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  • Estudo indica que vacinas aumentam proteção de quem já teve covid-19

    Estudo indica que vacinas aumentam proteção de quem já teve covid-19

    Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicaram hoje (29) um estudo sobre vacinas contra covid-19 usadas no Brasil que aumentam a proteção contra o SARS-CoV-2 em quem já teve a doença previamente. O trabalho foi publicado em formato preprint no site Medrxiv, o que significa que ainda precisa ser revisado por outros cientistas.

    Os pesquisadores avaliaram 22.565 indivíduos acima dos 18 anos que tiveram dois testes de RT-PCR positivos e 68 mil que tiveram teste positivo e depois negativo, entre fevereiro e novembro deste ano.

    Segundo o artigo, a vacinação com as duas doses de AstraZeneca, Pfizer e CoronaVac, ou com a dose única da Janssen, foi capaz de reduzir reinfecções sintomáticas e casos graves da doença em quem já havia contraído a covid-19 anteriormente. A pesquisa mostrou que, quando a vacina requer duas doses, a aplicação da segunda dose de fato elevou o nível de proteção contra reinfecções nos indivíduos estudados.

    Principal pesquisador responsável pelo estudo, Julio Croda, da Fiocruz Mato Grosso do Sul, explica que análise contou com a base nacional de dados sobre notificação, hospitalização e vacinação e confirma a necessidade de completar o esquema vacinal mesmo em quem já teve covid-19.

    “A importância de ser vacinado é a mensagem principal, e a necessidade dessas duas doses para maximizar a proteção. Vemos que alguns países chegam a recomendar apenas uma dose para quem teve covid-19, por considerar que estes já contam com um certo nível de anticorpos neutralizantes. Mas esse tipo de avaliação de efetividade na vida real mostra que há um ganho adicional com a segunda dose. É um ganho substancial contra as formas graves”, disse ele em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias.

    Ao analisar os dados, os pesquisadores descobriram que, após a infecção inicial, a efetividade contra doença sintomática 14 dias após o esquema vacinal completo é de 37,5% para a CoronaVac, 53,4% para AstraZeneca, 35,8% para Janssen e 63,7% para Pfizer. Já a efetividade contra hospitalização e morte, também após 14 dias da aplicação, é 82,2% com a CoronaVac, 90,8% com a AstraZeneca, 87,7% com a Pfizer e 59,2% com a Janssen. O estudo completo pode ser acessado em inglês no site Medrxiv.

     

  • Covid-19: cientistas dizem que Ômicron é alerta da ameaça do vírus

    Covid-19: cientistas dizem que Ômicron é alerta da ameaça do vírus

    O surgimento de variantes como a Ômicron é “um alerta da ameaça” que significa o SARS-CoV-2 e da importância das vacinas que, com a terceira dose, podem restaurar a eficácia em mais de 90% em caso da doença grave. A conclusão consta de análise publicada na revista Science.

    O microbiólogo da Universidade de Cambridge Ravindra Gupta e o pesquisador do Scripps Research Translational Institute Eric Topol analisaram estudos recentes sobre infecções após a vacinação e sobre a eficácia das doses de reforço na proteção contra variantes, em especial a Delta.

    Os autores lembram os elevados níveis de proteção das vacinas de ARN, como a Pfizer e a Moderna, contra a Covid-19 sintomática, mas que diminuem com o tempo, especialmente nas pessoas com mais idade e nas imunodeprimidas.

    Os estudos indicam que o tempo é fator-chave na diminuição da eficácia das vacinas e que a perda de proteção provavelmente ocorreu pelo aumento da prevalência da variante Delta, dizem os cientistas.

    Os estudos imunológicos da resposta às injeções de reforço, administradas seis meses depois da vacinação completa, mostram “de forma uniforme a indução de quantidades muito elevadas de anticorpos neutralizantes”.

    Os autores citam um estudo realizado em Isarel, onde mais de 1,1 milhão de pessoas com mais de 60 anos receberam o reforço de uma vacina de ARNm, que conseguiu restaurar uma eficácia de mais de 90% contra a covid-19 grave.

    Apesar de os esforços serem importantes e poder continuar durante algum tempo, as intervenções não farmacêuticas, como o uso de máscaras e o distanciamento social, não só ajudam a reduzir os casos de covid-19, como também limitam a oportunidade de surgirem variantes que podem afetar a imunidade.

    As novas variantes podem evoluir a partir da Delta, serem totalmente diferentes e, inclusive, “ser recombinações de variantes devido a infecções mistas dentro de hóspedes individuais”.

