mil certificados sanitários de exportação.

    Em 2021, este centro de comércio e redistribuição alcançou o melhor resultado em atração de empresas internacionais, com 2.485 novas companhias. No ano anterior, foram 2.025 novas adesões. No total, o país conta com mais de 20 mil empresas associadas, desde a sua inauguração há 20 anos.

    A chefe operacional do escritório da Apex-Brasil em Dubai, Karen Jones, explica que a participação de empresas brasileiras nesse contexto é difícil de mensurar.

    “Até mesmo em parcerias com órgãos governamentais locais, a gente tem uma dificuldade em mapear números exatos. Os números que eles puxam, muitas vezes, contam com empresas que têm como representante um brasileiro”, disse.

    Apesar disso, a estimativa que é que existam entre 40 e 50 empresas do Brasil. Alguns exemplos são JBS, BRF, Embraer, Vale, Tramontina e Boticário.

    O setor aeroportuário de Abu Dhabi também apresentou bons resultados de tráfego de carga durante 2021. Houve aumento de 31,8% no volume transportado, passando de 540.144 toneladas em 2020 para 711.715 toneladas em 2021. O desempenho foi atribuído ao aumento nos embarques de carga geral e produtos especiais, como mercadorias expressas, com temperatura controlada e produtos farmacêuticos.

    *A repórter Fernanda Cruz e o fotógrafo Tomaz Silva viajaram a convite da Apex-Brasil

    https://www.cenariomt.com.br/cenario-politico/gov-mt/em-abu-dhabi-governador-se-reune-com-fundo-mubadala-segundo-maior-dos-emirados-arabes/

  • Com ajuda do Brasil, Emirados Árabes registram recorde no jiu-jítsu

    Com ajuda do Brasil, Emirados Árabes registram recorde no jiu-jítsu

    Com uma mãozinha brasileira, os Emirados Árabes Unidos registraram no Guinness Book o recorde de maior aula de jiu-jítsu do mundo. Ao todo, 2.700 pessoas participaram do feito, que aconteceu em 14 diferentes pontos do país, incluindo o Parque do Jubileu, na Expo 2020, em Dubai.

    Sob o comando do mestre brasileiro Renzo Gracie e o apoio do Pavilhão Brasil, o local se transformou em um grande dojo ao ar livre, aproveitando o clima de deserto da cidade. Renzo faz parte da família Gracie, conhecida não apenas no Brasil, mas internacionalmente como referência no jiu-jítsu.

    O jiu-jítsu brasileiro é considerado esporte nacional nos Emirados Árabes Unidos. A arte marcial integra, por exemplo, o currículo oficial das escolas do país. Diversas crianças puderam ser vistas caminhando pela Expo2020 usando o tradicional quimono.