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  • Fabricantes de aço defendem restabelecimento de acordo de 2018

    Fabricantes de aço defendem restabelecimento de acordo de 2018

    O Instituto Aço Brasil (IAB), que representa fabricantes de aço brasileiras, defendeu a abertura de diálogo entre o Brasil e os Estados Unidos para se chegar a um acordo sobre o aumento da tarifa para 25% sobre as importações de aço e alumínio pelos EUA.

    Em nota nesta terça-feira (11), o instituto defendeu o restabelecimento do acordo de 2018 feito entre os países após os Estados Unidos terem aumentado para 25%, na época, as tarifas de importação sobre o produto brasileiro.

    “O Instituto Aço Brasil e empresas associadas estão confiantes na abertura de diálogo entre os governos dos dois países, de forma a restabelecer o fluxo de produtos de aço para os Estados Unidos nas bases acordadas em 2018, em razão da parceria ao longo de muitos anos e por entender que a taxação de 25% sobre os produtos de aço brasileiros não será benéfica para ambas as partes”, disse o IAB.

    Em 2018, os governos de Estados Unidos e Brasil negociaram o estabelecimento de cotas de exportação para o mercado norte-americano de 3,5 milhões de toneladas de semiacabados e placas e de 687 mil toneladas de laminados.

    O IAB lembra ainda que os Estados Unidos e o Brasil detêm parceria comercial de longa data, historicamente favorável aos EUA.

    “Considerando, especificamente, o comércio dos principais itens da cadeia do aço – carvão, aço e máquinas e equipamentos – Estados Unidos e Brasil detêm uma corrente de comércio de US$ 7,6 bilhões, sendo os Estados Unidos superavitários em US$ 3 bilhões”, diz a nota.

    Alumínio

    A Associação Brasileira do Alumínio (Abal), que representa as fabricantes brasileiras do produto, manifestou preocupação com os impactos das novas tarifas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos, que pretende impor um acréscimo de 25% sobre as importações de alumínio. A entidade ressaltou que ainda não tem clareza se a nova tarifa substituirá a sobretaxa já existente de 10% ou se será adicionada a ela, resultando em uma tarifa total de 35%.

    De acordo com a Abal, os efeitos imediatos para o Brasil serão sentidos primeiramente nas exportações e na dificuldade de acesso dos produtos brasileiros ao mercado estadunidense.

    “Apesar de os produtos de alumínio brasileiros terem plena condição de competir em mercados altamente exigentes como o americano, seja pelo aspecto da qualidade ou da sustentabilidade, nossos produtos se tornarão significativamente menos atrativos comercialmente devido à nova sobretaxa”, explica a entidade, em nota.

    A Abal enfatizou ainda que, além dos impactos na balança comercial, poderão ocorrer efeitos indiretos associados ao aumento da “exposição do Brasil aos desvios de comércio e à concorrência desleal”.

    “Produtos de outras origens que perderem acesso ao mercado americano buscarão novos destinos, incluindo o Brasil, podendo gerar uma saturação do mercado interno de produtos a preços desleais”, alerta.

    As fabricantes de alumínio defenderam ainda a ampliação das discussões sobre o fortalecimento dos instrumentos de defesa comercial e a recalibração da política tarifária nacional, “de forma a corrigir distorções no mercado para proteger a indústria nacional contra a concorrência desleal e os impactos adversos provenientes dessa nova reconfiguração internacional”.

    Minas Gerais

    Um dos principais exportadores de produtos siderúrgicos, Minas Gerais poderá ser um dos estados mais afetados pelas novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) disse acompanhar com atenção os desdobramentos sobre a taxação de 25% nas exportações brasileiras de aço e alumínio aos EUA. A entidade ressalvou, no entanto, que, por se tratar de uma taxação aplicada a todas as economias e não exclusivamente ao Brasil, o cenário poderia colocar os países em condições de concorrência mais equilibradas.

    Em nota, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, disse ter a expectativa de que o Brasil obtenha uma vantagem competitiva, “uma vez que a indústria brasileira complementa a americana”.

    “Grande parte das nossas exportações são de produtos semielaborados, que passam por processos de industrialização em empresas norte-americanas, muitas delas coligadas à companhias brasileiras. Isso pode ser um fator favorável para que o Brasil não saia machucado dessa situação”, disse.