    O especialistas referem-se também à variante B.1.1.529 (Ômicron), que vai ganhando terreno em todo o mundo e que apresenta múltiplas mutações.

    A continuidade da transmissão do coronavírus em populações muito vacinadas “mostra a necessidade de ampliar a vacinação em todos os grupos etários, mantendo ao mesmo tempo as medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras”, consideram Gupta e Topol.

  • Iniciativas brasileiras para oferecer mais segurança aos pedestres

    Iniciativas brasileiras para oferecer mais segurança aos pedestres

    Em 2020, os acidentes com pedestres ficaram em 2º lugar no ranking de indenizações do Seguro DPVAT (29%). Nos acidentes com vítimas fatais eles representaram 27%, e 33% do total pago por Invalidez Permanente. Em agosto foi comemorado o Dia Internacional do Pedestre (08), uma oportunidade para reforçar que o respeito às leis de trânsito também protege quem circula a pé todos os dias e meses do ano.

    Idosos estão entre as principais vítimas no país

    O Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), em parceria com a Divisão de Engenharia de Transportes e Mobilidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR), produziu uma análise quanto ao crescimento da população a partir de 60 anos no Brasil e qual o impacto nos acidentes de trânsito, já que essa parcela da população é a que mais morre em atropelamentos no país.

    Segundo o estudo do ONSV, por se deslocarem com mais frequência a pé, os idosos estão mais expostos e, consequentemente, são as maiores vítimas fatais como pedestres, representando 36% do total de atropelamentos registrados no país.  Entre os idosos, os ciclistas representam 28% dos óbitos, seguido dos condutores de veículos (16%) e motociclistas (6%), segundo dados compilados no estudo, cuja origem é do sistema Datasus. “Em vista dessa realidade, é importante uma avaliação das políticas existentes e dos riscos associados a essa parcela da comunidade. É necessário que o poder público, junto com todos os cidadãos, busque compreender as especificidades que os pedestres idosos têm em relação à população mais jovem. A partir de então, é possível traçar estratégias e políticas que no futuro venham a contribuir para a construção de uma sociedade acessível a todos, principalmente as que demandam atenção mais especial”, explica o professor doutor Jorge Tiago Bastos, da UFPR e coordenador do estudo.

    Iniciativas para proteger os pedestres

                Algumas iniciativas no Brasil visam reduzir o número de acidentes envolvendo pedestres, como é o caso da capital federal. Segundo a Agência Brasil, a campanha educativa em Brasília completou 24 anos no mês de maio, e atingiu uma importante marca: a redução de 83% o número de mortes de pedestres. “Esse número é ainda mais impressionante se considerarmos que, em termos absolutos, a população atual de Brasília é pelo menos três vezes maior do que a de 1997, quando teve início a campanha”, disse Marcelo Granja, diretor de Educação de Trânsito do Detran-DF. Naquele ano, houve uma redução de 24% no número de pedestres mortos (202) em relação ao ano anterior (266). No período da campanha, o número de pedestres que morreram em atropelamentos no trânsito do DF caiu de 266 para 44 por ano.

                No fim de maio, Fortaleza (CE) ganhou a maior faixa de pedestres do Brasil, totalizando 40 metros. A sinalização faz parte de um pacote de mudanças estruturais para dar mais segurança aos pedestres da capital. Além da sinalização, a ação também contemplou pintura do urbanismo tático, aumentando a área da calçada através de cores que chamam a atenção, dando mais segurança para acomodar os pedestres.

    Velocidade excessiva dos veículos e distração de condutores e pedestres são os motivos mais recorrentes de atropelamentos, além da falta de sinalização, baixa visibilidade noturna, obras na pista, entre outros fatores que podem potenciar as ocorrências. Apesar de nem sempre ser amistoso, o trânsito é um ambiente público extremamente democrático e, portanto, garantir segurança a todos é prioridade. “Para resultados efetivos de redução de acidentes e mortes nas ruas e vias do país, são necessárias ações integradas de educação, infraestrutura e tecnologia. O direito de ir e vir precisa ser garantido e, para isso, todos os atores do trânsito devem estar imbuídos nesse objetivo”, destaca Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons.

    Texto: Paula Batista

  • Encceja: Inep disponibiliza apostilas para estudo

    Encceja: Inep disponibiliza apostilas para estudo

    Milhares de pessoas em todo o país deverão fazer, no dia 29 de agosto, as provas do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). O exame é voltado para quem não concluiu os estudos na idade apropriada. Por meio do Encceja, os participantes têm a oportunidade de conseguir a certificação tanto para o ensino fundamental quanto para o ensino médio. 

