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  • Mato Grosso: 16º Festival de Siriri e Cururu acontece em Cuiabá com entrada gratuita

    Mato Grosso: 16º Festival de Siriri e Cururu acontece em Cuiabá com entrada gratuita

    O Ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá, recebe o 16º Festival de Siriri e Cururu de Mato Grosso, de sexta-feira (13.12) até domingo (15.12), às 19h, com entrada gratuita. Com o patrocínio do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), o evento vai reunir cerca de 15 grupos para preservar e revitalizar a manifestação cultural.

    “O Festival faz parte da agenda de grandes eventos culturais em Mato Grosso. É importante possibilitar a sua continuidade, pelo impacto positivo na preservação das tradições da região, por visibilizar o trabalho artístico de grupos de siriri e também por permitir o acesso da população à cultura”, destaca o secretário adjunto de Cultura da Secel, Jan Moura.

    Mais de mil pessoas estão envolvidas diretamente na realização do evento, que oferecerá uma infraestrutura planejada para valorizar cada detalhe das apresentações, com som, iluminação e cenografia.

    De acordo com a presidente do Instituto Brasil, Clair Velozo, a programação busca oferecer ao público uma imersão completa na tradição popular. “Queremos garantir que a essência do siriri e do cururu continue vibrante, especialmente entre as novas gerações”, afirma.

    Durante os três dias de evento, o público poderá apreciar as apresentações preparadas ao longo do ano pelos grupos de cururu e siriri da Baixada Cuiabana, como Flor Ribeirinha, Estrela Guia, Flor de Atalaia, Flor do Campo, e muitos outros.

    “Cada grupo participante trará sua própria interpretação das tradições do siriri e do cururu, oferecendo performances que refletem a diversidade de histórias, ritmos e raízes culturais do estado”, explica Clair.

    Além das tradicionais apresentações de dança e música, haverá também feira de artesanato com produtos feitos por artesãos locais e uma área gastronômica que trará os sabores típicos da culinária cuiabana.

    Organizado pelo Instituto Brasil e pelo Instituto Nandaia, o 16º Festival de Siriri e Cururu conta também com o apoio da Petrobras e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Nacional de Incentivo à Cultura.

    Programação do Festival de Siriri e Cururu

    Sexta-feira (13.12)
    19h: Abertura oficial
    19h20: Apresentações dos grupos
    – Grupo de Cururu Tradição de Coxipó
    – Grupo de Siriri Estrela Guia
    – Grupo de Siriri Siriri Elétrico
    – Grupo de Siriri Flor Ribeirinha
    – Grupo de Siriri Flor do Campo

    Sábado (14.12)
    19h: Abertura oficial
    19h20: Apresentações dos grupos
    – Grupo de Cururu Estrela Divina
    – Grupo de Siriri Primos e Primas
    – Grupo de Siriri São Gonçalo Beira Rio
    – Grupo de Siriri Flor de Atalaia
    – Grupo de Siriri Coração Tradição Franciscano

    Domingo (15.12)
    19h: Abertura oficial
    19h20: Apresentações dos grupos
    – Grupo de Cururu Tradição do Coxipó
    – Grupo de Siriri Arara Azul
    – Grupo de Siriri Voa Tuiuiú
    – Grupo de Siriri Raízes Cuiabana
    – Grupo de Siriri Flor Serrana

    Fonte: Secretaria de Comunicação de Mato Grosso

  • Concerto Musical Beneficente celebra os 60 anos do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso

    Concerto Musical Beneficente celebra os 60 anos do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso

    O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) realizará, na próxima terça-feira (03.12), um concerto musical beneficente com o objetivo de celebrar seus 60 anos de história e promover a solidariedade. O evento promete encantar o público com um espetáculo diversificado e emocionante.