    São Paulo

    A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) disse lamentar a decisão dos Estados Unidos e destacou que a medida afeta diretamente os exportadores brasileiros, que forneceram 15% do valor importado em produtos siderúrgicos aos EUA em 2024.

    “O Brasil está longe de ser uma ameaça comercial para os Estados Unidos: nas últimas duas décadas, os norte-americanos registraram superávits comerciais com o Brasil em 16 oportunidades”, disse em nota.

    A federação ressaltou que muitos produtos estadunidenses importados pelo Brasil, como máquinas e equipamentos, utilizam-se de regimes especiais de redução tarifária, “que facilitam o acesso do exportador ao nosso mercado por meio de alíquotas zero ou próximas disso”.

    “Por isso, a Fiesp confia que as bases deste relacionamento histórico sejam suficientes para que uma solução rápida seja encontrada, com base nas regras internacionais de comércio, e em benefício das indústrias tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos”.

  • Brasil anuncia acordo com EUA para trocar informações sobre deportados

    O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) anunciou nesta quarta-feira (29) a criação de um grupo de trabalho (GT) com a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília para trocar informações sobre os brasileiros deportados e a operacionalização dos voos de deportação. Segundo o MRE, a medida visa garantir “a segurança e o tratamento digno e respeitoso dos passageiros”.

    A previsão é de estabelecimento imediato de uma linha direta de comunicação entre os membros do grupo e permitir que haja acompanhamento em tempo real dos próximos voos.

    A proposta de criar o GT havia sido discutida ontem, em reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros no Palácio do Planalto, quando o governo anunciou que vai montar um posto de acolhimento humanitário no Aeroporto Internacional de Confins, região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, para receber brasileiros deportados dos EUA. O local foi escolhido por ser o terminal para onde voos fretados pelo governo norte-americano estão sendo destinados ao longo dos últimos anos.

    A mobilização do governo ocorre dias depois de um voo de deportação com 88 brasileiros ter sofrido uma série de problemas, com passageiros algemados o tempo inteiro, relatos de agressões por parte dos agentes americanos, privação de comida e de acesso a banheiro, além de problemas técnicos que prejudicaram o funcionamento do ar-condicionado e obrigaram a aeronave a fazer paradas não previstas.

    Em uma dessas conexões, em Manaus, na sexta-feira (24), a Polícia Federal determinou que as algemas fossem retiradas e os passageiros foram alocados em outro avião da Força Aérea Brasileira (FAB) até a capital mineira, onde chegaram no sábado (25). Esta foi a primeira leva de brasileiros deportados desde a posse do presidente Donald Trump, que prometeu tolerância zero com a imigração ilegal no país.

    Na segunda-feira (27), a secretária de Comunidades Brasileiras no Exterior e Assuntos Consulares e Jurídicos do Ministério das Relações Exteriores, Márcia Loureiro, reuniu-se com o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, para tratar sobre a deportação de brasileiros. A convocação pelo Palácio do Itamaraty é um gesto diplomático que expressa descontentamento de um país com outro.

  • Brasil bate recorde de exportações para os EUA em 2024

    Brasil bate recorde de exportações para os EUA em 2024

    Levantamento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) mostra que as exportações brasileiras para os Estados Unidos em 2024 atingiram a marca recorde de US$ 40,3 bilhões, uma elevação de 9,2% sobre o ano anterior. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (16), em São Paulo, estão no estudo Monitor do Comércio 2024.

    O volume exportado também alcançou níveis inéditos, com a venda aos Estados Unidos de 40,7 milhões de toneladas em produtos, representando aumento de 9,9% sobre 2023.

    A indústria brasileira registrou um recorde de US$ 31,6 bilhões em suas vendas aos EUA em 2024, um incremento de 5,8% em relação a 2023.

    Os produtos industriais representaram 78,3% de todas as exportações brasileiras para os EUA, consolidando o país como o principal destino das vendas desse setor pelo nono ano consecutivo.

    Europa

    As exportações da indústria brasileira, em 2024, para a União Europeia somaram US$ 22,4 bilhões e para o Mercosul, US$ 18,8 bilhões.