    O exame, que estava inicialmente marcado para o dia 25 de abril, foi adiado devido ao agravamento da pandemia da covid-19 no Brasil. Ao todo, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 1,6 milhão de participantes estão confirmados. Os gabaritos das provas deverão ser divulgados no dia 1º de setembro.

    Para quem está se preparando para as provas, na página do Inep estão disponíveis apostilas gratuitas, além das provas de anos anteriores e dos respectivos gabaritos.

    Aqueles que desejam obter a certificação do ensino fundamental farão provas de ciências naturais e matemática pela manhã e de língua portuguesa, língua estrangeira, artes, educação física, redação, história e geografia, à tarde. Para obter essa certificação é necessário ter pelo menos 15 anos completos no dia do exame.

    Os que desejam um certificado do ensino médio responderão a questões de ciências da natureza e matemática pela manhã e linguagens, redação e ciências humanas à tarde. Para fazer essas provas, é preciso ter pelo menos 18 anos completos.

    De acordo com o Inep, além de possibilitar que os estudantes sejam certificados e sigam adiante em suas trajetórias educacionais, o exame oferece parâmetros para autoavaliação que podem orientar os inscritos na continuidade da formação e na colocação no mercado de trabalho.

    Os resultados do Encceja também são usados como referência nacional de avaliação. O exame possibilita, por exemplo, que os gestores educacionais utilizem esses dados para entender o cenário educacional e evitar que estudantes se atrasem na formação ou mesmo que abandonem os estudos.

    Edição: Maria Claudia

  • Mortalidade por covid-19 é maior entre população negra em São Paulo

    Mortalidade por covid-19 é maior entre população negra em São Paulo

    Estudo realizado pela organização não governamental (ONG) Instituto Pólis, no período entre 1º de março e 31 de julho deste ano, revelou que a taxa de mortalidade padronizada da população negra na capital paulista é maior do que a da população branca. Apesar do número absoluto de mortes na cidade mostrar que pessoas brancas estão morrendo mais, a análise mostrou maior vulnerabilidade entre negros – pretos e pardos – em relação à pandemia de covid-19.

    O levantamento utilizou o método de padronização, comum na epidemiologia, considerando as diferenças na composição etária de brancos e negros, uma vez que o segundo grupo é composto por maior número de jovens. De acordo com o epidemiologista Jorge Kayano, do Instituto Pólis, a taxa obtida por meio do método da padronização consegue fazer um retrato mais fiel da mortalidade em populações diferentes.

    A partir disso, o estudo mostrou que a taxa da população negra residente na capital paulista foi de 172 mortes por 100 mil habitantes, enquanto a taxa de mortalidade da população branca foi de 115 mortes a cada 100 mil. Sem o uso do método de padronização, a taxa entre os negros é de 121/100 mil habitantes e, entre brancos, de 134 óbitos/100 mil.

    Kayano afirmou que as condições de vida gerais da população negra são, em média, piores do que as da população branca, em fatores como renda, grau de instrução, tipo de trabalho e vínculo empregatício, o que contribui para que essa população seja mais vulnerável. “É importante que a gente perceba que as populações de uma mesma cidade se diferenciam por uma série de características. Quando você pega a característica raça/cor, vai perceber que a população negra é muito mais vulnerável e tem morrido mais do que a branca.”

    “A população negra está residindo, em média, em moradia mais precárias, está morando em bairros com menos infraestrutura tanto de saneamento quanto de acesso a serviços. Quando eu sei que a covid-19 está se espalhando e atingindo mais a periferia, que é onde tem mais negros, você vai ter mais negros adoecendo, em piores condições, com mais dificuldade de acessar serviços, ficando com um quadro da doença mais grave e chegando aos hospitais em condições mais precárias de atendimento”, alertou o epidemiologista.

    Homens e mulheres

    Quando observado o recorte de gênero e raça/cor ao mesmo tempo, a taxa de mortalidade padronizada de homens negros chega a 250 mortes a cada 100 mil habitantes, enquanto a taxa para brancos é de 157 mortes a cada 100 mil. Entre as mulheres brancas, a taxa foi de 85 mil óbitos/100 mil habitantes e, para mulheres negras, o indicador subiu para 140 mortes/100 mil.

    Segundo o Pólis, a evolução do número de vítimas entre os grupos reflete como a pandemia causa maior impacto na população negra e que, embora todas as taxas tenham crescido durante o período analisado, o movimento ascendente da curva de homens negros é nitidamente mais intenso. Para o epidemiologista, é importante haver mecanismos de políticas públicas que levem em consideração essas diferentes vulnerabilidades.