    Intitulado “Concerto Musical em Homenagem à História do CBMMT – 60 Anos de Heroísmo”, o evento acontecerá às 19h30 no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros, em Cuiabá. A entrada é gratuita, condicionada à doação de dois quilos de alimentos não-perecíveis, que serão destinados a instituições filantrópicas. O acesso será permitido apenas com a apresentação do ingresso.

    Os ingressos podem ser obtidos nos seguintes pontos de troca:

    • Quartel do Comando Geral do CBMMT – Rua Cel. Benedito Leite, S/N, Centro Sul, Cuiabá.
    • 1º Batalhão Bombeiro Militar – Avenida Agrícola Paes de Barros, nº 123, Verdão, Cuiabá.
    • Escola Estadual Dom Pedro II Presidente Médici – Avenida Mato Grosso, nº 564, Araés, Cuiabá.
    • Várzea Grande Shopping – Avenida Presidente Artur Bernardes, nº 43, Centro Sul, Várzea Grande.

    O comandante-geral do CBMMT, coronel BM Flávio Glêdson Vieira Bezerra, destacou a importância do evento como uma oportunidade de reforçar o compromisso da corporação com a sociedade. Ele afirmou: “Queremos retribuir o carinho e o apoio recebidos ao longo dos nossos 60 anos de existência. Este evento não apenas celebra nossa história, mas também valoriza a solidariedade e promove um momento de lazer e cultura.”

    Repertório musical diversificado em Mato Grosso

    Segundo o capitão Josuel Vieira, regente da banda de música da corporação, o repertório foi cuidadosamente selecionado para emocionar o público. A primeira parte será dedicada à música sinfônica, incluindo peças como “Also Sprach Zarathustra”, de Richard Strauss, e temas de filmes de John Williams. Já a segunda parte contará com a participação de crianças do projeto social Musicalizar, encerrando com apresentações de música popular e regional.

    “O público pode esperar uma apresentação emocionante, com clássicos da música nacional e internacional, além de momentos especiais que exaltam o espírito de união e gratidão”, afirmou o capitão Vieira.

    O concerto promete ser uma celebração marcante, encerrando com um tributo à cultura local e ao espírito solidário da comunidade de Mato Grosso.

  • Após proibição, eventos culturais voltam a ocupar o Eixão em Brasília

    Após proibição, eventos culturais voltam a ocupar o Eixão em Brasília

    Uma semana após o Governo do Distrito Federal (GDF) mandar retirar todos os eventos culturais e os ambulantes do Eixão do Lazer, em Brasília, as manifestações culturais Choro no Eixo, Jazz no Eixo, Rock no Eixo, entre outras, voltaram a ocupar a rodovia que corta a capital do país neste domingo (8).

    No final de semana passado, uma ação do governo distrital proibiu os eventos musicais e de comércios de ficarem no local, sem aviso prévio, causando revolta na cena cultural de Brasília.

    O fundador do Choro no Eixo – que reúne uma multidão todos os domingos –, o músico Márcio Marinho, avaliou que a reocupação do espaço neste domingo foi a resposta da sociedade que vem se apropriando do espaço. “Não se trata mais apenas das manifestações culturais que estão no Eixão, acho que agora a população pegou o Eixão para si, como sempre foi. É um direito de acesso à cidade que a gente não pode retroceder e perder”, destacou.

    A proibição reacendeu o debate sobre o uso dos espaços públicos urbanos e os conflitos em torno dessa ocupação, como nos casos do Cais José Estelita, em Recife (PE), e da Orla do Guaíba, em Porto Alegre (RS), onde diferentes grupos sociais buscam consolidar determinado uso dos espaços urbanos.

    A professora de arquitetura e urbanismo da Universidade de Brasília (UnB) Maria Fernanda Derntl, especialista em planejamento urbano, avaliou que essa deve ser uma oportunidade para Brasília exercer a convivência entre os diferentes grupos. “Houve uma reação grande e a gente vê a população se apropriando do espaço. O espaço público pode ser ocupado transitoriamente, desde que não se incorra em crime ou em destruição de propriedade. Talvez esse intenso uso do Eixão exija pensar o melhor modelo de convivência. É um exercício de democracia mesmo”, defendeu a especialista.