    Entre os principais produtos da indústria brasileira exportados para os Estados Unidos estão petróleo bruto, aeronaves, café, celulose e carne bovina.

    Já as importações brasileiras de produtos norte-americanos cresceram 6,9% em 2024, atingindo US$ 40,6 bilhões. Setores como motores, máquinas não elétricas e aeronaves tiveram resultados significativos, contribuindo para o segundo maior valor histórico de importações, atrás apenas de 2022 (US$ 51,3 bilhões).

  • Definidos os grupos do Super Mundial de Clubes da Fifa de 2025

    Definidos os grupos do Super Mundial de Clubes da Fifa de 2025

    Foram definidos os grupos do novo Mundial de Clubes da Fifa, que pela primeira vez reunirá um total de 32 times – entre eles Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo – a partir de 15 de junho de 2025, em 11 cidades dos Estados Unidos. Tricampeão da Copa Libertadores, o Palmeiras abriu o sorteio da Fifa, ficando como cabeça da chave A, junto com Porto (Portugal), Al Ahly FC (Egito), e Internazionale de Milão (Itália).  Confira abaixo todas as chaves da primeira fase da competição.

    Os clubes cariocas Flamengo e Fluminense também são cabeças de chave. O Rubro-Negro está à frente da Chave D, que inclui Espérance (Tunísia), Chelsea (Inglaterra) e León (México). Já o Tricolor puxa a Chave F, junto com Borussia Dortmund (Alemanha), Ulsan (Coreia do Sul), Mamelodi Sundowns (África do Sul).

    Recém-campeão inédito da Libertadores, o Botafogo caiu no Grupo B, que tem o time francês Paris Saint-Germain como cabeça de chave, além de Atlético de Madrid (Espanha), e Seattle Sounders (Estados Unidos).

    Ao abrir a solenidade do sorteio Miami (EUA), o presidente da Fifa Gianni Infantino celebrou a nova competição, que colocará novamente os principais clubes europeus contra sul-americanos, assim como ocorria na Copa Intercontinental (que durou de 1960 a 2004), além de incluir equipes dos demais continentes.

    “Este é um dia histórico, o dia do primeiro do sorteio da primeira Copa do Mundo de Clubes da Fifa”, disse o dirigente.

    Quem também participou do evento foi o ex-atacante da seleção brasileira Ronaldo Fenômeno, que apresentou ao lado de Infantino o troféu do novo Mundial. Idealizada por uma joalheria de luxo norte-americana, a peça de ouro de 24 quilates imagens da história do futebol e os nomes dos 211 países membros da Fifa. Seu formato redondo simula o sistema solar no dia da abertura da competição (15 de junho).

    “Por que não fez isso antes?”, brincou Ronaldo ao conferir a taça.

    Antes do sorteio, os 32 times foram separados em quatro potes, tendo como critério os rankings continentais. No pote 1 ficaram os clubes cabeças de chave: quatro sul-americanos (entre eles Palmeiras, Flamengo e Fluminense) e quatro europeus.  O Botafogo ficou no pote 2, por ter sido o último classificado para o Mundial – a equipe carioca faturou a Libertadores no último sábado (1º).

    O sorteio também foi norteado por alguma regras estabelecidas com antecedência pela Fifa, como a de que times do mesmo país não poderiam ficar no mesmo grupo. Além disso, cada chave não poderia ter mais de uma equipe do mesmo continente, com exceção da Europa que conta com 12 times. Sendo assim, previamente já estava certo que quatro grupos teriam ao menos dois times europeus. Por fim, os clubes dos Estados Unidos (país-sede) entraram nas Chaves A e B, antes do sorteio: o Inter de Miami ficou no Grupo A, e o Seattle Sounders no Grupo B.

    O formato do Super Mundial de Clubes na primeira fase (grupos) prevê cada time disputando três jogos. Os dois primeiros colocados de cada chave avançam direto às oitavas de final (mata-mata em jogo único). O primeiro critério de desempate será o resultado do confronto direto dos dois times envolvidos – regra inédita em torneios da Fifa -, e depois será levado em conta o saldode gols marcados. A partir das oitavas, se houver empate, estão previstas prorrogação e disputa de pênaltis. .