    “A equidade obrigaria que a atenção em saúde para a população masculina negra fosse muito maior do que para a população em geral. Não estou dizendo que a população em geral tem que ser esquecida, mas é a questão de fazer um diferencial positivo, na linha das políticas afirmativas, que protejam melhor essa população, que não por acaso é aquela que mais está saindo para trabalhar, que mais vive de trabalho precário e,portanto, está se infectando mais, adoecendo mais e morrendo mais”, disse Kayano.

    Projeção de mortes

    O método permite ainda identificar qual seria o número de mortes esperado para as populações analisadas, caso as condições de vida e pirâmide etária fossem iguais àquelas da cidade como um todo. A taxa padronizada de negros mostrou que seria esperado o total de 4.091 mortes entre essa população na cidade. No entanto, foram registradas 5.312 mortes até 31 de julho, o que representa 29,85% de vítimas a mais do que o esperado.

    Em relação à população branca, o estudo mostrou que seriam esperados 11.110 mortes até 31 de julho, quando foram registradas 9.616 mortes de pessoas brancas, ou seja, 13,4% de vítimas a menos. Segundo o instituto, o quadro indica que, embora mais jovem, a população negra é proporcionalmente mais vulnerável à pandemia.

    Dados por território

    Por meio do método de padronização, foi possível territorializar o estudo, analisando as diferenças entre mortes esperadas e mortes registradas nos 96 distritos da capital paulista. A margem calculada, quando negativa, demonstra que morreram menos pessoas do que o estimado, de acordo com as taxas do município como um todo. Quando positiva, indica que mais pessoas morreram.

    Em 27 distritos, a maioria localizada na periferia, foram registradas mais mortes de pessoas brancas do que o previsto pela padronização, o que demonstra maior vulnerabilidade dos moradores de bairros periféricos. Os bairros de Lajeado (+53,4%), Guaianases (+52,1%), Iguatemi (+40,2%), Cidade Tiradentes (+37,2%) e Vila Curuçá (+32,1%) apresentaram as cinco maiores diferenças. Por outro lado, em 65 distritos, morreram menos pessoas brancas do que o previsto.

    Em 64 distritos, morreram mais pessoas negras do que o previsto. E, dos 23 distritos que tiveram menos mortes de pessoas negras do que o esperado, 15 estão localizados no quadrante sudoeste da capital. O Pólis ressalta que essa região tem o padrão de renda mais alto da cidade e mais acesso a serviços de saúde de qualidade, o que pode estar associado ao número de mortes menor do que o esperado entre as pessoas negras.

    Os dados revelaram ainda que onde morreram menos negros do que o esperado também foi onde morreram menos brancos. De acordo com o estudo, a diferença negativa do número de mortes registradas e esperadas entre pessoas negras nessas regiões pode estar associada a melhores condições de acesso ao sistema de saúde e menor circulação do vírus.

    Com abrangência entre 1º de março e 31 de julho de 2020, o estudo teve como base dados da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade, da Fundação Seade, do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, da pesquisa Origem-Destino do Metrô de São Paulo, da Rede Nossa SP, do DataSUS e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

    Edição: Graça Adjuto

  • Estudo liga covid-19 a aumento de diabetes tipo 1 em crianças

    Estudo liga covid-19 a aumento de diabetes tipo 1 em crianças

     

    Os casos de diabetes tipo 1 em crianças, vistos em um estudo pequeno do Reino Unido, quase dobraram durante o pico da epidemia de covid-19 no país, o que sugere possível ligação entre as duas doenças, o que precisa de mais investigação, disseram cientistas nessa terça-feira (18).

    Embora o estudo se baseie somente em um pequeno número de casos, ele é o primeiro a relacionar a covid-19 e a diabetes tipo 1 em crianças, e os médicos devem ficar atentos, disseram pesquisadores do Imperial College de Londres.

    “Nossa análise mostra que, durante o pico da pandemia, o número de casos novos de diabetes tipo 1 em crianças teve aumento anormal em dois dos hospitais que estudamos, na comparação com anos anteriores”, disse Karen Logan, coautora do estudo.

    “Quando investigamos mais, algumas dessas crianças tinham o novo coronavírus ativo ou já haviam sido expostas ao vírus.”

    Logan lembrou que relatos anteriores da China e da Itália mostraram que crianças estavam sendo diagnosticadas com diabetes tipo 1 em hospitais durante a pandemia.

    O estudo, publicado no periódico científico Diabetes Care, analisou dados de 30 crianças de hospitais de Londres diagnosticadas com diabetes tipo 1 durante o primeiro pico da pandemia – aproximadamente o dobro dos casos vistos no mesmo período em anos anteriores.