    Eixão

    O chamado “Eixão” de Brasília é a rodovia que corta o Plano Piloto, região central da capital. Todos os domingos e feriados essa via é fechada aos carros e tomada pela população local, que costuma praticar atividades físicas no chamado “Eixão do Lazer”. Desde a pandemia, o espaço começou a ser ocupado também por eventos culturais e por ambulantes que vendem desde alimentos e bebidas até artesanato.

    Para o cavaquinista Márcio Marinho, do Choro no Eixo, o espaço deve se consolidar como polo cultural, gastronômico, de esporte e de turismo da capital. “Em vez de se restringir, deveriam expandir esse formato de acesso à cultura e ao lazer para outras regiões do Distrito Federal, como Taguatinga e Ceilândia, e não apenas na área central do Plano Piloto. Isso aqui é um exemplo de como a sociedade pode ter direito à cidade de uma forma democrática”, afirmou.

    Além dos grupos musicais, partidos políticos, parlamentares e movimentos sociais se reuniram neste domingo no Eixão para reivindicar o uso do espaço para a cultura e para o comércio ambulante.

    A trabalhadora Auricélia Rocha, de 37 anos, vende cerca de 120 almoços nos domingos no Eixão. Ela trabalha no local há dois anos e lamentou a ação da semana passada que considerou “truculenta” e que a fez perder a comida que havia preparado para vender.

    “Eu dependo do Eixão. Minha fonte de renda é o Eixão. Eu não tenho trabalho formal. A gente produz churrasco durante a semana e no final de semana e vem vender aqui no Eixão. É o meu trabalho e de mais três pessoas”, contou.

    Governo do DF

    O Governo do Distrito Federal informou que os eventos culturais não serão proibidos no local. Segundo o governador Ibaneis Rocha (MDB), a ação da semana passada atendeu às reclamações de moradores de locais próximos aos eventos.

    “[A ação foi orientada] apenas a organizar o comércio no local, que será mais funcional na medida em que possamos cadastrar e regularizar a atividade. Nada que retire do Eixão seu caráter de espaço de convivência democrática, de criatividade, com liberdade e segurança”, comentou Ibaneis em uma rede social.

    Após a reação popular, o governador comentou que não se poderia desvirtuar o Eixão do Lazer em um “Eixão da cachaça”. A venda de bebidas alcoólicas às margens das rodovias do Distrito Federal é proibida pela lei distrital 2.098 de 1998.

    Novas regras

    Na última terça-feira (3), foi publicado um novo decreto para regulamentar o uso do Eixão. De acordo com o texto, o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) terá 30 dias para elaborar um plano para o uso do Eixão. Não está prevista a participação da sociedade civil na elaboração do plano.

    O decreto diz ainda que, até que seja aprovado o plano, o DER-DF deve conceder autorização em caráter provisório para os ambulantes, excluídos que vendem bebidas alcoólicas.

    Um dos organizadores do Ocupa Eixão, o articulador cultural Leonardo Rodrigues, defendeu que a sociedade deve participar da elaboração do Plano para o uso do Eixão. “Isso a gente precisa construir conjuntamente, com moradores, população, interessados e governo. Deve-se estabelecer um diálogo antes das ações”, comentou.

    Para Maria Fernanda Derntl, a convivência nos espaços públicos envolve lidar com a diferença e a diversidade, mas esses conflitos não devem ser considerados como algo ruim, mas como uma oportunidade para a sociedade praticar a democracia. “A ocupação da cidade e dos seus espaços é, por natureza, problemática. Nesse caso, houve uma ação unilateral, que não foi feita com os vários grupos interessados em ocupar a cidade. Mas essa é uma excelente oportunidade para criar espaços mais amplos de discussão das questões e dos problemas da cidade”, destacou a especialista.

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