    A competição será disputada de 15 de junho e 13 de julho de 2025, quando ocorrerá a final no MetLife Stadium, em Nova York.

    Grupos do Super Mundial de Clubes de 2025

    Grupo A

    PALMEIRAS

    Porto (Portugal)

    Al-Ahly (Egito)

    Inter Miami (EUA)

    Grupo B

    Paris Saint-Germain (FRA)

    Atlético de Madrid (ESP)

    BOTAFOGO

    Seattle Sounders (EUA)

    Grupo C

    Bayern de Munique (Alemanha)

    Auckland City (Nova Zelândia)

    Boca Juniors (Argentina)

    Benfica (Portugal)

    Grupo D

    FLAMENGO

    Espérance de Tunis (Tunísia)

    Chelsea (Inglaterra)

    León (México)

    Grupo E

    River Plate (Argentina)

    Urawa Red Diamonds (Japão)

    Monterrey (México)

    Inter de Milão (Itália)

    Grupo F

    FLUMINENSE

    Borussia Dortmund (Alemanha)

    Ulsan (Coreia do Sul)

    Mamelodi Sundowns (África do Sul)

    Grupo G

    Manchester City (Inglaterra)

    Wydad Casablanca (Marrocos)

    Al Ain (Emirados Árabes Unidos)

    Juventus (Itália)

    Grupo H

    Real Madrid (Espanha)

    Al-Hilal (Arábia Saudita)

    Pachuca (México)

    RB Salzburg (Áustria)

  • Donald Trump é Eleito o 47º Presidente dos Estados Unidos

    Donald Trump é Eleito o 47º Presidente dos Estados Unidos

    Donald Trump foi oficialmente eleito o 47º presidente dos Estados Unidos na quarta-feira (5/11), após garantir uma vitória decisiva no Estado de Wisconsin, que lhe concedeu os 277 votos eleitorais necessários para alcançar a presidência. A sua eleição foi confirmada por grandes agências de mídia, como Associated Press, CNN, Reuters e Edison Research.

    Em seu discurso de vitória, Trump declarou: “A América nos deu um mandato poderoso e sem precedentes”, em um evento realizado no Centro de Convenções de Palm Beach County, na Flórida, onde foi recebido por uma multidão de apoiadores entusiastas.

    Superando Desafios e Descrédito

    A trajetória política de Trump parecia ter chegado ao fim após os acontecimentos de 6 de janeiro de 2021, quando seus apoiadores invadiram o Capitólio em uma tentativa de reverter os resultados da eleição de 2020, com acusações de fraude eleitoral. Contudo, Trump se reergueu, derrotando seus adversários dentro do Partido Republicano e, finalmente, vencendo a candidata democrata Kamala Harris, ganhando o apoio de eleitores preocupados com a inflação, o aumento da criminalidade e a imigração ilegal.

    Com a vitória, Trump se torna o segundo presidente da história dos Estados Unidos a ocupar a presidência em dois mandatos não consecutivos, ao lado de Grover Cleveland, que também foi presidente no final do século XIX.

    A Reação de Kamala Harris e os Próximos Passos

    Kamala Harris, em sua primeira reação pública após a derrota, não se dirigiu diretamente aos seus apoiadores na Universidade de Howard, em Washington. Em vez disso, o co-presidente de sua campanha, Cedric Richmond, afirmou que Harris faria um pronunciamento mais tarde. “Ainda precisamos contar todos os votos”, disse ele, sugerindo que o processo de apuração ainda não havia sido concluído em sua totalidade.

    O Controle do Congresso e o Futuro Político

    Embora os republicanos tenham garantido a maioria no Senado, a disputa pelo controle da Câmara dos Representantes permanece indefinida, com os republicanos em posição de força para assumir a liderança.

    O programa eleitoral do Partido Republicano, agora com Trump de volta ao comando, afirma que a nova administração será pautada pela estratégia de “paz através da força”. Essa fórmula se concentra em restaurar a força militar dos Estados Unidos, reforçar suas alianças internacionais e resistir ao avanço da China, além de combater o terrorismo.