    Vinte e uma das crianças tiveram resultados positivos de covid-19 ou passaram por exames de anticorpos para determinar se haviam sido expostas ao vírus, e cinco foram diagnosticadas com infecções do novo coronavírus.

    A diabetes tipo 1 causa a destruição de células pancreáticas produtoras de insulina, o que impede o corpo de produzir insulina suficiente para controlar os níveis de açúcar no sangue. A equipe do Imperial College disse que uma explicação possível é que o peplômero (proteínas que desempenham a função de mediar a interação vírus-célula) do novo coronavírus pode atacar células do pâncreas que produzem insulina.

    “É preciso pesquisar mais para determinar se existe um elo definitivo mas, enquanto isso, esperamos que os clínicos o levem em conta”, disse Logan.

  • Estudo projeta redução de áreas de produção de arroz e feijão

    Estudo projeta redução de áreas de produção de arroz e feijão

     

    Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que o arroz e o feijão devem perder importância na produção agrícola brasileira nos próximos anos. A projeção mostra que para as safras de 2028 e 2029, a área usada para plantar o cereal deve retroceder 10% em comparação com o período 2018/19, ficando em 2,6 milhões de hectares.ebc

    Para o arroz, a previsão é semelhante, com a redução de 9% na área plantada em dez anos, que deverá ser de 1,5 milhão de hectares para a safra 2028/29. A estimativa mostra, entretanto, um ganho de produtividade de 23% no período que deve fazer com que, apesar da utilização de uma área menor, a produção cresça 12%.

    Para o feijão, é esperado ganho de produtividade de 19%, permitindo que a produção aumente 7% em dez anos. Nos próximos dez anos, a estimativa é que haja um crescimento de 6% no consumo de feijão e arroz no país. A título de comparação, a estimativa para o café é que o consumo doméstico cresça em 28% no mesmo período.

    Redução do consumo

    A retração da quantidade de terras destinadas ao plantio dos cereais está ligada, de acordo com o estudo, a uma redução do consumo desses alimentos. “As mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida dos brasileiros, ocorridas nos últimos anos, fizeram com que, apesar da combinação arroz e feijão continuar presente na dieta, exista uma tendência de incorporação de outros tipos de alimentos”, avalia a pesquisa sobre como a combinação tem sido substituída por carboidratos industrializados, como pães, bolachas e massas.

    O estudo destaca que entre as duas últimas safras é observada uma redução significativa na área destinada ao plantio de arroz. “Na safra passada houve queda de quase 300 mil hectares, mas, apesar do declínio da área, a produção não tem apresentado contração significativa, pois os ganhos de produtividade foram suficientes para manter a oferta alinhada com o consumo interno”.

    Entre os fatores que levam ao desinteresse pelos produtos que fazem parte da dieta básica brasileira, está, segundo o estudo, o tempo necessário para o preparo. “O elevado tempo de preparo do produto convencional dificulta seu uso pelas pessoas, que procuram por maior praticidade”.

  • Comer um ovo por dia reduz os riscos de doenças cardíacas

    Comer um ovo por dia reduz os riscos de doenças cardíacas

    Um estudo foi realizado com mais de 400 mil adultos na China e foi publicado pela revista online Heart, onde aponta que as pessoas que comem ao menos 1 ovo por dia, têm um risco 18% menor de morrer de problemas cardiovasculares como ataques cardíacos e AVC’s.

    Os cientistas basearam-se em dados de um estudo em andamento de meio milhão de adultos de dez regiões da China. Pouco mais de 13% desses adultos, com idades entre 30 e 79 anos, disseram que comiam cerca de um ovo por dia, enquanto pouco mais de 9% relataram nunca ou muito raramente consumia.

    Durante o período 2004-2008, mais de 5 milhões de pessoas com idades entre 30 e 79 anos foram recrutados em 10 locais  na China. Os participantes foram questionados sobre a frequência do consumo de ovos e foram acompanhados por meio de vínculos com vários registros e investigação ativa. A equipe estudou esse grupo por quase nove anos e focou nos principais problemas de coração. Entre eles, estavam ataques cardíacos, derrames e AVC. Neste período, 9.985 pessoas morreram de doença cardiovascular e quase 84 mil outras foram diagnosticadas com doença cardíaca.

    Após analisarem estes números, os investigadores descobriram que comer cerca de um ovo por dia está relacionado com um menor risco de doença cardíaca, comparativamente à não ingestão de ovos.

    Conclusão Entre os adultos chineses, um nível moderado de consumo de ovos (até 1 ovo por dia) foi significativamente associado a menor risco de de doença cardíaca, amplamente independente de outros fatores de risco.

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