    Política Externa e Desafios Globais

    A postura republicana sobre a política externa deixou claro que os Estados Unidos devem liderar, mas com a expectativa de que os aliados cumpram suas obrigações. Um ponto crucial da plataforma é a crítica à dependência dos Estados Unidos em relação à assistência à Ucrânia, um tema que, segundo Trump, deve ser compartilhado com os aliados europeus da OTAN, que deveriam assumir maior responsabilidade e custos. No entanto, a Ucrânia não é especificamente mencionada nas seções do programa relacionadas à política externa.

    Trump e outros republicanos afirmam que o “fracasso humilhante” do governo Harris-Biden no Afeganistão encorajou adversários globais e grupos terroristas. Segundo o ex-presidente, sob sua liderança, os Estados Unidos irão restaurar sua posição e liderança global, desafiando potências como China, Rússia e Coreia do Norte, e reafirmando o patriotismo e a soberania americana.

    Próximos Desafios e Implicações para o Mundo

    A eleição de Trump certamente terá um impacto profundo na política interna dos Estados Unidos e em suas relações exteriores. O novo governo republicano deverá adotar uma postura mais firme em relação ao comércio internacional, às alianças militares e à segurança, o que pode redefinir os rumos da política global, especialmente em relação ao Brasil, que é um dos maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos no setor agropecuário.

  • EUA diminuem burocracia para comprar pescados brasileiros

    EUA diminuem burocracia para comprar pescados brasileiros

    O mercado norte-americano não vai mais exigir Certificação Sanitária Internacional (CSI) para importar pescados brasileiros. O anúncio é do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que a decisão vai agilizar as vendas do produto brasileiro.

    “Essa desburocratização do processo de exportação não significa a falta de controle, é o contrário, os empresários brasileiros vão seguir as regras da Administração Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos, o que vai simplificando, desburocratizando o processo e aumentando a competitividade do setor”, avalia o ministro Carlos Fávaro em nota publicada peloMapa.

    “Deixar de emitir o CSI aos Estados Unidos, não só agiliza o processo de exportação, mas também reduz a pressão no nosso trabalho, pois existem unidades que emitem até oito certificados por dia de apenas uma indústria, e se houver mais de uma, esse número dobra”, explica Allan Alvarenga, secretário-adjunto de Defesa Agropecuária.

    Conforme a plataforma Peixe Br, da Associação Brasileira da Psicultura, os Estados Unidos foram o destino de 87% do total de pescados exportados pelo Brasil no 2º trimestre deste ano (último indicador disponível)

    No período, as exportações brasileiras de produtos de psicultura atingiram US$ 15 milhões. Nove de cada dez quilos de peixes exportados foram tilápias. Paraná e São Paulo foram os principais produtores e quase 70% dos pescados exportados são filés frescos.

    Marrocos – Também está em perspectiva o aumento de exportações de carne bovina e ovina (cordeiros), após o governo de Marrocos anunciar esta semana o fim da cobrança de tributos sobre os produtos brasileiros.

    Desde abril, o Mapa e o Ministério da Relações Exteriores (MRE) fazem reuniões com o Escritório Nacional de Segurança Alimentar do Marrocos para aumentar o fluxo de produtos alimentícios entre os dois países.

    Além de carne bovina e ovina, nas reuniões bilaterais foram discutidas a abertura de cotas tarifárias para importações de frango brasileiro e a compra de tangerina do Marrocos pelo Brasil.

  • IA impulsiona renascimento da energia nuclear nos EUA

    IA impulsiona renascimento da energia nuclear nos EUA

    A corrida pela inteligência artificial está reacendendo o interesse pela energia nuclear nos Estados Unidos. Com a crescente demanda por energia para alimentar centros de dados e outras tecnologias, a fonte atômica, antes vista com desconfiança, volta a ser considerada uma solução promissora.

    Gigantes da tecnologia como Microsoft e Google, além de startups como a OpenAI, estão investindo pesadamente em projetos para reativar usinas nucleares e construir novas instalações. A ideia é garantir um suprimento estável e confiável de energia para suas operações, que consomem quantidades cada vez maiores de eletricidade.

    O Departamento de Energia dos EUA também está apoiando essa tendência, com investimentos em projetos de pesquisa e desenvolvimento e empréstimos para reativar usinas. A proximidade de centros de dados a usinas nucleares pode reduzir custos e aumentar a eficiência da rede elétrica.

    Desafios e oportunidades

    IA impulsiona renascimento da energia nuclear nos EUA

    Apesar do otimismo, o caminho para um renascimento nuclear não é livre de obstáculos. Custos elevados, questões de segurança e resistência da população são alguns dos desafios que precisam ser superados. Além disso, o recente fracasso de um projeto nuclear em Idaho serve como um lembrete dos riscos envolvidos nesse tipo de empreendimento.

    No entanto, a necessidade de energia limpa e a crescente conscientização sobre as mudanças climáticas estão impulsionando a busca por novas soluções. A energia nuclear, com sua capacidade de gerar grandes quantidades de eletricidade de forma contínua, pode desempenhar um papel crucial nessa transição energética.

    O futuro da energia nuclear

    IA impulsiona renascimento da energia nuclear nos EUA

    O renascimento da energia nuclear nos Estados Unidos marca um ponto de inflexão na busca por fontes de energia sustentáveis. A combinação de avanços tecnológicos, apoio governamental e a crescente demanda da indústria tecnológica pode transformar a energia nuclear em um pilar fundamental do sistema energético do futuro.

  • Aprosoja-MT avalia expectativas de safra nos EUA e alerta para aumento de produção

    Aprosoja-MT avalia expectativas de safra nos EUA e alerta para aumento de produção

    O vice-presidente Sul da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Ferri, concluiu recentemente uma extensa visita ao “Cinturão do Milho” nos Estados Unidos para avaliar as condições das lavouras de soja e milho. Segundo Ferri, as lavouras americanas estão em boas condições, embora enfrentem alguns problemas pontuais devido ao excesso de chuvas.

    Durante uma live realizada em 28 de agosto, Fernando Ferri, o presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, e o analista de mercado da Pátria Agronegócios, Mateus Pereira, discutiram as expectativas para a safra de grãos americana. A previsão é de uma “safra cheia” ou até mesmo superior às estimativas atuais, refletindo um aumento significativo na produção.

    “Nós viemos no ano passado, que era um ano ruim com muita expectativa do produtor, mas este ano está melhor. O importante para nós é passar a realidade para o produtor, sem vender ilusões de uma reação nos preços em um cenário de aumento de oferta”, comentou Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja-MT.

    Fernando Ferri, que também coordena a Comissão de Defesa Agrícola da Aprosoja-MT, destacou que os desafios enfrentados pelos agricultores americanos são semelhantes aos dos brasileiros, especialmente no que diz respeito ao aumento de custos e à redução das margens de lucro. Estes fatores têm desmotivado alguns produtores a continuarem na atividade.

    Durante sua viagem, Ferri percorreu cerca de 8 mil km por 14 estados dos EUA como parte da 3ª temporada da série América Clima e Mercado. Ele observou que uma das regiões de maior preocupação é Dakota do Sul, onde os agricultores temem que o frio precoce prejudique o enchimento dos grãos e a colheita, já que algumas lavouras foram plantadas 30 dias após o início da janela de plantio.

    “A safra americana está indo bem, mas com problemas pontuais. O mercado já prevê uma super safra, com estimativas de aumento de cerca de 10% em relação ao ano passado, o que é um consenso entre os produtores”, afirmou Ferri.

    O analista Mateus Pereira destacou que a colheita do milho e da soja nos Estados Unidos deve começar nas próximas semanas e que o mercado já está precificando uma produção de cerca de 130 milhões de toneladas de soja. “O mercado já espera novos aumentos de produção no próximo relatório do USDA, em setembro, com uma possível correção que pode se aproximar das 130 milhões de toneladas. Não há expectativas de quebra de safra nos Estados Unidos”, afirmou Pereira.

    A análise da Aprosoja-MT serve como um alerta para os produtores brasileiros, indicando que o aumento da oferta americana pode impactar os preços globais, reforçando a necessidade de planejamento e gestão eficientes no setor agrícola.

  • SpaceX tem lançamentos suspensos após propulsor explodir

    SpaceX tem lançamentos suspensos após propulsor explodir

    A empresa aeroespacial SpaceX, liderada por Elon Musk, enfrentou um revés significativo em suas operações após um dos seus foguetes Falcon 9 falhar ao realizar um pouso controlado na costa da Flórida. O incidente, ocorrido nas primeiras horas da manhã de quarta-feira, resultou na explosão do propulsor, apesar do sucesso na missão primária de colocar em órbita 21 satélites Starlink.

    Investigação e impacto na agenda da SpaceX

    SpaceX suspende lançamentos após acidente de foguete
    Imagem da SpaceX / Propulsor falhando

    Diante da gravidade do ocorrido, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) determinou a suspensão temporária de todos os lançamentos da Falcon 9. A agência reguladora iniciou uma investigação rigorosa para apurar as causas do acidente e garantir que medidas eficazes sejam implementadas para prevenir novos incidentes.

    Essa decisão da FAA tem um impacto direto na ambiciosa agenda espacial da SpaceX. A empresa, conhecida por sua inovação e pela frequência de seus lançamentos, precisará interromper diversas missões já programadas, incluindo voos tripulados tanto para missões comerciais quanto em parceria com a NASA. Entre os projetos afetados estão um voo espacial privado, que levaria um grupo de bilionários ao espaço, e uma missão crucial para a agência espacial americana.

    Desafios e perspectivas futuras

    A falha no pouso do Falcon 9 representa um desafio significativo para a SpaceX, que nos últimos anos se destacou pela reutilização de foguetes, uma estratégia fundamental para reduzir os custos de acesso ao espaço e tornar os voos espaciais mais acessíveis. A empresa terá que investir tempo e recursos para identificar a causa do problema, realizar os reparos necessários e implementar melhorias em seus sistemas de propulsão e controle.

    Apesar do revés, a SpaceX mantém sua reputação de pioneira na indústria espacial. A empresa continua trabalhando incansavelmente para superar os obstáculos e retomar suas operações o mais rápido possível. A expectativa é que, após a conclusão da investigação e a implementação das medidas corretivas, a SpaceX possa retomar seus lançamentos com segurança e confiabilidade, consolidando ainda mais sua posição como uma das principais empresas aeroespaciais do mundo.

  • Traumagel: Nova tecnologia para tratamento de hemorragias severas nos EUA

    Traumagel: Nova tecnologia para tratamento de hemorragias severas nos EUA

    Um avanço significativo no tratamento de hemorragias graves acaba de ser anunciado. O gel hemostático Traumagel, desenvolvido pela empresa americana Cresilon, recebeu aprovação da Food and Drug Administration (FDA) para uso em casos de sangramento moderado a severo.

    Composto à base de algas e fungos, a substância é aplicada diretamente na ferida, onde age rapidamente para estancar o fluxo sanguíneo. Segundo a empresa, o produto é capaz de controlar hemorragias em poucos segundos.

    Além da eficácia, o gel apresenta vantagens em relação aos métodos tradicionais, como o uso de gaze. “Ao contrário da gaze, que precisa ser inserida cuidadosamente na ferida, aumentando o risco para o paciente e o profissional de saúde, o Traumagel se espalha pela área afetada, alcançando os pontos de sangramento”, explica Joe Landolina, fundador da Cresilon.

    Antes de ser aprovado para humanos, o produto já havia demonstrado eficácia em mais de 10 mil clínicas veterinárias sob o nome de Vetigel. Essa experiência permitiu à Cresilon desenvolver uma estrutura de produção e distribuição em larga escala, preparando-se para o lançamento do Traumagel no mercado humano.

    O potencial do gel vai além do tratamento de ferimentos. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos está investigando o uso do Traumagel para estabilizar lesões cerebrais traumáticas em soldados. Estudos preliminares mostraram resultados promissores, mas ainda são necessários testes em humanos.

    A Cresilon planeja lançar o Traumagel ainda este ano e está investindo na capacitação de equipes médicas para o uso adequado do produto. Apesar de reconhecer que o treinamento é essencial, Landolina afirma que o processo será mais simples do que foi com o Vetigel, devido à maior especificidade do Traumagel.

    Com o Traumagel, a expectativa é revolucionar o atendimento a vítimas de trauma, reduzindo significativamente o risco de morte.